Teorias para a existência de Bancos

June 3, 2017 | Autor: M. Santos Oliveira | Categoria: Banking, Finance and banking, Banking and Finance
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Teorias para a existência de Bancos

Autores: JOSÉ RICARDO VASQUES MARCELO SANTANA MARCOS SANTOS OLIVEIRA

Professora: Dra. RAQUEL DE FREITAS Disciplina: BANKING 1

Autores dos Artigos e Capítulos Estudados Frederic Mishkin Graduate School of Business, Columbia University Board of Governors of the Federal Reserve (2006-2008)

Stanley G. Eakins East Carolina University

Anthony Saunders New York University Stern School of Business

Marcia Millon Cornett Bentley University

Douglas W. Diamond University of Chicago´s Graduate School of Business Raghuram Rajan University of Chicago Governor of Reserve Bank of India (since 2012) Chief Economist at the International Monetary Fund 2003-2006

Anil K Kashyap University of Chicago Booth School of Business

Jeremy C. Stein Harvard University Board of Governors of the Federal Reserve System (since 2011)

JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

2

3

Fontes de recursos externos para as empresas não financeiras: uma comparação entre países 11%

8% 7% 10%

5% 9% 8%

12% 15%

32% 18%

38%

76%

78%

56% 18%

Estados Unidos

Alemanha

Empréstimos Bancários Títulos de Dívida

Japão

Canadá

Empréstimos Não Bancários Ações

Fonte: Adaptado de Mishkin e Eakins (2012, pág, 136) JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

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Fatos básicos sobre Estrutura Financeira no mundo Por que o mercado de ações não é a fonte de financiamento mais importante das empresas, mesmo nos Estados Unidos?

Por que as empresas não usam títulos de dívida e emissões de ações mais intensivamente para financiar suas atividades? Porque fundos captados junto a intermediários financeiros na maioria das vezes são mais utilizados do que o financiamento captado diretamente dos investidores, mesmo por empresas com amplo acesso ao mercado de capitais? Fonte: Mishkin e Eakins (2012) JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

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Fatos básicos sobre Estrutura Financeira no mundo O que torna os bancos tão importantes para o funcionamento do sistema financeiro? Embora os bancos continuem a ser importantes, a sua quota no financiamento nos fundos captados pelas empresas vem diminuindo nos últimos anos. O que está impulsionando este declínio? Por que os mercados financeiros são amplamente regulamentados em todo o mundo? Por que só as grandes empresas tem amplo acesso ao mercado de capitais?

Por que as garantias são uma característica importante dos contratos de dívida? Por que os contratos de dívida são tão complexos e possuem cláusulas restritivas? JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

Fonte: Mishkin e Eakins (2012) 6

Tipos de Instituições Financeiras no USA Comercial Bank – depósitos, pagamentos, concessão de empréstimos, produtos de investimento e serviços

Thrifts

- especializada em aceitar conceder hipoteca e outros empréstimos

poupança,

depósitos

e

Insurance Companies – companhias seguradoras Securities Firm and Investment banks – estruturação, negociação e emissão de títulos para o mercado, tais como ações e títulos de dívida

Finance Companies – concede empréstimos individuais e para negócios, não aceita depósitos

Mutual Funds – fundos de investimento com gestão profissional, capta recursos de um grande número de investidores para investir

Hedge Funds - fundos destinado à investidores “qualificados” que aceitam maior nível de risco para buscar maiores retornos

Pension Funds – fundos de economias individuais geradas para aposentadoria

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Fluxo de Recursos em um mundo sem IFs Os Créditos Financeiros (Instrumentos de Capital e Dívida)

Usuários de recursos (Corporações)

Dinheiro

Fornecedores de Recursos (Famílias)

Fonte: Adaptado de Saunders e Cornett (2012, pág, 11)

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Riscos em um mundo sem IFs Emprestar dinheiro para obter créditos financeiros precisa de monitoramento contínuo para evitar calotes e mau uso dos recursos. Esse custo é alto porque requer tempo e coleta das informações.

A pesar da possibilidade de negociar títulos entre si, os depositantes podem enfrentar problemas sobre a venda de valores mobiliários, além do custos de transação

Custo de Monitora mento Financiamentos de longo prazo (hipotecas, ações e títulos) não incentivam os depositantes (famílias) a realizar diretamente.

Gera baixo volume de transações Risco de Preço

Risco de Liquidez

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Modelo Básico de Diamond (1984) Os Créditos Financeiros (Instrumentos de Capital e Dívida)

Empresário

Dinheiro

Credores

O ideal é ter a menor a relação dispendiosa.

