Terrorismo, Antiterrorismo e Crime Transnacional Organizado.docx

May 27, 2017 | Autor: Marta Pereira | Categoria: Terrorism, Transnational Organized Crime, Antiterrorism
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http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/08/140808_iraque_minoria_cercada_fn_vj
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?did=158262
http://www.iraqinews.com/features/exclusive-isis-document-sets-prices-christian-yazidi-slaves/

https://news.vice.com/article/isis-is-still-holding-nearly-2000-yazidi-women-as-slaves
http://www.uniraq.org/images/humanrights/UNAMI%20OHCHR_Report%20Yezidi%20Survivors%20A%20Call%20for%20Justice_FINAL_12Aug2016.pdf
http://aranews.net/2016/06/isis-extremists-burn-death/
http://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/isis-burn-19-yazidi-women-to-death-in-mosul-for-refusing-to-have-sex-with-isis-militants-a7066956.html

"compravam-nos como se faz com carros"
"Eu supliquei-lhe para ficar com a minha irmã. Mas ele bateu-me com uma pistola na minha cabeça até eu sangrar. Eles não me levaram para o hospital mas antes levaram-me de novo para a prisão enquanto estava inconsciente."
"Nós ficavamos assim por cinco meses. Não havia comida suficiente, e nós não nos podíamos limpar. Eu fui vendida outra vez, por dois meses."
"Eu fui dada como presente. Eu fui violada, muitas vezes, até seis vezes por noite. Eles sempre me amarravam as pernas e os braços enquanto me violavam. Uma vez eu tentei fugir mas eles apanharam-me outra vez: eles não me alimentaram por seis dias e bateram-me três vezes por dia e cada vez com uma cana com doze chicotadas."
UNL-FCSHO Terrorismo, Antiterrorismo e o Crime Transnacional Organizado 27/10/2016


Ano Letivo 2016/2017Ano Letivo 2016/2017
Ano Letivo 2016/2017

Ano Letivo 2016/2017




Terrorismo, AntiTerrorismo e o Crime Transnacional Organizado




Docente: Professora Alexandra Magnólia Dias
Discentes: Cláudia Silva nº47832
Cristiana Almeida nº47834
Daniel de Almeida nº44581
Laura Filipa nº47893
Marta Pereira nº47965Discentes: Cláudia Silva nº47832
Cristiana Almeida nº47834
Daniel de Almeida nº44581
Laura Filipa nº47893
Marta Pereira nº47965 Unidade Curricular: Estudos de Segurança
Discentes:
Cláudia Silva nº47832
Cristiana Almeida nº47834
Daniel de Almeida nº44581
Laura Filipa nº47893
Marta Pereira nº47965
Discentes:
Cláudia Silva nº47832
Cristiana Almeida nº47834
Daniel de Almeida nº44581
Laura Filipa nº47893
Marta Pereira nº47965
1º Semestre
CPRI e GPR

