Tração animal na prefeitura de Maricá - RJ - Brasil

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Descrição do Produto

PROTEO – Centro de Estudos e Pesquisas Geográfico - Culturais

Tração animal Pesquisa e projeto sobre o utilizo de burros e jumentos para trabalho, saúde, ecoturismo e tempo livre, e criação de empregos, especialmente na prefeitura de Maricá – RJ - Brasil

P 00101 - PT

PROTEO – Centro di Studi e Ricerche Geografico - Culturali

Pesquisas e projeto elaborados por:

PROTEO CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS GEOGRÁFICO-CULTURAIS Brasil - Italia

Ottorino Matteucci Skype: proteorio E-mail: [email protected] http:/proteobr.wordpress.com

(site em construção)

CNPJ: 13.833.224/0001-26

Projeto N° 00101 do 10/10/2015 © Direitos autorais reservados / © Proprietà letteraria riservata

Tradução do italiano por: Francesca Casciuolo E-mail: janus56 @tiscali.it

Imprimido com sistema digital / Stampato con sistema digitale: Ponto da Cultura Editora Maricá – RJ - Brasil Site: www.pequenatiragem.com Nel / no: 10/2015

É disponivel a versão em lingua italiana

Sumário

Projeto tração animal

pag. 04

Utilizo de burros e jumentos para trabalho, saúde, turismo e tempo livre e criação de empregos. 1 - Agricultura e ecologia 2 – Cultura 3 – Saúde: a “pet therapy” 4 - Turismo e Tempo Livre.

pag. 05 pag. 06 pag. 06 pag. 07

Mapas

pag. 08

Exemplo de emprego da tração animal.

pag. 16

Revitalização e manutenção das margens da Rodovia Amaral Peixoto, no km. 39, e do loteamento residencial "Vale da Figueira I" no bairro de Manoel Ribeiro, e criação de uma esquadra de operadores ecológicos para o monitoramento e a preservação ambiental.

Anexos Anexo 1

pag. 22

Manutenção de um herbívoro de grande porte (burro, jumento) com o corte de gramináceas forrageiras espontâneas presentes nas margens da Rodovia Amaral Peixoto

Anexo 2

pag. 23

Salvar os jumentos do Nordeste: empregando-os na coleta do lixo urbano, na limpeza das praias, margens de rios e lagoas, em mutirões de limpeza – tomando por exemplo a Itália

Anexo 3

pag. 24

O campo base móvel de operadores ecológicos, como exemplo de moradia off-grid

Notas Glossário Bibliografia Internet Vídeo

pag. 26 pag. 27 pag. 29 pag. 29 pag. 30

Proteo - Centro De Estudos E Pesquisas Geográfico-Culturais

pag. 31

Ottorino Matteucci

pag. 31

Fotos (listagem)

pag. 32

Fotos

pag. 33

PROTEO – Centro de Estudos e Pesquisas Geográfico - Culturais

Tração animal Pesquisa e projeto sobre o utilizo de burros e jumentos para trabalho, saúde, ecoturismo e tempo livre, e criação de empregos, especialmente na prefeitura de Maricá – RJ - Brasil Premissa: o livro "Usos convencionais e não convencionais da tração animal" Neste Centro de Estudos está sendo realizada uma pesquisa sobre os benefícios psicológicos e físicos derivados de um caminho de crescimento psicológico individual através de experiências físicas em ambientes naturais, utilizando uma abordagem alternativa para o utilizo da tração animal. Tendo como resultado uma descoberta de si mesmo, de valores e para o desenvolvimento psicológico do indivíduo, contribuindo assim à orientação existencial e do sentido da vida. Este projeto tem como objetivo a publicação de um livro em Italiano e em Português. "Usos convencionais e não convencionais da tração animal" e o know-how derivado e acumulado No âmbito do estudo para a compilação do livro "Usos convencionais e não convencionais da tração animal" - tema este eminentemente multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar- emerge uma bagagem de conhecimentos vários e de know-how que podem ser utilizados de outras formas e em outros campos, seja na sensibilização, no ensino, na formação e qualificação de pessoal especifico, que pela criação de vagas de trabalho direta ou indiretamente, nos seguintes campos relativos ao uso de burros e jumentos:

Direto

Colateral

  

Trabalho para: • carpinteiros, ferreiros, marceneiros, costureiros. • Fisioterapeutas e assistentes. • Pessoal de estabulo. • Guias turísticos. • E outros. Comércio de:  Artefatos otimizados em lojas e pela internet - venda direta.  Monografias e guias em lojas e pela internet - venda direta com catalogo  Itinerários para agências de viagens ecológicos - gestão e/ou venda direta

 

Agricultura Cultura Ecologia, cuidados com o Ambiente e reciclagem Saúde Turismo e tempo livre

Para ambos os sexos, jovens e adultos.

Para ambos os sexos, jovens e adultos.

A tração animal A F.A.O. (órgão da O.N.U. para a alimentação e a agricultura) recomenda e mostra claramente como o uso de burros e jumentos seja factível e de vantagem econômico para fazer crescer e fortalecer pequenas economias sejam individuais que de núcleo familiar ou em comunidades carentes (favelas). Isso é factível, trazendo vantagens econômicas ao crescimento e fortalecimento de pequenas economias graças à ajuda de animais de fácil manejo, de alimentação econômica, de baixo custo mas de emprego poliédrico. Seja para trabalhar pequenos lotes de terra no caso de uma agricultura familiar, que como ajuda nos trabalhos domésticos do dia-a-dia, tais como: pegar água, lenha e outros, mas também para o transporte de materiais recicláveis ou para a coleta do lixo urbano. Além disso, os burros e jumentos são utilizáveis em aplicações médicas como a “pet terapy” e no turismo, como no trekking com animais de carga (tropeirismo). O know-how para publica utilidade Seria interessante que este know-how, recolhido e armazenado durante a pesquisa, se transformasse em utilidade pública, seja em cursos de sensibilização e informação para quem ja trabalha com animais, seja para cursos profissionalizantes à formação de pessoal qualificado, segundo o esquema a seguir: 1 - Agricultura e ecologia Constatando que tanto na região de Maricá, como também em outros lugares, a utilização ineficáz dos animais de trabalho por parte dos respetivos proprietários, em geral pessoas de baixo nível de instrução e econômico que, por falta de conhecimentos, exploram estes animais, chegando à crueldade, seria de muita valia a formação de cursos e também de um centro de assistência e monitoramento, para a sensibilização e ensino das noções básicas de: • • • •



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Coreto emprego e gestão dos animais de trabalho (sela, cangalha, tiro) segundo as sugestões e recomendações da F.A.O. Elementos de ergonomia e anatomia Tiro agrícola - florestal Tiro para pequenos lotes de terra destinados à agricultura familiar - como motor polivalente na ajuda às mulheres e crianças, na colheita de produtos agrícolas, no extrativismo e no transporte da água. Tiro para outros empregos: transporte de cargas várias, transporte de materiais recicláveis, lixo urbano, transporte de agua, manutenção das margens de estradas, pequenas áreas urbanas, margens de rios, lagoas, praias. Transporte com a sela e com a cangalha Alimentação Atenções e cuidados básicos e caseiros na saúde e alimentação - cuidados aos animais higiene dos locais e vasilhames Noções de primeiro socorro Veterinária Etno-veterinaria: conhecimento e uso das plantas para alimentação e cura Farmácia caseira de pronto socorro Sela, cangalha, carroça. Usos e manutenção Balancim: usos, manutenção, construção - acoplamento com ferramentas agrícolas ou para tiro agrícola-florestal Artesanato:

Ensino de fabricação artesanal de: fivelas em aço inoxidável arreios em tecido sintético para sela, cangalha, tiro acessórios variados: cobertores, escovas, almofaças, limpa-cascos, balancim, etc. cangalhas em madeira ou aço inoxidável - bolsas e caixas para cangalhas

• • • •

Demais aplicações ulteriores e retorno econômico Criação de empregos para: carpinteiros, ferreiros, marceneiros, costureiros Comercio: venda direita dos artefatos otimizados em lojas e pela internet