Tipos de situações podem ocorrer

Contrato Sem monitoramento

Ocorrência do Free-rider

Um dos credores monitorar Todos os credores JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

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Fluxo de Recursos em um mundo com IFs Usuários de recursos

Fornecedores de Recursos

IF (Corretores)

Dinheiro

Dinheiro IF (Transformadores de Ativos)

Os Créditos Financeiros

Os Créditos Financeiros

(Valores mobiliários de Capital e Dívida)

(Depósito e Políticas de segurança)

Fonte: Adaptado de Saunders e Cornett (2012, pág, 13)

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Empresários

Depositantes

IF (Corretores)

Empresários

...

Depositantes Dinheiro

Empresários

(Valores mobiliários de Capital e Dívida)

...

Dinheiro

IF (Transformadores de Ativos)

Custo de delegação

Depositantes

Diversificação

Diversificação

Monitoramento delegado, segundo de Diamond (1984)

(Depósito e Políticas de segurança)

Condições: 1. Os Depositantes deve receber um retorno esperado por unidade depositada; 2. O mediador (IFs) deve receber um retorno líquido dos custos de monitoramento e eventuais sanções incorridas; 3. Os empresários deve manter um retorno menos elevado em relação a transação direta com credores. JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

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Transferências Diretas As Instituições Financeiras são o canal para intermediar os recursos para quem necessita e quem fornece. Proporcionando a redução do:

Custo de Monitoramento

• Atuar com elevado número de pequenos depositantes para financiar os usuários de recursos • Possui conhecimento, equipe treinada e tecnologia

Custo de Liquidez e Risco de Preço

• Fornecer mais crédito utilizando de fácil acesso a qualidade e quantidade de informações • Utiliza de depósitos, políticas de segurança ou outros valores mobiliários Fonte: Mishkin e Eakins (2012); Saunders e Cornett (2012)

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Informação Assimétrica Seleção Adversa

ocorre antes da transação

Riscos de crédito potencialmente ruim são os que procuram mais ativamente empréstimos. Assim, as partes que são os mais susceptíveis de produzir um resultado indesejável são os mais propensos a querer se envolver em operação. Risco Moral após a transação ocorrer O credor corre o risco de o devedor se envolver em atividades que são indesejáveis do ponto de vista do credor, porque eles tornam menos provável que o empréstimo será pago de volta. A análise de como os problemas de informação assimétrica afetam o comportamento econômico é chamado de teoria da agência JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

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The Lemons Problem George Akerlof – Nobel prize winner Compradores não dispõe de informações completas, os preços não refletem a qualidade individual dos carros, mas sua qualidade média

(Seleção Adversa)

Desta forma, os vendedores de carros em bom estado (peachs) possuem um desincentivo para vendê-los, já que o preço não refletirá sua qualidade

Como resultado da assimetria de informação presente nesse mercado, passa a prevalecer o problema da seleção adversa

Os vendedores de carros em mau estado (lemons), por sua vez, possuem um incentivo para vendê-los, pois o preço refletirá um prêmio em função de sua qualidade

Em função da presença de assimetria de informação entre empresas e investidores, o mesmo raciocínio pode ser aplicado ao mercado de ações e títulos de dívida

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Problema Agente-Principal A loja de Sorvete do Steve (Risco Moral)

Se Steve trabalha duro para fazer sorvete saboroso, mantém a loja limpa, sorri para todos os clientes, e apressa para esperar na mesa rapidamente, depois de todas as despesas (incluindo salário de Steve), a loja terá $ 50.000 em lucros por ano, dos quais Steve recebe 10% ($ 5.000) e recebe 90% ($ 45.000).

Mas se Steve não oferece um serviço rápido e amigável para seus clientes, utiliza a US $ 50.000 em renda para comprar obras de arte para seu escritório, e até foge para a praia, enquanto ele deve estar na loja, a loja não vai ganhar algum lucro.

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Financial Intermediation and Delegated Monitoring Diamond (1984)

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Este artigo analisa os determinantes dos custos de delegação, e desenvolve um modelo em que um intermediário financeiro tem uma vantagem de custo líquido em relação a créditos diretos e empréstimos.

Este modelo está relacionada com duas literaturas:  A que desenvolve condições ao monitorar informações adicionais sobre um agente que irá ajudar resolver problemas de risco moral.  A outra literatura relacionada é a de intermediação financeira baseado em informação imperfeita.

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Empresários

IF (Corretores)

Empresários

...

Dinheiro

Empresários

(Valores mobiliários de Capital e Dívida)

IF (Transformadores de Ativos)

Custo de delegação

A diversificação dentro de Depositantes IF é importante para reduzir custo de delegação; Depositantes

Diversificação

Diversificação

Aversão ao Risco e Diversificação, segundo de Diamond (1984)

• Dinheiro Ocorrendo Aversão ao Risco a partilha do risco fica entre a IF e os Depositantes Empreendedores;

...



