Trabalho de Campo - 30: QUINTA DE SÃO PEDRO

May 31, 2017 | Autor: Fernando Brito | Categoria: Genealogia
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AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Fernando Brito

Teixeira - Quadros

1 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

I_

2 Reformulação de Julho de 2016

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

As Três Irmãs Olga, Irina e Macha

Imagem disponibilizada em:

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3 Reformulação de Julho de 2016

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

AS TRES IRMÃS em seteais, entre as raras buganvílias cor de fogo e as begónias singelas e os renques de beladona, vejo as três inglesas idosas, absortas fazendo malha e palavras cruzadas e bebendo chá em moderados goles a que os seus olhos muito claros misturam os verdes da paisagem, os perfumes do verão ao fim da tarde quente, há um poema do Nemésio sobre a senhora inglesa que foi a casa dele tomar o five o´clock tea às seis da tarde, por momentos essas é uma das coordenadas plausíveis, mas agora, de olhos azuis esmaecidos, frágeis, elas serão as parcas? As mãos de uma terminam uma carreira, outra detém-se pensativa olhando as folhas de chá na porcelana. a outra encontra cinco palavras, «deves encerrar a tua história», e suspira sobre a solução nas verticais.

Vasco Graça Moura, Poemas Escolhidos, Bertrand Editora, 1996

4 Reformulação de Julho de 2016

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IIIVIIIXII QUINTA DE SÃO PEDRO

5 Reformulação de Julho de 2016

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MANDOU FAZER UMA GAIOLA EM FORMA DE PÁSSARO E À MEDIDA DO BICO-DE-LACRE QUE LHE TINHAM PROMETIDO, MAS FICOU POR AÍ.

Alexandre O´Neil – Poesias Completas 1951-1981, IN-CM, 1982, p. 471

6 Reformulação de Julho de 2016

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QUINTA DE SÃO PEDRO

O lugar de São Pedro teria sido assento do primeiro mosteiro em Arouca1 e, previsivelmente, teria estado, desde sempre, unido ao mesmo cenóbio. O testemunho que subsiste no lugar é a capela de São Pedro, onde dizem ter estado a primitiva matriz de Arouca. Um dos TEIXEIRAS da vila passa a ser referenciado ao lugar de São Pedro desde 1568, e é foreiro do respectivo prazo, então já casado, mas sem filhos, nos primeiros anos (ao menos, em Arouca). Deste casal vai nascer o apelido TEIXEIRA DE QUADROS (ou QUADROS TEIXEIRA) que extravasará o concelho e se dispersará pelo distrito de Aveiro. A figura central desta Casa é uma muito curiosa personagem chamada de Jacinto de Quadros Teixeira, a ver no nº 4, filho de um Teixeira Tavares, de EIRIZ. O brasão que subsiste, partido de Teixeiras e Quadros, parece ser o primeiro composto em terras foreiras de Arouca2. Entretanto, uma filha da Quinta 1

FERNANDES - Arouca na Idade Pré-Nacional, vol. XXX (1964), Parte II, A «villa Sancti Petri» e o «termino de Sancto Petro», III, pp. 192-203.

2

Ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os CARVALHOS; Os PINTOS, em que se menciona um brasão destes na capela de Santo António, Santa Eulália, sem dúvida o primeiro de Arouca.

