TEATRO GREGO (FLC01) (programa)

June 1, 2017 | Autor: Christian Werner | Categoria: Classics, Ancient Greek Drama
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Descrição do Produto



TEATRO GREGO (FLC01) [matutino]
Prof. Christian Werner

PROGRAMA

Objetivos

Aumentar o repertório de leitura de dramas clássicos do aluno. Pressupõe-se que o aluno tenha lido pelo menos uma tragédia grega e uma comédia latina em IEC. O ideal é que tenha lido uma tragédia de Sófocles e uma de Eurípides e também uma comédia de Aristófanes.
Identificar as principais características dos gêneros dramáticos gregos.
Identificar características que diferenciam os três tragediógrafos canônicos.

Cronograma

Se a greve de professores e/ou a ocupação do prédio, iniciados em maio, perdurar até o início do segundo semestre, as primeiras aulas ocorrerão via moodle.

aula 1: programa e forma de avaliação; introdução (gêneros e autores) [03/08]
aula 2: Ésquilo, Sete contra Tebas: o enredo e a trilogia [10/08]
aula 3: Sete contra Tebas: o coro [17/08]
aula 4: Sete contra Tebas: a decisão de Etéocles [24/08]
aula 5: Sófocles, Ájax: o prólogo e o párodo [31/08]
aula 6: Ájax: relações com a Atenas contemporânea [14/09]
aula 7: Ájax: apaziguamento ritual no êxodo? [21/09]
aula 8: Eurípides, Héracles: teologia trágica [28/09]
aula 9: Héracles: a estrutura do drama [05/10]
aula 10: Alceste: a morte de Alceste [19/10]
aula 11: Alceste: a mulher em Eurípides [26/10]
aula 12: Aristófanes, Rãs: o coro cômico [09/11]
aula 13: Rãs: aspectos cômicos e histórico-políticos [16/11]
aula 14: Rãs: o julgamento do melhor tragediógrafo [23/11]
aula 15: o drama satírico [30/11]
entrega dos trabalhos: até 10h de 07/12, somente por email
recuperação: 11/01/2017

Avaliação

Composta por um trabalho. O trabalho deve versar sobre um dos temas informados abaixo. Aos trabalhos que estiverem fora dessa norma será dada nota zero. Uma razão dessa medida é evitar o uso de trabalhos de outros semestres ou material que circula na internet. Se o trabalho estiver parcialmente fora, haverá um desconto na nota independente da qualidade do trabalho. Exemplo de trabalho fora da norma: o tema escolhido só foi tratado de forma lateral.
IMPORTANTE: só responderei dúvidas sobre o tema do trabalho em até duas aulas após a aula (ou aulas) que dele tratarem. Para o aluno entender o tema, deve assistir a aula e/ou ler o resumo dela no moodle. Isso não quer dizer que não responderei dúvidas de outra natureza, inclusive na última aula sobre um ponto que apareceu na primeira. O aluno precisa vir às aulas e acompanhar de perto o programa, entre outras coisas, para se inteirar o quanto antes dos temas do trabalho. Não é incomum um aluno perguntar, no meio do curso, onde está disponível o texto 'x' (moodle, xerox, etc.). É esse tipo de falta de comprometimento com o curso, desde seu início, que quero combater. E a primeira medida é ser intransigente quanto à obrigatoriedade do aluno comparecer à aula, ter lido os textos da bibliografia primária e conhecer o 'contrato' que está assinando ao se matricular comigo, qual seja, o programa: é nele que estão os direitos e deveres dos alunos e do professor. Não responderei perguntas cuja resposta está clara no programa. Por isso mesmo, a primeira aula é dedicada a responder toda e qualquer dúvida sobre o programa.

Aspectos formais do trabalho:
- ter de cinco a oito páginas, sem incluir a folha de rosto e a bibliografia. Fonte times new roman, tamanho 12, espaço 1,5. Notas de rodapé: tamanho 10, espaço 1,5. Margens: 2,5 (acima e abaixo) e 3 cm (esquerda e direita);
- data máxima de entrega: cf. acima. Não será aceito trabalho em papel. O trabalho deve ser enviado para o seguinte email: [email protected]
- IMPORTANTE: o aluno só deverá considerar que o trabalho foi recebido pelo professor caso o email contendo o trabalho tiver sido respondido pelo professor em até 24h após ter sido enviado; se não for, envie novamente. Nenhum email enviado após 10h de 08/12 será respondido. Assim, não deixe para enviar o trabalho no último minuto. Não serão aceitas reclamações posteriores acerca de trabalhos supostamente enviados mas não corrigidos se o aluno não tiver se certificado de que o professor recebeu o trabalho.
- recuperação: também será um trabalho, mas o aluno só poderá escolher entre dois temas que serão informados pelo professor no dia 12/12. A data de entrega será 12/01/2017. Só tem direito a recuperação o aluno com nota igual ou superior a 3 e inferior a 5.

