Tipografia Arquitetônica Paulistana: identificando letreiramentos Art Déco na cidade de São Paulo

June 6, 2017 | Autor: Jose D'Elboux | Categoria: Early Modern Architecture, Art Deco, Public Lettering, Lettering in architecture
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Tipografia Arquitetônica Paulistana: identificando letreiramentos Art Déco na cidade de São Paulo São Paulo’s architectonic typography: identifying Art Déco letterings in the city of São Paulo D’Elboux, José Roberto; Mestrando; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo [email protected]

Resumo Este artigo aborda o processo para elaboração de uma matriz de características formais para a identificação de exemplares de tipografia arquitetônica de estilo Art Déco. A matriz foi elaborada a partir da análise e reunião, das características mais recorrentes observadas em exemplares tipográficos, utilizados em impressos de diferentes naturezas, e também em elementos arquitetônicos de estilo Art Déco, produzidos no período entre 1920 e 1950. Sua finalidade, foi a de proporcionar subsídios qualitativos para a seleção final de amostras, a serem utilizadas em pesquisa sobre tipografia arquitetônica Art Déco na cidade de São Paulo, em desenvolvimento no programa de pós-graduação da FAUUSP. Palavras Chave: art déco; tipografia arquitetônica; letreiramento; arquitetura paulistana

Abstract This article discusses the process for the making of a matrix for identifying samples of Art Déco architectural lettering. The matrix was created from the analysis and reunion of recurrent characteristics observed in typographic samples from printed materials of several kinds, and also from Art Déco architectural details, originated between 1920 and 1950. Its purpose was to provide qualitative subsidies for the final selection of samples to be included in a research on Art Déco architectural lettering in the city of São Paulo, in development in FAUUSP post-graduate program. Keywords: art deco; architectonic typography; lettering; São Paulo architecture.

Introdução O estudo da tipografia arquitetônica tem ganho nos últimos anos importantes contribuições, deixando aos poucos, de ser um assunto inexplorado no Brasil. Este artigo é mais uma contribuição a ele, e encontra-se inserido, dentro de uma pesquisa sobre tipografia arquitetônica Art Déco na cidade de São Paulo, em desenvolvimento no programa de pósgraduação, a nível de mestrado, na área de concentração de Design e Arquitetura, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Grande parte da metodologia para levantamento e coleta de dados dessa pesquisa, foi adaptada de trabalhos desenvolvidos pelos grupos de pesquisa Tipografia Arquitetônica da Unicamp e Tipografia e Linguagem Gráfica, do Centro Universitário Senac, que têm desenvolvido importantes estudos sobre os elementos tipográficos inseridos na paisagem urbana. Por ser direcionado ao estudo de um estilo específico de tipografia arquitetônica, no caso, o Art Déco, fez-se necessário o desenvolvimento de uma matriz com as características formais utilizadas no estilo Art Déco, encontradas na tipografia e na arquitetura, e que pudesse ser utilizada como uma espécie de balizamento para a seleção final das amostras mais relevantes para a realização do estudo. Este artigo, descreve o processo metodológico desenvolvido para a elaboração dessa matriz, e espera com isso, acrescentar mais uma ferramenta para futuros estudos envolvendo tipografia arquitetônica.

Algumas Definições O termo tipografia, neste artigo, deve ser entendido num sentindo amplo, referindo-se ao conjunto de práticas e processos, envolvidos na criação e utilização de símbolos visíveis, relacionados aos caracteres ortográficos (letras) e para-ortográficos (números, sinais de pontuação, etc.) para fins de reprodução (Farias, 2004) e, também, a caracteres obtidos através de processos classificados como letreiramento (pintura, gravação, fundição, etc.) e, não apenas, aqueles obtidos por processos automatizados ou mecânicos (Gouveia, 2007: 2). Tipografia arquitetônica, deve ser entendida, de maneira geral, como sendo as manifestações tipográficas projetadas junto com o edifício, e feitas para durar tanto quanto ele. Nem o edifício, nem a tipografia deveriam parecer completos, um sem a presença do outro (Baines & Dixon, 2008, p.118). Interessa-nos especificamente, uma das subdivisões da tipografia arquitetônica, que é a tipografia nominativa, ou seja, as inscrições permanentes, cuja função principal é a de identificar uma edificação (Gouveia, 2007, p.3). Uma definição formal mais exata do Art Déco, tem se mostrado difícil e imprecisa, devido à grande quantidade de influências e versões encontradas no estilo. A definição adotada neste artigo, é a mesma utilizada pela grande maioria dos autores que têm se dedicado ao estudo do assunto, que é a de um estilo moderno, que englobou uma grande variedade de influências, da arte oriental e ocidental, do antigo Egito ao futuro imaginado, e do geométrico ao não simétrico (Duncan, 2009, p. 6), tendo sua principal fase de produção compreendida no período do entreguerras, e com seu momento de maior expressividade, no ano de 1925, na Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, em Paris.