7 Reformulação de Julho de 2016

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fora casar no vizinho lugar de Boco, continuando a QUINTA DE BOCO. São de notar as aproximações de boa amizade e parentesco expressas por sucessivos apadrinhamentos entre os tão chegados SÃO PEDRO, BOCO e ROMARIZ (mas também com EIRIZ), laços que mais são familiares que geográficos, fosse embora esta situação que os consolidasse; antes destas, anotam-se as mesmas relações, de compadre para compadre, entre os velhos VieirasTeixeiras da vila de Arouca, facto de particular interesse para a reconstituição do parentesco indocumentável destes. A família da QUINTA DE SÃO PEDRO sai, em parte, da vila de Arouca para engrossar, como parece, o seu património: Igual empenho leva-os a reduzir o número de descendentes que pudessem repartir o pé-de-meia, esvaziando-o, estratégia que tem (teve) os seus riscos. O figurino foi o mesmo seguido pela CASA DE EIRIZ. Por fim, um dos descendentes volta a São Pedro: mas tudo parece acabar, pouco adiante, coincidindo com a extinção do Mosteiro. Simões Júnior3 faz distinção entre Casa de São Pedro e Quinta de São Pedro, localizada esta ao lado sul junto do caminho, onde ainda existe o portão armoriado, e aquela, ao lado oposto. Com efeito, na segunda metade de setecentos, havia duas casas: Por exemplo: Em 1785 Brás José de Miranda Pinto, da Casa de São Pedro é o provedor da Misericórdia; em 1787, entra para irmão da mesma Santa Casa D. Maria de Vasconcelos, sogra do Dr. Caetano de São Pedro.

3

SIMÕES JÚNIOR - Notas monográficas.

8 Reformulação de Julho de 2016

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A pedra de armas Miranda Pinto foi colocada numa quinta de Fernão Vaz Pinto no concelho de Carregal do Sal

A Casa de São Pedro, que dizem ter servido de tribunal da comarca, não merece, hoje, honras de “Património Artístico...”, até porque perdeu o brasão de Mirandas / Pintos que anos atrás ostentava4. A QUINTA foi, sem dúvida, poderosa. Os meios de fortuna duma Casa poderão ser computados, eventualmente, pelo número de sacerdotes que cumpriram os ofícios fúnebres impostos pelos testadores. Assim, os 3 ofícios de Manuel Teixeira Tavares, de São Pedro, foram de 23, 28 e 30 padres, todos os padres desta freguesia, só ultrapassados, e não muito, pelos da viúva do capitão-mor Domingos Malafaia – Maria Teixeira Tavares5 – que reuniu em cada um dos 3 ofícios, 21, 34 e 35 padres, todos os padres do valle que se juntassem. Ligeiramente mais modesto é o funeral do P.e Jerónimo de Escobar, de 4

Ver QUINTA DE BOCO, CASA DE SÃO PEDRO.

5

Ver CASA GRANDE DOS MALAFAIAS.

9 Reformulação de Julho de 2016

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SÃO PEDRO, para o qual, apesar de sacerdote, o pai Manuel Teixeira não logrou achar mais de 19, 27 e 29 oficiantes (talvez porque morreu de hu asidente; mas já seu irmão o P.e João teve 3 officios de todos os p.es deste valle); bem mais abaixo (sempre pelos mesmos anos) foi o enterro de Mariana Soares, viúva de Paulo de Magalhães, da Ribeira6, com 11, 12 e outros 12 padres presentes nos 1º, 2º e 3º ofícios rezados por sua alma; ou os ofícios de Maria Reimoa, m.er de Lourenço da Fonseca, de Vilar7, com 12 padres no primeiro, 10 e 7 no segundo e terceiro ofícios. (Já para o final de “Gerações”, mantém-se um número elevado de quem pode, como em 1809 o Dr. Caetano de SÃO PEDRO com 34 padres). Manuel Teixeira Tavares teve, como apontei acima, 23, 28 e 30 padres. Isto foi em 1696, andaria ele pelos 100 de idade! O texto que o Dr. Simões dedica a Jacinto de Quadros Teixeira8 não explicita as fontes das informações que veicula, referindo apenas um dos trabalhos publicados na revista "Arquivo do Distrito de Aveiro", [fascículos] 56, 58 e 59, aliás, um pequeno resumo onde figuram pais e avós, sem mais ascendentes9. Na rubrica “Familiares do Santo Ofício”, enumera 12 (hoje sabemos que, nessa qualidade, serviram muitos mais) e o primeiro do rol é Jacinto de Quadros Teixeira em 1688 (pp. 66-67), mas destes 12, o autor apenas tenta biografar 5, consagra duas ou três linhas a Bento José Leite Cabral, uma única linha a “João Francisco Marinho”, duas linhas a José Aires da Cruz e quatro linhas ao Dr. Caetano José da Rocha e Melo. Pois: Com Jacinto de Quadros Teixeira é que o autor mais se demora, preenchendo 6

Ver ABERTURA, II nomes e sobrenomes, Os MAGALHÃES PEREIRA.