• •

2 - Cultura A história da domesticação animal remonta há 7.000 anos e até 100 anos atrás, o mundo movimentou-se somente através do utilizo de equídeos. Burros e jumentos considerados "equídeos menores" em relação ao cavalo - o equídeo por excelência - com este compartilham uma grande bagagem de conhecimentos em campos de cultura que podem ser muito distantes e diferentes entre si. Além disso, a Viagem, ou seja, a situação de mobilidade, è um dos argumentos culturais mais poliédricos, sendo formado por um mosaico de cognições diferentes e distantes entre si que se unem e se cimentam para formar uma ciência, ou arte, de utilização prática. Ambos, ou seja o uso prático de um equídeo e a Viagem, são os tipos de argumentos que mais evidenciam a própria essência multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar; o ato de separar as várias peças do mosaico, ou seja separar as diferentes disciplinas, anularia todo o desenho, destruindo-o. Portanto, passear com um jumento ou utilizá-lo para trabalhar a horta, significa “fazer cultura” e cultura de qualidade. Além disso, faz-se laboratório prático, quase um museu etnográfico itinerante, de aquisição, preservação e divulgação dos conhecimentos que atualmente encontram-se em vias de extinção, provocando uma perda irremediável, devido ao fato deste know-how não ser, à causa do esquecimento, mais difundido e/ou aplicado. Coleta e divulgação do know-how

Divulgação na pratica e retorno econômico • •



Recolta e divulgação de cultura especifica, e in via de extinção/esquecimento, no Brasil Divulgação da cultura brasileira no exterior

• •

Bush craft: noções e habilidades para viver na natureza Autossuficiência e reciclagem: projetos e aplicações

• •



Estudos sobre materiais e aparelhagens para homens e animais Melhoramento ergonômico e dos materiais





• • • •

Publicação/ ões Internet Comercio: venda direta com catalogo nas lojas e/ou pela internet Publicação/s Internet

Criação de utensílios específicos Comercio: venda direta com catalogo nas lojas e/ou pela internet

Etno-botanica : vegetais para alimento, cura e utilidade • Monografia pratica de etno-veterinaria e para homens e animais (equídeos, caprinos, cachorros) veterinária de socorro a imitação do livro "Onde nao há medico"(ver bibliografia) . Etno-veterinaria: cura dos animais com receite caseiras a baixo custo Formação de cursos de etno-botanica, etno• veterinaria Receituário caseiro de socorro e cura per homens e animais de preparados a baixo custo. Comercio: venda direta com catalogo nas lojas e/ou pela internet

3 - Saude: a “Pet therapy” Terapia conhecida desde a antiguidade, começando com Hipócrates de Coo (460-370 a.C), é baseada na interação do homem com o animal, tendo como objetivo o melhoramento comportamental, físico, cognitivo, psicossocial e psicoemocional. A sua validade foi confirmada e atualmente é usada no tratamento de paralisia cerebral infantil, autismo e síndrome de Down, e

também em doenças adquiridas como resultantes de traumas devidos a acidentes de trânsito e do trabalho. No caso da utilização de burros e cavalos, denomina-se hipoterapia; no caso dos jumentos, chama-se onoterapia. Sensibilização e ensino de: • •

Hipoterapia Onoterapia

Aplicação pratica • • •

Criação de empregos para: fisioterapeutas especializados no ramo assistentes pessoal de estabulo

4 - Turismo e Tempo Livre O uso dos animais para transporte è a forma mais antiga de utilizo e convivência com o Homem e o melhor emprego destes é no auxílio à mobilidade (viagem). Confirma-se quanto escrito no parágrafo referido à cultura (paragr. 2) em relação à Viagem, da qual o turismo é uma extensão vulgarizada, amadorista e com fins recreativos. Burros e jumentos são animais dóceis e têm muita resistência, conseguindo trazer lucros inclusive das forragens de baixa qualidade que podem ser encontradas ao longo das estradas e, ao contrário do cavalo, cansam-se e adoecem-se muito menos. Transportam a pessoa na sela, ou as bagagem na cangalha, por uma tarde ou por meses e são companheiros agradáveis e colaborativos se corretamente tratados. A região de Maricá e também tantas outras localidades no Brasil, possuem uma natureza, uma história e belezas exuberantes que podem ser admiradas e vividas com um turismo ecológico de qualidade. Percorrer antigos itinerários compartilhando com um companheiro a sela ou indo a pé com um jumento na "coleira" que carrega o necessário para acampar, preparar o jantar à luz da fogueira e dormir debaixo do céu de estrelas, revivendo as experiências dos antigos tropeiros, não é somente um agradável e sadio turismo ecológico, mas é tambem uma imersão numa dimensão etnográfica e histórica distante das experiências da maioria das pessoas. Dimensão esta que um tempo foi concreta e real, mas que está desaparecendo rapidamente. Na ótica de oferecer ao mercado um turismo ecológico de qualidade (sendo posteriormente promovido em manifestações do setor, seja no Brasil que no exterior. Ex.: participação à B.I.T. Bolsa Internacional do Turismo de Milão, Itália), seria válida e oportuna a criação de cursos de formação e de um centro de referências para sensibilização e ensino de noções básicas de:

• uso da sela e da cangalha para: trekking com animais caminhada montada tropeirismo • uso da carroça • interação com os animais • Bush craft: noções e habilidades para viver na natureza • Topografia, viabilidade, história do território • Gerenciamento dos animais (programa do curso para agricultura e ecologia, ver parag. 1) Aplicação cultural • • •

Levantamento e estudos ecológicos/ambientais/culturais do território Levantamento e estudos para desportes e turismo ecológicos Cartografia amadorista e/ou temática

Aplicação pratica e retorno econômico • • • • •

Publicação de guias de turismo ecológico Criação de agencia de viagens para turismo ecológico Divulgação em manifestações do setor no Brasil e no exterior Criação de empregos para: guias turísticos Comercio: venda e/ou gestão dos itinerários para agências de viagens ecológicos

Estado do Rio de Janeiro - Municipio de Maricà ( em vermelho) "RiodeJaneiro Municip Marica" by Raphael Lorenzeto de Abreu - Image:RiodeJaneiro MesoMicroMunicip.svg, own work. Licensed under CC BY 2.5 via Wikimedia Commons - https://commons.wikimedia.org/wiki/File:RiodeJaneiro_Municip_Marica.svg#/media/File:RiodeJaneiro_Municip_Marica.svg

Estado do Rio de Janeiro - cidades de Rio de Janeiro, Maricà e municipios em volta.

Dados do mapa ©2015 Google

5 km

Maricà: Vale Figueira I e II; Ponta Negra; Jaconé. Visão do territorio Vale Figueira I Vale Figueira II Ponta Negra Jaconé

Errata corrige

Nilo Peçanha = Ponta Negra

Maricà: Vale Figueira I e II; Ponta Negra; Jaconé Legenda

Vale Figueira I Vale Figueira II Ponta Negra (farol) Jaconé: Beachrocks Errata corrige

Nilo Peçanha = Ponta Negra

Distritos do Municipio de Maricà - RJ Amarelo: Vale da Figueira I e II Círculo branco: centro da cidade de Maricà Prefeitura de MARICÁ http://www.marica.rj.gov.br/turismo/?tu=mapa

Vale da Figueira I, II, III. Errata corrige Corrego Paolera = Rio Padeco / Corrego Padreco Prefeitura de MARICÁ http://www.marica.rj.gov.br/turismo/mapas/vale_da_figueira.jpg

Vale Figueira I e II Os lugares do projeto Foto 9/10/12 Foto 11 Foto 13/14/15/16. Anexo 1 Anexo 1

Ponta Negra e Jaconé Anexo 2 Farol de Ponta Negra Praia de Jaconé Beachrocks Àrea de relevante interesse geológico, ecológico e eco turístico