Tipografia arquitetônica Art Déco paulistana A pesquisa Tipografia Nominativa Art Déco Paulistana, que está sendo desenvolvida no programa de pós-graduação da FAUUSP, tem como principal objetivo estudar as relações entre a tipografia e a arquitetura, na cidade de São Paulo, entre os anos de 1928 a 1954, 10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA).

período em que foi consolidada a verticalização do centro de São Paulo, com grande representatividade do estilo Art Déco. Para tanto, foi definido um universo de exemplares, a partir de três diferentes fontes, que pudesse dar suporte às investigações. A primeira, é um inventário de edificações Art Déco na cidade de São Paulo, integrante de uma dissertação de mestrado de autoria de Vitor José Baptista Campos datada de 1996, onde o autor estuda as características particulares do estilo, na capital paulista. A segunda fonte utilizada, foi a revista Acrópole, periódico que circulou de 1938 até 1971 e, cobriu boa parte da produção arquitetônica paulista, durante o período estudado. A inclusão da revista Acrópole visou a localização de possíveis exemplares que, porventura, pudessem ter sidos descaracterizados ou demolidos. E, a terceira, foi reunida através de observação e pesquisas de campo, realizadas durante o processo de visitação às edificações constantes das duas fontes anteriores para registro fotográfico e coleta de dados. Através deste procedimento, chegou-se a um universo de 119 exemplares, que foram catalogados através de fichas de campo, e organizados em um acervo digitalizado utilizandose ferramentas digitais disponíveis na Internet1, adaptando-se procedimentos relatados nos artigos Acervo epigráfico paulistano: etapas e procedimentos de construção (Gouveia, 2010) e na dissertação de mestrado Tipografia Arquitetônica Nominativa Carioca (Salomon, 2011). Fazer parte de uma edificação considerada de estilo Art Déco, não é suficiente para caracterizar uma tipografia arquitetônica como tal. Portanto, para que a definição final do universo de amostras onde está baseado o estudo, fosse a mais relevante possível, foi feito um processo de análise qualitativa, através da comparação entre os exemplares coletados com referências tipográficas representativas do estilo, obtidas a partir de diferentes fontes. Para auxiliar essa análise, foi criada uma matriz, reunindo as principais características formais do Art Déco, encontradas tanto na tipografia quanto na arquitetura.

A elaboração de uma matriz de características Art Déco As principais fontes utilizadas para a construção e sistematização dessa matriz, foram na área da arquitetura, a dissertação de Campos, de 1996, onde encontra-se a definição de uma gramática visual do Art Déco paulistano na arquitetura; o texto de Conde, 1997 onde é descrita, uma série de características do Art Déco brasileiro; e o de Duncan, 2009, grande compêndio do estilo, com referências em todas as suas expressões artísticas. Na área da tipografia, foram utilizados como referência, trechos dedicados ao Art Déco encontrados nos trabalhos de Blackwell, 1992; Consuegra, 2004; Heller, 1997; Jong, 2010; Jubert, 2006; e Kery, 1986. Além destas, foram também selecionadas referências tipográficas em amostras de tipos, periódicos e peças gráficas, encontradas em outros trabalhos publicados, como também em arquivos disponibilizados digitalmente pela Internet. Buscou-se também, referências tipográficas utilizadas localmente, em peças gráficas como cartazes, propaganda e, periódicos, como as revistas ilustradas Para todos… e O Malho, disponíveis para consulta em arquivos digitais na Internet nos sites do Arquivo Público do Estado de São Paulo e também no site J. Carlos em Revista, assim como diversos trabalhos publicados sobre a cultura impressa brasileira das primeiras décadas do século passado, como Cardoso, 2005 e 2009; Gaudêncio Jr., 2010; Melo, 2011; e, Sobral, 2007. A partir da análise das características do estilo Art Déco, na arquitetura e na tipografia, relacionados pelos autores e obras citados acima, definiram-se cinco características do estilo, encontradas tanto na arquitetura quanto na tipografia: a geometrização; o escalonamento; a 1