7

Ver ABERTURA, II nomes e sobrenomes, Os VELHOS REIMÕES; igualmente, CASAS DE RONDE, CASAL DE RONDE .

8

SIMÕES JÚNIOR - Notas monográficas.), pp. 66 e 67.

9

RODRIGUES - A Santa Inquisição no Distrito de Aveiro, p.154.

10 Reformulação de Julho de 2016

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dezasseis linhas de texto! A quem saiba do nulo tratamento que tem sido dado aos notáveis de Arouca, surpreende tamanha erudição: "Jacinto de Quadros Teixeira era filho de Manuel Teixeira Tavares, da quinta de São Pedro, e de D. Antónia Teixeira de Quadros, da Quinta da Corredoura, de Sever do Vouga [o que não é assim, como se verá], descendente por via paterna de João Cabanos, criado honrado do Conde da Feira e de Isabel Tavares, mulher muito nobre; por via materna descendia de Andre Gonçalves Coutinho, irmão do Magriço [confusão, aliás, com sua m.er ou com sua f.ª]; foi nomeado familiar por carta de 23 de Junho de 1688 ...”. Ora, como o Dr. Simões não conhecia, por certo, o processo de habilitação para familiar do Santo Ofício – processo volumoso que compulsei, e onde não vi, aliás, tais referências – admito que houvesse colhido as informaçõese em "Portugal, Diccionário"10, que aliás se reportam a sua m.er: “Casou o referido Jacinto de Quadros, na Quinta da Corredoura, em Sever do Vouga, com D. Francisca Bernarda Coutinho Cardoso, que provinha de André Gonçalves Coutinho, o Magriço, um dos Doze de Inglaterra; irmão de D. Luís Coutinho (...) e irmão do 1.º conde de Marialva (...)”; “descendia, por via paterna, dos Tavares, do Vale de Arouca (...) e por via materna... etc”. Como se sabe, corre impresso um título de “Tavares de Arouca” e outro título de “Tavares Pereira do Porto”, este com a história de João de Cabanas e sua m.er Isabel Tavares11. Mais tarde, viria a público o fascículo 12912 com esplanações genealógicas muito mais desenvolvidas, incluindo menção aos dois casamentos que fez, um de 1691, o outro de 1699, e igualmente com destaque 10

PEREIRA; RODRIGUES - Portugal, Diccionario... entrada "Quadros da quinta de São Pedro, Arouca ".

11

ALÃO; ver igualmente QUINTA DE TERÇOSO, CASAS DE SELA, introdução aos Tavares, de Arouca.

12

LIMA - O Distrito de Aveiro nas Habilitações do Santo Ofício, pp. 60 e 61.

11 Reformulação de Julho de 2016

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da qualidade de “sobrinho paterno de António Tavares Teixeira de Arouca, e sobrinho-neto paterno de Francisco Tavares de Pinho, de Terçoso, familiar do Santo Ofício”. Todavia, ainda aí, não figuram os ascendentes mais remotos. GAYO apresenta – aliás, acrescentamento dos editores em 1942 – maior desenvolvimento da linhagem dos Coutinhos Cardosos, de Sever (os de sua m.er D. Francisca Bernarda), incluindo um ”que justificou descender dos Coutinhos de Leomil”13.

Álvaro Gonçalves Coutinho, O Magriço

No que respeita aos “Tavares, do Vale de Arouca” o texto de "Portugal, Diccionário" é o seguinte: “descende [Jacinto de Quadros Teixeira], por via paterna, dos Tavares, do Valle de Arouca, familia que contava, entre os seus homens em evidencia: a Pedro Tavares, conego, em Coimbra; ao dr. Sebastião Tavares, prior de Villa Chã, commissario do Santo 13

GAYO, “Costados IV”, arv. 97v.