Exemplo de emprego da traçao animal Revitalização e manutenção das margens da Rodovia Amaral Peixoto - no km. 39, e do loteamento residencial "Vale da Figueira I" no bairro de Manoel Ribeiro - e criação de uma esquadra de operadores ecológicos para o monitoramento e preservação ambiental Anteposto Tendo morado por mais de seis anos no loteamento “Vale da Figueira” I e II e tendo trabalhado com uma burro na pesquisa sobre tração animal (ver acima), conheço bem os lugares e suas problemáticas. O burro, sempre em respeito aos pressupostos da pesquisa, era criado em condições de "custo zero" (ver nota 1), ou seja, aproveitando ao máximo os recursos que o lugar oferecia, porém respeitando seus limites, tendo assim uma constância de produção/consumo. Um exemplo a ser imitado : “Lotes Vagos” Partindo da ideia e da filosofia dos “Lotes Vagos” dos artistas mineiros Louise Ganz e Breno Silva, seria possível aplicar este conceito aos “loteamentos Vale da Figueira” I e II, para promover não somente uma melhor qualidade ecológica e ambiental através de laboratórios práticos e demonstrativos de reciclagem, reutilizo e gestão do território, mas também, e sobretudo, para criar espaços de socialização, aprendizagem e recreação, inserindo ocupações experimentais e temporâneas, visto serem completamente ausentes, mais parecendo um campo entrincheirado que um conjunto de moradias. As pessoas vivem fechadas, cada qual em seu “campo fortificado” -como na Idade Média-, cuidando somente de seus próprios espaços e degradando os arredores. “Vale da Figueira I e II”: o degrado Os espaços públicos: as margens da rodovia Amaral Peixoto, das estradas internas, dos rios Padeco e Caranguejo, das áreas públicas várias e também lotes privados vagos, são tão repletos de vegetação ao ponto de serem inutilizáveis, senão através de um bom trabalho de corte e retiros da vegetação. Estes espaços públicos não foram somente esquecidos pelo Estado e pelos privados, mas viraram lixões para descarregar qualquer tipo de imundície dos próprios moradores. Além disso, são objeto quase de despreso e tornam-se lugares de abusos e roubos (descarga de qualquer tipo de lixo, incineração selvagem, roubo de areia para construção, etc.), sobretudo por parte dos moradores mais pobres, que assim justificam tais atos: “é terra da Prefeitura”, “é terra devoluta; “é desabitada”, etc. As obras para conter a vegetação que fazem parte da manutenção periódica que Ampla, Oi, Prefeitura e Rodovia2 fazem para cuidar das margens, das linhas de luz e telefone e para facilitarlhes o acesso, ao contrário de melhorar, às vezes pioram de forma dramática a condição dos terrenos, tornando-os impraticáveis, obstruindo caminhos e chegando a ser perigoso à incolumidade dos pedestres. Sem falar dos graves danos ecológico-ambientais e arquitetônicos que a retirada da areia para construção, dos leitos dos rios e mesmo das encostas da rodovia causa, colocando em perigo as estruturas viárias como a ponte da rodovia A. Peixoto km. 40 (recentemente restruturada), as estradas internas de acesso e inclusive as casas dos moradores. Porque revitalizar Neste lugar destinado ao degrado e à alienação, desprovido de estruturas recreativas, à exceção das igrejas protestantes e de alguns bares, onde começa a se implantar o consumo das drogas e o concomitante surgimento de violências várias, poderia valer a pena um esforço visado a reabilitar as áreas comuns para transformá-las em espaços de socialização, tornado-as bonitas com um trabalho de paisagismo, de utilidade e de aprendizagem. Especialmente se o todo fosse parte de um discurso e contexto artísticos e de educação ecológico-ambiental, podendo resultar em melhoria dos lugares e, de consequência, da qualidade de vida dos moradores, dando

também uma ótima imagem aos proponentes e aos que atuam. Sotretudo a Prefeitura de Maricá obteria um retorno de imagem ao nível nacional à frente de um moderado investimento financeiro, podendo transformar-se num ponto de referência quanto à melhoria, estética e ecologica da região, para o bem estar dos moradores, constituindo um exemplo a ser imitado, com uma consequente divulgação positiva em todos os meios de comunicação (televisão, internet, jornais e outros). O que revitalizar 1 – Conservação/manutenção e melhoria das seguintes áreas públicas: • “loteamento Vale da Figueiras I e II” e sua viabilidade interna • das margens da rodovia A. Peixoto km. 39 e 40 • das margens dos cursos d’água: rio Padeco, rio Caranguejo e rio Doce • lotes privados temporaneamente vagos e sem utilizo • infraestruturas ou demais que tragam vantagens de uma manutenção regular, fornecendo serviços ecológicos, que respeitam o ambiente, ecologica e economicamente autosustentável. Tendo como objetivo melhorar as qualidades físicas do lugar e, de consequência, a qualidade de vida de seus moradores. 2 - Tornar as áreas públicas e privadas acima mencionadas mais parecidas a jardins, e não a lixões ou canteiros de obras, fornecendo aos moradores e sobretudo aos jovens, um exemplo prático de ecologia, economia, ciências naturais, tecnologia e outros. Isto, para elevar as qualidades, tanto cognitiva como operativa, graças a exemplos práticos, de modo a minimizar hábitos e/ou técnicas não apropriadas, visando uma maior consciência cívica seja em termos ecológico-ambientais, que de auto sustentabilidade. Seria de integração pratica aos ensinos escolares e com a eventual participação dos professores das disciplinas envolvidas. 3 – Criar empregos aos desempregados, ou àqueles com uma renda insuficiente e/ou à procura de ganhos ilícitos, que degradam as áreas residenciais e diminuem a qualidade de vida de seus moradores. Além disso 4 - Poderia ser um laboratório prático de ideias arquitetônicas e paisagistas, de ocupações experimentais, móveis, acessíveis aos moradores. Exemplo: o campo base para o abrigo do pessoal da equipe ecológica, dos animais em caso de mal tempo e para guardar as ferramentas poderia, e deveria, ser móvel e ser montado nas áreas públicas ou em lotes vagos, inclusive segundo um projeto de arquitetos-artistas. 5 - – Em termos financeiros, é um projeto econômico que não necessita de meios mecânicos, mas de animais que trabalham com ferramentas simples e a um custo limitado. Este projeto poderia ser executado em muitas outras áreas residenciais.

Como revitalizar - 1 : criação de uma equipe de monitoramento e preservação ambiental a propulsão animal Equipe ecológica constituída por três pessoas com funções a rodízio: dois trabalhadores e um condutor (arrieiro/almocreve) coadjuvados por 5 jumentos (4 trabalham + 1 descansa) ou 3 burros (2 trabalham + 1 descansa). Os animais seriam "o motor" a ser utilizado em todos os trabalhos de transporte, remoção e cultivo. . Pessoal a ser emprego

1. Pessoal desempregado e/ou toxicômanos, que nesta atividade poderiam sair da informalidade, ter um salário mínimo com carteira de trabalho assinada e ter uma ocupação a sustento da terapia de desintoxicação. Esse pessoal seria fixo, tendo uma disponibilidade de 5 dias por semana e uma carga horária diária de 8 horas. Pessoal este a subtrair ao trabalho clandestino de mineração de areia nos cursos d’água; atividade esta que causa danos e perigos no inteiro curso do rio e, em modo grave, nos centros habitados, estradas,

pontes, etc. Pessoal com experiência prévia ou formado em cursos adequados emanados pelo/s coordenador/es. 2. Estudantes de todos os níveis que aderem a um programa que prevê, tanto um trabalho individual sob o controle de um supervisor, como uma atividade de grupo (mutirão). A experiência pode ser motivada a pesquisas escolares, envolvendo disciplinas diversas, sendo formadora de um senso cívico e ecológico. Pessoal este flutuante e sem salário 3. Um ou mais coordenadores que apliquem a metodologia, sigam o desenvolvimento e ensinem as corretas técnicas aos trabalhadores e estudantes. 4. Veterinário para o monitoramento regular das condições dos animais. Os animais coadjuvantes