Os custos de delegação (Depósito e Políticas de segurança) devem ser menores;

Tipos de Diversificação: 1. Muitos Intermediários monitora um grande número de intermediário. Ocorrendo uma subdivisão de risco; 2. Um único Intermediário monitora muitos empresários. JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

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Conclusões de Diamond (1984)

A diversificação é chave na IFS

No modelo neutro de risco aumenta os reursos

Na aversão ao risco não há grandes restrições

Obteve resultados similares ao Modelo Leland- Pyle

Os bancos Comerciais e as Seguradoras são as aplicações mai óbvias JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

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Insiders and Outsiders: The Choice between Informed and Arm’s-Lenght. Rajan (1992)

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Insiders and Outsiders: The Choice between Informed and Arm’s-Lenght. Bancos reduzem o custo de agência Bancos com maior nível de informação são mais flexíveis nas decisões de empréstimos

O modelo: Financiamento Trade Off

O projeto

Banco 0 0

1

2

2

1 Necessidade de financiamento

Decisão de continuar com o projeto, projeto agrega ou não valor.

Informação Maior estrutura para monitorar Menor custo de monitoramento Tamanho

Investidores

Informação

Contratos

Banco Tem a informação no mesmo momento do dono da firma

Investidores Informações Públicas

Retorno do projeto

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Insiders and Outsiders: The Choice between Informed and Arm’s-Lenght. Contratos: I

Melhor Solução Financiar o projeto somente se o mesmo for superavitário.

II

Financiamento Banco  Em situações ruins o Banco liquida a divida e tenta recuperar os recursos.  Influencia a decisão de continuidade do projeto  Pode solicitar o reembolso no momento (I) do projeto

IV

X

Investidores

III

 Não influencia a decisão no momento do projeto  O dono da firma pode forçar a continuidade do projeto em situações ruins  Pode estar disponível no curto prazo.

Escolhendo entre as alternativas 1.

Effect of Bargaining Power

2.

Effect of Project Quality

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Insiders and Outsiders: The Choice between Informed and Arm’s-Lenght. COnclusões: I

Bancos conseguem monitorar e controlar melhor os investimentos das empresas.

II

Bancos conseguem influenciar a divisão do valor excedente.

III

Existem diferenças entre a divisão do valor entre Bancos e Investidores.

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Banks as Liquidity Providers: An Explanation for the Coexistence of Lending and Deposit-Taking Kashyap, Rajan e Stein (2002)

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Existe sinergia entre as atividades de captar depósitos e conceder empréstimos? Os bancos persistem no sistema financeiro como uma distorção do ambiente regulatório

Os títulos das companhias financeiras seriam comprados por investidores dispostos a correr o risco das carteiras de crédito

NÃO

Alternativa mais eficiente Instituição Financeira captadora de depósitos autorizada somente a investir em títulos sem risco e de liquidez – Narrow Banking

A demanda por crédito suportada diretamente pelo mercado de capitais e companhias financeiras que obteriam fundos através da emissão de títulos de dívida

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Existe sinergia entre as atividades de captar depósitos e conceder empréstimos? As atividades de captar depósitos e conceder empréstimos são vistas como manifestações de uma única função primordial – prover liquidez

A sinergia entre as atividades de captar e emprestar tornam os bancos mais eficientes no papel de provedores de liquidez

SIM

Os bancos são os únicos capazes de prover fundos para fazer frente às necessidades inesperadas dos tomadores através de loan commitments e credit lines

Os bancos possuem estoque de liquidez destinado a suportar eventuais descasamentos entre as duas atividades de captar e emprestar

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Informação assimétrica Problemas

Ferramentas para resolvê-los Produção e venda de informação privada

Seleção adversa

Regulamentação do governo para aumentar a informação Intermediação financeira

O risco moral nos contratos de capital (problema agente-principal)

1e2

5 3, 4 e 5

Garantia e Patrimônio Líquido

7

Produção de informação: O monitoramento

1

Regulamentação do governo para aumentar a informação

5

Intermediação financeira

3

Contratos de dívida

1

Garantia e Patrimônio Líquido O risco moral em contratos de dívida

Fatos

Acompanhamento e aplicação de cláusulas restritivas

Intermediação financeira

6e7 8

3e4

Fonte: Adaptado de Mishkin e Eakins (2012, pág, 151) JOSÉ RICARDO VASQUES – MARCELO SANTANA – MARCOS SANTOS OLIVEIRA

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Vídeo

 Globalização da IFs  Conflito de Interesse

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29

Obrigado!!!

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