Territórios da espiritualidade e comensalidade no mundo Afrolatino

July 6, 2017 | Autor: Sandro Silva | Categoria: Cultural Heritage, Afro Latin America, Antropología Social
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Proposta de Grupo de Trabalho
Territórios da espiritualidade e comensalidade no mundo Afrolatino

Palavras: Território, Resistencia, Afrolatinos, Espiritualidade, Comensalidade.

A literatura antropológica sobre os coletivos afrolatinos tem insistido em abordagens como raça/etnia, reduzindo-os a um olhar externo. Como uma espécie de busca idealizada do passado, imaginado pelo investigador para explicar distintas formas de estar no mundo, esses coletivos aparecem sempre associados a imagens exóticas de feiticeiros, curandeiros e negros com traços de alguma pureza africana ou memória de escravidão. Nesta perspectiva o território e a territorialidade são abordados também como conceitos predefinidos que visam configurações estatizadas da propriedade coletiva da terra ou do exercício da ancestralidade.

Uma perspectiva mais ampla dessas categorias indica a possibilidade de estabelecer outras relações e articulações para se pensar a heterogeneidade das lutas desses coletivos na América Latina, tais como aquelas etnografias sobre o cotidiano afrolatino, que podem apresentar pistas para se pensar as lutas e tensões ensejadas pela crítica do lugar de vítima no qual essas pessoas são pensadas.

Que lugares têm as práticas e relações próprias dos mundos da espiritualidade e da comensalidade nas formas de resistência afrolatinas? Como várias pesquisas vem mostrando, as lutas e ações coletivas para a defesa da vida e dos territórios desses coletivos tem profundas relações tanto com os circuitos da alimentação quanto com as praticas religiosas. O território e a territorialidade como conceitos abertos e não como pano de fundo das práticas sociais representam ferramentas fundamentais para pensar as formas como diversos campos da vida se conectam de maneira singular para a produção das relações políticas.

A pergunta especifica do GT gira em torno da configuração de redes políticas a partir de trocas ao redor da espiritualidade e da comensalidade, de maneira a indicar os movimentos, trajetórias e processos que as criaram, as formas como nelas se colocam noções de território e territorialidade, vida e bem-estar singulares. Interessa-nos neste GT por em discussão os modos de existência dos coletivos afrolatinos, que permitam articular campos considerados heterodoxos como os da política e a espiritualidade.

A ideia é nos encontrar ao redor de trabalhos interessados em cartografar a multiplicidade dessas resistências para a descrição de novas possibilidades e horizontes inteligíveis na América Latina. Neste grupo serão bem-vindas etnografias sobre coletivos afrolatinos que levem em conta aspectos como a configuração de redes, a alimentação, as espiritualidades, e as territorialidades para identificar aí temas como as formas organizativas, as faces da memória, as relações com agentes e agências das Políticas Públicas desde este enfoque territorial e politico mais amplo.




Coordenadores

Sandro Silva
[email protected]
Prof. Adjunto do Departamento de Ciências Sociais, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Direito, ambos da Universidade Federal do Espírito Santo. 
CV: http://lattes.cnpq.br/9873497099288005

Cauê Fraga Machado
[email protected]

Doutorando do Programa de Antropologia Social do Museu Nacional da UFRJ. Membro da Associação Brasileira de Antropologia (ABA).
CV: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4243641J8


Natalia Quiceno Toro
[email protected]

Antropóloga, professora e investigadora do Instituto de Estudos Regionais da Universidade de Antioquia. Mestre em Ciência Política. 





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