\"Trabalho de Campo\" - 16: COM 3 NOVELOS

June 9, 2017 | Autor: Fernando Brito | Categoria: Genealogia
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“COM 3 NOVELOS”

 

    \COM3NOVELOS             Começou  por  ir  buscar  uma  das  nossas  camisolas  cinzentas,  depois  cortou  com  a   tesoura  uma  pontinha  de  fio  e  começou  a  puxar:  a  lã  soltou-­‐se  da  malha,  como  um   filme  a  andar  para  trás,  e  a  mãe  enrolou-­‐a  na  mão  esquerda  até  a  poder  libertar  e  lhe   dar  a  forma  de  um  novelo  redondinho  que  pôs  num  cesto.  (COM  3  NOVELOS,   Henriqueta  Cristina,  Yara  Kono.  Planeta  Tangerina,  2015,  p.s/n)       BORGES DE 3 NOVELOS FRENTE TRÁS UMA MANGA OUTRA MANGA CÓS

VERSÃO PROVISÓRIA

“Abstract” Amigos meus, que tiveram a amabilidade de ver as versões anteriores deste trabalho, sugerem a inclusão de um esquema interpretativo onde figurassem os principais e inéditos achados do texto que se segue:

……………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………... Pascoal Borges Baltasar Borges, de Mesão Frio Gaspar Belchior Borges cc Felicita Cerq.ra I _____________________________ I Fr,ca Borges Cecília Pinta B eatriz Pinto Domingos ~1520/30 de Mesão Frio +1581 Borges Fr.ca Borges, de Lobrigos ~1550 Beatriz Borges Maria Borges cc Belchior Álvares +1626 cc Belchior Álvares +1635 1º X c António Martins 2º X c Gº João I I _____________________________________ _____________ I __________________ Maria Maria Pinta Fr.ca An.to Borges B eatriz João Inácia Borges, 1624 Fr.ca Cecília D.gos 1577 m.1606 1586 1593 1597 1599 +1678 ~1580 1576 + 1639 1592, afº de +18 anos m. 1606 de Lobrigos +1667 +1678 cc Belch.Álv.s Fr.ca Borges nome I _____________ I _______________________________ de s/ tia M.el M.el An.to M.el An.to Borges D.gas Gonçalo Borges 1619 1624 1635 1615 1637 1642 I testa 1678 c. Lobrigos ______________________________ _____________ M.el A n.to Maria Cerqueira M.el Cecilia Borges 1661 1667 1673 I Borges de Rio Mau, Medrões

I greja de São João de Lobrigos Fugas-Público

 

 

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BORGES DE 3 NOVELOS Em cima da mesa estão 3 novelos de Borges

MEDRÕES . SANHOANE . LOBRIGOS

nesta sequência, de NE para SO, cordão umbilical contíguo, fronteiro a Mesão Frio e Régua. O primeiro prevalece e os dois outros, se primam por alguma coisa, é por ausência quase total de Borges. Mas contribuem. Sanhoane também foi Medim. O trabalho não é de Borges, é dos Borges de 3 Novelos. Evitando contaminar os novelos, acuso com parêntesis rectos as achegas trazidas de outras lavras. Os derradeiros em Medrões apontam a escada para cima até aos mais velhos da estirpe, donde vou principiar o novelo. Todavia os degraus têm dificuldades em alguns matrimónios (ou nós). É curioso o nome Pedro, 1665, que poderá ser responsável pelo sobrinho, também Pedro, ter optado por chamar-se Marques, em lugar de Borges... O nome Pedro Marques configura-se advindo dos Marques, o irmão ou o pai de Maria Marques. Esta teve de Manuel Borges um filho Pedro, 1665, como disse, e um neto Pedro Marques, 1705. Os Borges mantêm-se em Medrões; porém, Manuel Borges, 1624, nasce em Lobrigos. Os que tratávamos vivem em Medrões, pai de um outro Manuel Borges – o pai, por sua vez, do mencionado Pedro Marques – e de um António nascido em 1661. E o pai de Manuel Borges, 1624, acima, foi António Borges, de Matos, de Lobrigos, mas também de Medrões? Tudo melhor entendido adiante. Pelos anos, tínhamos chegado a casa do padre Proença, o das mãozinhas voantes, apontadas!... As mãozinhas... do p.e Francisco Proença retomadas pelo p.e licenciado Luís Proença. Terra de Proenças,  

 

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São Cosmado. Da vizinha Contim vieram para Medrões, em três gerações - Jerónimo, António e Luís, chamados Pinto - nos anos meeiros de Seiscentos.  

 

 

 

 

As mãozinhas espetadas! Os avós maternos foram antes de LOUREIRO, e percebe-se pior a razão de saltarem para Medrões. Medrões [Diccionario..., Américo Costa: é composta dos seguintes logares: Alto da Fraga, Boa Vista, Cabido, Castelhada, Choqueiros, Contador, Costa, Cruz, Egreja, Ermigio, Fermentães, Fermentães de Cima, Fontello, Fraga, Lombada, Lombadinha, Marão, Nogueira, Outeiro, Quebrada, Poças, Ribeiro, Rio Mau, S. Pedro, Sobrado e Varja (Várzea).]

Truca, truca, truca… Agulha-vai, agulha-vem, a mãe recomeçou a tricotar. Primeiro uma camisola em ziguezagues cinzenta, cor de laranja e verde. Logo a seguir, agulha-vai, agulha-vem, uma camisola verde, com quadrados cor de laranja e cinzentos. (cit., p.s/n)

 

 

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Quer Cecília Borges, quer Isabel Borges, quer Guiomar Borges, são declinadas filhas de Belchior Álvares e sua m.er Maria Borges, e irmãs de um rol de outros, tidos num período longo de 1576 a 1592 (já conto como, e o que sei). São eles: 1. Francisca, o primeiro provavelmente, que declinam de 25 anos ao óbito em 1601; 2. Cecília que casa em 1612 e morre em 1621; 3. Catarina que vemos a morrer em 1624; somam-se a seguir, 4. Isabel que casa em 1620 e 5. Guiomar que casa em 1623, 6. Joana que casa em 1628 e por fim, 7. Domingos - que é quem nos vale - pois o sabemos nascido em 1592 e falece, solteiro, em 1641, com testamento a sua irmã Joana. Querido Domingos! Por fim, dão que pensar António Borges e seu irmão Gonçalo Borges, que lhe sai herdeiro em 1678. Daria qualquer coisa como isto: Francisca em 1576, Catarina por 1578, Cecília por 1580, Isabel por 1582, Guiomar por 1584, depois um intervalo grande até Domingos em 1592 e sua irmã Joana que lhe foi herdeira (Pelas respetivas datas dos casamentos, 1612, 1620, 1623 e 1628, este o da Joana, querendo dizer que seria a mais nova, nascida pouco antes de Domingos. Em qualquer ano de intervalo de 1586 a 1590, pouco antes ou colado a 1592 podia ter nascido António Borges, pai de Manuel Borges e outros, avô de outro Manuel Borges (que não sabemos o ano, mas comprovado pela descendencia) e de António (que sabemos de 1661). Obviamente que este último António, 1661, repete o nome do avô António Borges, mas o salto é grande. Quando a avó de Manuel, Maria Borges de Nogueira, faleceu tinha o Manuel 10 ou 11 (1635-1624) e quando do avô, tinha o Manuel alguns 14 (1638-1624), bem podendo estar a viver em casa deles em Medrões... Julgava eu que o pai António, a morrer só em 1678, tivesse casado em Sanhoane – pai de um Francisco Guedes que surge em Sanhoane como pad. em 1640 – e em Matos, de Lobrigos... Fosse como fosse o Manuel podia ter sido confiado aos avós paternos. Preto no branco, o Manuel 1624 morou em Medrões. E vamos descobrir que mais irmãos teve, em Medrões. António Borges seria o de Matos? Pai de Manuel, 1624?  

 

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As variegadas hipóteses de veredas formam labirintos que só a experiência, o tempo, a atenção e a devoção serão capazes de orientar e iluminar a senda, pela clivagem certa.

Truca, truca, truca, truca…   agulha-­‐vai,  agulha-­‐vem,  meia-­‐concha-­‐liga-­‐olho-­‐de-­‐perdiz-­‐tranças-­‐ponto-­‐de-­‐ arroz,  agulha-­‐vai,  agulha-­‐vem,  agulha-­‐vai,  agulha-­‐vem…

Mas deixa só apanhar mais uma malha: Belchior Álvares e sua mulher Maria Borges moraram em Nogueira, Casal ou Casal de Nogueira. Dele, o nome próprio e o sobrenome podem ter vindo de Felicita Cerqueira e do marido Domingos Álvares revelados por SERPA PIMENTEL, e irmãos portando de João Borges, de Sedielos, que bem conhecemos, e irmão ainda de Francisco Borges de Moura Morta. Vou propor outra coisa, ligeiramente diferente, a seu tempo. A primeira verificação que me surpreendeu foi a amiúde repetição de Francisco e Francisco e Francisco, o irmão dos Borges, o filho de cada um deles, etc., e continuando lá para baixo, muito ao fundo, até chegar ao Francisco irmão de Pedro Marques...; e mais uma surpresa, o aparecimento de uma Cerqueira, Maria Cerqueira, b. 1667, filha também de Manuel Borges (que não podia mesmo, o Cerqueira, ter sido herdado da estirpe da mulher Marques do mesmo Manuel Borges)... Donde lhe viria o nome? Coisas que a vida tece, e os novelos. Famílias de filharadas em gerações sucessivas. Nomes de uma transversalidade absoluta, são Maria em qualquer estrato e tempo, ostentado por Maria Borges. Os homens contavam cinco - António, Domingos, João, Joaquim e Manuel [Joaquim de Vasconcelos divergiu ligeiramente] - que a todos servia. Cabia à nobreza preservar os mais antigos, como o de Grimanesa Borges, e aos homens, guardar o de

 

 

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Belchior ou Baltasar Borges. Nestes, em os vindos dos Cerqueira, o de Felicita(s), que tantas foram! Ainda nestes, relativamente transversais, transmitiam-se António e Francisco ou Isabel, desde os primeiros tempos. E Cecília, ainda a ver! Vamos agora completar a moldura da casa do Casal de Nogueira, Belchior Álvares e sua m.er Maria Borges, dizendo mais qualquer coisa que o simples esquema não pode explicar. Se para já – nesta primeira, desenriçar (como se diz) – eu não for muito verdadeiro, corrigirei adiante, pois estas coisas não se percebem logo. E com aviso: "Coser e descoser..."

Belchior ou Melchior Álvares, quer pelo nome próprio, quer pelo apelido, parece adstrito quer a Álvares quer a Borges, de um outro casal que o precederia – Domingos Álvares cc Filicita Cerqueira – os pais de João Borges de Sedielos [SERPA PIMENTEL – v. LAVOURA]. Dir-se-ia que Belchior Álvares nasceu de Domingos Álvares e de sua mulher Felicita: todavia, realço um óbito em Medrões: outro Melchior Álvares do Sobrado falecido em 1638, pouco antes de Belchior Álvares de Nogueira, no mesmo de 1638, não parecendo nada que este se possa situar na geração anterior, já que Belchior de Nogueira casa por 1575 e morre em 1638, uma vida de cerca de quase noventa anos. O outro, provavelmente parente, seria um coirmão seu, advindo de qualquer um dos Álvares que ainda encontrámos por Medrões e radicados no Sobrado. Se forem das estirpes que aparentam, eram obviamente coirmãos. Viremos a casa deles. Salvador Álvares, do Sobrado (o que era a Domingos de Nogueira?), faleceu em 1596 (geração precedente aos de Nogueira), e testou a seus sobrinhos Diogo e Belchior. Vale a pena visitar os Álvares. Só quero dizer, que eram muitos...