Burros e/ou jumentos de várias proveniências: tanto aqueles que se encontram apreendidos nos estábulos da Prefeitura e não retirados, quanto os salvados por maltratamentos, ou então os de doações, mas sobretudo poderia ser a oportunidade para aderir positivamente, e de maneira factível, à campanha para salvar do abate os jumentos do Nordeste (ver anexo 2). Burros e jumentos, se tratados corretamente, são animais dóceis e colaborativos, e perfeitamente adaptos ao tipo de trabalho requerido neste projeto. Como exemplo, citamos os jumentos empregados para a coleta e o transporte do lixo urbano pela Prefeitura da Cidade de Castelbuono (Palermo, Itália); exemplo este seguido por outras cidades da Itália. A maioria da alimentação dos animais deveria ser fornecida pela vegetação presente no território, seja como pastagem, que ceifada pela equipe e/ou transformada em feno para utilização futura (ver Anexo 1), integrada com uma ração para cavalos do tipo em comércio. A visita periódica de um veterinário serviria apara manter os animais em boa saúde e com um bom ritmo de trabalho. O trabalho requerido seria o de puxar a carreta, tiro para a remoção de toras (dos troncos), tiro para a remoção da vegetação e/ou objetos vários, tiro de um arado e/ou de um esterroador de dimensões consonas, transporte com a cangalha em lugares onde a carreta não pode chegar e transporte a sela quando necessário. Além disso, seria conveniente coadjuvar o utilizo da vegetação espontânea por parte dos burros e jumentos, compartilhando-a com outros animais, quais cabras e gansos. Cabras de raças rústicas a utilizar em número limitado, seja para um minucioso e completo trabalho de controle da vegetação (ver o exemplo do aluguel de cabras Cachemira como cortadores de grama no Chianti, Toscana - Itália), seja para a produção de leite ou para uma abordagem propedêutica e de divulgação ao uso da tração animal ( exemplo: o "carrinho de bode" do Nordeste e o "goat packing" dos E.U.A.). Gansos de raças rústicas a utilizar em número limitado, tanto para a continuação do trabalho de controle da vegetação, quanto para a produção de ovos. Também cabras e gansos, se tratados corretamente, são animais que aceitam disciplina e desenvolvem uma relação de amizade com quem os cuida. Sendo animais rústicos, adaptam-se bem a uma grande variedade de situações e necessitam de poucos cuidados. Como revitalizar - 2 : o que fazer. 1 - Controle da vegetação e limpeza dos terrenos interessados, para ter e manter acessibilidade aos postes e cabos de luz e telefone, terminando e/ou completando ou, melhor, substituindo as raras e parciais manutenções de Ampla e Oi. Estas companhias, para intervir com rapidez e por falta de organização, não completam o serviço, visando assegurar-se uma permanente acessibilidade às linhas (corte completo das árvores quando necessário, tirar os resíduos dos cortes e despejá-los em lugar idôneo), mas deixam tudo no terreno. Esses resíduos criam um ambiente favorável e dão sustento a uma vegetação secundária, que em pouco tempo cria um caos impenetrável, retardando ou impedindo ulteriores intervenções da Ampla e Oi em caso de futuras necessidades. Esse pessoal, especialmente quando devem trabalhar em condições difíceis (escuridão e/o chuva), encontram-se diante de verdadeiras

muralhas de vegetação que devem ser cortadas manualmente com facões para chegar ao poste interessado. A equipe ecológica designada para cuidar do “Vale da Figueiras I e II” minimizaria ou anularia o serviço de controle da vegetação por parte de Ampla e Oi, limitando-o e otimizando-o à exclusiva intervenção técnica na linha. Isto significaria uma grande economia para tais empresas e rapidez nas intervenções, resultando numa grande vantagem aos moradores, visto que as interrupções do fornecimento elétrico são muitos frequentes. 2 - Controle da vegetação e limpeza das margens da rodovia Amaral Peixoto nos km 39 e 40. Periodicamente, a sociedade de manutenção das rodovias estaduais fazem o corte nas margens da vegetação viçosa e constituída na sua maioria por gramináceas forrageiras espontâneas, deixando a grama cortada no chão, desperdiçando assim uma recurso valioso para os animais herbívoros e criando uma situaçao de incômodo aos pedestres e ciclistas. Estes -não tendo a rodovia pistas de emergência- têm nas margens gramadas o único itinerário de deslocamento. A equipe ecológica cuidaria das margens, utilizando o corte da grama como forragem verde para a alimentação dos próprios animais ou ceifando-a para um uso futuro, criando também um maior conforto aos pedestres e ciclistas. Isto iria a benefício da auto sustentabilidade da equipe, conforto para o deslocamento dos moradores e economia para a sociedade de manutenção, que "pularia" os dois quilômetros do percurso (ver Anexo 1). 3 - Controle da vegetação e limpeza das margens das estradas internas, dos rios e dos lotes temporariamente não utilizados ou abandonados (lotes vagos). Aproveitando as gramináceas presentes como pasto para os burros ou jumentos empregados ecologicamente pela equipe como "motores" para os serviços inerentes à criação ou à conservação da qualidade ambiental. Revezando com o pasto das cabras a utilizar para a produção de leite ao consumo familiar e como ulterior "motor", mais indicado por ser propedêutico e pedagógico, e também dos gansos para a produção de ovos e carne. 4 - Recuperação e cura das árvores, tanto aquelas ornamentais e de sombra, como aquelas frutíferas (bananeiras, mangueiras, laranjeiras, pés de limão, tangerina etc.), plantas medicinais e plantas comestíveis para uso humano, a benefício dos moradores. Com a programação de um calendário para a cura e a colheita, a equipe se ocuparia de colher os frutos e de enviá-los aos pontos de venda ou transformação em geléias, doces, frutas cristalizadas ou outros, gerando assim mais empregos. A vegetação deveria ser gerenciada, melhor se com o parecer de paisagistas, a fim de criar um "oásis", ou seja, lugares agradáveis e relaxantes para recreação e socialização dos moradores. 5 - Gerenciamento dos resíduos de podas, corte da grama ou outros, e retiro destes por parte de privados. Com o fim de obter vários produtos de reutilização (lenha para queimar, carvão, compost, adubo natural, etc.), evitando a formação de depósitos de lixo sem controle e/ou a incineração individual destes resíduos, que causam danos seja ao solo que ao ambiente, mas centralizando-os e gerenciando-os numa área bem definida. 6 - Produção de lenha derivada das podas efetuadas pela equipe ou pelos moradores, para uso caseiro na cozinha (fogão de lenha) ou para aquecer a água (exemplo: para duchas). Assim, economiza-se eletricidade e/ou combustíveis fosseis. 7 - Produção de carvão vegetal, utilizando a lenha acima mencionada, obtido com tecnologias de reciclagem e emprego de mão-de-obra local, para usos caseiros (churrasco, cozimentos) ou de pequena metalurgia. 8 - Incentivo e facilitação da coleta diferenciada do lixo entre os moradores.

9 - Criação de composteiras alimentadas com os resíduos vegetais de proveniência das áreas monitoradas, dos moradores e pelo esterco dos animais, e gerenciamento dos locais de compostagem, para obter húmus a ser utilizado em hortas e jardins. 10 - Monitoramento, desestímulo, limpeza e recuperação das precedentes condições ecológicas dos eventuais depósitos de lixo. O lixo, separado segundo os critérios da coleta diferenciada, é enviado aos respetivos sistemas de reciclagem: • vidro de garrafas, recipientes ou outros – para reutilização e/ou fusão • ferro e metais – para reutilização e/ou fusão • entulho e sobras de obras de construção – a ser recolhido num lugar idôneoo e usado como aterro • plástico • madeira de qualquer tipo – para reutilização ou transformação • vegetais, resíduos orgânicos e esterco animal – para compostagem Facilitando assim os serviços da empresa de remoção do lixo urbano à vantagem dos moradores, da paisagem e da salubridade do ambiente. 11 - Onde seja possível criação de hortas comunitárias, com uso de adubo natural e com a ajuda da força motora dos animais para os trabalhos agrícolas mais importantes (arar, esterroar). Criação de uma horta de plantas aromáticas, condimentarias (temperos) e medicinais com finalidades pedagógicas e demonstrativa. 12 - Monitoramento da erosão fluvial e terrestre e pequenos serviços de recuperação ou minimização. Supervisionando e denunciando atos clandestinos, impedindo a extração ilegal de areia para construção. Liberar as margens e os leitos dos rios das sucatas de carrocerias e motores de autos, eletrodomésticos, arvores caídas e outros que sejam de empecilho ao regular defluxo das aguas, especialmente em caso de cheias, para evitar alagamentos e/ou erosão. 13 - Monitoramento do bom funcionamento dos postes e cabos de luz, telefone e iluminação pública, pontes, estradas etc. Impedir a formação de depósitos de lixo e a incineração sem controle destes e/ou da vegetação em geral em época de estiagem. Denunciando o mal funcionamento e os abusos. 14 - Pequena manutenção da viabilidade interna do loteamento. 15 - Utilização dos animais, além dos serviços requeridos, também como coadjuvantes dos fisioterapeutas para a “pet terapy”.