Foram utilizadas as ferramentas disponibilizadas pelo Google, como o Google Maps, Gogle Docs e Picasa Web Albuns

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intersecção, ou desconstrução, de planos e linhas; a verticalização; e a simplicidade ornamental. Outras duas características, relativas exclusivamente ao campo tipográfico, mas também de grande importância no auxílio da definição final das amostras, são: a predominância na utilização de tipos sem serifas; e a utilização das barras horizontais das letras, posicionadas bem acima, ou abaixo, de sua linha central de altura (Tabela 1). Tabela 1. Principais características formais do estilo Art Déco encontradas na Arquitetura e na Tipografia Arquitetura Tipografia Geometrização Escalonamento Intersecção ou desconstrução de planos e linhas Verticalização Simplicidade Ornamental Predominantemente sem serifas Barras acima/abaixo da linha média

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X X X

As características apresentadas na tabela 1, são descritas a seguir e vêm acompanhadas por uma série de quadros, que demonstram através de referências visuais, cada uma dessas características na tipografia, na arquitetura e na tipografia arquitetônica.

Geometrização O estilo Art Déco, surgiu no período do entreguerras, com o claro objetivo da “modernização, entendida como vontade e desejo coletivos de recuperar o tempo perdido e escapar do atraso… Metaforicamente, isto significava encurtar caminhos, simplificar, retificar, racionalizar e geometrizar” (Conde, 1997, p. 69). As formas do Art Déco, assim como as do modernismo, eram referenciadas na estética da máquina, mas, diferentemente do Movimento Moderno, o Art Déco se ateve mais aos aspectos formais que aos funcionais, conservando os princípios da composição Beaux-Arts, principalmente o da simetria. Não abandonou a utilização de ornamentação, mas fez nela, uma releitura, deixando-a mais simplificada e depurada, através do uso de formas geométricas para representar seus principais motivos, entre eles os elementos da natureza. O Art Déco, também encontrou inspiração, na geometria presente na arquitetura e nos artefatos de culturas antigas, como a Egípcia, bastante em evidência na época, a Maia, a Asteca, e, no Brasil, a Marajoara (Conde, 1997, p. 71). Na tipografia, a geometrização, pode ser entendida como o uso rígido, no desenho das letras, de figuras geométricas, como, por exemplo o círculo (Baines, 2005, p.82).

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Quadro 1a. Geometrização na tipografia

Quadro 1b. Geometrização na arquitetura

Quadro 1c. Geometrização na tipografia arquitetônica

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Escalonamento O efeito chamado de escalonamento, ou ziguezague, é resultado do trabalho de manipulação de planos e formas geométricas, a fim de se obter um efeito que se assemelha ao perfil de uma escada. Foi um recurso bastante utilizado na arquitetura Art Déco em geral, e também em São Paulo, principalmente como acabamento de platibandas. O efeito de escalonamento foi tão marcante na estética Art Déco, que chegou a ser utilizado como sinônimo do estilo, através de denominações como Zig-Zag Style ou Zig-Zag Modern, sugerindo em seus motivos o “ritmo de staccato da linha de montagem” (Meikle apud Heller 2000, p. 156). Esse tipo de forma, foi inspirada diretamente em motivos utilizados por civilizações antigas do Egito e da Mesopotâmia e de culturas exóticas. Na tipografia, é comum a utilização do efeito escalonado na representação das barras horizontais das letras E ou F, e, na tipografia arquitetônica, encontramos interessantes exemplos de sua utilização de maneira tridimensional, aproveitando-se do volume das letras.

Quadro 2a. Escalonamento na tipografia.

Quadro 2b. Escalonamento na arquitetura.

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Quadro 2c. Escalonamento na tipografia arquitetônica.