 

 

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Quanto a Maria Borges, mulher de Belchior, é de supor advir também dos mesmos Borges, e coirmã de seu marido. Com efeito, antepondo a filha

de

nome

Guiomar

Borges,

documentada

na

geração

imediatamente precedente, Guiomar Borges a falecer em 1568 (nota do L.º BB), pelo mesmo nome e na mesma freguesia, ela sugere-se para mãe ou tia de Maria Borges. Do mesmo modo, Cecília Borges, agora de Matos, pela data do seu falecimento, 1639, parece alinhar na geração de Maria (mas talvez não), à qual vou juntar os Borges de Matos, Francisca e Francisco, e mais algumas surpresas. Voltando a Maria de Nogueira, morre na sua casa do Casal em 1635, exaurida – e infeliz por ter perdido o seu único filho, aquele que se seguira a suas irmãs – Domingos Borges, 1592 e +1641 –; e o marido pouco depois, em 1638. Como parece ser de se lhe atribuir os anos de nascimento por 1550, morrem de muita idade, ele a chegar aos 85-90 e ela pelos 75. Quem me dera estar em Nogueira de Medrões, para ver! De Medrões. De Medrões eram todos eles os de Medrões, servindo-nos de pouco. Contudo, algumas vezes ditos de Nogueira, os Borges de Medrões, pontificando uma geração intermédia que de Nogueira passou para Rio Mau. São colados, os lugares, já se vê. Bem como o Sobrado. Ou mesmo, só de seguida, o próprio Manuel Borges pelo casamento com Maria Marques? Que teriam a ver os Marques com Medrões? Não começaram a tempo os registos, para os Marques..., todavia, precioso é a declaração de Rio Mau para Maria Cerqueira (Cerqueira, mesmo!) e seu marido Manuel Alves, pais de Domingos e de Jerónimo. De Rio Mau, Borges de Rio Mau que entroncam nos Borges de Medrões. Que eram Cerqueiras. Então, vamos anotá-los convenientemente. O livro de óbitos diz ter início em 1560 (quem dera!) mas efectivamente se principia nos anos 80 do século seguinte! Lá se endireita, depois, e surge o primeiro Borges – Maria Borges, m.er de Luís Pinto – que  

 

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desaparece em 1600. Podia ter vindo à luz no primeiro ou segundo quarto de Quinhentos e podia não ser de Medrões. Chega aqui pelo casamento? Mais adiante uma geração, Maria Borges outra, que estava cc Belchior ou Melchior Álvares, já falados. Ela falecendo em 1635 e ele em 1638, podiam ter nascido no 4º quarto de Quinhentos. (Olha que não!) Logo a seguir acusam-se mais dois Borges, Domingos solteiro + 1641 sendo herdeira Joana Borges, irmãos, Joana que veio a c. em 1628, referenciados por filhos de Maria Borges e Belchior Álvares, nascidos ambos os jovens por 1600 ou pouco antes. Mais para diante, Beatriz Borges, falecida em 1663, herdeiro seu genro Lourenço Alves (ou Álvares); Beatriz que seria da geração dos filhos de Maria Borges, embora falecida muito tarde? (Veremos.) À casa de Beatriz Borges chegou a doença, que a matou e a todas as suas filhas nesse ano de 1663… O terrível soçobro de 11 navios… nesse de 1663! Mas a estória é outra e lá chegarei, pois estas coisas não se constroem logo, agulha-vai, agulha-vem, meia-concha-liga-olho-de-perdiztranças-ponto-de-arroz, agulha-vai, agulha-vem, agulha-vai, agulha-vem…

Passados aos CC vêm muito cedo matrimónios dos filhos de Maria Borges e Belchior Álvares, acima, de modo a levar o casal para os nascidos por 1550. Estão muitos.   Maria  Borges  c  ~1575  c  Belchior  Álvares   1.Francisca

2.Cecília

3.Catarina

4.Isabel 5.Guiomar

6.Joana

7.Domingos

Só, o que se impõe ao principal: Cecília Borges c 1612 c Gaspar Glz de Lobrigos (pai de Gaspar de Matos, falecido em Castilhada, Medrões, 1627, que c 1620 c Isabel Borges, mas seria fº de outro matrimónio de Gaspar Glz), testa Luís Homem; Isabel Borges c 1620 c o dito Gaspar de

 

 

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Matos fº de Gaspar Frz de Matos, Lobrigos (+1639, 9 dias antes de sua m.er); Guiomar Borges c 1623 c Domingos Guedes fº de Gaspar Lobo de Sanhoane, vindo ela a acabar no lugar da Rua, em Sanhoane, no ano de 1646; Joana Borges c 1628 c Luís Teixeira fº de Luísa Teixeira, pais de outra Joana, 1633. E ainda, os filhos de Beatriz Borges e Belchior Álvares: Inácia Borges c 1633 c Jerónimo Álvares; Ana Borges c 1614 c Lourenço Alves fº de Lourenço Alves (por certo, Álvares), de Marão. Outra irmandade, as destes Ana, Inácia, Ana. Dito assim, não se ouve nada! Vou debitando os que encontro, e tentarei aproveitar. (v. os Álvares, no final.) A tempo, compulsados os BB, registam-se alguns Borges em Quinhentos. Uma filha de Maria Borges e Luís Homem sendo madrinha outra Borges; um filho de Maria Borges e Belchior Álvares; um apadrinhamento significativo com Luís Homem e Maria Borges m.er do Belchior Álvares (Duas Maria Borges parentes muito chegadas…); outro apadrinhamento desta; e mais o B de uma filha da outra e de Luís Homem; ainda outro serviço de madrinha da m.er de Belchior; mais uma filha de Maria Borges e de Luís Homem sendo madrinha uma Filipa Borges (tratada por comadre, mas era irmã sem dúvida). Entretanto, desgarrados, dois falecimentos, um deles é de Guiomar Borges, 1568. E só mais uma madrinha de 1605, Maria de Mansilha, filha de Luís Homem. Então vamos anotá-los convenientemente. Todos estes é coisa significativa, muito, por serem só eles a estar em Medrões, parentes chegados, e a começar por aquela última do nome Mansilha, mostrando que era dos mesmos Lousada de Ledesma Borges. Depois, lá chegarei. Entretanto, viu-se que andámos na geração de 1550. Ou seja, a geração de João Borges de Sedielos (1560/70) que fazem nascido de Felicita de Cerqueira e do marido desta, outro Álvares, Domingos Álvares do Outeiro de Vila Marim [SERPA PIMENTEL]. Seria Maria Borges irmã (ou coirmã?) de Felicita de Cerqueira, fª – como  

 

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coisa – de Gonçalo Borges de Cerqueira? Anote-se que em Vila Marim consta Belchior Borges, pad. em 1617. O acima possibilita um esquema assim, que mostro para melhor se poder entender e completar:           1.  Os  de  Nogueira     Belchior  Álvares  ~1550                         c  ~1575  c                         Maria  Borges                                         ~1550                                     mor.s  em  Nogueira,  Medrões   +1638,  Hº  de  sua  m.er;  Luís  Teix.,  Hº  de  seu  pai  [genro  desde  1628]     +  1635   ______________________________________________________________   I                     I             I             I               I               I               I   Francisca           Cecília       Catarina     Isabel         Guiomar     Joana         Domingos                                       1575-­‐1592   +  1605               c  1612       +  1624       c  1620         c  1623         c.  1628       1592     25  anos  n.  1576   c  Gaspar                 c  Gaspar       c    D.gos         Luís  Teix.a     solt.º  +  1641                             Fernandes             de  Matos       Guedes                       de  Lobrigos             fº  de  Gaspar  Fernandes  de  Lobrigos             2.  Os  de  Rio  Mau     Manuel  Borges  +  1685            cc       Maria  Marques  +  1706,  herdº  s/  fº  M.el  Borges                                                   1630                 mor.s  em  Rio  Mau,  Medrões                                   _______________________________________________________________                                   I                                                         I                       I                               I     Leonor  de  Araújo    c  1680  c     Manuel   Borges  c  1693  c  Maria  Carvalha         António         Maria  Cerqueira           Pedro,  1665       1660/70   de  Rio  Mau  +  51  anos  1691  +  ele  1713,  mor.s  em  Rio  Mau                       Borges  1661   1667;  cc  M.el  Alves,  mor.s  em  Rio  Mau   I                               __________________________________                     _________________   Maria  Araújo                 Pedro  Marques           Isabel  Maria  Borges  _06               Jerónimo     Domingos                   1700     cc  M.el  Carvalho             cc  Mª  Teresa  Araújo     06.02.1696  *   irmão  de  Mª  Carvalha,  acima                                 *  outros:  M.el  de  Carvº  c.1721;  Maria,  1702;  Marta  c.1702;  Pedro,  1705;  Francisco,  1709                                                                                      

Convirá voltar aos de Rio Mau – v. esquema – nas pessoas do casal Manuel Alves e Maria Cerqueira, de Rio Mau, ele a falecer em 1728, ela em 1711, pais de Jerónimo Borges e de Domingos Borges. Irmão, de Maria Cerqueira, foi Manuel Borges (II), falecido em 1713, pai de Pedro Marques – que cc Maria Teresa de Araújo –, e de Isabel Maria Borges, documentados pad.s em 1725. A eles voltarei. O apelido adoptado por Maria – o de Cerqueira com filhos Borges – cola-se, como notei, aos Cerqueiras Borges – v. LAVOURA, os Fr.co Borges: Quer o irmão de João Borges, de Moura Morta, quer o filho de João Borges…

 

 

12      

Não estavam sós, os Borges. Cruzaram-se com a principalidade: Araújos, Cãos, Marques, Coelhos. Matéria para mangas, isso é matéria para MANGA. Ou para outra vez. Os Borges não eram de Sedielos. Os Borges eram de Medrões. Estas afirmações – que se reportam a Quinhentos – são eventualmente polémicas. Em Sedielos resumem-se a João Borges, do Carvalho; em Medrões, parecem ser de Nogueira com Belchior Álvares e Maria Borges, nascidos por 1550, pois já com uma filha, Francisca, n. em 1576, e continuam a constar como casal em 1592 e seguintes. Realçando alguns nomes. São numerosíssimos, a cada geração, e difíceis de figurar em um só esquema. Pretendo unicamente realçar alguns nomes da estirpe, Belchior, Gonçalo, Domingos, Cecília, Beatriz... (com base em SERPA PIMENTEL e AZEREDO, um flash)

3. Gaspar Borges  

 

__________________________________________________________________________________________________________________   Gaspar  Borges                                                                                                         Violante 1º  X                                                                           2ª  X                                   _______________________________________                                     _______________________________   Baltasar     Gaspar                   Belchior                                     Antónia     Leonor   Maria     Gaspar       Fr.co-­‐-­‐  Inês   em         na                         c.b.a.  1535                                   c     Mesão       Rêde                     cc  Felicita                                   na  Torre  de   Frio                                 Cerqueira                                   Loureiro   cc  Cecília    Pinto                       I                                           I   _________________________         _____________________________________     ____________________________________   João     Beatriz   Cecília    Outros         Francisco   Diogo   Domingos   Gonçalo   Isabel     Baltasar     Rui   António   Gaspar   Francisco                 cc                     em         em     na  Quinta   ~1510  ?           em         em                   João                   Vila           Q.ta     da  Rêde                     Loureiro     Sta  Comba                 de                   Marim       Vila                                 Queiroz               I           Cova   (Domingos),  acima                                         (Gonçalo),  acima                                               __________           I                 ___________________________________             _____________________                                         Felicita           Francisca       Francisco       Maria  Borges                             Felicita                                                                   1591                                       ~1550                                   ~1540                                                                                                               cc                                     cc                                                                               Belchior                                 D.gos                                                                                   Álvares                                 Álvares                                                     _________________________________________________________     ________________                                                     FR.CA   CECÍLIA   CATARINA      ISABEL   GUIOMAR   JOANA     DOMINGOS     JOÃO         FR.CO                                                     1576                                               1592           BORGES       em                                                                                                                         ~1560/70     Moura                                                   REPARO:       Cecília,  entre  os  de  Nogueira,  vizinha  Baltasar  de  Mesão  Frio?       em  Sedielos   Morta    

   

 

 

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Ora que surge o padre Proença e os seus bonecos! Tudo que era papel era suporte. Já não estava o tempo em que as margens eram elegância, expressão, respeitadas, respeitadas limpas e alvas como fronhas. As unciais, tal os copistas antigos, serviam agora de pretexto para enfeites, sublinhados, luxos. As mãozinhas voando, apontavam, apontavam, as unhas espetadas.