Como revitalizar - 3 : o que precisa A - Trabalhadores com carteira assinada: 3/5 B - Animais para trabalho e produção: • • •

burros 3 ou jumentos 5 Cabras de leite: 4/6 Gansos: 10/20

C - Ferramentas para trabalho e transporte: • Carreta com arreios completos • Balancim e arreio para tiro: 2 • Cangalha com 2 caçuais /caixas/bolsas e arreios: 2 • Sela com arreios: 2 • Pequeno arado • Pequeno esterroador

• • • •

Motosserra: 2 Moto cortador de grama e mato: 2 Ferramentas manuais: machado, pá, picareta, enxada, facão, foice e outras - uma para cada trabalhador. Cerca elétrica móvel para os animais.

D - Voluntários não pagos. E - Supervisor pago: 1 o mais. F - Campo base móvel a ser montado temporariamente em lotes vagos para o conforto e abrigo do pessoal, em caso de chuva, para os animais à noite em caso de chuva ou calor excessuvi e para guardar as ferramentas (ver anexo 3).

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Anexos Anexo 1 Sustento de um herbívoro de grande porte (burro, jumento) com o corte de gramináceas forrageiras espontâneas que se encontram nas margens da rodovia Amaral Peixoto. O corte periódico da vegetação feito pela sociedade de manutenção das estradas para manter as margens livres e aproveitáveis para o estacionamento temporâneo de emergência dos veículos, para uso dos pedestres e ciclistas, e também para manter visíveis os sinais estradais, comporta um emprego relevante de mão de obra, veículos e tempo. A vegetação cortada, constituída principalmente de gramináceas forrageiras espontâneas, é deixada no chão, não sendo recolhida e nem utilizada. Pelo contrário, algumas vezes o material é recolhido por parte de pequenos agricultores locais que com carrinhos de mão ou bicicletas engenham-se para aproveitar este "Dom de Deus" que rapidamente se estragaria. Este recurso, se gerenciado, permite o sustento de burros e jumentos para a produção de trabalho (transporte de mercadorias e pessoas, tiro agrícola-florestal o de carretas) e/ou de caprinos para a produção e o consumo doméstico de leite e/ou carne. Mas também de gansos para a produção e o consumo doméstico de ovos e carne. Esta utilização minuciosa das gramináceas espontâneas reduziria os custos e os tempos por parte da firma de manutenção, forneceria ajuda à economia familiar e à saúde alimentar, e seria uma escola de preservação ambiental e gerenciamento dos recursos. Este modelo de gestão seria extensível a todos os lugares aonde encontra-se vegetação de gramináceas espontâneas. Além de fresca, a grama cortada poderia ser transportada e armazenada em lugar idôneo e deixada virar feno, obtendo assim forragem para os burros e jumentos, a ser consumida em tempos de estiagem ou quando há carência de grama verde. Além disso, a vegetação cortada que fica no chão, secando-se, é motivo de incêndio por parte dos usuários das margens (pedestres e ciclistas), porque incomoda e é um obstáculo aos pedestres e ciclistas. O fogo, nas maioria das vezes, expande-se, interessando as árvores, os postes da luz/telefone ou as cercas, estragando-os e incomodando ou matando a fauna silvestre. As margens queimadas, devido à fuligem preta, repelem os usuários, acrescentando incomodo, até a chegada das primeiras chuvas. Além disso o corte apressado por parte dos operários das firmas de manutenção, deixando a parte basal das gramináceas, progressivamente a transforma em material lenhoso, causando muito incômodo, tanto aos pedestres quanto aos ciclistas. Portanto, um periódico corte artesanal por parte de uma equipe que tenha bem claro o quê, como e porque cortar, seria exemplo de boa prática, seria um benefício a si mesma, ao local e aos moradores. Usos e utilidade do corte 1 - alimentação de burros e jumentos a ser utilizados como "motores", a tração animal, para a execução dos serviços inerentes à criação ou manutenção das qualidades ambientais do local. Forragem a ser utilizada seja fresca que como feno. 2- alimentação de cabras para a produção de leite e carne para consumo doméstico e como ulterior "motor" a tração animal (carrinho de bode). Forragem a ser utilizado seja fresco que como feno. 3 - alimentação de gansos para a produção de ovos e carne para consumo doméstico. 4 - melhorar as margens para o utilizo por parte de pedestres e ciclistas, limpando o lixo deixado pelos motoristas e monitorando e denunciando danos e falhas nos sinais ou nas obras.

Anexo 2 Salvar os jumentos do Nordeste: empregando-os na coleta do lixo urbano – na limpeza das praias e margens de rios e lagoas – em mutirões de limpeza – no exemplo da Itália. Inúmeros apelos, nas redes mediáticas, informam sobre o triste fim dos jumentos do Nordeste que, no passado, representavam um meio vital de subsistência em regiões áridas e pobres, mas que atualmente perderam quase todo o seu valor, sendo matados e exportados no exterior, transformando-se em rações para cachorros. As mudanças das condições econômicas e sociais têm favorecido a substituição dos animais por motocicletas, que sem dúvida são mais velozes e convenientes, e o jumento voltou novamente a ser símbolo de pobreza e atraso, continuando com o seu o papel de “bode expiatório”, o qual deve ser exorcizado a qualquer custo. Por um lado, observa-se com satisfação que os moradores de uma região historicamente pobre e deprimida comecem a se desenvolver economicamente. Seria, porém, mais sábio gerenciar os animais que, não mais usados, vagam sem rumo, mas que representam seja um valor biológico no sentido do patrimônio genético (genoma), que uma força-trabalho que poderia, mesmo hoje em dia, encontrar emprego num setor trabalhista apropriado. A utilização deles come carne de abate è, na verdade, a última possível e a menos eficiente, dando a idea de um esbanjamento estúpido, inútil e cruel.

Jumentos do Nordeste: o valor biológico Esta raça de jumentos gerada e criada por centenas de anos em clima semiárido, apresenta qualidades genéticas de adaptação ao lugar e ao clima tais, sendo única. O extermínio cego e indiscriminado poderia privar o patrimônio zootécnico, seja nacional que mundial, de uma variedade caraterística. Jumentos do Nordeste: o valor pratico O jumento é um animal forte, frugal, rústico, inteligente e de boa vontade se corretamente tratado. Muitos trabalhos não requerem uma elevada potência física, por isso a força muscular de um animal é mais que adequada para executá-los, e o seu emprego resulta muito mais econômico, seja como compra que como gestão, e a sua utilização é mais vantajosa pelo seu uso poliédrico. Pegando como exemplo o município de Castelbuono, povoado na província de Palermo (Sicília), seguido por outros três municípios italianos, sendo um Santa Maria al Monte, nas proximidade de Pisa. Estes, adotaram jumentos para o transporte do lixo urbano. Seria útil criar grupos ecológicos, como aquele hipotizado à manutenção do “Vale da Figueira” (ver acima), com o encargo, por exemplo, de executar uma minuciosa limpeza das praias oceânicas, das da lagoas e das margens dos rios. Exemplo de emprego: mutirão de limpeza pela praia de Jaconè e pela Restinga de Maricá A praia de Jaconé, ao lado do cabo de Ponta Negra e às margens da ex-propriedade de Roberto Marinho, área que está sendo interessada por um projeto portuário, é um lugar sugestivo, inserido num belo cenário natural de formações rochosas. O cabo de Ponta Negra, segundo os geólogos, parece ser o que resta das rochas africanas quando a América do Sul era unida à África, na era do supercontinente Gondwana, cerca de 130 milhões de anos atrás, separando-se após a fratura e a deriva dos continentes (ver vídeo de You Tube). Esta praia e o cabo que são importantes, seja sob o ponto de vista geológico que ecológico, e portanto mereceriam ser salvos como áreas protegidas de interesse ecológico, (seria melhor ainda transformá-los em Parque Estadual como com aquele da Serra da Tiririca), são meta de banhistas e de pessoas em busca de paz e tranquilidade num belo cenário natural. Infelizmente, os visitantes de fim-de-semana, junto às tempestades, deixam a praia cheia de detritos vários, sendo um forte empecilho para a vivência do lugar. Um ou mais grupos ecológicos recolheriam manualmente os detritos, dividindo-os segundo os critérios da coleta seletiva e da reciclagem, carregando-os nas cangalhas dos jumentos para

transportá-los na estrada mais próxima, onde seriam recolhidos por um camião ou uma carreta movida pelos mesmo jumentos que carregaram o lixo no lombo. Mutirão organizado