Enquadramento Teórico
Terrorismo
O que é o terrorismo?
O terrorismo é uma ameaça à interacção entre a nação/Estado e a segurança humana, envolvendo directamente meios de intimidação e força contra civis ou estruturas Estatais a fim de chantagear os atores políticos. Os efeitos não são só físicos, mexendo com a sociedade, economia e política vigente, sendo os actos imensurável quantitativamente. Estes actos são feitos por atores com uma dimensão menor (estatal ou não estatal) daqueles à qual perpetuam o acto de terror.
Explicações e causas do terrorismo
Há várias razões para explicar a existência do terrorismo, desde diferenças sociais, falta de oportunidade de participar na vida política, a globalização como causa de diferenças de desenvolvimento Humano, pois pode ter sido um choque para algumas culturas e ou sociedades que levou à marginalização dessa mesma população, a resistência a certas mudanças, muitas vezes impostas, como também a influência dos média ou de pessoas carismáticas e prestigiadas, vistas pelo "povo" como sábios, geradores de influência.
Evidenciam-se os problemas relacionados com a pobreza e o subdesenvolvimento como causa para estas ações de terror. O processo de modernização, associado à globalização não é igual em todos os países ou regiões, havendo diferenciações quer pela cultura, história, regimes políticos, democrático ou não democrático e se tem recursos naturais ou falta deles. A partir disto pode-se dar uma marginalização sociocultural e uma frustração relacionada com um comportamento sociopsicológico pela diferença entre as expectativas e a realidade que a modernização trouxe. Além disto, muitos autores afirmam que a causa para estes problemas é a falta de educação, falta pelos direitos humanos, instabilidade politica, falta de coesão nacional e o desrespeito pela lei. Mas, não podemos cair na falácia que, mais democracia significa menos terrorismo
O Terrorismo é mais susceptível a se manifestar em estados com regimes híbridos ou "anocracias" (que combinam características democráticas com autoritárias), uma instabilidade politica. Cerca de metade dos incidentes terroristas entre 2002 e 2011 foram em países com características hibridas. Também os chamados de Estados falhados, ou com democracias fracas, por exemplo a India, Tailândia e o Paquistão, duplicaram os incidentes terroristas desde 2002. Mesmo que as democracias mais desenvolvidas assegurem um maior nível de direitos políticos e civis, maior segurança para as suas pessoas e menos violência interna, é o terrorismo, vindo de fora, na maioria, o cerne da preocupação por estarem mais vulneráveis. Estes estados democraticamente mais desenvolvidos são preocupados com os seus civis, o que faz com que haja uma chantagem por parte dos terroristas, que pressionam e dificultam a vida politica aos governantes.
O 11 de Setembro e a ascensão do terrorismo
As dinâmicas globais do terrorismo também refletem tendências de conflitos armados e a partir do inicio deste novo milénio que se registou uma subida acentuada sobre conflitos armados. Contudo, entre 2001 registou-se cerca de 31 000 incidentes terroristas e 64 000 mortes ligadas ao mesmo. Em 2011 houve um acréscimo, segundo o Global Terrorism Database de 464% desses episódios em comparação com 2002. - Entre 2001 e 2004 houve uma diminuição, mas em 2005 os ataques terroristas dispararam, atingindo um pico de cerca de 5000 incidentes por anos, nivelando-se assim até 2011. Os incidentes nesta década são de maior foco no Afeganistão, Iraque e Paquistão, sendo o Iraque o mais afetado com estes ataques.
Após o 11 de Setembro, associado à Al-Qaeda nasce um novo tipo de terrorismo, o "Global Terrorism", que é um tipo de terrorismo à escala global que põe em causa a ordem global.
O terrorismo global move-se pela doutrina que é necessário mexer com as políticas internacionais e nacionais de estados hegemónicos, como os Estados Unidos da América. Estas são as características do 11 de Setembro, como os atentados em Bali, Istambul, Madrid e Londres.
O "Global Jihad" é um desafio ideológico para o mundo atual, sendo uma doutrina antissistema que tem vindo a ter muitos apoiantes e crentes. Esta crença jihadista pode ser coerente, mesmo que utópica, tendo um conceito alternativo da ordem global, baseado nas regras de Deus, que inspira bastantes pessoas prontas para promover esta ideologia através de meios violentos. Não é apenas uma convicção internacional, transnacional, mas supranacional, rejeitando toda a noção de "estado-nação" elevando a causa a algo superior, sem Estado ou fronteiras, onde as pessoas são caracterizadas não pela sua etnia ou cidadania mas apenas por serem crentes, ou não, de um Deus.
A doutrina de terror da al-Qaeda, segundo alguns académicos e especialistas, tem vindo a regionalizar-se, havendo uma adoção por parte de outras regiões muçulmanas destes mandamentos radicais. Contudo, a al-Qaeda alega que os "parceiros regionais" nos outros países muçulmanos são pequenas células e "lone-wolves", que aderem ideologicamente ao jihadismo global, mas que não fazem parte do mesmo grupo. - No ocidente, existem apoiantes do al-Qaeda, os chamados "post-al-Qaeda", que seguem uma prospetiva ideológica e estratégica formulada pelo jihadismo global, mas que são também "lone-wolves" pois estando do centro dos objetivos islâmicos, não estão ligados ao al-Qaeda, mesmo que se reivindiquem como tal. Contudo, há uma falta de crença que prove que não estão ligados à "al-Qaeda Central"
Transnacionalização do terrorismo
Os grupos terroristas tendem a operar de forma a alargarem a sua esfera de ação, havendo uma angariação de fundos para manter a causa, propaganda, planear atividades e recrutar pessoal para transpor as suas fronteiras das suas áreas de operação. Para muitos grupos que são guiados por ideologias religiosas, a transnacionalização significa também um progresso das suas causas e da universalidade da ideologia. Por exemplo, células islâmicas na Europa com cidadãos europeus, comprometidos com grupos terroristas muçulmanos, guiados por uma ideologia de um "mundo islâmico". - Para muitos grupos, especialmente aqueles que são guiados por ideologias religiosas, há um grande nível de transnacionalização das suas atividades e também um progresso das suas ideologias universalistas.
O Terrorismo Global é praticado por:
Atores com uma agenda universalistas
Perseguem objetivos existentes não negociáveis globais
O Global Jihad é um movimento com um desafio ideológico
1.1.2 DAESH – "al-dowla al-islaamiyya fii-il-i'raaq wa-ash-shaam"
1-As origens do Estado Islâmico
DAESH, ou Estado Islâmico do Iraque e Síria, ou do Levante, é uma organização que nasceu em 2004, juntando o regime de Saddam Hussein e a Al-Qaeda de Bin Laden.
Os Eua ao derrubarem o regime de saddam no iraque surge uma situação de violência generalizada onde emergem uma série de grupos terroristas, sendo que vários elementos foram detidos, mas sem saberem estavam a apresentar uns aos outros os futuros fundadores do daesh quando os juntaram na prisão militar americana "camp bucca", Segundo Jean-charles Gisard, o director do centro de análise ao terrorismo, este sitio era uma incubadora a céu aberto e assim não havia necessidade de irem para a clandestinidade, foram todos reunidos pelo exercito americano neste campo onde puderem idealizar à vontade o que mais tarde seria o daesh.
Em 2003, com a queda do regime de Saddam, membros da Al-Qaeda deslocaram-se para o Iraque para combater frente às tropas dos Estados Unidos da América, proclamando-se "Al-Qaeda no Iraque" ao comando de Zarqawi.
Este foi assassinado em 2006 pelas forças norte-americanas no Iraque, o que fez que "Al-Qaeda no Iraque" mudasse de nome para "Estado Islâmico do Iraque". Em 2010, este grupo tem um novo líder, Abu Bakr Al Baghdadi que tirou proveito da saída das tropas americanas em 2011 e da Guerra Civil da Síria que teve inicio nesse mesmo ano.
Este grupo terrorista contactou patrocinadores poderosos nos estados do golfo. Mas, o verdadeiro plano do futuro califa era criar um novo estado que se autofinanciasse. Desta forma, o grupo conquistou bairros e mais tarde grandes parcelas de terreno até controlar hoje metade da síria e um terço do Iraque, controlam cidades com centenas de milhares de habitantes, como raqqa na siria que tornaram a sua capital, e desde junho de 2014 Mossul a segunda maior cidade iraquiana.
O ISI expandiu-se pelo Iraque. Em 2013, Baghdadi negou ordens dos seus superiores da Al-Qaeda, tornando a organização independente e sem conexão à Al-Qaeda. Surge o Estado Islâmico do Iraque e Síria. O DAESH, foi o nome atribuído pela Comunidade internacional ao ISIS para retirar o peso simbólico de "estado", para não lhes promover esse estatuto.
O Daesh controlava os bancos principais sobretudo a agência de mossul, o banco central iraquiano. E assim, tinham a seu dispor centenas de milhares de dólares e controlavam também mais os 30 bancos locais. Só isso coloca logo milhares de milhões de dólares nos seus cofres. Posto isto, o daesh tem assim capital para continuar a sua grande ofensiva e com o seu território em expansão as suas fontes de rendimento multiplicam-se.