 

 

 

FRENTE António Borges, com notícia em Sanhoane e António Borges com notícia em Lobrigos. Poderá ser o mesmo, prospectada a mulher em Sanhoane, uma Guedes, e omissa a mulher no registo de Lobrigos. Seria a mesma mulher? Se foi, pode admitir-se que de Medrões tivesse ido casar a Sanhoane, com uma Guedes, e tivesse Francisco Guedes (embora Francisco Guedes, acusado só num apadrinhamento de 1640, de Maria fª de Gaspar Monteiro de Sanhoane). Passado depois para o lugar de Matos em Lobrigos (São João), onde sua parente Isabel Borges casara com rapaz de Matos em 1620, teve outro filho, Manuel, que virá a ser Manuel Borges que cc Maria Marques, de Loureiro, e moraram em Medrões. Mas não foi bem assim, pois é possível descortinar o nome da m.er de Lobrigos, mãe de alguns filhos, aí. As deduções em

 

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conformidade, farei adiante. E, portanto, a mulher não é a mesma; quando muito, trata-se de um 2º X em Matos. O filho não é o mesmo!

 

carta Google

Manuel Borges cc Maria Marques, sendo esta de Loureiro, são ditos de Rio Mau, Medrões, no registo de C de seu neto Pedro Marques, mas poderia andar alguma confusão por aí, e só tarde terem ido para casa de Manuel Borges (II, o segundo), seu filho, que fez, efectivamente, um primeiro C em Rio Mau, Medrões. Ele Manuel Borges (I, o primeiro), falece em Medrões, de facto, em 1681, data em que seu filho já tinha casado lá, e um irmão, António Borges, nasce em 1661 em Medrões. Assim sendo, e para não complicar, vou admitir que os pais, Manuel Borges (I) e Maria Marques, embora ela de Loureiro, moradores em Medrões – tivessem ido viver para Medrões – sublinhando, porém, o facto de Manuel (II) não estar registado nessa, nem tão pouco em Lobrigos.

 

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“O tricô é conhecido por ser uma técnica de entrelaçamento de fios” http://nadafragil.com.br/aprenda-a-fazer-trico-confira-dicas-e-passo-a-passo/

“O primeiro passo, será tricotar uma amostra de pelo menos 10cm. Esta amostra é bastante útil. Com ela podemos ver a lã trabalhada, ver como resulta, ver se gostamos da tensão ou se precisamos de fazer alterações na medida da agulha, usando uma agulha mais grossa se o tecido estiver muito denso, ou uma agulha mais fina, se o trabalho estiver muito lasso…” http://blog.ovelha-negra.com/category/tecnicas/

Assim mesmo! Não me importo de me ir enganando, que depois se engoma. Podemos compreender que António Borges, fosse parar a Lobrigos para donde foi o casamento de Isabel Borges, precisamente para o lugar de Matos. Também significativo é o encontro de Maria Borges no mesmo Matos, n. 1635, declinada expressamente nascida de Isabel Borges e do seu matrimónio em Matos, Isabel Borges que não deixou Medrões. Seria parente de um outro António Borges que falece em 1678 em Medrões com testamento a seu irmão Gonçalo Borges de Lobrigos… O nome Gonçalo é, como se sabe, o de um notável ascendente deste ramo de Borges. (António, 1635 e Gonçalo 1642 surgem nascidos de Inácia Borges, a ver vamos.) É estranho, porém, que Manuel, filho de António Borges não se veja registado em Medrões, mas depois se diga de Medrões… Ou é apenas lapso do assentador de Medrões que tratava de ambas as famílias daí – todos desta freguesia –, ou teríamos que pensar que o Manuel de Medrões era filho de um outro irmão de enormíssima prole de Medrões. Para não complicar, aceito o registo do filho de António Borges, até por que, na geração seguinte, temos um neto de António Borges, também António, n. em 1661. Mais uma reflexão envolve o óbito de António Borges em Medrões no ano de 1678, que se identifica pelo testamento a seus irmãos, Gonçalo primeiramente: não consta em Lobrigos, como aliás não consta o óbito

 

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de Isabel Borges. O que quero fazer é lembrar a naturalidade do facto de, se foi para Lobrigos, ter como consequência falecer em Lobrigos: porém, António Borges de Matos de Lobrigos, acaba em Medrões. Não deixa de ser curioso, que Isabel Borges a casar com rapaz de Matos (Lobrigos) esteja declinada de Medrões – filha de Maria Borges e Belchior Álvares – e António Borges também em Matos não venha declarado de Medrões, embora morra em Medrões? E para que mais labiríntico, seu filho Manuel, b. em 1624 em Lobrigos...! Sem dúvida que o António Borges, de Matos, Lobrigos: é outro! Genealogia é a ciência das gerações. Uma ciência. E também uma arte. Uma dedução astuta e convincente vale mais, por vezes, que uma prova jurada, e todos sabem que qualquer prova tem de se pôr à prova, tem de ser testada, tem de ser sopesada. Descender é receber o espírito, o sentido e a alma. Irmão e coirmão são a mesma coisa – irmão e coirmão, como-se-fosse-irmão –, pois têm o mesmo avô! Uma linha de irmãos e de primos têm o mesmo avô. Quem é o primo e quem é o irmão, pode ser irrelevante. Descender é receber o espírito, o sentido e a alma. É bater certo! E estamos a tratar dos anos de Quinhentos! Proponho assim?: Guiomar Borges Maria Borges cc Domingos Álvares I I Maria Borges cc Belchior Álvares ____________________________________________________ 7 jovens de Quinhentos, no reinado de Filipe I

Claro que Guiomar Borges podia ter tido mais filhos (e provavelmente que os teve), além de Maria Borges, putativa (ou nenhum teve). A casa do Casal de Nogueira, de Medrões, entre os filhos (e eventualmente também, sobrinhos) vieram muitos. Medrões não teve outro Casal de Nogueira. A casa é mencionada de três modos, Casal, Nogueira e

 

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Casal de Nogueira. Maria Borges é nomeada algumas vezes. Não há outros Borges, ou melhor: há dois que são casal, isto é, as estirpes de Álvares que são Borges e a estirpe de Borges, a família dela e a família dele. Situados no tecto dos livros, estarão figurados neles a geração dos próprios e de seus filhos, jovens nascidos em Quinhentos, ao tempo de Filipe I (rei 1556-1581) e do nosso Diogo Bernardes (1530-1601), sendo o último a nascer em Nogueira, o Domingos de 1592. Todos irmãos, filhos de Maria e de Belchior ou, eventualmente vindos também da avó (ou tia) Guiomar.

4. A prole de Nogueira Maria Borges cc Belchior Álvares ________________________________________________________________ I I I I I I I 1.Fr.ca 2.Cecília 3.Catarina 4.Isabel 5.Guiomar 6.Joana 7.Domingos Estava o defensor da Christandade, Felipe, ínclito Rey, no Escurial, Hum templo de tamanha majestade Que nunca o desenhou Vitruvio tal _____________Diogo Bernardes, contemporâneo dos nossos jovens 01. Francisca + 1601, de 25 anos para cima, nascido pois em 1576 02. Cecília Borges c. 1612 em Matos, Lobrigos; +1639 03. Catarina + 1624 04. Isabel Borges fª dos pais acima, c Gaspar de Matos, Lobrigos, em 1620; e + 1668 em Medrões 05. Guiomar fª dos pais acima, c em 1623 em Sanhoane c Domingos Guedes, ela + 1646 06. Joana c 1628 07. Domingos, n. 1592; + solteiro em 1641, tes.to a sua irmã Joana        

Antes de apresentar os achados e reflexões, talvez seja útil antecipar as conclusões num esquema onde figurem os Borges, de Medrões (As datas estimadas são postergadas pelas confirmadas):

 

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5. Gaspar Borges ou Borges Lousada Gaspar Borges Lousada I Belchior Borges Lousada CBA de 1535 cc Felicita Cerqueira Martins _________________________________________________________ I Gonçalo Borges ~1500 s/ m.er mad. de Felicita 1591, fª de Fr.co Borges Cerqueira ___________________________ : : I N. Guiomar Felicita Cerqueira ~1520 +1569 cc Domingos Álvares ___________ __ __________________________________ ________________ : : : I I : : I Grimaneza Maria Borges cc Belchior Álvares João ~1560 Fr.co Maria Isabel Fr.co Borges Cerqueira ~1555 ~1550 ~1550 c. Sedielos em Moura c Luís Pto pai de Felicita 1591 +1619 +1635 +1638 em "LAVOURA" Morta Homem I __________________________________________________________________ ___________________ __________________ Fr.ca Cecília Catarina Isabel Guiomar Joana Domingos Isabel e Maria Luís Outros Felicita Felicita c1612 c1620 c1620 c1623 c 1628 de Mansilha Pinto 1591 1594 1576 1578 1580 1582 1592 1591 1595 1598 +1624 Maria Borges não parece que deva estar na linha dos filhos de Felicita… Veremos, mais abaixo.  

 

 

E talvez não tenha sido bem assim. A sequência das gerações está um tanto congestionada. E as regras do tricô obrigam a alargar as malhas: "usando uma agulha mais grossa se o tecido estiver muito denso, ou uma agulha mais fina, se o trabalho estiver muito lasso..."

Antes de mais, convém sublinhar uma dificuldade cronológica na descendência de Belchior Borges. A falta de datas dos tratados cria dificuldades acrescidas. O esquema acima mostra a embaraço de aceitar os dois ramos descendentes (colunas). Pelo lado de Sedielos (coluna da esquerda) – se é que é certa a filiação de João Borges em Felicita e Domingos Álvares – Belchior Borges teria nascido por 1480/90. (A CBA de 1535 aceita isto; já a data do GeneAll, 1525, é notoriamente impossível.) Então, teríamos para a coluna nascente à direita, apenas uma geração a preencher o tempo de três gerações. Vila Marim guarda um acento precioso num fólio epigrafado de 91 (Felicita, 1591). Da minha parte, trata-se de uma proposta: João Borges com primogénito em 1598 (v. LAVOURA) podia ter nascido em 1560/70 e o irmão Belchior por 1550/60; a mãe Felicita (proposta SERPA PIMENTEL)...; o avô Gonçalo (proposta do mesmo)...; e o bisavô

 

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Belchior... – compatível com a C.B.A. de 1535 – e não teria nascido em 1525, como se inscreve em GeneAll Nº 175457.