12 Reformulação de Julho de 2016

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Officio, 1654, prior de Travanca, junto a Coimbra14; a João Teixeira Tavares, abbade de São Miguel e arcipreste, em Arouca, commissario do Santo Officio; a Francisco Tavares de Pinho, familiar do Santo Officio, 1616 [aliás, 1627], sargento-mór de Arouca, etc”. Efectivamente, a genealogia simplificada dos 4 visados é a seguinte: esquema I Francisco Tavares casado em Chave I Jerónimo Tavares casado em Roças ________________________________________________ I I I Francisco Tavares de Pinho Maria Tavares Cónego Pedro Tavares c.c. M.ª Vieira Teixeira c.c. Gonçalo Teixeira I _________________________________________ I I I I Francisco Tavares Teixeira Dr.Sebastião Tavares Ab. João Teixeira Tavares M.elTeixeira Tavares I (primos direitos por pai e mãe) Jacinto de Quadros Teixeira 15

relações parentais que já mostrei .

A mesma entrada de "Portugal, Diccionário" diz, respeitante aos Escobares: “e por via materna era o dito Jacinto de Quadros não só descendente de Gonçalo Nunes de Barros, senhor de Castro Daire, mas também dos Teixeiras e Escobares, familias em que se distinguiram, entre outros: Ignacio Teixeira, que teve fôro de fidalgo e instituiu um morgado em Evora; Jacome de Barros Pereira e seu pae Antonio Escobar de Barros, ambos com o foro de fidalgo; e Antonio de Escobar que, entre outros cargos que desempenhou, foi corregedor em Santarem.” Destes quatro, agora nomeados, é mais difícil, a “Gerações de Arouca”, traçar as respectivas genealogias, mas talvez se possa arriscar assim (cf. QUINTA DE MINHÃOS, introdução aos Escobar de Barros – https://www.academia.edu/24294878/QUINTA_DE_MINH%C3% 83OS._Introdu%C3%A7%C3%A3o_aos_Escobar_de_Barros)

14

CASA DE EIRIZ, onde aliás vem São Pedro de Travanca.

15

Ver CASA DA PORTA, introdução aos Teixeira, de Arouca; igualmente, QUINTA DE TERÇOSO, CASAS DE SELA, introdução aos Tavares, de Arouca.

13 Reformulação de Julho de 2016

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(v.tb: https://www.academia.edu/23908685/_Trabalho_de_campo__22_Escobares_de_Arouca )

esquema II M.ª Escobar de Barros António Escobar de Barros c.c. c.c. Aires Tavares Pereira Isabel Tavares (talvez irmã de Aires Tavares Pereira, casado com sua irmã M.ª Escobar de Barros, ao lado) __________________________ I I Jácome de Barros Pereira António de Escobar I Maria de Azevedo Pereira c.c. Jerónimo Teixeira de Quadros (1584) I Antónia Teixeira de Quadros c.c. Manuel Teixeira Tavares I Jacinto de Quadros Teixeira

Foto de Alberto Gonçalves. Portão brasonado da QUINTA DE SÃO PEDRO Infelizmente, falta a cruz central, o que mutila o portão de modo impressivo