DAESH- Estado Islâmico no Iraque e do Levante
DAES- Aquele que esmaga algo debaixo dos pés
DAHES- Quem semeia discórdia



Crime Transnacional organizado
O que é o crime transnacional organizado?-
O crime organizado, em especial o transnacional, não pode ser resumido a uma criminalidade comum cujo fator distintivo é a capacidade de operar além fronteiras. Então como podemos explicar o crime organizado e as suas diferenças face ao crime comum?
É comum termos a ideia de que o crime organizado é um fenómeno recente, facto que se deverá provavelmente à insistência atual dos media neste assunto. No entanto, a verdade, não podia estar mais longe disso. O crime organizado teve, em geral, origem em pequenos grupos de tipo gang ou clã, com base étnica, nacional ou até familiar. Embora as suas causas para o desenvolvimento deste fenómeno tenham diferido de Estado para Estado, existem traços comuns que podem ser apontados. É o caso das mudanças políticas, económicas, sociais, jurídicas e tecnológicas que a Europa sofreu nos últimos anos.
O conceito de crime organizado transnacional foi apenas introduzido nos anos 90 do séc. XX. Dentra das definições que existem as mais importantes são a das Nações Unidas segundo a qual, o crime organizado é constituído por "(…) a structured group of three or more persons, existing for a period of time and acting in concert with the aim of committing one or more serious crimes or offences established in accordance with this Convention, in order to obtain, directly or indirectly, a financial or other material benefit". É de referir que as Nações Unidas têm organização contra crime organizado, Palermo Convention. – Grupo estruturado de 3 ou mais pessoas, existente por um período de tempo e agindo
Outra definição relevante é a da União Europeia cujo conteúdo não diverge muito: "Criminal Organization means a structures association, established over a period a period of time, of 2 or more persons, acting in a concerted manner with a view to commiting offences which are punishable by deprivation of liberty or a detention order (…) whether such offences are an end in themselves or a means of obtaining material benefits and, where appropriate, of improperly influencing the operation of public authorities." No que diz respeito a outras definições oficiais, é possível encontrar diferenças notórias entre estas.

Outra definição:
"Most transnational criminal organizations are concerned about profit rather than politics, and are unlikely to want to undermine a system that they are able to exploit and abuse for their own purposes. A few other groups, especially those linked to "pariah states" may have more disruptive goals. Treating these very different organizations as part of a single global challenge is not only misleading conceptually, but could encourage a policy response that is as ineffective as it is undifferentiated." Phil Williams. – autor citado no texto do moodle.
Quais as suas características?
Apesar da variação de definições destaca-se, na sua maioria, desde logo um conjunto de características tradicionais presentes. Então apresento-vos 9 características comuns no crime organizado:
1. Não tem objetivos políticos: o seu objetivo é ter mais e mais poder;
2. Hierarquia: entendida como uma estrutura de controlo, uma estrutura vertical, onde no topo se encontra o chefe da organização e abaixo estão os seus subordinados;
3. A participação dos seus membros é definida através de qualidades individuais específicas;
4. Sendo que todos juntos formam uma subcultura, onde os seus"seguidores" aceitam padrões de comportamento e regras distintas das adotadas pelo resto da sociedade, criando assim normas próprias que passam a ser aceites e obedecidas pelos seus membros;
5. Dá-se o perpetuamento da organização criminosa através da agregação de novos membros, os quais se comprometem a seguir as normas e valores da organização;
6. Recurso à força e corrupção como instrumentos específicos de proteção e regulamento da organização. Estas usam métodos destinados a destruir os obstáculos à sua atividade os quais passam habitualmente pelo uso da violência ou de outros meios de intimidação e pelo exercício de influência na política, nos média, na economia e no meio judicial.
7. Especialização e divisão das tarefas entre os membros do grupo com o objetivo de aperfeiçoar as suas atividades. Ou seja, a estrutura do crime organizado é muito desenvolvida, durável e a sua organização, baseada na divisão científica do trabalho, pode ser comparável à de uma empresa. A sua grande flexibilidade permite-lhe adaptar-se permanentemente e expandir a sua criatividade a novas zonas geográficas (áreas internacionais) e a novos mercados, o que lhe dá igualmente um cariz multifacetado. De acordo com John Salt, é muito possível que a organização deste tipo de grupos se baseie, não num núcleo centralizador, mas em conjuntos de pequenas redes independentes que, embora inter-relacionadas, se vão alterando consoante as necessidades do mercado: "as anyone network grows it may incorporate others and recruit more international staff with diferente ethnic origins, allowing to specialize". Outro autor, J. Juhász, apresenta uma descrição semelhante: "they typically have a celular and hierarchical structure where executive units are left in the dark about a higher level control that is well organized and difficult the penetrate". Um estudo mais alargado, desenvolvido pelas Nações Unidas, chegou, contudo, à conclusão de que esse nem sempre é o caso. Tendo analisado 40 casos práticos oriundos de todo o mundo, esta equipa constatou que não existe uma estrutura modelo única, mas uma multitude de formas organizativas, variando quanto ao seu grau de descentralização.
8. Dedicação a atividades ilegais com o objetivo de hegemonia na distribuição de determinados bens e serviços num território pré estabelecido; Esta dedicação a atividades ilegais, atividades estas, que são desenvolvidas no seio de um grupo hierárquico de pessoas, cujo objetivo é unicamente o lucro. Este ponto é especialmente importante para alguns autores que veem aqui a distinção fulcral entre o crime organizado e outros grupos, tais como os terroristas. É o caso de David Whittaker que defende que "the ordinary criminal's violente act is not designe dor intended to have consequences or create psychological repercussions beyond the act itself. Unlike the criminal, the terrorista ir not pursuing purely egocentric goals – he is not driven by the wish to line his own pocket or satisfy some persoal need or grievance." Bruce Hoffman confirma esta ideia ao escrever que "o terrorista é fundamentalmente altruísta pois acredita que está a servir uma boa causa e que foi designado para servir uma melhoria do estado das coisas (…) o criminoso, em comparação não serve causa alguma, só o seu engrandecimento pessoal e saciação material".
9. Alto controlo através de normas e regras pré estabelecidas como qualquer outra organização legitima.