Que diz:

felicitas, fª de frco borges e de sua molher izabel de carualho do lugar de uilla Coua foi bautizada por mim Luis nogueira aos no ue de junho de nouenta e hum annos fo rã padrinhos nuno uaz de mancilha mor no lugar de bamba e paula leitoa molher de glo borges de nostim eu luis nogueira cura desta igreia o fis mes e era ut supra Luis nogueira

registo brilhante, por motivos óbvios. De facto, tenta perpetuar o nome de Felicita (ou Felicitas) tão caro nos Cerqueiras; e fixa a biografia do pai, Francisco Borges Cerqueira. Além do interesse dos padrinhos.

 

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E veio uma nova Felicita nascida uns três anos depois, afª de Felicita Cerqueira, fª de Domingos Borges do Miradouro. Maria Borges e seu marido Belchior Álvares eram do Casal de Nogueira ou simplesmente, Nogueira, de Medrões. Daí são os filhos explanados na linha própria, e outros mais de Medrões.

O conjunto é de Borges restringidos aos Cerqueira nos Borges Lousada. De numerosos e grandes ramos: como – além do conhecido de Francisco Borges Cerqueira – o ramo de Sedielos iniciado por João Borges que entronca, segundo SERPA PIMENTEL, em Felicitas Cerqueira e seu marido Domingos Álvares, e que repeti em "LAVOURA"; e logo a seguir continuado (ou avizinhado), por outro ramo de Álvares, agora em Medrões, Belchior Álvares e sua m.er Maria Borges, ambos Borges como irei avançar "COM 3 NOVELOS".

 

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6. Raiz de Rio Mau

Guiomar Borges + em Nogueira 1568 …………………………………………………………………………………….................. Francisca Francisco Grimanesa Beatriz Maria Borges c em Nogueira ~1550 de Casaria de Azinheira + 1619 em Borges ~1550 c Belchior Álvares cc António Miz I +1635 +1638 …………………………….………….. I ____________________________________ Maria 1580/90 António Borges de Matos Inácia Fr.ca, 1576 Isabel c.1620 Outros 1577 I Borges I _________ ___________________________________ 1620/30 M.el An.to Maria Gaspar An.to D.gas Gonçalo 1624 1635 c 1637 de Matos Borges 1617 Borges de Matos +1692 1623 1635 1642 cc Maria Marques I +1677 +1678 cc Leonor mor.s Rio Mau I_________ fª de Gaspar I M.el Fr.co pais de I Cecília Borges ______________________________________ __ I I I I 1660-70 Manuel António Maria Cerqueira Pedro Borges 1661 1667 +1711 1675 de Rio Mau em Rio Mau c 1680 c 1693

Lá pela cabeça do esquema, a fim de descongestionar ou desgrudar ou desengulhar a sucessão…, podemos admitir que Maria Borges de Nogueira fosse irmã (ou coirmã) de Felicita de Moura Morta, bem como os respectivos maridos, Belchior e Domingos também irmãos entre si, e um coirmão, outro Belchior Álvares…, mas fica para logo que possa.

Talvez seja de começar com uma nota aos de Lobrigos – embora tenhamos de voltar, a seu tempo, a eles – os três Borges dados por filhos, quatro filhos da casa de Casal de Nogueira: Cecília Borges, Isabel Borges, Guiomar Borges e António Borges. (Deixem-me este último dependurado, e depois vejo.) As duas irmãs, Isabel e Guiomar, encontrámos a casar em Medrões, declinadas filhas de Belchior Álvares e Maria Borges, uma com rapaz de Matos, de Lobrigos; a outra a casar com rapaz de Sanhoane, e ambas deixam Medrões (deixam?), como se vê em Gaspar de Matos, que é de Lobrigos, mas nasce em Medrões filho da primeira. Já António Borges larga Medrões (temporariamente?), primeiro casado em Sanhoane e depois em Lobrigos (se é o mesmo), com um filho ali e outros filhos aqui? Mulher deste, Pelónia Pereira, a ver. Antes de avançarmos para o escrutínio de todos, convinha apurar se

 

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Sanhoane e se Lobrigos contavam algum Borges em tempo anterior ao destes matrimónios e consequentes deslocações. Ora, Sanhoane não tinha Borges e não ficou com Borges. Lobrigos, acusa uma Francisca Borges, de Casaria, c 1596, viúva a casar com viúvo (ela a falecer em 1626); e Maria Borges de Matos c em 1637 e Maria Borges de Matos c em 1640 e António Borges, de Antre Vinhas, c 1642 c Maria de Azevedo de Eidinho: que podem ser filhos de António Borges e de sua m.er Pelónia Pereira, de Lobrigos? E mais nada, além da notícia de um Francisco Borges, residindo em Azinheira, em 1636. Não foi nada disto! Ou melhor, só foi parcialmente isto e engana muito! Conclusão. Não era terra de Borges, além dos chegados de Medrões. A ver, não sendo de desprezar a Francisca e o Francisco, atrás, que parecem situar-se em uma geração anterior à geração dos deslocados de Medrões para Lobrigos. Seria que as relações feitas com Lobrigos se deviam a um alguém contemporâneo de Maria Borges, de Medrões? Uma Francisca Borges n. por 1550, da mesma geração de Maria e de Grimanesa? E tivesse trazido Isabel Borges para c. em Lobrigos, bem como António Borges para casa desta sua irmã, Matos, onde casou? Note-se que já existiu uma do nome, Francisca, filha de Nogueira e falecida em 1601, provavelmente a mais velha, a ter nascido em 1576, não repugnado que esta de Lobrigos fosse sua tia. Podemos articular uma estória relativa aos Borges de Matos (Lobrigos), que inclua nomeadamente o que sabemos de António Borges. Andamos muito enganadas, por certo! (Cá para mim...) Da prole de Nogueira, Medrões, o primeiro que consta a casar é Cecília em 1612, mas com noivo de Lobrigos; Isabel Borges em 1620 também com noivo de Lobrigos, e logo a seguir é Guiomar Borges em 1623, com noivo de Sanhoane. Todas declinadas filhas de Maria Borges e de seu marido Baltasar Álvares. A Isabel traz marido de Matos, Lobrigos, Cecília vai para Matos, Lobrigos, e a Guiomar falece em Sanhoane em 1646. Ora verifica-se, embora Isabel Borges não fique em Matos (pois se

 

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mantém em Medrões), que teve uma filha Maria nascida em Matos em 1637; e teve um Gaspar de Matos, de seu marido, Gaspar de Matos, que apenas sei que falece em Medrões em 1677 e a própria Isabel Borges, ainda em Medrões em 1668 em segundo matrimónio c Francisco Couas o Capateiro, quando falece. Entretanto, também consta residindo em Matos, António Borges cc Pelónia Pereira, pais de vários filhos: Lourença 1621, Manuel 1624 já mencionado acima, Leonor 1630 e António 1635. E consta ainda, no mesmo Matos, Maria Borges, documentada a casar em 1637 c Manuel Coelho e falecida (a mesma não é de supor) muito mais tarde, em 1692; e ainda uma outra Maria Borges c em 1640 com Manuel de Araújo e a falecer (a mesma não é de supor) em 1694; herdeiro, Manuel Gracia – uma provável filha de António Borges (que não parece coincidir com Maria Borges a falecer em Nogueira em 08.11.1696 que testa a António de Queiroz, esclarecido adiante) –, mãe de Manuel Borges, 1662, e de Francisco Borges que serão declarados os herdeiros da outra Maria Borges. Nada se opõe a que seja de considerar, António Borges irmão de Isabel Borges; e veremos o quê àquelas Maria Borges. Faltaria entender por que razão figuram duas do mesmo nome, Maria Borges, ambas de Matos, e os filhos de uma, herdeiros da outra. Ora, apura-se mais uma Borges, de nome Francisca Borges, como contei, já viúva e a casar em 1596 com um também já viúvo, em um lugar vizinho, da Casaria, e essa Francisca a morrer em 1626. Apura-se ainda Cecília Borges, de Matos, a falecer aí, Lobrigos, em 1639, data que a levaria para a linha de Maria Borges +1635, e de Belchior Álvares +1638, mas não é assim. Esta Cecília – nome da estirpe Borges – é a mesma c em 1612. Pois é. Precede o registo de óbito de Cecília Borges em Lobrigos, o de Gaspar Gonçalves de Matos, com testamento a sua m.er Cecília Borges, ele falecido a 9 de Julho e ela, logo, a 18 do mesmo mês. Constituem os únicos Borges de Lobrigos, como vimos, mais a Francisca de Casaria, como também já disse. Notese ainda que Francisca Borges tem de ser posicionada na geração anterior à de Isabel, António e Maria. Assim sendo, achamos explicação

 

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também para as duas homónimas em Matos, uma que seria filha e outra sobrinha de António. E a qualidade de tia dos herdeiros, como mencionado, significará “à maneira da Bretanha”, pois seriam primas coirmãs. Indo um pouco mais longe com as ponderações, admito que Francisca Borges de Casaria, Lobrigos, podia ter sido irmã de Maria Borges de Nogueira, Medrões. E até admito que tivessem sido, as senhoras de Lobrigos, as responsáveis pelo relacionamento de (seus sobrinhos)

Isabel

e

António

com

Matos,

Lobrigos.

Mas

são

especulações... Por fim, pode apresentar-se Francisco Borges, também em Lobrigos, acusado em um assento de 1636 relativo ao óbito de Maria solteira criada de Francisco Borges de Azinheira. Eu sei que tenho de ter paciência! Recapitulando. Direi que, Francisca Borges de Casaria e Francisco Borges de Azinheira seriam da mesma geração de Maria Borges de Nogueira e, obviamente, de Grimanesa Borges. Por sua vez... Mas ainda Cecília Borges está fora de questão de alinhar com Maria Borges. Também é verdade que o nome de Cecília não se configura muito dos Borges (a não ser numa procura mais retorcida, de longínquas consortes dos Borges), mas lembra muito Cecília Pinto, mulher de Baltasar Borges, pais de outra Cecília e com Beatriz também chegada, chegada a Beatriz Borges que colocarei em Os Álvares. Somos predispostos (e obrigados) a reportar qualquer grupo de descendentes, porventura numerosos, a um só casal progenitor, uma espécie de poupança de recursos – como já fizemos para toda a humanidade com o casal primeiro e único, por definição: Adão e Eva – e apenas quando a solução se mostra insuficiente, recorremos às disponibilidades que temos na gaveta e tiramos mais um outro casal candidato: olha, este também pode ser! Admitamos que António Borges, de Matos.... Espera aí: distingamos os Borges de Matos filhos dos Borges de Nogueira, que foram para Matos; e os Borges que já estavam

 

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em Matos, como Francisca de Casaria e Francisco de Azinheira. Então, dizia, podemos admitir que António Borges, de Matos, pertencia aos primeiros, ou seja aos filhos de Nogueira que foram para Matos; ou admitir que o mesmo pertencia ao grupo dos que já estavam em Matos. O que acontecia há muito, e ao arrepio do que afirmei: ter sido o próprio António que levou Isabel Borges a casar em Matos. Escolha o respeitável leitor como quiser. Mas olhe que esta hipótese não colhe tão bem. Pois é, não explica (o regresso) António Borges (de novo) em Medrões, onde falece. Aliás, a descendência de António Borges continua-se em Lobrigos com seus filhos (Manuel, 1624, e Antónia c. em 1667, ao menos) e com netos. Houve dois homónimos, em gerações diferentes. Deduzo que António Borges (António Borges pai de Lourença, Manuel, Leonor, António e Antónia: é outro!), este António Borges, era filho de Isabel Borges e Gaspar de Matos do Casal de Nogueira em Medrões – embora, ele, de Lobrigos – irmão, o António Borges, de Gaspar, 1623, Gonçalo seu herdeiro (com seus irmãos), Maria, 1637, e, entretanto, de Manuel Borges, que continua com geração em Rio Mau: Manuel Borges, António, Maria Cerqueira e Pedro (do mapa Raiz de Rio Mau). (Veremos…, veremos...)