Intersecção ou desconstrução de planos e linhas Assim como o escalonamento, a intersecção, ou desconstrução, de planos e linhas, poderia estar compreendida sob a característica maior da geometrização, mas, por ter sido um recurso utilizado deliberadamente, faz sentido considerá-lo, como uma característica independente. Essa característica, também pode ser entendida como uma solução originada junto aos princípios da arquitetura moderna do começo do século XX, através da redução das formas aos seus elementos estruturais, os planos horizontais e verticais, definidos por lajes e pilotis. Diferentemente da arquitetura Moderna, onde esses planos trabalham de maneira estrutural, o Art Déco utiliza esse recurso como retórica visual, geralmente sem nenhuma função estrutural, mas que pode chegar a ser percebido de maneira semelhante. Na tipografia, esse jogo entre planos ou linhas, pode ser lido, como um tipo de desconstrução, onde algumas partes das letras tornam-se independentes do conjunto e recebem tratamento diferenciado. Outra maneira, seria ainda, através da junção de diferentes elementos geométricos que, articulados, remetem ao desenho completo dos caracteres. O prolongamento das barras horizontais em letras como A, E ou F têm relação com a projeção de frisos e marquises, bastante utilizados na arquitetura Art Déco.

Quadro 3a. Intersecção de planos e linhas na tipografia. 10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA)

Quadro 3b. Intersecção de planos e linhas na arquitetura.

Quadro 3c. Intersecção de planos e linhas na tipografia arquitetônica.

Verticalização A conquista das alturas, pelo advento de máquinas como o elevador, o avião e o dirigível reflete-se também na arquitetura e na tipografia. A verticalização era praticamente sinônimo da modernidade representada pelo Art Déco. Na arquitetura dos arranha-céus, não bastasse sua própria condição formal, a verticalidade ainda era ressaltada por linhas presentes em elementos na fachada, que se projetavam longitudinalmente ultrapassando os limites da edificação, acentuando ainda mais essa dimensão. Na tipografia, isso pode ser observado por uma tendência na utilização de fontes com proporções condensadas e, muitas vezes, com caracteres — principalmente as letras A e V— terminadas em ângulos bastante agudos, que funcionam como setas indicando o sentido vertical. Muitas das tipografias nominativas que fazem parte deste estudo possuem proporções que ressaltam essa verticalidade, principalmente através do desenho da letra A, cujo vértice acentuadamente agudo sugere o movimento vertical, indicando para o alto, e também através da letra S, com um desenho mais longilíneo e verticalizado.

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Quadro 4a. Verticalização na tipografia.

Quadro 4b. Verticalização na arquitetura.

Quadro 4c. Verticalização na tipografia arquitetônica.

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Simplicidade ornamental O surgimento do estilo Art Déco, vem em resposta ao desejo da sociedade do pósguerra, por uma modernidade representativa da era industrial, mas que não fosse tão asséptica em sua forma, como as propostas das vanguardas do início do século XX. Neste sentido, o Art Déco, “mais do que um movimento integrado ou alternativo às vanguardas dos anos 20, é uma tendência que estabelece uma ponte entre o ecletismo, já carente de vitalidade própria, e o radicalismo explosivo do racionalismo europeu” (Segre, 1991 apud Campos, 1996, p. 18). Na verdade, por não carregar nenhum conteúdo ideológico, e manter uma série de elementos tradicionais, principalmente em relação à composição clássica, simétrica, o Art Déco conseguiu se estabelecer e se disseminar por diferentes culturas. Por outro lado também estimulou releituras, permitindo uma aproximação entre formas do passado e o desenho do futuro, principalmente pela manutenção do ornamento, como elemento de importância no resultado plástico final, mas tratado agora, de forma despojada, quase minimalista (Campos, 1996, p. 18). Muitas fontes e alfabetos Art Déco foram desenvolvidos principalmente, para serem utilizados na composição de títulos, em capas ou matérias de revistas, e em cartazes, mais do que como fonte para composição de textos corridos. É comum o uso de letras filetadas e, assim como a utilização de uma relação de forte contraste2 nos caracteres. O fato de serem tipos pensados para serem utilizados com destaque, pode explicar, seu uso como tipografia arquitetônica, pois eram empregados em grandes dimensões e emprestavam uma personalidade moderna e requintada às edificações.

Quadro 5a. Simplicidade ornamental na tipografia.