O melhor jeito de limpar é uma minuciosa recolha manual. Por isso e para dispor de uma intervenção mais veloz, caso trate-se de uma grande área ou de uma alta concentração de lixo, poderiam ser organizados mutirões envolvendo cidadões, simpatizantes, alunos das escolas e outros, focalizando o interesse na importância ecológica da coleta e do modo no qual está sendo feita. Os participantes dos mutirões poderiam ser divididos em grupos para a coleta seletiva e diferenciados pelas respetivas cores oficiais; todos teriam bonés (ou camisetas) da cor do grupo de pertinência, segundo este exemplo: • grupo da madeira - boné preto • grupo do plástico - boné vermelho • grupo dos resíduos não recicláveis - boné cinza Os detritos assim divididos, seriam recolhidos pelos jumentos e por eles transportados até um lugar de concentração, onde seriam carregados nos camiões da limpeza urbana, economizando assim ao máximo, o emprego dos meis de transporte da Prefeitura ou da empresa contratada para a remoção. Os bonés, com um logo ou uma publicidade, poderiam ser presenteados aos participantes. Este modelo poderia ser aplicado também na limpeza minuciosa das margens das lagoas e dos rios.

Jumentos do Nordeste: o valor do retorno da imagem O conjunto desses ações: salvação do jumento nordestino, o seu utilizo em pro da ecologia, a participação coletiva nas obras de limpeza coadjuvadas por esses animais, seriam iniciativas com um bom retorno de imagem, a publicar e divulgar nas redes mediáticas e de baixo custo para a Prefeitura, mas de muito impacto emocional para o público. ----- 0 -----

Anexo 3 O campo base móvel do grupo de operadores ecológicos, como exemplo de moradia offgrid O campo base do grupo ecológico Local onde seria possível trocar de roupa, consumir as refeições, descansar e abrigar-se do calor e da chuva, tomar uma ducha e usar o wc, e também para guardar as ferramentas, tendo aquelas funções mínimas de escritório com computador , impressora, conexão a internet e possibilidade de recarregar as baterias de celulares e rádios walkie-talkie. Deveria ser móvel, seja por razões de praticidade que para oferecer exemplo de ocupação temporânea e experimental, segundo um itinerário ponderado de pontos de pouso, visando o melhoramento do lugar e procurando que os benefícios se mantenham também depois da migração. Um campo base móvel e itinerante: o container marítimo Os containers de uso naval, aqueles caixas metálicas usadas para o transporte marítimo de mercadorias em navios adaptos, especialmente o tipo de 20 pés, ou seja, de 6 metros, são a solução ideal. Um container devidamente aparelhado com as paredes e o teto forrados e coibentados (forro para proteção do calor/frio), compreendendo um banheiro com ducha e vaso sanitário e dividido em espaços: cozinha, consumo das refeições, área de descanso e para o escritório. É um módulo econômico, cômodo, transportável e durável.

Montagem e disposição do campo base Para melhor espletar as funções de um campo base, ou seja, um local para o trabalho e os cuidados pessoais, a este primeiro módulo habitacional deveria ser acoplado um segundo container em seu estado original, isto é, não forrado ou modificado, mas deixado tal qual era. Somente mobilado com prateleiras, escrivania, bancada para o torno, tendo funções de almoxarifado, selaria para os animais, depósito de ferramentas e pequena oficina para consertos simples. Os dois módulos, como os tijolinhos do brinquedo para criança LEGO, poderiam ser acoplados, um encima do outro, criando assim uma unidade habitacional/de trabalho. Com o fim de ser realmente eficaz e demonstrativa, tal unidade habitacional/do trabalho deveria tornar-se independente e ecologicamente correta, ou seja, deveria ser off-grid (fora da rede), palavra inglesa que hoje em dia virou sigla para o uso de energias e técnicas alternativas. Evolução do container habitacional: a independência off-grid A energia elétrica para o funcionamento das luzes de iluminação (a LED), um computador com impressora, a recarga das baterias de celulares e rádios walkie-talkie, uma pequena geladeira para a comida e a bebida, de um ou mais ventiladores e de um bomba para água, e também para o cercado elétrico dos animais, seria fornecida por painéis solares postos no teto do container habitacional. A eletricidade assim produzida, seria armazenada em baterias do tipo usadas nos carros, postas com tal objetivo no container do almoxarifado e um inversor adequado, transformando a eletricidade das baterias em eletricidade igual a de uso doméstico, permitindo assim o seu normal utilizo, nos limites das possibilidades do sistema. Em lugares com ventos constantes, aos painéis solares poderia-se conectar um pequeno gerador eólico do tipo Savonius, podendo ser de construção artesanal, também com o uso de materiais reciclados. A descarga das águas escuras do vaso sanitário iria numa fossa biodigestor sigilada que a transformaria em adubo orgânico a ser utilizado na horta, cuja irrigação seria fornecida e/ou incrementada pelas "águas claras" provenientes das pias do banheiro e da cozinha, da ducha e a água de chuva recolhida pelo telhado. O aquecimento da água destinada à ducha também desfrutaria o calor do sol através de versões do forno solar. Além disso, a água poderia ser aquecida utilizando-se a lenha obtida das podas das árvores. Ambos os métodos podem ser artesanais, usar materiais recicláveis e são simples, baratos e não requerem muito trabalho. O container almoxarifado off-grid O módulo almoxarifado engloba oficina, laboratório, armazém, selaria e somente necessita energia elétrica em quantidade e qualidade suficiente para o funcionamento dos utensílios de alta potência, como: furadeira, esmerilhadora, serra circular, amoladeira e outros. Dependendo do número de painéiis solares instalados, da quantidade de baterias de armazenamento e da duração de uso dos utensílios, è possível trabalhar com um inversor adequado. No caso de uma utilização demorada das ferramentas, um gerador a gasolina, transformado a gás, poderia resolver os pique de utilizo. O caso da soldadora a arco voltaico para ferro e metais requer medidas particulares, mas que cabem no esquema. Os animais e o bambú Os burros e jumentos requerem um abrigo para a noite e para os dias que não trabalham. Este, deve ser constituído por um alpendre para se abrigar do sol, da chuva e do vento e de um cercado, mesmo se pequeno; ambos de dimensões adequadas ao número de cabeças presentes. O cercado elétrico, de fácil e rápida montagem/desmontagem e transporte, e movido por baterias recarregáveis através dos painéis solares, é o mais conveniente. Depois dos primeiros golpes (stocks), os animais aprendem a temê-lo e a se manter a uma distância respeitosa, e o mesmo continua a manter o seu efeito mesmo sem eletricidade.