António Borges de Medrões, testamento de 1678 a favor de seus irmãos, encabeçado pelo rapaz mais velho, Gonçalo Borges de Lobrigos, é filho de Inácia Borges e Jerónimo Álvares, pais dele, de Domingas e desse Gonçalo, nascidos respectivamente em 1635, 1637 e 1642; Inácia Borges é filha de Beatriz Borges e de Belchior Álvares. António Borges de Lobrigos, uma geração acima, é filho de Francisca Borges, irmã daquela Beatriz e tia daquela Inácia; teve em Lobrigos, Manuel, 1624 e outros. É um ramo de Lobrigos, parte desse ramo. E, assim, não mais surpreende que António Borges seja dito de Lobrigos, morador em Lobrigos, pai de seus filhos nascidos em Lobrigos. Entre esses filhos, conta-se Manuel 1624, como disse, só depois morador em

 

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Medrões e com filhos b. em Medrões. Não temos outro Manuel Borges de António Borges -, senão o de Lobrigos! Fica por entender por que razão o casal está por Medrões, já em 1661. A problemática que agora trato é paradigmática. De facto, pode estar em causa não descobrir qual é o ponto de partida ou coincidência, qual é o tronco comum que alimentou toda a folhagem, o ponto comum à outra parte. Saber se existe um só grupo fraterno e um só pai de todos, ou se existem dois pais, o pai de uma das partes e outro pai de outra das partes, e saber se uma das partes abarca 3 e a outra parte abarca outros 4 ou se uma das partes abarca 2 e a outra os restantes 5. Sendo certo porém, que, se não forem todos irmãos, são irmãos os pais de todos. O avô é só um, de resto, com todos por netos. É impensável imaginar que de outros Borges se tratasse, que não sejam todos: Borges. Borges de Mesão Frio (como comumente se afirma ou aceita; melhor: circunscritos ao Cerqueira nos Borges Lousada) e depois em Medrões, Sedielos, Lobrigos... e por aí. Nomes que são (foram) da estirpe, António, Domingos, Belchior, Cecília, Isabel, Joana, Ana… SERPA PIMENTEL oferece para eventuais troncos, filhos de Belchior, irmãos de Gonçalo: Domingos (de quem derivam… Borges Cerqueira) e Isabel (que casou … com … ouvidor de Mesão Frio). (Gonçalo teria tido, também, uma Maria Borges… em Penaguião.) AZEREDO oferece Cecília e Beatriz. (Esquema: realçando alguns nomes.)    

TRÁS Vamos às costas. Convém dizer algo do Casal de Nogueira. De onde tudo partiu. A menção surge em 1592 (com a filha mais velha, Francisca), e de novo, quando +1601 com 25 anos, fazendo-a a vir à luz em 1576; em 1612 (com o C de Cecília); em 1620 (no C de Isabel); em 1623 (no C de Guiomar): em 1624 (no O de Catarina); em 1628 ( no C

 

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de Joana); em 1638 e em 1691; em 1692 ao n. de Domingos; em 1694; em 1695 e em 1696. Será que Casal de Nogueira vem do lado de Maria Borges? (Domingos Álvares seria de Vila Marim – SERPA PIMENTEL.) Muitos outros

Álvares

estão

reportados

a

Nogueira,

embora

também

espalhados por Marão, Ribeira e Sobrado. Interessante o óbito de Salvador Álvares, do Sobrado, com menção aos sobrinhos Diogo Álvares e Belchior Álvares, em 1596, parecendo, então, irmão de Domingos – malha que é um ensaio meu, apenas. (os Álvares.) Todavia, corrobora a presença de Álvares em Nogueira, um tal Gonçalo Álvares de Nogueira + 1606. Porém, é normal que, mais adiante, os Borges estejam por Nogueira: como o nome de Francisco Cerqueira, ele a falecer em Nogueira em 1695 e sua m.er tendo morrido em 1691, dita também de Nogueira. No esquema, Beatriz, Maria e Inácia, todas com marido, Belchior Álvares! O início dos livros está desgraçadamente descolado do ciclo de vida dos membros de Casal de Nogueira; simultaneamente, têm o feliz início no B de Domingos. Explico-me. Que eram muitos filhos, sabemos que eram, filhos vistos nos anos subsequentes e reportáveis aos nascimentos que faltam, fazendo excepção este, o Domingos, presente com todos os seus irmãos ausentes. Que os pais andariam pelos 40 de idade, nascidos, por seu turno, pelos anos 50 de Quinhentos e vindo a falecer pelos anos cerca de 1620. Também para os óbitos os livros não são... Espera por favor. E como não surgem outros indícios de outras proles de Borges, declinada paternidade qualquer, salvo para o Domingos, deixa por que não havia, pelo sítio, outros irmãos já de Maria, já de Belchior a terem filhos. Sendo então as balizas, não vale procurar qualquer outro Borges da geração anterior, ou seja, a dos pais, já de Maria já de Belchior, como Felicitas Cerqueira e Domingos Álvares (avançados por SERPA PIMENTEL). Quer dizer que, se alguns Borges achar, são, provavelmente da geração dos pais de Maria, como Guiomar, e vamos tomar nota de outros fora de Nogueira, já da geração de Maria,

 

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Francisca e Francisco, e mais uma em Nogueira, Grimanesa. Os falecidos nas primeiras décadas de Seiscentos, podem ter nascido por 1550, abusivo seria levá-los para 1520. A prole de Nogueira, era assim de netos ou sobrinhos-netos de Guiomar Borges. De Guiomar Borges, nada sabemos, apenas que morreu em 1569, sem qualquer especificação de estado, sem testamento por não ter nada de seu (o óbito está no livro de BB), sejam 24 anos antes de Maria Borges. Mas como Maria viveu muitos anos, podia ter sido mãe dela, melhor: sua tia vivendo com ela, para mais sendo do mesmo nome de Guiomar sua filha. Ou seja, Guiomar Borges, atribuível aos anos de 1520: indo para irmã de Domingos Borges, mais novo. Grimanesa seria da geração de Maria Borges. Todavia, os falecimentos nos anos trinta, de Maria e Belchior, 1635 e 1638: para Grimanesa (+1619) ser da geração, viria a falecer pelos 600, como se verifica, podendo acompanhar, como mais velha a geração de Maria Borges. Acusemos pois que a geração anterior não pode constar e que a dos filhos também não pode, por falta de registos. Estas, as desgraças. Os prazos da Comenda de Moura Morta, também só iniciados em 1653… Idem, por aí, os Notários. Todavia, a excepção para Domingos, 1592, é o feliz acaso que atrás notava. E por que razão escolheram Domingos? Domingos Borges! O único rapaz num rol de sete filhos. O nome do pai de Maria Borges? Bem posicionada pela negativa, ou seja: se não constam outros pais além de Maria e Belchior, é porque as crianças são todas filhas deles. Se não aparecem outros pais a falecer nos anos de 1630/40, é porque em 1580 não haveria outros diferentes progenitores a haver de falecer. Que as crianças de 1500 – que sabemos quem eram – só tiveram tais pais: Maria e Belchior. Pelo que se vê, as faltas também preenchem.

 

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UMA MANGA

Manuel Borges de Medrões cc Maria Marques tiveram Manuel Borges (II), António (1661), Maria Cerqueira (1667) e Pedro (1675). Manuel Borges (II) faz dois casamentos, o 1º com Leonor de Araújo de Rio Mau e o 2º com Maria Carvalha de Mondrões, Vila Real. Vive sempre em Medrões. Olhando o esquema, percebe-se melhor o descrito. Manuel Borges é pai de outro Manuel Borges e de um António, 1661, nome de seu tio António Borges. E, em Lobrigos, António Borges, outro, tem um filho também Manuel Borges, 1624. Os homónimos achados podem distinguir-se: António Borges de Matos, tendo m.er e filhos, falece em 1663, a m.er é Pelónia Pereira e os filhos são os que já mencionei. Os deste nome, de Lobrigos, serão nascidos quaisquer de netos de Maria Borges, ou Francisca de Casaria ou Francisco de Azinheira ou – melhor ainda – a Beatriz, uma declinada mãe de Inácia Borges e outras. Desenham-se deste modo relações estreitas entre Lobrigos e Medrões, com Borges mantidos e multiplicados em Medrões e desaparecidos em Lobrigos. Aqui, só volta a surgir um Borges nos adiantados de 1682 – Gonçalo Borges, ao óbito de sua sogra Leonor de Figueiredo. Recordando, houve Borges antigos em Lobrigos, uma Francisca de Casaria, um Francisco de Azinheira. E outros vizinham Lobrigos, Cecília pelo matrimónio, Isabel pelo matrimónio, Guiomar pelo matrimónio em Soanhane, e António Borges, de Matos, assim aproximadas as três freguesias, Lobrigos e Medrões e Soanhane. Quanto a Francisca e a Francisco vizinham os anos da geração de Nogueira: a Francisca teve uma filha Maria que morre com 18 anos, atirando o seu nascimento para 1577, os anos dos filhos de Nogueira...