2 Diferença de espessura dos traços de um caractere de uma fonte. Pode ser qualificado como alto, baixo ou modulado, ou nulo (FARIAS, 2004).

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Quadro 5b. Simplicidade ornamental na arquitetura.

Quadro 5c. Simplicidade ornamental na tipografia arquitetônica.

Predominância de tipos sem serifas, e barras horizontais situadas abaixo ou acima da linha média As duas últimas características listadas na Tabela 1, referem-se exclusivamente ao universo tipográfico, não possuindo relação formal com elementos arquitetônicos, mas não por isso, menos importantes. Assim como a tipografia modernista privilegiou os tipos com características geométricas, o mesmo aconteceu com o Art Déco. A serifa, artifício utilizado como arremate, desde as inscrições romanas, é uma referência direta aos processos artesanais de escrita, como a gravação ou a caligrafia manual feita à pena ou pincel. Parece lógico, portanto, que encontremos em exemplares de tipografia de características Art Déco, soluções formais bastante próximas de alfabetos desenhados pelos modernistas, onde a serifa foi eliminada por remeter diretamente aos antigos métodos manuais de escrita. As soluções do Art Déco, tiveram como base, a tipografia de caráter modernista, mas diferenciaram-se desta, através do uso de um certo nível de ornamentação, ou de recursos como o vazado e a incisão. Na tipografia Art Déco encontramos também, um certo exagero nas proporções, tendendo em momentos a letras estreitas, e, em outros, a letras bastante expandidas, e em algumas vezes, até a uma mistura dos dois. 10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA)

Em aplicações como cartazes, muitas vezes encontramos variações de fontes desenhadas à mão, que articulam-se a imagens ou a outros elementos decorativos, o que as transformam em exemplares únicos (Blackwell, 1992, p. 96). Isso também acontece com muitas das tipografias arquitetônicas, que eram pensadas e executadas exclusivamente para serem inseridas junto à arquitetura de determinada edificação. Devido a esse caráter diluidor da modernidade, o Art Déco absorveu influências tanto dos motivos florais, do Art Nouveau e do artesanato, quanto do Cubismo ou da decoração geométrica (Jubert, 2006, p. 220). Isso provavelmente explica a característica tipográfica restante, a do posicionamento das barras horizontais de letras como A, E, F, e H, bem acima ou abaixo da linha média de sua altura (Consuegra, 2004, p. 271). Esse tipo de recurso foi bastante utilizado pelo Art Nouveau e pelo movimento do Arts & Crafts. No sistema de descrição tipográfica proposto por Catherine Dixon em 1995, baseado no sistema do British Standards BS2961, letras com essas características são descritas como Curvilíneas, definidas pela apresentação de combinações de curvas e linhas altamente estilizadas, independentemente da presença ou não de serifas (Silva & Farias, 2005, p. 67-81).

Quadro 6a. Tipos sem serifas / barras horizontais situadas abaixo ou acima da linha média - Tipografia.

Quadro 6b. Tipos sem serifas / barras horizontais situadas abaixo ou acima da linha média - Tipografia arquitetônica

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Conclusão Apesar da grande variedade de vertentes encontradas no Art Déco, a elaboração de uma matriz reunindo características do estilo, na arquitetura e na tipografia, auxiliou na definição de um padrão, utilizado para a seleção final de exemplares de tipografias arquitetônicas, a serem utilizadas na pesquisa em andamento no programa de pós-graduação da FAUUSP. Ao unir características formais da tipografia e da arquitetura, e traçar um paralelo entre elas, foi possibilitada, pela primeira vez, a criação de um parâmetro para a identificação de tipografia arquitetônica de características Art Déco, independente do estilo da arquitetura da edificação aonde ela se encontra inserida. Em muitos casos, foram encontradas edificações típicas Art Déco, onde a tipografia arquitetônica apresenta um estilo, totalmente em desacordo ao prédio, assim como prédios com propostas mais próximas à arquitetura Moderna, que apresentam tipografias nominativas com características que se aproximam muito ao Art Déco, o que pôde ser confirmado graças às referencias visuais reunidas pela matriz. É muito provável, que esse fato, venha a confirmar que o sucesso do estilo Art Déco, durante as décadas de 1930 e 1940 em São Paulo, fez com que a utilização de tipografia arquitetônica desse estilo, nas edificações, possa ser entendida, como uma tentativa de se trazer um pouco da linguagem do Art Déco, e consequentemente, de sua aparência requintada, a edifícios sem essas características, o que lhes garantiria melhor aceitação, quando do momento de comercialização.

