Teores de fósforo e índice de estado trófico para o rio São Mateus

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V ENCAQUI Encontro Capixaba de Química – SBQ/ES

Teores de fósforo e índice de estado trófico para o rio São Mateus

Rômulo C. Lima1* (IC), Estevão R. de Paula2 (IC), Luziani S. Parahiba2 (IC), Aloísio J. B. Cotta3 (PQ)

1. Estudante de Engenharia Química do CEUNES; 2. Estudante de Licenciatura em química do CEUNES; 3. Professor do Depto de Ciências Naturais do CEUNES
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Palavras Chave: Fósforo, eutrofização, rio, poluição.
Introdução
A eutrofização é um dos mais graves e recorrentes problemas dos corpos hídricos em todo o mundo, no qual, o fósforo tem destacada importância. Este elemento atua como nutriente limitante à produtividade primária dos ecossistemas aquáticos. Porém, assim como o nitrogênio, quando em quantidades excessivas, este desempenha papel central no processo de eutrofização, o qual coloca em risco o abastecimento público devido presença de cor, sabor e toxinas na água. Além de implicar no comprometimento estético e elevação dos custos do tratamento da água. O índice de estado trófico (IET) é utilizado para estabelecer o grau de trofia para um corpo d'água, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por fósforo e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas. Neste trabalho, os teores de fósforo verificados nas águas do rio São Mateus, entre 2007 a 2013 (dados do IEMA - Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) e obtidos por esta pesquisa em 2015, foram utilizados na avaliação do IET, para o rio São Mateus-ES, conforme proposto por Lamparelli (2004).
Metodologia
Dados de 2007 a 2013, obtidos em campanhas trimestrais, em pontos (antes de cidade e na cidade de São Mateus-ES) para o rio São Mateus que foram divulgados pelo IEMA. E dados gerados em pesquisas próprias, desenvolvidas em 2015, compõe os dados que embasam esta avaliação. No CEUNES, as amostras de água foram analisadas conforme a norma NBR12772, para determinação do fósforo total.
Resultados e Discussão
Os 81 dados considerados foram ordenados de modo apresentar sua frequência em cada grau de trofia, Figura 1. A maior parte das amostras situa-se nos mais baixos graus de trofia. Porém, na cidade 20% das

Figura 1. Frequência em cada grau trófico.
amostras estudadas apresenta-se no grau eutrófico e alcançam o nível supereutrófico. O que não foi verificado no ponto antes da cidade, refletindo o aporte do nutriente P nos efluentes municipais. 12% das amostras tomadas antes da cidade excederam o limite 0,15 mg/L de P, estabelecido pela CONAMA 357 (2005), e este número ultrapassa os 25% para as amostras tomadas na cidade. Independentemente do local, os maiores teores de P foram registrados no período chuvoso, o que provavelmente reflete a contribuição de fontes difusas de P distribuídas na bacia hidrográfica.
Conclusões
Os efluentes não tratados da cidade de São Mateus-ES contribuem, como fonte pontual, para a elevação dos teores de P no trecho do rio próximo a cidade, sendo o limite (CONAMA 357, 2005) excedido com frequência. Destaca-se perceber também a influencia de fontes difusas, que agravam ainda mais a qualidade destas águas, as quais estão sujeitas à intensa floração de algas e seus respectivos impactos.
Agradecimentos e referências
Resolução CONAMA 357, de 17 de março de 2005. Conselho Nacional do Meio Ambiente. 27p.
LAMPARELLI, M. C. Graus de trofia em corpos d'água do Estado de São Paulo: Avaliação dos métodos de monitoramento. 2004. 238 p. Tese (Doutorado em Ciências). Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
NBR 12772. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Águas - Determinação de fósforo. 9p.








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