 

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OUTRA MANGA

Agora é preciso desengulhar (diz-se assim?) ou apanhar uma malha (diz-se assim?), com paciência e ao espelho, o que é mais difícil, com esforço de atenção, mas que vai compensar a gente. Não se trata de descobrir os nomes de qualquer prole em cada fileira (diz-se assim?) porque é de alinhados (ou alinhavados?) que mais se trata; cuida-se de colocar, quais são, os previamente adivinhados, no seu lugar. Cada estirpe em cada seu tempo, tem os nomes seus! O António tem um irmão Manuel e tem uma irmã Maria; e tem um sobrinho Manuel e tem um sobrinho António e tem uma sobrinha Maria; o Manuel tem por filhos aqueles nomeados sobrinhos de António; outro António tem um filho Manuel e a Maria tem um filho Manuel e uma filha Maria; outra Maria tem um filho Manuel: Então, já sabíamos como se chamavam. Francisca e Grimanesa, eventualmente irmãs de Maria Borges, é de pensar que tivessem origem em Lobrigos ou Mesão Frio; sendo dito de Domingos Álvares que veio do Outeiro de Vila Marim. São numerosos os Álvares nos primeiros assentos de Lobrigos e não sabemos se teriam daí passado a Medrões, onde também constam muitos Álvares. Sua m.er, Maria Borges, seria de Nostim (ou Mesão Frio). Foi senhor de Nostim, consta, Gonçalo Borges que, pela cronologia, pode ser irmão de Guiomar Borges, e que fazem pai de Felicita Cerqueira e que também se configura pai ou tio de Maria Borges. Um avô Gonçalo Borges que não é Gonçalo Borges filho de Inácia Borges (adiante, outra). Donde vieram os Álvares? Vamos a casa dos Álvares? As primeiras gerações, recapitulando parte, sugerem-se preenchidas por Grimanesa Borges, falecida em Nogueira; e Maria Borges, senhora de Nogueira. E ainda, em Lobrigos, Francisca Borges de Casaria, e

 

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Francisco Borges de Azinheira. Grimanesa e Maria podiam ter nascido de Guiomar Borges, esta podendo ser irmã de Felicitas Cerqueira, natural de Nostim, filha, que fazem, do senhor de Nostim, Gonçalo Borges. Quer dizer que Felicita e Maria na mesma linha, aquela filha de Domingos e esta filha de Gonçalo? Ou estariam em linhas diferentes, aquela de uma geração anterior à geração desta, portanto. Viremos a analizar qual das soluções é mais conforme à datação. De seguida – quanto a Matos – Maria, filha de Francisca da Casaria, falecida aos 18 anos, é atribuível a 1576, anos dos primeiros filhos de Maria Borges de Nogueira; dois do nome António Borges, ambos ditos de Lobrigos, um de Matos casado e com filhos aí; e o outro, conhecido por António Borges de Matos é cc Pelónia Pereira, pais de 5 filhos, entre eles Manuel, n. em 1624. Constam ainda duas de nome Maria Borges, de Matos. Uma, a mencionada falecida em 1692, que deixa os bens a seus sobrinhos (à maneira da Bretanha): Manuel Borges e Francisco Borges, filhos de outra Maria Borges, também de Matos, que seria prima coirmã da primeira; e uma terceira, de Matos, falecida em 1694 com testamento a Manuel Gracia, podendo coincidir, esta última, com Maria Borges, 1637, filha mais nova de Isabel Borges. Entretanto, Isabel Borges de Nogueira fora buscar noivo a Matos em 1620 e deixa documentado Gaspar de Matos (testamenteiro de sua mãe Isabel em 1678, como disse), e Maria b. em 1635; António Borges e seu irmão Gonçalo Borges, nascidos de Inácia Borges; e outro chamado Manuel Borges, 1624, de outro António Borges. O primeiro morre em Medrões em 1678 com testamento a seus irmãos Gonçalo Borges e Outros. De Inácia Borges veio Gaspar de Matos (do nome de seu pai; Gonçalo Borges, o seguinte e mencionado por cabeça no testamento, que cc uma filha de Gaspar, sua prima pois – Leonor de Figueiredo (II) – e tiveram Manuel, 1673 e Cecília Borges falecida em 1700. De Gonçalo Borges é feita menção em 1682 ao falecimento de sua sogra Leonor de Figueiredo. E ainda Manuel, um dos nascidos por 1630, chamado Manuel Borges, 1624, pai de outro Manuel Borges com dois casamentos, 1680 e 1693. E ainda de Maria Cerqueira

 

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casada e mãe de Jerónimo e Domingos. E ainda António, por fim, n. em 1661. Note-se que Maria adopta o apelido de Cerqueira, da estirpe, e vem casada com Manuel Alves (que bem pode ser Álvares, outro dos numerosos do chamamento). Os Borges tinham desaparecido de Lobrigos, sendo o primeiro a reaparecer, Gonçalo Borges só em 1682 (ao falecimento de sua sogra Leonor de Figueiredo, já dito), pai de mais uma Cecília Borges. Cecília Borges repete o nome da homónima de Nogueira que foi sua tia. Tudo – que parecia nebuloso – está em parte clarificado. Voltando à linhas antigas, acima, de Gonçalo Borges de Cerqueira "que viveu na sua quinta de Nostim" (Moura Morta) teria nascido, além de Felicita Cerqueira, Guiomar Borges que vemos em Medrões (talvez por viver com Maria Borges). Desta teriam vindo Grimanesa falecida em Nogueira, e Maria Borges senhora de Nogueira. Isto quanto à primeira hipótese que coloquei. Por curiosidade, atentemos os nomes dos filhos que SERPA PIMENTEL lhe atribui, três deles, além de Felicita: Manuel, João e Maria. Os membros das gerações seguintes são descendentes de Matos ou descendentes de Isabel Borges que cc homem de Matos. Não está mal, mas anda engrunhado. Não é bem como anda. Os nomes ajudam, os anos também. Felicitas e Maria não parecem colocadas em linhas de gerações diferentes, como normalmente se colocam pais e filhos, mas como irmãs. E digo isto, porque, se João Borges de Sedielos, n. por 1570/80, era fº de Felicitas (SERPA PIMENTEL) e sendo os filhos de Maria de 1576 a 1592, mais parecem irmãs. Domingos e Belchior, igual. Então, para clarificar o restante, o que nos aponta a genealogia dos Álvares? Vamos aos Álvares?

 

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  Aponta...

Primeiro, um esquema muito simplificado para não confundir. Logo de seguida, um esquema mais completo com toda a informação que possa interessar. No primeiro, opto por colocar Felicita e Maria na mesma linha., e filhas de Gonçalo Borges.

7. Felicitas e Maria. Irmãs ou primas coirmãs? Belchior Borges com CBA de 1535 I Gonçalo de Nostim 2º X c Paula Leitão Salvador Álvares, do Sobrado, Medrões ~1520; pad. ainda 1591 de Felicita de Vila Marim testa a seus sob.s Domingos e Belchior __________________ I_________________________________________ I I____________________________________ I D.gos Álvares cc Felicitas Cerqueira Maria Borges cc Belchior Álvares Fr.ca Borges de Vila Marim de Nostim, n. por 1540 n. por 1550, mor.s em Nogueira c. em ______________ Medrões Casaria I I I João Borges Fr.co Borges Filhos de 1576/1592, em Medrões, alguns passados a Lobrigos 1560/70 de Moura Morta c. em Sedielos ---------v. em LAVOURA Simplificado, mas sem desfazer as malhas que ficaram, chamadas Francisco de Azinheira, Francisca de Casaria. Obviamente. Fr.co de Azinheira

Fr.ca de Casaria

Maria de Nogueira

Borges de Lobrigos

Borges de Medrões Incluídas Isabel e Cecília

 

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8. Os Álvares Domingos Álvares (SERPA PIMENTEL) e Baltazar Álvares, do Sobrado, +1589 e Diogo Álvares, do Sobrado, 1590? e Salvador Álvares, do Sobrado, 1596, a s/ sob.s Diogo e Belchior e Belchior Álvares de Vila Maior, sua m.er +1596 e Domingos Álvares e Belchior Álvares de Vila Maior +1596 e Salvador Álvares, do Marão + 1600 e Gonçalo Álvares, do Nogueira, +1606 e Domingos Álvares, do Sobrado, solt.o 1606 Álvares de Lobrigos e Marão, Medrões

do Sobrado: D.gos Álv.s, solt.º, tem muita fazenda +1607 Baltazar Álv.s do Sobrado +1638

Domingos Álvares Salvador Álvares, do Sobrado, (SERPA PIMENTEL) +1596 , a s/ sob.s Diogo e Belchior Baltazar, acima +1589 e Domingos, acima +1607

Domingos Álvares de Vila Marim cc Felicitas Cerq. “de Moura Morta” Beatriz Borges +1663 Lourenço Álvares cc Belchior Álvares Joana Borges +1668 do Marão +1661 viúva, testa a seu genro Lour.ço Álv.s I ____________________________ I Jer.º cc Inácia Joana Dgas Ana c1614c Lourenço Álvares Álv.s Borges Borges Borges Borges +1667 +1663 +1663 +1663 Pais de D.gos 1637 e de Gonçalo 1642

Belchior Álvares +1638 cc Maria Borges +1635 I Filhos 1576/1592 incluindo Francisco Borges com sua mãe em Moura Morta v. LAVOURA

ou seja, das Borges: Joana Borges, Ana Borges, Domingas Borges, Beatriz Borges e Inácia Borges todas + 1663 cc cc Fr.co Rebº a s/ genro Lour.ço Álv.s, acima Lour.ço Álv.s,, acima Parece que todas elas, mãe Beatriz e filhas: Joana, Ana, Domingas morrem em 1663 e logo a seguir Inácia e outra Joana em 1667 e 1668

Beatriz Borges e Catarina Borges, inseridas por AZEREDO (“Azeredos de Mesão Frio”) proporcionam-se a um outro modo de pegar nos Borges de Medrões. Em Medrões, no fatídico 1663, morrem vária Borges que se entendem por filhas de Beatriz Borges; fª também, Inácia Borges falecida uns anos adiante, 1678, que, também se sabe ser mãe de António, Domingas e Gonçalo. Aquele é o do testamento de 1678 a favor deste. Ainda no mesmo fatídico 1663, morre também Beatriz Borges, sem dúvida a filha do 2º X de Francisca Borges de Lobrigos, curiosamente falecida em Medrões em casa de suas primas. Do 1º X de Francisca Borges, também veio um António Borges, de Lobrigos, da geração acima, mais tarde com filhos, entre eles, Manuel, 1624 e netos, outro Manuel, por 1660 e Maria Cerqueira, 1667. Expressões de afecto

 

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entre Medrões de Maria Borges e Lobrigos de Francisca Borges, levam à escolha por Francisca do nome Maria para Medrões e à escolha do nome Maria para Lobrigos; ao amadrinhamento por Francisca da primogénita de Maria, e ao amadrinhamento por Maria da primogénita de Francisca. Ambas grávidas, Francisca e Maria, simultâneamente, pelo mesmo ano de 1576/77 em que as pequeninas Maria de Lobrigos e Francisca de Medrões veem a luz, cada qual na casa do nosso conhecimento. Os factos merecem ser recapitulados...

E mais uma vez, os nomes, em um estrato mais alto, um esquema simplificado de modo a realçar os elementos para a dedução: 8a. Cecília Pinta ………………………………………………………………………………………………………...... I I I Anto Mrz c1ºXc Fr.ca Borges, de Lobrigos c 2ºc Gº João Beatriz Borges cc Belchior Álvares Maria Borges cc Belchior Álvares +1572/73, +1626 +1635 I _____________________________________________________________ I ______________________ Maria Maria Pinta Fr.ca Anto Borges Beatriz João Inácia Borges +1678 Fr.ca Cecília D.gos 1577 m.1606 1586 1593 1597 1599 cc Belch.Álv.s 1576 + Matos 1592 +18 anos mãe ___________ +1667 _________________ 1639 af.º de de 1624 1615 do nome 1635 1637 1642 ~1578 Fr.ca Borges M.el 1619 M.el An.to de s/tia An.to D.gas Gonçalo 1619 testa 1678 c. Lobrigos __________ M.el Cecilia 1673 Acrescente-se Francisca Borges, de Mesão Frio, filha de Pascoal Borges (irmão de Baltasar) de quem consta o óbito em 1581. Deixando as gerações mais vetustas, vou procurar um panorama coerente e elegante para Lobrigos-Medrões– já apresentado no “Abstract”.