Mudanças:
É normal que com as recentes mudanças no sistema internacional que o crime organizado, motivado não só pela procura de maior lucro, mas também pela necessidade de se adaptar às respostas dos países em que opera, se afaste pouco a pouco destas características mais tradicionais. Sendo que crime transnacional está a passar de uma organização hierárquica, de controlo e comando, para uma constelação de redes interativas e adaptáveis.
Atores do crime transnacional organizado:
Existem 5 tipos de atores:
1. Terroristas
2. Criminoso
3. Rebeldes
4. Warlords
5. Companhias privadas militares






FInanciamento dos DAESH
Mergulhámos no coração do sistema de financiamento do daesh que ironicamente deve grande parte da sua ascensão aos EUA.
Para acumular a sua fortuna o daesh conseguiu aquilo que nenhum outro grupo terrorista jamais imaginou: construir o seu próprio estado. Os jihadistas tomaram o território do tamanho da itália onde vivem 10 milhões de pessoas.
Nesta guerra não está envolvido só o território, mas também há dinheiro envolvido, pois os subsolos desta região são dos mais ricos do mundo.
"O daesh quer apoderar-se da nossa terra, do nosso petróleo, das nossas mulheres e da nossa honra".
Queremos saber como é que o daesh se tornou uma das organizações terrorista mais ricas e poderosas de todos os tempos, e demonstrar que esta entidade terrorista se financia através da exploração das várias formas existentes de crime transnacional organizado.
As várias fontes de financiamento do Daesh:

Começando pelo petróleo que compõem uma parte substancial do seu rendimento e com o qual os jihadistas fazem um tráfico intenso apesar da pressão internacional.
Outro comércio ilegal foi também descoberto e ainda mais espantoso: o algodão, uma matéria-prima para a qual o grupo terrorista baixou os preços, para atrair os compradores internacionais, até em frança. "A Proveniência não interessa aos compradores, apenas lhes interessa o preço e a qualidade".
O daesh extorque também impostos aos 10 milhões de civis e assim aumentam diariamente a sua fortuna.
PETRÓLEO:

Os jihadistas exploram uma matéria muito preciosa, o petróleo que conseguiram extrair e vender por todo o mundo.
Segundo as nossas fontes, o petróleo representa um quarto de todas receitas do daesh, certa de 600 milhoes de dólares por ano, mas como conseguem extrair o ouro negro e transformá-lo em milhões de dólares?
Os jihadistas têm uma forma radical de explorar os poços de petróleo de forma bastante eficiente. Eles escavam um canal que liga o poço a um ponto acessível, depois disso estar feito usam pequenas bombas para encher os camiões cisterna. Um rego rudimentar que serve de oleoduto o que permite aos jihadista extraírem petróleo sem parar.
De forma tradicional é possível extrair 600 barris por dia, mas eles conseguem extrair mil barris por dia e normalmente não é possivel explorar um poço assim, mas a sustentabilidade não lhes interessa, pois o dinheiro é o principal fim.
Mil barris por dia equivalem a 160 mil litros de petróleo, sendo que este será alvo de intenso contrabando.
É um comércio ilegal cujos meandros nos serão regulados por um combatente do daesh que foi feito prisioneiro de guerra (abu Hassan) O que acontecia ao petróleo?
-Algum era refinado no local e a gasolina era vendida para consumo local, mas o crude era transportado para a fronteira turca (3000 barris em camiões de cisterna especiais). Para arranjarem compradores os jihadistas baixaram os preços, cada barril é vendido a 20 dólares, três vezes menos que os preços do mercado oficial, no auge deste trafico o daesh lucrava 2.5 milhões de dólares por dia.
MAS, teoricamente não o podiam vender, pois está sujeito a um embargo internacional imposto para lhes cortar o fornecimento de bens. MAS, em Bagdade, o ministro do petróleo do Iraque insiste que certos países não respeitam esse embargo e o dedo está apontado mais ou menos à Turquia Os campos de petróleo controlados pelo daesh estão perto da fronteira turca e aí o trafico de petróleo é muito frequente e como são cúmplices é fácil o petróleo circular. Muitos países no mundo estão a beneficiar deste petróleo barato e infelizmente muitos pensam nos seus interesses e encorajam este tráfico de petróleo em vez de combater o daesh.
Assim que o petróleo entra na Turquia o daesh já está a lucrar, pois aí é misturado com petróleo legalmente importado e tornando impossível descobrir a sua fonte. É impossível rastrear este petróleo, rapidamente passamos de petróleo proveniente dum poço controlado pelo daesh a um petróleo vendido no mercado internacional pelos mediadores porque é um produto frangível.
As refinarias compram petróleo a intermediários que o compraram a outros intermediários e por ai, por isso quando em última instancia o petróleo não é possível de rastrear. Algum deste petróleo do daesh acaba por vir parar aos depósitos dos nossos carros. Este escândalo foi revelado em 2015 pela embaixadora na EU no Iraque, sendo que existem estados-membros da EU a comprá-lo.
Posto isto foram orquestrados ataques para destruir as rotas de contrabando por uma coligação liderada pelos EUA que executam ataques aéreos contra instalações de produção de petróleo na síria e no Iraque, o que reduziu para metade o lucro do daesh, mas este conseguiu diversificar porque as suas conquistam são sempre motivados pelo lucro.
ALGODÃO