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O Inventário Artístico de Portugal faz referência à pedra-de-armas colocada no tímpano do portão dos “começos setecentistas”16 e acima de um friso com “letreiro que musgos e líquenes não deixa ler completamente do plano da rua, no qual se diz que a obra foi mandada fazer por Jacinto de Quadros Teixeira, familiar do Santo Ofício”17 – ESTA OBRA MANDOV FAZER / IACINTO DE COADROS TEIXRA / FAMILIAR DO SANTO OFICIO – aliás, o próprio friso recebeu outra inscrição de leitura ainda mais difícil. O texto alusivo à pedra de armas é o seguinte: “O brasão foi deficientemente esculpido: partido em pala, na primeira, uma cruz calvário em lugar da própria dos Teixeiras, vendo-se no lugar usual da diferença uma qualquer coisa radiada; na segunda, um insuficiente xadrezado dos Quadros; em ponta há uma estrela; por timbre uma cabeça de animal, que tanto poderá significar o unicórnio dos primeiros como o leão dos segundos”18. Os apelidos de Jacinto de Quadros Teixeira são os de sua mãe, uma Teixeira de Quadros, e de seu pai, outro Teixeira (Teixeira Tavares); ou são os apelidos de dois bisavós maternos: uma Quadros (Maria Henriques) e um Teixeira (Sebastião Teixeira); sabido que o avô materno usava Teixeira de Quadros, é de admitir que a nova composição Quadros-Teixeira adviesse imediatamente de seus pais, Manuel Teixeira Tavares (ou apenas Manuel Teixeira) e Antónia de Quadros. Todavia, a ordem de ordenação dos apelidos não estava fixada.

16

Aliás, parte de uma das inscrições parece datá-lo de 1690, ano próximo do primeiro matrimónio de Jacinto.

17

GONÇALVES - Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Aveiro, Zona Nordeste, p. 71.

18

Idem, ibidem, pp. 71 e 72.

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Sebastião Teixeira f.º de Beatriz Vieira (Teixeira) e Gonçalo Fernandes Mendes c.c. Maria Henriques (de Quadros) I Jerónio Teixeira de Quadros c.c. Maria de Azevedo I Antónia de Quadros c.c. Manuel Teixeira Tavares I Jacinto de Quadros Teixeira

Desenho da pedra de armas da QUINTA DE SÃO PEDRO.

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Brasão esculpido em granito regional. O campo é mais complexo do que porventura se supõe à primeira vista: O primeiro desenho traduz o que se pode enxergar confundido por líquenes que colorisam a pedra; o segundo desenho é o resultado de uma maior 19

aproximação . Escudo arredondado inferiormente, dito “nacional”. Partido: na primeira pala, cruz pátea em lugar de cruz potentea, por Teixeiras e, em chefe, ou precedendo a referida cruz, duas estrelas de sete (?) raios dispostas em banda (uma “diferença”?); na segunda pala, enxequetado de quatro pontos em pala e dois em faixa, em lugar de nove pontos equipolados, por Quadros; em contra-chefe, ou ponta, uma estrela de oito raios; bordadura do escudo ou talvez dupla-orla: aliás, bordadura que parece estar carregada dum cordão (“de São Francisco”?). Timbre: uma cabeça de animal, que podia ser de bovino, mas representa, sem dúvida, cabeça de leão, de frente, por Quadros (e não o unicórnio, por Teixeiras); sobre a cabeça, acima do virol, parece ter existido um outro elemento, agora mero fragmento de granito, provavelmente “um quadro xadrezado” do próprio timbre dos Quadros. Paquife: oito grandes folhas de acanto bem esculpidas, quatro a cada lado.

Por intermédio de meu Amigo João Bernardo Galvão-Telles, o Dr. Miguel Metelo de Seixas, conhecido heraldista, leu-as assim: Partido: I 1 cruz latina pátea acompanhada em chefe de 2 estrelas de 7 raios; II equipolado de 2 por 4; o conjunto acompanhado em ponta de 1 estrela de 8 raios; dupla orla, etc.

19

Que devo à colaboração de meu Amigo Alberto de Pinho Gonçalves, da “Associação da Defesa do Património Arouquense”.