O alpendre è constituído por uma armação de alumínio ou madeira dura forradas com telhas ou chapas onduladas ou grecadas de alumínio galvanizado, desmontável para o transporte e reutilizável à vontade. O bambú que se encontra nos arredores, mesmo não sendo em grande quantidade, forneceria os postes para o cercado e para a sustentação do alpendre. Podendo ser plantado, è um recurso renovável e por isso amigo da ambiente. Além disso, possui ótima qualidades técnicas. Um segundo alpendre, de dimensões menores, e ao externo do cercado, serviria de palheiro. Para o pasto controlado dos animais no dia-dia, um pedaço de vergalhão de aço para construção, tendo funções de estaca, permite ao animal de pastar em círculo, enquanto duas destas estacas, unidas por uma corda de aço, permitem ao animal pastar em linha reta. As cabras, que requerem os mesmos cuidados dos equinos, poderiam dividir a área do cercado e o alpendre com os burros e jegues, tendo a atenção de adicionar mais arames na parte baixa do cercado, tornando-lo apto à contenção dos caprinos. Os gansos, que em teoria também poderiam dividir o espaço com os jegues e as cabras, é melhor que tenham um próprio cercado, também elétrico e passar a noite numa arca móvel. Isto, para uma potencial vulnerabilidade em relação aos predadores (cachorros de rua) e para concentrar seja a pastagem que o esterco desses animais -adubo de excelente qualidade- em lugares bem definidos e com um rodízio, e também para facilitar a recolha dos ovos. O esterco dos quadrupedes, recolhido na limpeza regular do cercado, abasteceria as composteiras. A horta Uma parcela de terra para o cultivo demonstrativo de ervas medicinais, aromáticas e comestíveis, e de hortaliças de variedades típicas do local, teria o propósito de informar e educar os moradores sobre o uso das mesmas. Adjacente à horta, deveriam ser construídos vários modelos de composteiras para o adubo orgânico do solo (estes também tendo um propósito educativo/informativo), abastecidas com vegetação não lenhosa, resíduos de cozinha, esterco de animais e com tudo que pode transformar-se em húmus. - O -

Notas 1 - Custo zero Conceito a ser compreendido como um conjunto de técnicas que permitem sobretudo realizar uma poupança imediata em dinheiro, mas também, extensivamente, tudo o que pode criar diversas poupanças, na maioria financeiras, para obter independência, seja burocrática que técnica e econômica. Com o objetivo de manter a fruição dos recursos com uma gestão escrupulosa, ou seja, aproveitando ao máximo tudo o que o lugar oferece, respeitando os limites, tendo assim uma constância e um equilíbrio entre produção e consumo. Este "custo zero" se manifesta também nas aplicações off-grid, no sentido que, mesmo tendo um investimento em tecnologia, estas permitem ser amortizadas num tempo razoável, transformandose em ganho, obtendo assim independência burocrática, técnica e econômica. 2-

Ampla: sociedade fornecedora de energia elétrica nas prefeituras de Maricá, Niterói, São

Gonçalo. Oi: sociedade fornecedora de serviços de telefonia Prefeitura: entende-se como o serviço de manutenção do território feito por uma equipe de trabalhadores Rodovia: entende-se como o serviço de manutenção das margens da rodovia A. Peixoto feito por uma equipe de trabalhadores

Glossário Bambú Esta planta é encontrada em diversas variedades e, apesar de parecer uma árvore, na realidade e botanicamente, é uma erva. Pertence à mesma família das gramináceas, do trigo, do arroz, da aveia, da cevada e outros, ou seja, daqueles cereais muito importantes na alimentação humana. Apresenta o caule aparentemente de madeira, porém oco, com divisões formando gomos. Todo o caule apresenta qualidade de dureza, elasticidade, leveza, resistência e versatilidade. Estas qualidades do bambú eram já conhecidas há milênios na Ásia, seu lugar de origem. Pode alcançar altura e diâmetro elevados, e se adapta a vários climas, podendo encontrá-lo hoje em dia também na América do Sul, África e Europa. Pode ser empregado de inúmeras formas: das pontes às cercas, das embarcações aos móveis, utensílios de cozinha, brinquedos, instrumentos musicais, artigos manufaturados artísticos, até como substituto do vergalhão de aço no concreto armado. As suas aplicações práticas são objeto de particular interesse, especialmente na construção civil dos países tropicais e subtropicais pobres, porque pode ser plantado e a sua cultura não agride o solo, mas ajuda o estabelecimento dos terrenos de encosta onde o entrelaçar das raízes freia a atividade erosiva; sendo também um recurso renovável (preservador do meio-ambiente), evita o desmatamento. Como se não bastasse, é também planta comestível, fornecendo os deliciosos brotos, apreciados pelos amantes da cozinha chinesa; um tipo de vinho doce, um licor e um tipo de refrigerante. Bush craft É uma atividade cuja tradução mais livre para o português seria "artes do mato". Engloba todo um conjunto de técnicas e capacidades de autosuficiência, adaptação e ação sobre o meio natural que já fizeram parte do passado e tradição humana em várias culturas, mas tem vindo a cair no esquecimento da população em geral, quer por falta da sua prática, quer por serem consideradas por alguns como ultrapassadas e desnecessárias. Este conjunto de técnicas tem como objetivo procurar o necessário para viver e se deslocar na natureza de lugares remotos longe dos povoados e infraestruturas urbanas e por tempo ilimitado. Isso inclui: saber fazer e utilizar o fogo, saber caçar, pescar e cozinhar as presas, saber fazer um abrigo, conhecer plantas comestíveis e medicinais, saber se deslocar e gerenciar a mobilidade, além de saber construir manufatos de uso domésticos com os recursos que o ambiente oferece. O conhecimento desse conjunto de técnicas primitivas, mas muito eficazes, pode ser de utilidade, senão indispensável, aos desportistas, aos estudiosos, aos militares, a algumas profissões tal como geógrafos, geólogos e, no geral, para todos aqueles que têm interesse na vida ao aberto. Composteira É uma estrutura adapta para o depósito e processamento do material orgânico. Além de reciclar quase todos os resíduos orgânicos das cozinhas, hortas e jardins (restos de comida, cascas de frutas e legumes, grama cortada e a maioria dos restos vegetais e animais), gerando um fertilizante de alta qualidade para as plantas, soluciona também o problema de mal cheiro e umidade no lixo das casas. O objetivo da composteira é gerar um composto, resultado da degradação biológica da matéria orgânica, em presença do oxigênio no ar, sob condições controladas pelo homem. O composto possui nutrientes minerais, tais como nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre, que são assimilados em maior quantidade pelas raízes. Outra importante contribuição do composto é que melhora a “saúde” do solo. A matéria orgânica compostada se liga às partículas (areia, limo e argila), formando pequenos grânulos que ajudam na retenção e drenagem da água e melhoram a aeração. E compostagem é o conjunto de técnicas aplicadas para estimular a decomposição de materiais orgânicos por organismos heterótrofos aeróbios, com a finalidade de obter, no menor tempo possível, um material estável, rico em substâncias húmicas e nutrientes minerais chamado composto.

Container Palavra inglesa (aportuguesada em contêiner), que significa "recipiente". Trata-se de um equipamento reutilizável para o transporte intermodal, ou seja, navio + caminhão / trem. Normalmente, apresenta-se como uma caixa de metal de 6 x 2,5 x 2,3m de altura e com um peso de kg. 2500 (contêiner de 20 pés) ou 12 x 2,5 x 2,3m de altura e pesando 3,600 kg (contêiner de 40 pés), havendo uma porta em uma das extremidades. A robustez, a vida útil de cerca de 30 anos, a abundância e a portabilidade, deram origem a um grande número de usos, para as mais diversas finalidades: residências, escritórios, clínicas e outros, como pode-se ver tanto na internet (YouTube), quanto aplicado nas cidades e no campo. Inversor Um inversor, inversor de frequência, ou ainda ondulador, é um dispositivo eletrônico ou eletromecânico capaz de converter um sinal elétrico CC (corrente contínua) em entrada num sinal elétrico CA (corrente alternada) em saída. Usado para o funcionamento dos aparelhos de uso doméstico ou de trabalho (corrente alternada), utilizando a energia elétrica fornecida pelas baterias dos carros (corrente contínua). Trata-se de um dispositivo de vital importância na rede de produção de energia através de fontes renováveis (sol, vento, água), que permite o utilizo prático da eletricidade produzida. Lotes vagos Lotes Vagos é um projeto experimental dos arquitetos/artistas mineiros Louise Ganz e Breno Silva que visa transformar os lotes privados presentes numa determinada cidade, momentaneamente inutilizados, em espaços públicos de uso coletivo, durante um certo período de tempo. Os lotes são emprestados pelos proprietários e usados por vizinhos, moradores, transeuntes, até que sejam solicitados de volta. O grupo que participa da transformação do lote em espaço público torna-se responsável pela implantação do projeto, pela sua manutenção e pelos acontecimentos. Os projetos apresentam diversos tipos de uso e adaptações às condições. O projeto Lotes Vagos teve início em 2005, em Belo Horizonte e em 2008 foi realizado em Fortaleza. Savonius A turbina a vento do tipo Savonius é um dos modelos mais simples. Movida principalmente pela força de arrasto do ar, sua maior eficiência se dá com ventos fracos e pode chegar a 20%. Baseia-se no princípio do acionamento diferencial. Os esforços exercidos pelo vento em cada uma das faces do corpo oco são de intensidades diferentes, resultando num binário responsável pelo movimento rotatório do conjunto. Inventado pelo engenheiro finlandês Sigurd J. Savonius em 1922 e patenteado em 1929, é um dos mais fáceis a ser construídos, mesmo artesanalmente e com materiais reciclados. Tropeiros Bras. – Condutor de tropa, arrieiro, bruaqueiro. Bras. – RS Indivíduo que compra e vende tropas de gado, de mulas ou de éguas. No passado, antes da descoberta do motor (antes, a vapor e depois a explosão), a carga transportada no lombo principalmente de burros e mulas, era a única alternativa à carroça, onde esta, por razões topográficas, não tinha acesso. No Brasil, este modo de transporte e serviço foi particularmente importante e o burro/a mula foram um dos principais arquitetos na formação da unidade territorial da nação porque, graças ao alcance e à capilaridade dos seus serviços, o Brasil foi capaz de manter a extensão territorial no interior do país, em vez de permanecer confinado na costa atlântica.