Como sabemos exploram petróleo, gás, minas de fosfatos e fabricas de cimento, mas a organização jihadista também controla uma das planícies mais férteis da região. Todos os anos a agricultura geravam um lucro de 180 milhões de dólares e tudo devido ao algodão. Com 500 mil toneladas produzidas anualmente antes da guerra, a síria era um dos maiores dez exportadores mundiais.
Ao comprarmos roupa no ocidente podemos estar sem querer a financiar o terrorismo, pois este algodão sírio ainda chega ao mercado têxtil europeu e é fortemente taxado pelo daesh.
Muitas roupas de baixo custo vendidas em frança provêm da Turquia (A Turquia é o 2º fornecedor de tecidos da União Europeia e o 3º de roupa, de acordo com dados da UIT (Union des Industries Textiles), uma associação comercial têxtil francesa), pois os fabricantes locais tentam comprar o algodão mais barato possível venha ele donde viver. Para tal os comerciantes de algodão têm o fornecedor ideal: a Síria --- 200 mil toneladas nos últimos 3 anos importadas do daesh, sendo que este controla 90% dos campos de algodão da Síria e os tecelões turcos são um dos maiores clientes de algodão sírio, visto que é mais barato 20 a 30 % que o algodão americano e sendo assim na gama de baixo custo o algodão do daesh tem sucesso, mas devido à recente pressão internacional o governo turco tentou limitar as importações da Síria.
No entanto, continuam a comprar porque é mais barato e vem de perto, tendo em conta que os campos de algodão ficam a 10 km da fábrica e portanto os custos de transportes são mais baixos, uma vantagem considerável para a produção de baixo custo, mas este negócio lucrativo esconde uma realidade chocante, pois na Síria, os produtores são taxados directamente pelo Daesh.
Por cada dólar de algodão vendido aos comerciantes, os produtores de algodão pagam 10 cêntimos ao grupo jihadista. Mas, no outro extremo da cadeia de produção, os olhos permanecem fechados para este fenómenos. Existem mais provas de que para além de fabricarem roupa para o mercado local, a itália e frança que utilizam algodão proveniente do daesh, e isto acontece porque o ocidente só compra roupa a preço baixíssimo e para ser rentável para os tecelões têm de comprar algodão mais barato, sendo o daesh uma ótima opcção.
O algodão Sírio que entra pela Turquia entra através de canais não oficiais, aos quais não temos acesso direto e as empresas têm dificuldade em identificar a origem das suas matérias-primas, uma vez que o algodão muda de proprietário e de localização múltiplas vezes.
No entanto, fontes europeias enunciam que a maior parte do algodão sirio esta a ser utilizado pela industria têxtil nacional do pais, sobrando assim muito pouco para a exportação.
H & M, reiterou nesta sexta-feira que vai ou cortou os laços com fornecedores que utilizam o algodão do Turquemenistão ou a Síria. Isso foi em resposta a um inquérito pela agência de notícias sueca TT alegando que a H & M e Inditex, dono da Zara rival, estavam ligados à Turkmenian sub-empreiteiro Turkmenbasji que é dito ter usado trabalho forçado.
IMPORTAÇÕES/EXPORTAÇÕES

Ao contrário do que possamos pensar, o daesh não está isolado do mundo. Embora alguns produtos sejam vendidos apenas no mercado negro, outros são comercializados dentro da total legalidade. Com execeção das armas, petróleo e liquidez financeira, os embargos não estão a pressionar as áreas sob controlo jihadista. Dez milhões de pessoas vivem neste território e precisam de comer e o daesh aproveita-se desta situação.
Ikis é uma cidade da fronteira entre a Turquia e a Síria onde o negócio da importação e exploração floresce e onde existe um importante posto alfandegário para entrar na Síria , onde passam series de camiões que contêm produtos de exportação para a mesma, nomeadamente cimento, ferro, bens alimentares, sendo que alguns até vão para Mossul, ou seja, tudo dirigido para o daesh. O daesh fica a 26 km deste posto de controlo e a turquia deixa passar facilmente a mercadoria e até declaram legalmente que os produtos se destinam ao DAESH (azaz, al-qamishli , raqqa e hasakah) Este fácil fluxo contribui directamente para o financiamento do daesh e existem empresas de importação/exportação, nomeadamente transitários rodoviários que transportam mercadoria da Turquia para a Síria com camiões e enviam mercadoria de clientes turcos para compradores sírios e que cruzam a fronteira todos os dias.
A maioria dos bens destina-se às populações, mas alguns fornecedores privados tiram partido desta rede de exportação legal que enviam bens para o daesh e estes vendem-no e lucram com isso, por exemplo vendem telefones e eles compram-nos e vendem-nos e com esse dinheiro compram armas e pagam salários.
IMPOSTOS E TAXAS DE CÂMBIO