Temas do trabalho

O aluno deverá escolher um e somente um dos temas sugeridos abaixo. Mais sobre a "bibliografia" que pode ser usada nos trabalhos no item "bibliografia" abaixo.

Sete contra Tebas: o coro. Discutir como um coro composto por mulheres reage aos negócios públicos decididos pelos homens, sobretudo pelo rei.
Ájax: tragédia como crítica política contemporânea? Discutir até que ponto a tragédia faz referência a assuntos contemporâneos de Atenas, sobretudo assuntos políticos. Se faz, discutir se ela toma partido, tendo em vista que diversidade de opiniões é uma constante na democracia ateniense.
Héracles: a estrutura do drama. A tragédia divide-se em partes com pouca coesão entre si? É a performance que lhe confere unidade? Há temas principais que lhe dão coesão?
Rãs: crítica da poesia (trágica). O foco dessa comédia são assuntos políticos contemporâneos ou uma discussão "literária"? O julgamento do melhor tragediógrafo deixa entrever uma visão unívoca de poesia?

Bibliografia

A bibliografia do curso, em sentido estrito, é uma tradução dos cinco dramas que serão discutidos em aula. Essas traduções compõe a leitura obrigatória do curso. A tradução, porém, não será suficiente para o aluno fazer o trabalho. Todas as traduções em português citadas contêm introduções que podem auxiliar nos trabalhos. Outra ferramenta útil são os "comentários". Outros títulos serão informados ao longo do semestre. Para cada autor, coloquei primeiro as traduções/edições/comentários (nessa ordem) e depois os demais textos. Esse segundo grupo tende a ser composto por textos específicos, direcionados ao tema principal de cada aula. Ao longo do curso será fornecida mais bibliografia pelo moodle.
Os títulos da bibliografia abaixo são identificados de acordo com sua disponibilidade a partir do código abaixo (de alguns livros coloquei o link em nota de rodapé):

[x]: estarão na minha pasta no xérox (pasta 'tragédia');
[a]: disponíveis no seguinte endereço: www.academia.edu . Você deve digitar o nome do autor e procurar o artigo. Outra forma é digitar no google a referência completa e optar pelo link que leva à página academia.edu;
[m]: colocarei uma cópia em pdf no moodle;
[r]: podem ser baixados neste site: http://libgen.io/
[u]: disponível na biblioteca da usp
[o]: a revista ou o livro está on-line de forma gratuita

Ésquilo

MOTA, M. Sete contra Tebas de Ésquilo. Archai v. 10, 2013, p. 145-68. [o]
TORRANO, J. Ésquilo – tragédias: estudo e tradução. São Paulo: Iluminuras, 2009. [u]
WEST, M. L. (ed.) Aeschyli tragoediae cum incerti poetae Prometheo. Stuttgart: Teubner, 1990. [u]
PAGE, D. (ed.) Aeschyli: septem quae supersunt tragoedias. Oxford: Oxford University Press, 1972. [u]
HUTCHINSON, G. O. Aeschylus: Septem contra Thebas. Comentário. Oxford: Clarendon, 1985. [u]

HERMANN, F.-G. Eteocles' decision in Aeschylus' Seven against Thebes. In: CAIRNS, D. (org.) Tragedy and archaic Greek thought. Swansea: Classical Press of Wales, 2013, p. 39-80. [m]
LESKY, A. Decision and responsibility in the tragedy of Aeschylus. JHS 86, 1965, p. 78-85. [m]
SILVA, M. F. S. Ésquilo: o primeiro dramaturgo europeu. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2005. [o]
STEHLE, E. Prayer and curse in Aeschylus' Seven against Thebes. Classical Philology v. 100, p. 101–122, 2005. [m][ação ritual do coro]
TORRANCE, I. Aeschylus: Seven against Thebes. London: Bloomsbury, 2007.[r]
VIDAL-NAQUET, P. Ésquilo, o passado e o presente. In: VERNANT, J.-P.; VIDAL-NAQUET, P. Mito e tragédia na Grécia antiga II. São Paulo: Brasiliense, 1991. [u]
ZEITLIN, F. Patterns of gender in Aeschylean drama: Seven against Thebes and the Danaid trilogy.In: GRIFFITH, M.; MASTRONARDE, D. J. (org.) Cabinet of the Muses: essays on classical and comparative literature in honor of Thomas G. Rosenmeyer. Atlanta: Scholars Press, 1990.[o][discussão do coro]