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QUINTA DE SÃO PEDRO

1. SEBASTIÃO TEIXEIRA, a quem o Mosteiro concede carta de emprazamento com menção ao lugar de São Pedro da vila de Arouca, é o primeiro dos Teixeira a residir na propriedade que haverá de se designar Quinta de São Pedro. O prazo de São Pedro, de 22 de Dezembro de 156820, feito a Bastião Teyx.ra (SEBASTIÃO TEIXEIRA) e a sua m.er Maria anriquez (MARIA HENRIQUES), prova que estava casado nesse de 1568. Aliás, consta já no mesmo estado três anos antes, em 1565, nos primeiros Assentos Paroquiais da vila, podendo ter nascido por 1540. Foram seus pais, Gonçalo Fernandes Mendes e Beatriz Vieira, conforme se apura no processo de habilitação para familiar do Santo Ofício de um de seus filhos, o Lourenço Teixeira de Quadros, a ver adiante. A mãe Beatriz Vieira estava já viúva a 5 de Fevereiro de 1552, segundo o prazo de huas medidas do casal de Quintela sito em Alvarenga21, referida, então, por Bratyz vyeira dona viuva molher que foy de gº Fz m.ra nesta villa. Gonçalo Fernandes pode ter sido o Escrivão das Sisas de Fermedo, escudeiro, “morador na vila de Arouca”, embora para ali já nomeado em 150022: muito mais velho, se a mesma pessoa foi, que Beatriz, a quem parece calhar a geração de 1510. Entretanto, uma Beatriz Vieira é referida num outro prazo23, uns meses atrás (Julho, 1551), como irmã do escudeiro-fidalgo Gonçalo Teixeira, com quem repartia metade de uma casa que confinava com o rio, casa que, assim bipartida, nos leva a crer que 20

PRAZOS, Índice Geral dos Prazos, III, 1.ªD, 13, 3, 11 (antigo n.º ordem 232), que menciona os livro 11, fl. 315v e livro 12. fl. 105v.

21

PRAZOS, idem, Freg. e Concelho de Alvarenga, onde cita livro 8, fl. 64v.

22

AZEVEDO; MOREIRA – Fermedo..., p. 56.

23

PRAZOS, livro 7, III, 1ºD, 13, 2, 4 (antigo n.º ordem 130), fl. 408, prazo a Gonçalo Teixeira, 7.07.1551.

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viesse de seus passados. Nesse de 1551, não se faz alusão ao estado civil de Beatriz Vieira – nem casada, nem viúva – apenas sabemos que era irmã de Gonçalo Teixeira, tanto podendo tratar-se da mesma, como de mais de uma, colocadas em gerações sucessivas: Todavia, já porque temos emprazamentos àquele Gonçalo no de 1551, em 1559 então casado, e vivo até 1580..., já porque Beatriz está viúva em 1552..., parecem – Gonçalo Teixeira e sua irmã – duma geração anterior à de 1540, esta, a geração de SEBASTIÃO TEIXEIRA. É admissível, por conseguinte, que SEBASTIÃO TEIXEIRA de São Pedro fosse sobrinho do escudeiro-fidalgo Gonçalo Teixeira: situação parental que se discutiu melhor no lugar próprio24. Quem era Beatriz Vieira e por que razão o filho adopta o apelido Teixeira? Beatriz Vieira, Catarina Vieira, Milícia Vieira, Isabel Vieira e outra Catarina Vieira, foram cinco mulheres deste apelido casadas com outros tantos notáveis da Arouca quinhentista, e com a particularidade de quatro delas transmitirem aos descendentes – filhos e netos – o apelido Teixeira: pois deste o eram, por certo25. Beatriz Vieira, irmã do escudeiro-fidalgo Gonçalo Teixeira, é de quem tratávamos; Catarina Vieira – que estava casada, em Roças, com André Fernandes, homem principal – mãe de Teixeiras, André e Gonçalo, e de Catarina Vieira II, acima (casada em Sela, São Miguel de Urrô), todos com geração de Teixeiras e provavelmente ainda de Isabel Vieira, também acima, casada em Jugueiros (Santa Eulália), ainda com geração de Teixeiras. Catarina Vieira I foi avó de muitos outros Teixeiras, entre eles algumas figuras ligadas no Santo Ofício26. Finalmente, Milícia 24

Ver CASA DA PORTA, introdução aos Teixeira, de Arouca.

25

Idem.

26

O P.e João Teixeira Tavares e António Tavares Teixeira, além do Dr. Sebastião Tavares que segue o apelido materno.