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Vídeo Ponta Negra e praia de Jaconé: •

You Tube : acesso 04/10/2014 https://www.youtube.com/watch?v=FmlADRlcpaM

E' disponível a versão em idioma italiano

Traduzido do italiano por: Francesca Casciuolo E-mail: janus56 @tiscali.it

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PROTEO CENTRO DE ESTUDOS E PESQUISAS GEOGRÁFICO-CULTURAIS Brasil - Italia

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PROTEO – Centro de Estudos e Pesquisas Geográfico – Culturais O Centro de Estudos trabalha principalmente com geografia prática, aplicações e soluções artesanais referentes à interação psicofísica e filosófica do homem com o ambiente físico, e dos vários problemas decorrentes da atuação prática da mobilidade. O objetivo é levar tais práticas à autoria das pessoas, fazendo valer a máxima de “que todos podem fazer e fazer em casa”. Entende-se aqui que a geografia, em sentido amplo, abrange natureza, ambiente, ecologia, cultura humana, psicologia, entre outros aspectos. Nosso foco é a procura e o estudo de aspectos pouco conhecidos ou que estão em gradual desaparecimento. A Geografia é sim o estudo da superfície física do planeta, mas também dos homens que nela habitam e da sua relação com o meio ambiente –o habitat-, ou seja, do lugar marcado pela atividade humana. Mas a mobilidade e os meios para obtê-la também fazem parte, junto a tudo quanto constitui o patrimônio histórico e mítico do indivíduo. O objetivo é recolher informações, ordená-las e, se possível, experimentá-las e/ou encontrar soluções alternativas ou variações, de maneira a formar um banco de dados, não apenas de uso informativo/cultural, mas sobretudo prático. Fazer pesquisa prática, sobretudo no campo, mas também em “laboratório”, é parte essencial do trabalho. É nas observações e vivências de campo, sejam breves ou demoradas, que se torna possível identificar fontes de informações, estabelecer análises e entendimentos sobre a complexidade da interação dos indivíduos com o ambiente. Com intuito de recolher e preservar know-how e práticas tradicionais para que não se percam, mas ao contrário, se agreguem e reforcem conhecimentos e práticas novas. De maneira a apreciar, compreender e viver na Natureza, sobretudo em lugares remotos, numa imersão tanto mais total quanto mais benéfica ao indivíduo e à Ecologia. Utilizável para alcançar experiências alternativas na ótica humanística de valorização do indivíduo e de seus conteúdos, e também como educação para um mundo qualitativamente melhor e que atenue as ásperas condições econômicas de populações menos privilegiadas. http://proteobr.wordpress.com/ Ottorino Matteucci Faz pesquisas geográficas desde 1977 e por isso tem trabalhado e viajado "por mares e montes" na África, Ásia, Austrália, Europa e, agora, no Brasil. Especializando-se no estudo do relacionamento holístico entre o Homem e a Natureza, e nas multíplas maneiras de viajar para poder atingí-lo e vive-lo. Autor de várias publicações, participou a conferências e cursos. Trabalhou junto ao Ministério Italiano das Relações Exteriores, em várias universidades italianas, entes e firmas de importância nacional, e partidos políticos. Atualmente trabalha em três pesquisas: o emprego não convencional de burros e jumentos, a jangada para uma náutica fluvial alternativa e sobre o Caminho de Santiago nas Américas, que se concretizarão em três livros. Vive e trabalha entre o Rio de janeiro e a cidade de Florença (Itália), seu lugar de nascimento. [email protected]

Fotos (As fotos pertencem ao arquivo de PROTEO CENTRO de ESTUDOS e PESQUISAS GEOGRÁFICO-CULTURAIS Brasil - Itália)

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Eco-turismo: a mula equipada para a caminhada montada ou pela cavalgada 2013

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Eco-turismo: a mula equipada para o a caminhada a pé (trekking) ou tropeirismo 2013

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Uso agrícola e utilitário: transporte com a cangalha de adubo natural - 2013

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Uso agrícola e utilitário: transporte com a cangalha de cereais para alimentação e cimento para construção - 2012

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Uso agrícola/florestal e utilitário: arrasto de toras de madeira - 2011

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Eco-turismo: um acampamento durante uma caminhada a pé (trekking) ou tropeirismo, no Chianti - Itália - Toscana – 1999

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Eco-viajens: sertão australiano - Australia - Queensland do Norte - 2000

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Eco-turismo: turistas durante uma caminhada a pé (trekking) ou tropeirismo, no Chianti - Itália - Toscana – 1999

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Ponte da Rodovia Amaral Peixoto (BR 106) no km. 42. Efeitos da erosão causada pelo Rio Padeco - Maricá - RJ – 2011

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Erosão das margens do Rio Padeco que quase atingiu a entrada da casa - Bairro Vale da Figueira II - Maricá - RJ – 2011

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Degradação do meio ambiente pelos moradores - Rua 5, na intersepção com a Rodovia Amaral Peixoto (BR 106) no km. 40 - Bairro Vale da Figueira I - Maricá RJ – 2011

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Beachrocks: as rochas africanas de Charles Darwin - Ponta Negra face leste Praia de Jaconé – Maricá - Rio de Janeiro - Brasil – 2015

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Ponta Negra face leste - Gruta da Sacristia– Maricá - RJ - Brasil – 2015

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Ponta Negra face leste - Praia de Jaconé – Maricá - Rio de Janeiro - Brasil - 2015

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PROTEO Centro de Estudos e Pesquisas Geográfico–Culturais Geografia é o conhecimento da Terra, da natureza, dos povos que nela vivem e de suas culturas. A mobilidade é a chave de leitura e a viagem é o meio para conhecer materialmente o todo, e também, ao auto-conheceimento. Viagem como mergulho á "pele nua" em realidades muitas vezes opostas áquelas próprias e em lugares que a alma sente como míticos. E os lugares falam: uma linguagem silenciosa, que entra na alma e a transforma ás vezes definitivamente, porque inicia-se a compreensão e a busca do Absoluto.

"Ambulando cogitur ambulando solvitur": a viagem á maneira antiga feita de suor, cansaço e incertezas; usando os músculos como motor e a introspeção como antena para captar a magia da Natureza, aguçando instintos e habilidades até tornarem-se parte de si como em uma arte marcial. "Se me deparo com um homem faminto na rua, nao ilhe presenteio um peixe mas o ensino a pescar": quer ser uma ajuda, fornecendo um simples suporte de informações técnicas, verdadeira gota no mar, para aqueles que empreendem o longo caminho que da procura de autonomia leva á independência, e para aqueles que neste caminho querem continuar. Dedicado áqueles poucos destemidos que honestamente se comprometeram, ou se comprometem, na viagem das viagens: a procura do Absoluto e da Liberdade. http://proteobr.wordpress.com/

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