Sófocles:

SÓFOCLES. Aias. Apresentação e tradução: F. R. Oliveira. São Paulo: Iluminuras, 2008.[u]
SÓFOCLES. Ájax. Trad.: T. Vieira. In: ALMEIDA, G.; VIEIRA, T. Três tragédias gregas. São Paulo: Perspectiva, 2007.[u]
SÓFOCLES. Ájax. Tradução, introdução e notas. M. L. O. Resende. Lisboa: Universidade de Lisboa, 2013. [o]
LLOYD-JONES, H. Sophocles. Cambridge, Mass./London: Harvard University Press, 1994. [u]
LLOYD-JONES; H. WILSON, N G. (ed.) Sophocles: fabulae. Oxford: Oxford University Press, 1990. [u]
FINGLASS, P. J. Sophocles: Ajax. Comentário. Cambridge: Cambridge University Press, 2011. [x]
GARVIE, A. F. Sophocles: Ajax. Comentário. Warminster: Aris & Phillips, 1998.[u]

BACELAR, A. As medidas de um conceito: ocorrências de hýbris no Ájax de Sófocles. Classica v. 19, n. 2, 2006, p. 236-44. [o]
EASTERLING, P.E. Tragedy and ritual: 'Cry 'Woe, woe', but may the good prevail'. Metis v. 3, 1988, p. 87-109. [o]
HAWTHORNE, K. The rhetorical resolution of Sophokles' Aias. Mnemosyne v. 65, n. 3, 2012, p. 387-400. [m]
KELLY, A. Aias in Athens: The worlds of the play and the audience. QUCC v. 111, 2015, p. 61-92.[a]
PIRES, F. M. Ájax, Atena e os (des)caminhos da métis. In: ―. Mithistória. São Paulo, 1999. [u]
WERNER, C. A arbitrariedade do sentido e do poder em Ájax 1047-1162. PhaoS v. 4, 2004, p. 141-57. [o]

Eurípides:

EURÍPIDES. Héracles. Trad.: C. Franciscato. São Paulo: Palas Athena, 2003. [u][m]
EURÍPIDES. Teatro completo. Trad.: J. Torrano. Vol. 1 e 2. São Paulo: Iluminuras, 2015-16. [e-book]
DIGGLE, J. (edição) Euripidis fabulae. 3 vol. Oxford: Clarendon, 1981-94. [u]
BARLOW, S. A. Euripides: Heracles. Comentário. Warminster: Aris & Phillips, 1996. [u]
BOND, G. Euripides Heracles. Introduction and commentary. Clarendon: Oxford, 1981. [u]
CONACHER, D. J. Alcestis. Comentário. Warminster: Aris & Phillips, 1988. [u]
LUSCHNIG, C. A. E.; ROISMAN, H. M. Euripides' Alcestis. With Notes and Commentary. Norman: University of Oklahoma Press, 2003.[r]
PARKER, L. P. E. Euripides Alcestis. With Introduction & Commentary. Oxford: Oxford University Press, 2007.[u]

FOLEY, H. Female acts in Greek tragedy. Princeton: Princeton University Press, 2001.[r][u]
KAMERBEEK, J. C. Unity and meaning of Euripides' Heracles. Mnemosyne v. 19, n. 1, p. 1–16. [m]
MASTRONARDE, D. J. The art of Euripides: dramatic technique and social context. Cambridge: Cambridge, 2010. [r][para o trabalho, cap. 3]
PAPADOPOULOU, T. Heracles and Euripidean tragedy. Cambridge: Cambridge University Press, 2005. [r]
PUCCI, P. Euripides post-modern: the Alcestis. Trends in Classics v. 3, 2011, p. 301-40. [m]
WERNER, C. Unidade e episódio. In: WERNER, C.; DOURADO-LOPES, A.; WERNER, E. (org.) Tecendo narrativas: unidade e episódio na literatura grega antiga. São Paulo: Humanitas, 2015, p. 11-28. [a] [livro útil para o trabalho]

Aristófanes:

ANDRADE, T. B. C. A arte de Aristófanes: estudo poético e tradução d'As rãs. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2014. [o]
SILVA, M. F. Aristófanes: Rãs. Tradução, introdução e notas. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2014. [o]
WILSON, N. G. Aristophanis fabulae. 2 vol. Oxford: Clarendon Press, 2007. [u]
HENDERSON, J. (edição) Aristophanes. Loeb Classical Library. 5 vols. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1998–2008. [u]
SOMMERSTEIN, A. (edição, tradução, comentário). Aristophanes. Warminster: Aris and Phillips, 1980–2002. [u]
DOVER, K. Aristophanes Frogs. Edição, introdução e comentário. Oxford: Oxford University Press, 1993. [r][u]
STANFORD, W. B. Aristophanes 'The frogs'. Introdução, texto, comentário. London: Macmillan, 1958. [u]

FARIA, M. O. O bom conselheiro: poesia n'As rãs de Aristófanes. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2016. [o]
HALLIWELL, S. Aristophanes' Frogs and the failure of criticism. In: —. Between ecstasy and truth: interpretations of Greek poetics from Homer to Longinus. Oxford: Oxford University Press, 2011. [r]
HUNTER, R. Aristophanes' Frogs and the critical tradition. In: —. Critical moments in classical literature. Cambridge: Cambridge University Press, 2009. [r]
KONSTAN, D. Greek comedy and ideology. Oxford: Oxford University Press, 1995. [r][u]
ROSEN, R. M. Aristophanes Frogs and the Contest of Homer and Hesiod. TAPA v. 134, 2004, p. 295-322. [m][u]
SOUSA E SILVA, M. de F. Crítica do teatro na comédia antiga. Lisboa, 1987. [u]
VICKERS, M. Aristophanes' Frogs: nothing to do with literature. Athenaeum v. 89, 2001, p. 187–201. [a]

Drama satírico:

SEIDENSTICKER, B. Dithyramb, comedy and satyr-play. In: GREGORY, J. A companion to Greek tragedy. Oxford: Blackwell, 2006. [r][u]

Importante

Todos os alunos devem estar cadastrados no moodle. Sempre que houver um impedimento físico no prédio, a aula será dada pelo moodle. Assim, a não ser em último caso, o cronograma do curso ficará mantido, especialmente a data de entrega do trabalho (exclusivamente por email);
As aulas pelo moodle funcionarão assim: na terça-feira, via de regra pela manhã, colocarei a aula no moodle na forma de um texto, que será composto por texto corrido e por trechos na forma de um esquema ou itens. O aluno terá até quinta ao meio-dia para me enviar, via moodle, toda pergunta referente à aula. Responderei às perguntas em conjunto na quinta, colocando um texto com as respostas no moodle;
A aula inicia pontualmente. Depois de 45min. faço chamada. Aos que chegarem depois de iniciada a aula, pede-se que entrem discretamente. Pede-se a mesma consideração daqueles que precisam sair antes de a aula terminar: que sentem em lugares que permitam uma saída que não prejudique os colegas e a dinâmica da aula.
Nas aulas que não ocorrerem por conta de bloqueio do prédio todos os alunos receberão presença;
A presença mínima obrigatória é de 70%;
Pede-se que os celulares sejam desligados e que esses não sejam utilizados durante a aula para enviar ou ler mensagens.
Após cada aula presencial, será colocado um esquema da aula no moodle . Esse esquema, de forma alguma, serve para substituir a aula dada, mas tão somente para orientar o aluno acerca dos pontos principais discutidos, caso ele não tiver assistido à aula.
Também usarei o moodle, eventualmente, para outras formas de complementar e/ou antecipar os temas previstos para a sala de aula, bem como para fornecer bibliografia complementar.
Não responderei perguntas de alunos que claramente não tiverem lido com atenção o programa. Para os alunos tirarem dúvidas sobre o programa é destinada a primeira aula;
Quando o post no moodle não for central para o curso o título virá entre colchetes.


Outras traduções:
PEREA MORALES. (tradução espanhola) [r]
AESCHYLUS. Tradução: Hecht; Bacon [r]
Esta tradução também está no banco de teses da USP.
Outros comentários:
JEBB, R. C. Sophocles: The Plays and Fragments. Parte VII: "The Ajax". Várias edições. [o: https://archive.org/details/ajaxeditedbyrcje00sophuoft
STANFORD, W. B. Sophocles Ajax. Bristol, 1981[1963][u]
Outra tradução: EURIPIDES. Heracles. Tradução: T. Sleigh; introdução e notas: C. Wolff.

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