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Agradecimentos À Profª Drª Priscila Lena Farias, pela orientação que tem me dedicado na condução desta pesquisa e também ao Profª Anna Paula Silva Gouveia e Prof. Dr. Marcos da Costa Braga pelas críticas e comentários na banca de qualificação que puderam enriquecer este trabalho.

Referências das imagens utilizadas nos quadros Quadro 1a. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Capa de livro, 1925 (reproduzido do Catálogo da Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, Paris); Alfabeto desenhado por André Vlaanderen em 1928 (reproduzido de Heller 1997, p. 63); Capa da revista O Malho de 1932 (imagem retirada do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo); Cartaz desenhado por A. M. Cassandre, em 1927 (reproduzido de Blackwell, 1992: 97); Cartaz da Revolução Constitucionalista de 1932 (imagem retirada do site Tudo por São Paulo 1932); Cartaz desenhado por E. McKnight Kauffer em 1933 (imagem retirada do site 50watts); Alfabeto desenhado por Draim, em 1928 (reproduzido de Heller, 1997, p. 16); Anúncio para bonde de autoria do Atelier Mirga, c. 1940 (imagem retirada do site Veja SP); Logotipo da revista A Cigarra, 1938 (imagem retirada do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo). Quadro 1b. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Prédio Santa Elisa no Largo do Arouche, 1937 (registro do autor, 2011); Portada do Edifício Lunice na Rua das Palmeiras, 1941 (registro do autor, 2011); Detalhe ornamental do Viaduto Boa Vista, 1932 (registro do autor, 2011); Detalhe ornamental da fachada do antigo Cine Alhambra, 1928 (registro do autor, 2011); Portada do Edifício Tupan, na Rua das Palmeiras (registro do autor, 2011); Detalhe ornamental na fachada do edifício do Banco de São Paulo na Praça Antonio Prado, 1938 (registro do autor, 2011); Detalhe ornamental na fachada do antigo edifício do Banco Nacional do Comércio na Rua Boa Vista, 1935 (registro do autor, 2011). Quadro 1c. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Portada do Prédio Álvares Penteado (registro do autor, 2011); Café Paraventi na Al. Barão de Limeira em 1940 (reproduzido da revista Acrópole nº 26, Junho, 1940: 74); Estádio Municipal do Pacaembu, 1940 (registro do autor, 2011); Edifício Vicentina (registro do autor, 2011); Tipografia na entrada do Prédio Santa Elisa, 1937 (registro do autor, 2011); Detalhe da tipografia nominativa na fachada do Prédio Gabriel Gonçalves, 1942 (registro do autor, 2011); Detalhe da tipografia nominativa do Prédio Classes Laboriosas, 1937 (registro do autor, 2011); Detalhe da tipografia nominativa do Prédio Manuel de Almeida (registro do autor, 2011); Tipografia nominativa em bilheteria do Cine Marabá, 1945 (registro do autor, 2009); Detalhe da tipografia nominativa do Condomínio Cícero Prado, 1953 (registro do autor, 2010). Quadro 2a. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Capa de livro,1925 (reproduzido 10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA)