Para além disto, o daesh também ganha dinheiro com as transacções tradicionais entre os comerciantes. Em Gaziantep a principal cidade na fronteira é onde tem lugar o centro deste sistema financeiro duvidoso que está montado para contornar o embargo internacional decretado aos bancos do daesh.
Este sistema financeiro é bem conhecido pelos especialistas do terrorismo, a típica hawala, sendo que é um sistema tradicional e informal de transferência de dinheiro que implica apenas confiança. Suponhamos: a pessoa A é o homem sírio que comprou os frangos a uma comerciante turco e a B é esse comerciante que quer receber, mas entre dois países é impossível fazer transferências de dinheiro e por isso recorrem a uma rede internacional de cambistas clandestinos: o comprador sírio vai a uma agencia perto de si e levanta os 10 mil dólares, o agente liga ao seu homologo na Turquia e pede-lhe que entregue o dinheiro ao vendedor na Turquia e como ambas as agências colaboram regularmente em transacções bilaterais, os depósitos e levantamentos estão sempre equilibrados, nunca há uma transferência física, o dinheiro não circula.
Esta é uma técnica utilizada sobretudo pela al-qaeda e que ajudou a financiar o 11 de Setembro, sendo que existem transacções até 1 milhão de dólares e apesar de ser clandestino, o daesh controla esta economia paralela, sendo que em raqqa eles cobram impostos aos cambistas e por isso o câmbio é então outra considerável fonte de rendimento, pois tudo o que entra no seu território é taxado. E com estas taxas alfandegárias ilegais o daesh obriga os seus inimigos a financiá-los.
Nos arredores de Bagdade situa-se o mercado grossistas Jamila e é aqui que os comerciantes se vêm abastecer, pois a agricultura é escassa no Iraque e portanto muitos produtos vêm de países vizinhos como da Síria e Jordânia em que mil camiões chegam todos os dias e 10% da mercadoria vem da Turquia e para chegarem a Bagdade não têm alternativa senão atravessar o território do daesh e para isso têm de pagar, como acontece na província de al-anbar, onde cada camião paga 250 dólares e este imposto rende ao daesh 30 mil dólares por dia e esses produtos são destinados ao mercado de Bagdade e é impossível para os comerciante evitarem isso.
Os funcionários alfandegários do daesh recorrem a métodos externos para com os que falham no pagamento, nomeadamente quadruplicam o preço e pagam à entrada ou saída ou então são decapitados, e os jihadistas até passam recibo e oficializam este imposto.
Cada provincia tem um correspondente, um supervisor financeiro que vigia para o ministro das finanças em assuntos de contabilidade e que criam comités financeiros e decidem onde investir os lucros, nomeadamente destinados ao esforço da guerra e desta forma instauram uma politica fiscal particularmente lucrativa que impõe impostos aos seus habitantes e daqui arrecadam milhões de dólares todos os meses.
O ministério de zakat regula a zakat que é a esmola dada por muçulmanos abastados que se tornou obrigatório para ajudar os pobres, mas que o daesh desvia; consoante o salário que ganham têm de pagar imposto e há diferentes escalões, sendo que por cada 100 dólares aumenta a taxa e aqui passam novamente recibos e facturas (1.250.000 liras SIRIAS que equivalia a cinco salários dum funcionário publico antes da guerra civil). E além deste imposto em raqqa os comerciantes têm de pagar IMPOSTO de 5 a 10% sobre os seus lucros e os jidahistas também controlam o acesso aos telefones, águas canalizadas e como não há uma rede eléctrica os jihadistas vendem geradores aos locais e arrecadem o pagamento (150 dolares mais o combustível) é um esquema de extorsão generalizado, uma administração insaciável.
Os funcionários públicos nada lhes custam, pois continuam a ser pagos pelas autoridades oficiais sírias. Quando anexaram mossul expulsaram o governo legitimo, mas quem continuam a pagar o salário a 50 mil funcionários e a supervisionar os serviços públicos sob o controlo do daesh é o próprio governo e para tal usam o mesmo sistema de câmbio dos comerciantes, em que neste caso é enviado de Bagdade para uma rede de cambistas em Mossul. Ai os gerentes de serviço recuperam o dinheiro e enviam-no para os membros da sua equipa em Mossul (todos os meses ascendem os 220 mil dólares) e o daesh taxa 50% deste salário, segundo o financing of the terrorist organisation islamic state in iraq and the levant (isil) e chegam a ser pagamentos de vários milhares de milhões de dólares anuais.
Esta taxação levou a que milhões de civis fugissem do seu território, sobretudo minorias religiosas perseguidas pela administração do terror, como os cristãos do Iraque que viviam em Mossul a quem lhes era dado 3 opcções nomeadamente pagar um imposto especial (jizyah) que dependia do rendimento de cada membro da família (100 mil dinares por cada individuo e sendo 7 ficavam 700 mil e num mês ganhavam 1 milhão de dinares) que lhes conferia a protecção do califado, converter-se ao islão ou morte (directiva vinda do ministro da justiça do daesh (no vídeo dizem ser cristãos etíopes, mas não, são migrantes ao acaso).
ASSIM, O DAESH FAZ UMA LIMPEZA CULTURAL E RELIGIOSA:
CONTRABANDO DE OBRAS DE ARTE

A acrescentar a tudo isto, há ainda a profanação de igrejas cristãs (demanda religiosa), mas esta acção contem ambições comerciais porque estabelecem uma vasta rede de tráfico de antiguidades de relíquias sírias vendidas no mercado negro, e não só artefactos cristãos como também peças da antiguidade da cidade de Palmira, património da humanidade.
O daesh controla 6 mil locais destes espalhados pela Síria e Iraque e intermediários que contactam com o daesh (aleppo, deir ez-Zor) combinam a venda dos mesmos na turquia com possíveis compradores.
O tráfico de recursos naturais, a cobrança de impostos de todos os tipos, extorsão, agricultura, donativos contribuem para um orçamento anual de 2 mil milhões de dólares. Como é adientado por David Thompshon, um jornalista da Radio France Internacional este é utilizado para pagar a novos recrutas (50 dólares por combatentes, 50 dólares por esposa (podem ter até 4) e mais 50 dólares por escrava e 35 dólares por filho, mais os bónus que são 2 mil dólares por vitória (Mossul neste caso) e para financiar toda esta máquina terrorista na sua expansão e conquista e manutenção de novos territórios.

