TICs têm papel fundamental nas iniciativas para cidades inteligentes

May 30, 2017 | Autor: Gisiela Klein | Categoria: TICS, Smart Cities, Smart City, Cidades Inteligentes
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Disciplina: Tópicos Especiais em Gestão, Inovação e Empreendedorismo
E-democracia: tecnologia e participação cidadã
Professores: Clerilei Aparecida Bier Dra. e Carlos Roberto De Rolt, Dr.
Discente: Gisiela Hasse Klein
Seminário 07: Smart cities

TICs têm papel fundamental nas iniciativas para cidades inteligentes

Cidade inteligente é mais que usar tecnologias de informação e comunicação (TIC) para interligar os sistemas em um município (transporte, energia, água, saúde...). Entre a maioria dos autores é consenso que cidade inteligente envolve conceitos de sustentabilidade, desenvolvimento social e econômico, inovação e participação cidadã. O papel das TICs, no entanto, é fundamental já que representa o suporte tecnológico para que todos os demais conceitos se transformem em realidade.
A tecnologia em si não fará uma cidade inteligente. É preciso vontade política, envolvimento da sociedade civil, conhecimentos multidisciplinares... Mas, mesmo com tudo isso, se não dispormos de conexão e tecnologias de informação, não é possível uma cidade inteligente nos termos de Caragliu et al,: "Uma cidade é inteligente quando os investimentos em capital humano, social e infraestrutura (transportes, energia...) são associados à TIC, com vistas ao desenvolvimento econômico sustentável e à elevação da qualidade de vida da população. Tudo isso por meio de uma boa gestão dos recursos naturais e da participação social".
Ferro et al, propõe um papel central das TICs na gestão das cidades inteligentes. Para tanto, os pesquisadores criaram um framework no qual resumem a visão unificadora das TICs. Nesse quadro, que lembra a estrutura de uma casa, a base ou fundação da construção seriam as redes e os dados, softwares de compartilhamento desses dados, negócios voltados à cultura da inovação e uma legislação que fomente uma cidade compartilhada. As TICs ocupariam as "paredes" da casa, permitindo a conexão entre os cidadãos e a tecnologia. Por fim, o "telhado" dessa construção é o resultado dos esforços de base: sustentabilidade, bem-estar social, educação, mobilidade, empoderamento da sociedade e uma democracia livre.
Já Abella et al, entendem cidades inteligentes como um conjunto de ecossistemas conectados que geram uma grande massa de dados. "A colaboração entre os atores dos diferentes ecossistemas (cidadãos, mercado, organizações e governo) permite o desenvolvimento de uma estratégia de inovação orientada por dados". O desafio, segundo os autores, é identificar características-chave que descrevem esses ecossistemas, a fim de analisar o papel da reutilização de informações na criação de inovação.
Outro grupo de pesquisadores fez um estudo interessante sobre cidades inteligentes. Analisaram as diferenças e similaridades entre o que vem sendo estudado pelo meio acadêmico e o que as cidades têm proposto na prática como projetos para cidades inteligentes. Moser et al, analisaram 27 artigos acadêmicos e 50 projetos de cidades da Alemanha, Áustria e Suécia. A conclusão é que tanto a teoria como a prática seguem uma perspectiva integrada de tecnologia e participação social, mas há muita ênfase na aplicação das TICs para o desenvolvimento das políticas públicas propostas.
Na Bulgária, outro estudo chama a atenção. A pesquisadora Nikolova tenta analisar a participação social em algumas iniciativas de cidades inteligentes surgidas em seu país. Em sua avaliação, a participação social surge com o descontentamento junto aos administradores públicos e também com as ferramentas de TICs que permitem a troca de informações entre os cidadãos e a geolocalização das ações. Em um país como a Bulgária, que enfrenta grandes inundações, a troca de informações entre as pessoas de forma rápida e eficiente é fundamental, bem como o planejamento urbano voltado à solução dos problemas decorrentes dessas catástrofes.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA – UDESC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO E SOCIOECÔNOMICAS – ESAG
PROGRAMA ACADÊMICO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO






FERRO, Enrico; CAROLEO, Brunella; LEO, Maurizio; OSELLA, Michele; PAUTASSO, Elisa. The Role of ICT in Smart Cities Governance. CeDem, 2013, p.133-145.
ABELLA, Alberto; CRIADO, Marta Ortiz-de-Urbina; PABLOS, Carmen De. Smart Cities Datasets and Applications Ecosystem: An Exploratory Analysis. CeDem, 2015, p.319-325.
MOSER, Corinne; WENDEL, Thomas; CARABIAS-HÜTTER, Vicente. Scientific and Practical Understandings of Smart Cities. Proceedings REAL CORP. 2014.
NIKOLOVA, Maria. E-Participation in Spatial City Development: Outset and Challenges. CeDem, 2015, p.363-369.

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