do Catálogo da Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, Paris); Alfabeto desenhado por Draim, 1923 (reproduzido de Heller, 1997, p. 17); Capa da revista Vogue, 1929 (imagem retirada do site Coverbrowser); Selo comemorativo da VII Feira Internacional de Amostras de 1934 (imagem retirada do site Brasilselos); Logotipo do Fabricante de Cofres Fichet (reproduzido de Maenz, 1974, p. 198); Tipo Dolmen desenhado por Max Salzmann em 1922 (reproduzido de Jong, 2010, p. 256); Capa de livro, 1930 (imagem reproduzida de Cardoso, 2009). Quadro 2b. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Portada do Palacete Guapiara (registro do autor, 2011); Detalhe do Prédio Broggi, 1935 (registro do autor, 2011); Detalhe do Prédio Santa Rita, 1939 (registro do autor, 2011); Detalhe de ornamentação na portada do antigo Edifício Banco de São Paulo, 1938 (registro do autor, 2011); Detalhe de ornamentação no edifício do antigo Cine Alhambra, 1928 (registro do autor, 2011); Platibanda do Prédio Classes Laboriosas (registro do autor, 2011). Quadro 2c. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Tipografia nominativa do Prédio Itá, 1939 (registro do autor, 2011); Detalhe de tipografia nominativa do Leite União (registro do autor, 2011); Detalhe de tipografia nominativa do Instituto Biológico, 1945 (registro do autor, 2011); Detalhe de tipografia nominativa do Prédio Classes Laboriosas (registro do autor, 2011); Café Paraventi, 1940 (reproduzido da revista Acrópole nº 26, Junho, 1940: 74); Epígrafe arquitetônica do edifício Tupan (registro do autor, 2011) ; Prédio Santa Elisa, 1937 (registro do autor, 2011). Quadro 3a. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Fonte Bifur, desenhada por A. M. Cassandre em 1929 (reproduzido de Jong, 2010, p. 337); Capa de revista desenhada por Fernant Berckelaers em 1922 (reproduzido de Heller, 1997, p. 59); Tipo Huxley Vertical desenhado por Walther Huxley em 1936 (reproduzido de Heller, 1997, p. 30); Fonte Acier, de A. M. Cassandre, versões Noir e Gris (reproduzido de Jong, 2010, p. 351); Fonte Futura Black, desenhada por Paul Renner, c. 1930 (reproduzido de Heller, 1997, p. 41); Fonte EgeSchrift de 1926 (reproduzido de Jong, 2010, p. 290); Título em matéria da revista Para Todos… de 1930 (imagem retirada do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo); Capa de folheto desenhado por Zedda, 1935 (imagem retirada do site 50watts). Quadro 3b. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Projeto para pavilhão de turismo na Feira Internacional de Artes Decorativas de Paris em 1925, de autoria de Robert MalletStevens (reproduzido de ARWAS 1980); Detalhe da mísula do edifício Tupan (registro do autor, 2011); Detalhe da entrada da Usina de Leite União (registro do autor, 2010); Detalhe da torre do Edifício Mesbla no Rio de Janeiro, de autoria de Henri Sajous (registro do autor, 2011). Quadro 3c. De cima para baixo: Tipografia nominativa do Edifício Banco de São Paulo, 1938 (registro fotográfico do autor, 2011); Tipografia nominativa do Prédio Gabriel Gonçalves, 1942 (registro fotográfico do autor, 2011); Tipografia nominativa do Edifício Bartyra, 1936 (registro fotográfico do autor, 2011); Tipografia nominativa do Prédio Altemira de Barros 10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA).