Mulheres Yazidi
O que são Yazidi?
Demografia:
A esmagadora maioria dos membros da comunidade Yazidi cerca de 500 mil vive no Iraque, sobretudo na zona da planície de Nínive.
Há ainda 50 mil yazidis na Síria.
A Rússia e a Arménia contam com comunidades significativas de algumas dezenas de milhares.
Alemanha é actualmente o país onde existe a maior diáspora, com 60 mil pessoas.
Os yazidis são curdos.
Religião
Nome Izidis significa "adoradores de deus"
Pré-cristã
Mistura elementos de várias tradições religiosas, sobretudo o Zoroastrianismo, mas com elementos do Islão e também do Cristianismo.
Yasdan, nome que eles dão ao deus, é considerado de um nível tão elevado que não pode nem ser adorado diretamente. Ele é considerado uma força passiva, o Criador do mundo, não aquele que preserva.
Ele colocou a Terra sob a guarda de sete anjos.
O principal dos anjos é Melek Taus, conhecido também como o Anjo Pavão.
O pavão, no início do cristianismo, era um símbolo de imortalidade, pois sua carne parece não decompor. Malak Taus é considerado o alter ego de Deus, inseparável e, devido a isto, o yazidismo é considerado uma religião monoteísta.
Também é conhecido como Shaytan, nome dado no Alcorão a Satanás.
Segundo a história da criação dos yazidi, Melek Taus foi criado por Deus a partir da sua própria iluminação, antes dos outros anjos. Depois de o criar Deus ter-lhe-á proibido de se prostrar diante de outras criaturas.
Quando Deus criou Adão a partir do pó, ordenou aos sete anjos que se prostrassem diante dele, mas Melek Taus recusou, perguntando: "Como me posso submeter a outro ser! Eu venho da Vossa iluminação, enquanto Adão é feito de pó". Perante esta resposta, Deus terá ficado agradado e concedeu a Shaytan o domínio da Terra.
Porque Daesh estão contra Yazidi?
Daesh não reconhece a religião Yazidi.
A crença dos Yazidi em Shaytan leva a que muitos muçulmanos, sobretudo os mais extremistas, considerem os yazidis satânicos e esse facto tem sido notório na forma como os militantes do Estado Islâmico falam dos membros da comunidade.
Mas os yazidis recusam a ideia de que Shaytan é a origem da maldade, considerando que o mal nasce do coração dos homens.
Como raptam?
Testemunho de uma rapariga Yazidi, "Hannah", de 18 anos:
os jihadistas bloquearam as estradas de Sinjar com suas caminhonetes.
20 homens bateram e raptaram
Como funciona a compra?
Vão para um ginásio desportivo e, depois de algumas semanas, todas foram para um salão de casamento.
Total de 200 mulheres e meninas.
Era como se fosse um mercado de escravas. Os combatentes poderiam vir e escolher quem quisessem.(...)
Muitos grupos de combatentes chegaram para comprar.
Espancavam raparigas e, mal recuperadas, eram vendidas novamente.
O ISIS informa que: "Em nome de Alá, o mais bondoso e misericordioso. Recebemos a notícia de que a demanda nos mercados por mulheres e gado diminuiu acentuadamente e afetou o orçamento do Estado islâmico, bem como o financiamento dos Mujaheddin (guerreiros) no campo de batalha. Fizemos algumas mudanças. Abaixo estão os preços das mulheres Yazidis e Cristãs"
ISIS também avisou que quem desobedecesse às ordens "seria executado."
"Não se esqueçam que escravizar as famílias dos kuffar – dos infiéis – e ter suas mulheres como concubinas é um aspecto solidamente estabelecido pela Sharia, ou lei islâmica"
Uma mulher (Yazidi ou Cristã), entre 40 e 50 anos, é de 50,000 dinars.
Uma mulher (Yazidi ou Cristã), entre 30 e 40 anos, é de 75,000 dinars.
Uma mulher (Yazidi ou Cristã), entre 20 e 30 anos, é de 100,000 dinars.
Uma rapariga (Yazidi ou Cristã), entre 10 e 20 anos, é de 150,000 dinars.
Uma criança (Yazidi ou Cristã), entre 1e 9 anos, é de 200,000 dinars.

O que fazem?
Estima que entre 2 500 e 5 500 Yazidis foram mortos durante um ataque ofensivo do Estado Islâmico e depois da ocupação.
3 537 mulheres e 2 859 homens foram raptados
Muitos escaparam
3 800 continuam em catividade, incluindo 1935 mulheres (UN Report)
300 000 mulheres Yazidi estão deslocadas depois de dois anos do grupo ter ido para o Norte, distrito de Sinjar, no Iraque, segundo United Nations Report.
Raparigas são levadas para ser escravas
Forçadas a trabalhar
Testemunhos de Yazidis:
"accounts of systematic and widespread killings, sexual violence and sexual slavery, cruel, inhuman and degrading treatment, forced conversions and forced displacement, among other abuses of international human rights and humanitarian law"
"Islamic State militants had sold them multiple times, and "snatched their young children and babies from them."
Quanto a homens:
"In one instance, up to 600 men were reportedly killed in Tel Afar District," the report said. "In other instances, members of the Yazidi community were forced to convert to Islam or be killed."
O relatório da ONU diz que as violações e os abusos cometidos pelo Daesh são crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.
"Thousands of men, women and children have been killed or are missing, or remain in captivity where they are subjected to unspeakable sexual and physical abuse," said Special Representative of the UN Secretary-General for Iraq, Ján Kubiš. "Faced with such evidence, it is of paramount importance that the perpetrators of these heinous acts are fully and properly held to account."
Militantes do Daesh publicamente executaram 19 mulheres Yazidi ao queimá-las vivas em Mosul, Iraque. As mulheres foram queimadas vidas em jaulas de ferro porque elas recusaram-se em ter sexo com militantes do Daesh, diz a agência curda.