Francisca Borges, de Lobrigos, pelo nascimento de Francisca de Nogueira, 1576, estaria tanto por Lobrigos como por Nogueira, pois enviuvara nesse de 1576. O nome do primogénito de Nogueira, sendo precisamente o de Francisca, as relações vão-se manter até 1592, ao nascimento do último de Nogueira, Domingos, cuja madrinha é uma Francisca Borges... Da mesma geração de Francisca e de Maria, seria Beatriz Borges que em Medrões tem Inácia e sua irmãs, todas + depois em 1663, e ela em 1678. Teve - cc Belchior Álvares -, António, Domingas e Gonçalo, aquele com testamento em Medrões em 1678 a seus irmãos, encabeçado pelo Gonçalo c. entretanto em Lobrigos, e veio a ter uma

 

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também Cecília. Entretanto, como sabemos, Maria Borges foi mãe de Francisca, 1576, de Cecília que foi c. a Lobrigos e + 1639, e de Domingos, 1592 (entre outros). Dos filhos do 1º X de Francisca Borges de Lobrigos, conta-se uma Maria que teria n. em 1577 pois se diz de 18 anos ao óbito em 1595; e logo foi seguida de outra, que amadrinha em 1606, chamada Maria Pinta (n.b.), uma Francisca como sua mãe e um António, 1593, que vai ser o António Borges de Lobrigos, pai de Manuel, 1624 e avô de outro António e de Maria Cerqueira (n.b.); e de um 2º X, Francisca Borges de Lobrigos houve Beatriz, 1597, do nome de sua tia (sem dúvida, a última que vem a falecer em 1663). Também agora se entendem melhor as deslocações para Lobrigos. Cecília de Nogueira que vai c., viver e morrer em Lobrigos; Isabel, de Nogueira, que traz noivo de Lobrigos; Gonçalo Borges, fº de Inácia Borges de Medrões, vai casar e viver em Lobrigos, pai de uma outra Cecília; sem contar as Maria Borges, de Lobrigos. Dispenso-me de comentar os esquemas. Realço apenas o mais importante. Digo. Maria Borges ajusta-se melhor à linha de Felicitas Cerqueira, mãe esta de João Borges (1560/70 em LAVOURA - aproveito para esclarecer que o n. de João Borges mais estará por 1560: aproximando-se da linha de Borges a revisitar à frente), e mãe a outra de filhos nascidos entre 1576 e 1592. Aos pais atribuo 1540-1555. A natureza de irmãs (ou coirmãs) coincide com a idêntica qualidade de seus maridos, Domingos Álvares e Belchior Álvares, eles talvez de Vila Marim (SERPA PIMENTEL), e elas de Moura Morta (Quinta de Nostim) ou de Mesão Frio. Se não foram ambas filhas de Gonçalo Borges, andará por perto. Não sei explicar a morada em Nogueira de Medrões – seria Pelónia Pereira de Medrõe? Ou seria pelos Álvares? –, porque não achei qualquer óbito antigo de Nogueira, a não ser um curioso Gonçalo

 

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Álvares de Nogueira. Os demais, e são muitos, são dos vizinhos Sobrado e Marão, todos Medrões. Se os Álvares foram de Nogueira..., já Maria Borges pode não vir daí. Do lado de Belchior Borges Lousada, fazem Belchior avô de Felicita Cerqueira, e a ela, filha de Gonçalo Borges. E deste Gonçalo consta um irmão, Domingos Borges (que cc Inês de Seixas), cujo nome é de supor vir a repetir-se em Domingos Borges, de Nogueira, filho de Maria Borges. Entretanto... No esquema seguinte: Pedro Marques de Rio Mau é do nome de Pedro (Borges), 1671, geração de seu pai Manuel Borges e seus tios António, 1661 e Pedro, já mencionado; filhos estes de outro Manuel Borges, já de Rio Mau, irmão de António, Gaspar, Gonçalo e Maria, herdeiros (após + de Gaspar Borges) de seu irmão António Borges em 1678, que os contempla em testamento – a todos, fora o Gaspar que morreu antes –; todos filhos de Isabel Borges, quarta filha de Maria Borges do Casal de Nogueira.

 

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9. PROPOSTA FINAL esquema simplifacado

Gaspar Borges Lousada __________________________________________________________________________ I I I I Baltasar Borges Lousada Isabel D.gos Borges Belchior Borges Lousada cc Cecília Pinto, mor.s em Mesão Frio cc Felicitas Cerqueira I ________________________________________________ Cecíla Borges Beatriz Borges Guiomar Borges* D.gos Borges Gonçalo Borges cc Joáo de Queiroz +1568 Nogueira cc Lousada em Mesão Frio Inês de Seixas sr. Quinta de Nostim I …………………………………………………………..... I …………............. Beatriz Fr.ca Borges Maria Borges c ~1575 em Nogueira 1550/60 Felicitas Cerqueira João e Francisco Pinto de Lobrigos c Belchior Álvares ela+1634 ele +1638 cc Domingos Álvares Borges I I ___________________________________________ Inácia António Fr.ca Cecília Isabel Borges Guiomar D.gos Borges 1576/92 Borges Borges, 1593 cc Gaspar de Matos, Lobrigos I _________________ _______________ António M.el Borges An.tónio Gaspar Maria 1620/30 Borges 1624 Borges +1677 Borges 1635 1635 Mª Marques, mor.s Rio Mau +1678 _______________________________________________________________________ irmão Manuel Borges + em Rio Mau 1713 António Maria Cerqueira Pedro 1660/70 de c 1º c Leonor de Araújo c 1680 +1691 1661 1667 +1711 1675 Gaspar c 2º c 1693 c Maria Carvalha, de Mondrões 1623 I Pedro Marques cc Maria Teresa de Araújo mor.s em Rio Mau Guiomar Borges* um dos primeiros nomes da estirpe Maria Borges, fª de Domingos Borges ou de Cecília Borges (a considerar adiante)

Todavia há uma coluna de Lobrigos, próxima de Gaspar Glz e outra que eventualmente é de Mesão Frio, sem passarem por Medrões. A coluna de Beatriz Borges sugere vizinhar Baltasar Borges Lousada, de Mesão Frio: porquê? Será altura de colocar uma outra hipótese. A dos nomes, ainda.

Os nomes dos filhos de Maria Borges configuram-se – todos – nomes dos Borges, e por igual razão o de Belchior Álvares sugere-se também como um deles: Francisca-Cecília-Catarina-Isabel-Guiomar-Joana-Domingos.

 

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Com excepção de Joana que talvez não venha pelos Borges (embora seja Joana o nome de alguns autores, para a m.er de Domingos Borges; e, em um B de Vila Marim, Domingos Álvares serve de padrinho de um neófito, com sua irmã Joana…) Para sabermos em que casa e idade Maria Borges viu a luz de Nogueira ou lá onde foi, teremos de escrutar as irmãs dela e ajustá-las, nos seus nomes, aos nomes respectivos das filhas de Maria Borges. Vá lá! Apenas sabemos que Guiomar Borges morreu em Medrões – seria mãe ou tia? – e que Grimanesa morreu em Nogueira – em casa da irmã? Precisamos de uma Cecília, nome da 2ª filha de Maria Borges: e Cecília é o nome da mulher de Baltasar Borges de Mesão Frio. Precisamos de uma Catarina, nome da 3ª filha de Maria Borges: e Catarina é nome de uma nora do dito Baltas ar Borges. Precisamos de Guiomar que é outra nora do mesmo Baltasar Borges. E Beatriz, que é Beatriz filha de Baltasar Borges? Isabel e Domingos são por de mais consagrados nomes de Borges. Isabel foi irmã de Baltasar e Belchior, de Domingos também. Sucedeu outro Domingos, pai de Felicitas Cerqueira e de seu irmão Diogo – e que agora me lembro, de um Diogo filho de João Borges de Sedielos. Embora Domingos fosse nome do avô paterno, Domingos Álvares (cc Felicita Cerqueira), se é que Belchior é irmão deste Domingos. E por fim, ajustámos dois filhos de Isabel Borges, Gonçalo e Gaspar, à estirpe de sua mãe, não esquecendo, porém, que Gaspar era outro, o nome do próprio pai. Elaboro um esquema alternativo que pende para o lado de Baltasar, de Mesão Frio: Foram filhos de Domingos Borges (e de Isabel de Seixas), da quinta de Miradouro, Vila Marim: Felicita Cerqueira, Baltasar de Seixas, Isabel

 

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Rebelo, Diogo Borges e Maria Borges ou de Seixas, e ainda Francisca de Seixas; e Outros; em que os mais velhos teriam nascido por 1580 e os pais, consequentemente, por 1540/50 – geração seguinte à de Belchior Borges, Baltasar Borges e Isabel, que viriam por 1500/1510. Felicita Cerqueira serve de mad. nos primeiros registos de Vila Marim (1591/1655) (com Baltasar Borges, de Mesão Frio [seu tio]) e volta em 1606 com seu irmão Diogo Borges, e em 1612, então em Vila Cova, e de novo em Vila Cova (é de supor, solteira). Entretanto, uma outra Felicita Cerqueira cc Domingos Álvares, do Outeiro, Vila Marim, por 1607/08, pais de Francisco, 1609, documentado ele, pad. solteiro do Outeiro em 1596, 1597 (declinado filho de Belchior Álvares e de Maria Álvares), em 1602 com sua irmã Joana, também solteira. Esta outra Felicita Cerqueira podia ser filha de um irmão de Domingos Borges – Gonçalo Borges, da Quinta de Nostim, Moura Morta, cf. SERPA PIMENTEL (Não foi, porém, mãe de João Borges de Sedielos, como o mesmo sustenta e LAVOURA aceita e repete; mas talvez prima coirmã, pois Francisco Borges [irmão de João Borges] era fº de Felicita Cerqueira de Moura Morta.) Em apadrinhamentos de Sedielos, 1628, consta Francisco Borges filho de Felicita Cerqueira de Moura Morta, parecendo esta alinhar com Domingos, Gonçalo e Francisco (esquema segundo da próxima p.) e, possivelmente, com João Borges de Sedielos. Note-se que em todo este trabalho arrisco aproximações a Moura Morta, apesar da falta total de registos. Apenas ao cabo, em casa dos Álvares, se viu Inácia Borges, falecida em 1678 e suas irmãs, Domingas e Ana, um tanto mais cedo num fatídico 1663, filhas de Beatriz Borges. Seriam elas de uma geração pelos 1570 (a dos jovens de Nogueira) e a mãe, Beatriz, da idade de Maria Borges. Há outra Beatriz Borges a morrer no mesmo de 1663, sem dúvida a filha do 2º X de Francisca Borges, curiosamente em casa de suas primas de Medrões.