(registro fotográfico do autor, 2011); Tipografia nominativa do Prédio São Francisco (registro fotográfico do autor, 2009). Quadro 4a. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Espécimen tipográfico da fonte Huxley Vertical de Walter Huxley, 1936 (reproduzido de Heller, 1997, p. 30); Poster desenhado por Saxida, 1928 (imagem retirada do site 50watts); Poster desenhado por Marcello Nizzoli, 1930 (imagem retirada do site 50watts); Poster de E. McKnight Kauffer (imagem retirada do site 50watts); Poster desenhado por A. M. Cassandre, 1935 (imagem retirada do site writedesignonline); Revista Para Todos…., 1924 (imagem retirada do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo); Capa do Catálogo da Feira Nacional de Indústrias, 1940 (reprodução do autor, 2011), Poster de Jean Dupas, 1925 (reproduzido de Duncan, 2009, p. 157); Capa de Jornal desenhada por Cato, 1926 (reproduzido de Heller, 1997, p. 58). Quadro 4b. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Edifício Saldanha Marinho, 1933 (registro fotográfico do autor, 2010); Edifício Banco de São Paulo, 1938 (registro fotográfico do autor, 2011); Biblioteca Municipal, 1942 (registro fotográfico do autor, 2011); Edifício Santa Leonor, 1938 (registro fotográfico do autor, 2011); Instituto Biológico, 1945 (registro fotográfico do autor, 2011). Quadro 4c. De cima para baixo: Prédio Livia Maria, 1939 (registro fotográfico do autor, 2011); Edifício Aurora (registro fotográfico do autor, 2011); Edifício Vicentina (registro fotográfico do autor, 2011); Edifício Banco de São Paulo, 1938 (registro fotográfico do autor, 2011); Edifício Tupan (registro fotográfico do autor, 2011). Quadro 5a. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Espécimen tipográfico da fonte Broadway, desenhada em 1929 por Morris Fuller Benton (reproduzido de Heller, 1997, p. 37); Revista A Cigarra, 1930 (imagem retirada do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo); Revista Para Todos…, 1925 (imagem retirada do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo); Fonte Modernistic desenhada por Wadsworth A. Parker, 1927 (reproduzido de Jong, 2010, p. 321); Fonte Neuland, desenhada por Rudolf Koch, 1923 (reproduzido de Jong, 2010, p. 339); Fonte Capitol desenhada por K. H. Schaefer em 1931 (reproduzido de Jong, 2010, p. 347); Revista Para Todos…, 1930 (imagem retirada do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo). Quadro 5b. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Detalhe da porta de entrada do edifício Tupan (registro fotográfico do autor, 2011); Detalhe ornamental do Edifício Lunice,1941 (registro fotográfico do autor, 2011); Detalhe de ornamento no edifício do antigo Banco Nacional do Comércio, 1935 (registro fotográfico do autor, 2011); Detalhe de ornamento metálico no edifício do antigo Banco de São Paulo, 1938 (registro fotográfico do autor, 2011); Detalhe de ornamentação em cobertura metálica do Edifício Saldanha Marinho, 1933 (registro fotográfico do autor, 2011); Luminária na fachada do Prédio São Francisco, 1933 (registro fotográfico do autor, 2010). Quadro 5c. De cima para baixo: Detalhe da tipografia nominativa do Edifíco Dr. Walther Seng, 1938 (registro fotográfico do autor, 2009); Tipografia nominativa filetada, Prédio São Carlos, 1935 (registro fotográfico do autor, 2011); Tipografia nominativa filetada na portada 10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA)

do edifício Anhembi, 1935 (registro fotográfico do autor, 2009); Tipografia nominativa do Prédio Manuel de Almeida (registro fotográfico do autor, 2011); Tipografia nominativa do Prédio Santa Elisa, 1937 (registro fotográfico do autor, 2011). Quadro 6a. Da esquerda para a direita, e de cima para baixo: Capa da Revista do Globo, desenhada por Sotero Cosme em 1929 (imagem retirada do site Olhar Inventariante); Anúncio italiano de 1936 (imagem retirada do site 50watts); Capa da revista Para Todos… desenhada por J. Carlos em 1930 (imagem retirada do site J. Carlos em Revista); Capa da revista Vogue de 1926 (imagem retirada do site Coverbrowser); Página da revista Para Todos… de 1930 ( imagem retirada do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo); Capa da revista Vogue de 1927 (imagem retirada do site Coverbrowser); Título de seção da revista Para Todos… de 1930 (imagem retirada do site do Arquivo Público do Estado de São Paulo); Título de seção da revista A Maçã de 1924 (reproduzida de Cardoso, 2005, p. 119). Quadro 6b. De cima para baixo: Tipografia nominativa do Edifício Dr. Walther Seng, 1939 (registro fotográfico do autor, 2009); Tipografia nominativa do Edifício Anchieta (registro fotográfico do autor, 2009); Tipografia nominativa do Prédio J. Moreira, 1933 (registro fotográfico do autor, 2010); Tipografia nominativa do Edifício Albion, 1943 (registro fotográfico do autor, 2011); Tipografia nominativa do Edifício Saldanha Marinho, 1933 (registro fotográfico do autor, 2011); Tipografia nominativa do Prédio Viaducto, 1940 (registro fotográfico do autor, 2011).

Fontes das imagens dos quadros retiradas da Internet 50watts.com acessado em 02 de Novembro de 2011 Arquivo Público do Estado de São Paulo acessado em 05 de Novembro de 2011 BrasilSelos http://www.brasilselos.com.br/images/C%2068.jpg Coverbrowser

J. Carlos em Revista acessado em 04 de Novembro de 2011 Olhar Inventariante acessado em 04 de Novembro de 2011 Tudo por São Paulo 1932 acessado em 02 de Novembro de 2011. Veja SP Write Design Online

10º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento em Design, São Luís (MA).

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