Azhin - 22 YEARS OLD, FROM KOJO, SINJAR AREA - DATE OF CAPTURE 08/15/2014 - LENGTH OF CAPTIVITY: 11 MONTHS
In Raqqa first we were in prison for 15 days. They behaved like animals, they traded us like you do with cars: it was for them like buying or selling a car. A man from Saudi Arabia bought me and I was brought in a house where two other men also lived. I begged him to let me be with my sister. He hit me with his pistol on my head until I was bleeding. They did not bring me to the hospital, instead they brought me back to the prison while I was still unconscious. (…)
We were held in a house during the day, then different men would come and pick us up for the night. We stayed like that for 5 months. There was not enough food, and we could not wash. I was sold again, for two months (…)I was sold again, and then again, but this time I was given as a present. I was raped, so many times, even six times per night. They always fastened my legs and arms when they raped me. One time I tried to run away but they caught me again: they didn't feed me for six days and they hit me three times a day and each time with a cable 12 lashes. (…)

Medidas Antiterroristas
As formas clássicas baseadas na ação unilateral e soberana do Estado já não são suficientes para combater o terrorismo sendo necessário o envolvimento da sociedade internacional. O terrorismo requer uma resposta coletiva e integrada da sociedade internacional.
Mas, apesar do esforço da sociedade internacional em aprovar declarações, resoluções, convenções, etc., a cooperação ainda é complexa, pois a resposta ao terrorismo cobre diversos campos como diplomático, econômico, militar, legal, de informações, dentre outros, podendo se materializar por um protesto diplomático até uma ação militar. Além disso, os Estados vêm de maneira diferente o perigo do terrorismo nos seus territórios. Mesmo concordando que a resolução da questão é importante, que há a necessidade de aumentar as medidas de prevenção e de combate, o nível de prioridade que o terrorismo ocupa em cada Estado é diferente. Se para os Estados Unidos a "guerra contra o terror" ocupa o topo da agenda de segurança, o mesmo não acontece na maior parte do sistema internacional. Perceções diferentes da ameaça do terrorismo resultam envolvimentos diferentes em relação aos mecanismos anti e contra o terrorismo estabelecidos pelos organismos internacionais. Da mesma forma, favorecem ou não o estabelecimento de acordos bilaterais com a potência para implementar medidas nesse campo.-
Apesar da complexidade, a última década apresentou considerável avanço. Os atentados terroristas de 2001, seguidos dos ocorridos na Europa, fizeram com que o sistema internacional se movimentasse no sentido de um esforço global de modo a não permitir, ou ao menos dificultar a ação desses grupos. As medidas apresentadas são apenas alguns exemplos do envolvimento de uma série de organizações, Estados e governos, de maneira unilateral, bilateral ou coletiva para tentar levar os envolvidos do terrorismo aos tribunais, diminuir a possibilidade de ação desses grupos e, caso ocorram, diminuir os efeitos dos atentados.
O combate ao terrorismo
Antiterrorismo compreende medidas de caracter de cariz defensivo, que têm como objetivo reduzir as vulnerabilidades aos incidentes terroristas.
O Contraterrorismo é de cariz ofensivo, sendo o objetivo o ataque de organizações terroristas, a fim de prevenir, dissuadir ou retaliar.
Prevenir
- Evitar o recurso ao terrorismo, combatendo os fatores ou causas profundas que podem conduzir à radicalização e ao recrutamento na Europa e no resto do mundo.

Proteger
-Proteger os cidadãos e as infraestruturas e reduzir a vulnerabilidade a atentados, melhorando designadamente a segurança das fronteiras, dos transportes e das infraestruturas.

Dissuadir
- Investigar os terroristas, quer a nível das fronteiras, internet, impedir o planeamento, deslocações, comunicações, desmantelar redes de apoio, quer a nível financeiro como material e entregar os terroristas à justiça.

Responder
-Procurar gerir e minimizar as consequências dos atentados, tornando-os mais capazes face à fase de rescaldo e à resposta da necessidade das vitimas.






Medidas:
Mobilizar os Estados da região para fornecerem dados válidos e fiáveis para avaliar e analisar melhor a criminalidade organizada afectam a região.
Melhorar os esforços de coordenação aos níveis regional e internacional para resolver este tipo de crimes transnacionais organizados e terrorismo relacionados na região, através da facilitação do intercâmbio de informações criminais.
Combater a impunidade através da harmonização da legislação nacional e do reforço dos actuais quadros jurídicos a fim de condenar de forma eficaz os criminosos identificados.
Criar, fortalecer e mobilizar sinergias entre as estruturas competentes de aplicação da lei para dar uma resposta mais eficaz à ameaça do narcotráfico e da criminalidade organizada transnacional.
Desenvolver programas integrados para combater a criminalidade organizada aos níveis nacional e regional em total coerência com as normas internacionais existentes.
Foco nos fluxos financeiros relacionados com o narcotráfico e a criminalidade organizada transnacional a fim de interromper fontes de financiamento.











OUTRAS FONTES
https://www.youtube.com/watch?v=HPpNOpDQ2RY
https://www.youtube.com/watch?v=LaA6tR6fNLw
http://hyperurl.co/h3llk6
http://hyperurl.co/z7i2u2
http://www.idn.gov.pt/publicacoes/cadernos/caderno1_I.pdf
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000122011000300046&script=sci_arttext
http://www.idn.gov.pt/publicacoes/cadernos/caderno1_I.pdf
https://www.unodc.org/documents/data-and-analysis/tocta/West_Africa_TOCTA_2013_PT.pdf
https://sputniknews.com/middleeast/201603241036847044-rt-reveals-daesh-turkey-oil-trade/
http://www.al-monitor.com/pulse/sites/almonitor/contents/afp/2015/09/syria-conflict-cotton-clothing.html
https://fashionunited.com/news/business/h-m-stops-using-cotton-from-turkmenistan-syria/2016021710256
http://om.ciheam.org/om/pdf/s14/CI011840.pdf
http://qz.com/498350/governments-and-fashion-brands-are-trying-to-keep-isis-produced-syrian-conflict-cotton-out-of-our-closets/
https://www.rt.com/news/337079-turkey-isis-oil-trade-evidence/
Pathe Duarte, Felipe Manuel, Jihadismo Global: Das Palavras aos Actos (2015), Marcador.
Documentário (não disponível na web) - Decifrando o Estado Islâmico: Canal Odisseia.
Belmiro Alves, José, Tese de Mestrado em Relações internacionais com o Mundo Árabe e Islâmico, Universidade Fernando Pessoa-FCSH, Desafios no Século XXI: Terrorismo Islâmico e Crime Organizado (2010).
Nogueira, Patrícia, Artigo O Terrorismo transnacional e suas implicações no cenário Internacional, Centro Universitário de Brasília.




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