 

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10. Crítica da PROPOSTA FINAL e SOLUÇÃO Gaspar Borges _____________________________________________________________________________ Baltasar Borges ~1510 Isabel Belchior Borges ~1500 cc Cecília cc Felicita Cerqueira _________________________________________ ___________________________________ Gabriel Borges Rui Borges Maria ~1550 Gaspar Gonçalo Domingos Francisco cc Catarina cc Guiomar Borges cc Paula cc Inês de Nogueira cc Belchior Álv.s Leitoa Seixas filhos 1567/92 I I Felicita Felicita Catarina Cerq.ra Cerq.ra Guiomar Domingos ver pf esquemas anteriores: do início, Raiz de Rio Mau, e esquema Proposta Final

1540

1560

rever

Baltasar Borges ~1510 Belchior Borges ~1500 cc Cecília Pinto cc Felicita Cerqueira Martins _________________________ ___________________________________________________________________________________ I I : I I I : : Cecília Borges Beatriz Maria Borges ~1550 D.gos Borges Gonçº Borges Fr.co Borges Cerq.ra Felicita Cerqueira João Borg de Mesão Frio sr.a de Nogueira de Miradouro de Nostim (Moura Mor.) de Vila Marim de cc Margª Corr cc cc cc pai de Felicita s/ SERPA, cc Silvares de do Outeiro de João Queiroz Belchior Álvares Inês de Seixas cc Paula Leitão Isabel de Carvalho Moura Morta Sedielos I I I : I I I Beatriz Filhos 1576/92 ~1580 Felicita Cerqueira Felicita Cerqueira Outros e Francisco Filhos 1598/1614 de Mesão Frio em Medrões e Diogo Borges, cc D.gos Álvares Felicita 1591 e Borges em Sedielos e Medrões seu irmão, pp I Felicita 1594 ~1600-1614 mãe de Inácia Borges em Vila Marim Francisco 1609 de Moura Morta de Vila Marim pad. 1628

Cecília é da geração de Maria Borges. Maria Borges, tia “à maneira da Bretanha” de Felicita Cerqueira; esta fª de Gonçalo Borges, de Nostim, Moura Morta O esquema discorda do que ficou posto atrás, em certos pontos, como: Felicitas e Maria, irmãs; Felicita e Maria primas coirmãs e ambas na mesma linha de gerações. Andámos por veredas, eu e os Leitores, por dissabores: 1. António Borges homónimos confundidos, um casado em Lobrigos com filhos; outro falecido em Medrões, 1678, testamento a seus irmãos em que o cabeça vivia em Lobrigos. 2. João Borges, nascido por 1570, é da geração de Felicita Cerqueira (e não filho, s/ SERPA PIMENTEL). 3. nova obra de datação até Gaspar Borges, seguido de Belchior e Baltasar, 1500 e 1510; seguidos de Domingos e Gonçalo e Francisco, 1540 e Maria Borges, 1550 (o que resolve satisfatoriamente, Fr.co Borges Cerqueira); e seguidos por fim dos filhos de Maria Borges, 1576/92, e da própria Felicita Cerqueira, 1560 cc D.gos Álvares e de mais 2 Felicita Cerqueira.

Ainda o esquema. Felicita são as duas últimas filhas de Fr.co Borges Cerqueira, Felicita 1591 e Felicita 1594: seu pai por 1540. Outra Felicita, Felicita Cerqueira, é deduzida e comprovada filha de Domingos Borges de Miradouro, mad. de Felicita de Vila Marim 1594, e não coincidirá com Felicita Cerqueira cc Domingos Álvares, atribuída a 1570. Esta não pode ser mãe de João Borges, de Sedielos, ~1570 (como a coloca SERPA PIMENTEL).

 

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Felicita Cerqueira e João Borges estariam na mesma linha, e ambos de Moura Morta, ela passada a Vila Marim (pelo cc Domingos Álvares) e ele passado a Sedielos (pelo cc Margarida Correia), netos de Belchior Borges. Francisco Borges, pad. em 1628, teria nascido a.1614 ou seja seria da idade do último filho de João Borges – Salvador – b. neste mesmo ano; também podia, obviamente, ser mais velho em 1628 (28 anos p.e.) tendo nascido por 1600, até porque estava já premiado com o apelido de família. E, mesmo assim, Felicita Cerqueira de Moura Morta, mãe de Francisco Borges, mais parece irmã ou coirmã de João Borges (v. esquema), filhos de Gonçalo Borges de Moura Morta (Quinta de Nostim). A construção poderá aconselhar o nascimento de João Borges para um pouco antes, por 1560, do posto em LAVOURA (ou seja, 1560-1570). A linha, efectivamente, começará com nascimentos por 1540. Este outro esquema atira a geração de Domingos e de Gonçalo Borges para 1540 e a do pai para 1500, como já disse – ou seja, a geração daqueles é a geração de Maria Borges cc Belchior Álvares, nascidos por 1550. Pela acuidade de Cecília Borges e de Beatriz Borges (e ainda, Catarina e Guiomar, noras de Baltasar) afigura-se poder figurar, ela Maria Borges do Casal de Nogueira, na coluna de Baltasar Borges, de Mesão Frio. Mãe de Cecília, filha de Cecília...

MARIA BORGES DE MESÃO FRIO, CC BELCHIOR ÁLVARES, MORADORA NO CASAL DE NOGUEIRA DE MEDRÕES, ERA SOBRINHA (SOBRINHA-NETA) DE BELCHIOR BORGES E NETA DE BALTASAR BORGES

é o que penso

 

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Concluir assim?! Em safra diferente desta seria... mas, então, reprovável! Concluir abruptamente?! Arrumar o arado, pousar as agulhas?! Por que modo de dizer que Domingos e Baltasar vale um como o outro, faz tanto Domingos como Baltasar, filhos de Gaspar! Domingos foi o filho do 1592, vénia de seus pais aos Álvares do tio Domingos ou aos Borges da mãe ou a ambos eles, Álvares e Borges, ano bissexto! Domingos, sim, mas o filho! De resto, não sabemos muidamente, nem para quê.

CÓS E ficou por fazer o Cós, que daria beleza e consistência à peça, meia-concha-liga-olho-de-perdiz-tranças-ponto-de-arroz, agulha-vai…

Novembro de 2015 Fernando Brito

 

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Apontamento para um índice dos esquemas e das fontes A-Z

esquema esquema esquema esquema esquema esquema esquema esquema esquema esquema esquema esquema

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 8a. 9. 10.

"Abstract" Os de Nogueira Os de Rio Mau Gaspar Borges A prole de Nogueira Gaspar Borges ou Borges Lousada Raiz de Rio Mau Felicitas e Maria. Irmãs ou primas coirmãs? Os Álvares Cecília Pinto PROPOSTA FINAL Crítica e SOLUÇÃO

Como quase sempre são livros de Medrões, anotarei os que não forem Ana Borges c Lourenço Alves ou Alvares 1614_019; + 1663_049 António Borges, 1593, fº de Francisca Borges Lobrigos_019 António Borges a seus irmãos Gonçalo Borges e Outros + 1678_011 António Borges cc Pelónia Pereira, filhos 1621, 1624, 1630, 1636 Lobrigos_079,_087,_100,_111 António Borges de Antre Vinhas c 1642 Lobrigos_027 António Queiroz + 1697_006; sua m.er Maria Ferreira de Nogueira + 1711_011 Baltazar Álvares, do Sobrado +1589 _012 Baltazar Álvares, do Sobrado + 1634_038 Bartolomeu Álvares do Sobrado + de sua m.er 1630_033 Beatriz Álvares do Sobrado + 1596_016 Beatriz Borges, 1597, fª de Gonçalo João e Francisca Borges Lobrigos_019 Beatriz Borges viúva +1663 a seu genro Lourenço Alvares_049 Belchior Álvares de Lobrigos + de sua m.er 1596_011 Belchior Álvares de Nogueira + 1638 (cc Maria Borges)_040 Belchior Álvares de Vila Maior, sua m.er +1596 _011 Belchior Borges de Vila Marim (Mesão Frio) pad 1617 Medrões_019 Catarina Borges + 1624_029 Cecília Borges de Matos + 1639 Lobrigos_048 Diogo Álvares e Belchior Álvares herdeiros do tio Salvador Álvares 1596 Medrões_015 Diogo Álvares do Sobrado, 1590? _012 Domingas Álvares m.er de Fr.co Rebelo + 1663_049 Domingas Álvares m.er de Gaspar Glz de Nogueira + 1589_012 Domingos Álvares Ab.e de Cidadelhe + 1618_025Domingos Álvares e Belchior Álvares de Vila Maior +1596 _015 Domingos Álvares do Sobrado solt.o + 1606 _021 Domingos Borges b 1592 +1641 Felicita de Vila Marim (ADVRL, B. 1591-1655, fl. 6) Francisca + 25 anos 1601_020

 

 

Francisca, fª de António Martins e Francisca Borges, 1586 Lobrigos_o5 Francisca Borges de Casaria viúva c 1596 c Gonçalo João Lobrigos_011; + 1626_035 Francisca Borges fº de Felicita Cerqueira, de Silvares de Moura Morta, pad. 1628 Sedielos _088 Francisca Borges, solteira, mãe de Manuel, 1619 Lobrogos_40 Francisco Borges de Azinheira, uma criada + 1636 Lobrigos_044 Francisco Cerqueira de Frágua + 1703_008 Francisco Cerqueira de Nogueira + da mulher 1691_008 Gaspar de Matos +1627 Medrões_032 Gaspar de Matos +1677 Medrões_041 Gaspar de Matos e Leonor de Figueiredo filha Leonor Lobrigos 1641_123 Gaspar Gonçalves + 1639 Lobrigos_048 Gonçalo Álvares do Marão + 1624_029 Gonçalo Álvares do Nogueira, +1606 _020 Gonçalo (Borges) b 1642_073 Guiomar Borges + 1568 (livro BB)_031 Guiomar Borges c 1623_015 + 1646 em Sanhoane _009 Guiomar Borges do Ribeiro + 1624_026 Inácia Borges do Hermínio c 1633_018 + 1667_051 filhos: Domingos b 1637_072 e Gonçalo b 1642_073 Isabel Borges c 1620_015 + 1668_048 2ºX Fr.co Couas o Capateiro H seu genro Araújo e seu fº Gaspar de Matos Isabel de Mansilha fª de Maria Teixeira de Lombada + 1697_006 Joana Borges solteira + 1668_051 Joana Borges c 1628 filhos: Maria 1629, Luís 1630, Joana1633 _066, _067, _070 João, fº de António Martins e Francisca Borges, 1599 Lobrigos_33 Leonor de Araujo de rio Mau + 1691_009 Lourenço Álvares do Marão + 1661_049 Lourenço Álvares do Sobrado + 1596 testa a seus sobrinhos Diogo Álvares e Belchior Álvares_015 Lourenço Álvares do Sobrado + 1625_031 Luís Homem de Lombada + 1625_003 Luís Pinto Homem de Lombada + 1696_005 Luísa Borges de Nogueira +1696 testa a António de Queiroz_005 Madalena, fª de António Martins e Francisca Borges, 1590 Lobrigos_013 Manuel Alves de Rio Mau H seus filhos Jerónimo Borges e Domingos Borges +1728_022 Manuel Borges de Rio Mau + 1681_004 Manuel Borges de Rio Mau + 1717 a sua m.er Maria Carvalha_013 Maria Borges +1692 Lobrigos_042 Maria Borges c1640 c Manuel Araújo Lobrigos_027 Maria Borges de Matos fª de Isabel Borges b1637 Lobrigos_026 cc N. Araújo test.ro de sua mãe Maria Borges de Matos cc M.el Coelho 1637 Lobrigos_026 Maria Borges de Nogueira +1635_039. Filhos: Francisca + 25 anos 1601_020 Cecília c 1612_011 + 1639 Lobrigos_048 Catarina + 1624_029 Isabel c 1620_015 + 1668_048 Guiomar c 1623_015 + 1646 em Sanhoane _009 Joana c 1628_016 Domingos b 1592_008 +1641_042 Maria Borges do Ribeiro + 1624_026 Maria Borges m.er de Luís Homem + 1600_019 Maria Cerqueira de Rio Mau H seu marido Manuel Álves + 1706_010 Maria fª de Joana Borges 1635 _061 Maria Marques de Rio Mau 1706_010 Maria Pinta, fª de Francisca Borges, m. 1606 Lobrigos_049 Mariana de Araújo m.er de Pedro Marques + 1685_011 Pedro Araújo + 1697_006 Pedro Marques do Fontelo + 1685_006 Salvador Álvares do Marão + 1600 _019 Salvador Álvares do Sobrado, 1596, a s/ sobrinhos Diogo e Belchior_015

 

 

Coser e descoser, não te tolha a fortuna ... Coser e descoser, não te tolha a fortuna ...

canta o povo

 

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