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Vieira, casada com o escudeiro-fidalgo Henrique de Escobar de ROMARIZ, faz excepção à regra: Não transmite o apelido Teixeira27, preterido por outro mais forte – de Escobar – de seu marido. As respectivas descendências se vêem no lugar próprio. Voltando a Beatriz Vieira, mãe de SEBASTIÃO TEIXEIRA, sabe-se que este último fora precedido em Arouca por um outro Sebastião Teixeira, Tabelião do Julgado em 152528, que bem podia ter sido o pai, ou um dos tios, de Beatriz Vieira e do escudeiro-fidalgo Gonçalo Teixeira29. SEBASTIÃO TEIXEIRA supõe-se, aqui, nascido por 1540: Certo é que estava já casado, em 1565, com MARIA HENRIQUES [de Quadros], f.ª de António Zuzarte (ou Juzarte) de Almeida e de sua m.er Filipa Henriques [de Quadros] [segundo o processo para familiar do Santo Ofício, de Lourenço Teixeira de Quadros, abaixo] e moradores na rua d´Arca, tal como se declaram adiante. Foram eles, dos nados por 1510, os pais, além de MARIA HENRIQUES, também de Doroteia Henriques ou Doroteia de Quadros30: talvez dos “Henriques de Quadros”, gente de Aveiro com notícia em resenhas genealógicas várias31; o António Zuzarte de Almeida é certamente o Tab. António Juzarte na vila de Arouca que lança a escritura de cedência de Ana de Escobar em 1559, para que seu f.º o escudeiro-fidalgo Henrique de Escobar pudesse, nessa data, receber o prazo de Romariz32. Filipa Henriques deteria, ainda em 1573, um olival – ollyvall de felllypa anriquez – que partia com

27

O apelido vai, contudo, aparecer numa neta.

28

AUC, MSMA, Livro Tombo 2 de Colações.

29

Ver CASA DA PORTA, introdução aos Teixeira, de Arouca.

30

Faleceu, viúva, em 20.02.1617.

31

O meu Amigo Mário Pedro Gonçalves, descendente destes Quadros e desta CASA de Arouca, aventa que Filipa Henriques [de Quadros] possa ter nascido de Teresa Gomes de Quadros e de seu marido Vasco Henriques Esteves de Nápoles, f.º este de uma outra Filipa.

32

PRAZOS, livro 8, III, 1D, 13, 2, 5 (antigo n.º ordem 131), fl. 429v; ver QUINTA DE MINHÃOS, introdução aos Escobar de Barros.

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outro de Gonçalo Teixeira33, e estava viúva, pelo menos em 1568, como se verá.

Um primeiro brasão de Quadros.

Folha dum bloco A5 com desenhos de Mário Pedro Gonçalves, (descendente dos Teixeira de Quadros), com um primeiro brasão de Quadros, de que é proprietário. No guardanapo – em cima diz: Teixeiras, Coutinhos e Quadros; CB 1541; logo abaixo, André Barreto de Quadros; ao centro, António Fernandes de Quadros 1541 e, ao lado de um brasão igual tem 1448 (data do primeiro brasão de Quadros): encontrado na Quinta de São Lourenço, junto à Curia.

De SEBASTIÃO TEIXEIRA e sua m.er MARIA HENRIQUES não constam outros filhos em Arouca antes do António (1576), embora tenhamos assentos de baptismo desde 1565! Neste Livro Antigo (que nunca esteve no Arquivo Distrital de Aveiro porque anda desirmanado no Arquivo da Cúria de Lamego), logo nas primeiras páginas, constam, como padrinhos de um neófito da vila, aos 19 de Setembro, bastião Teyx.ra e sua sogra philipa [...]quez; MARIA HENRIQUES é mad. em 30 de Novembro de um f.º de João Roiz Carvalho e de Cecília Pinto (estes, os pais 33

PRAZOS, livro 32, III, 1ªD, 13, 2, 8 (antigo n.º ordem 134), fl. 18, prazo a Gonçalo Teixeira, de 2 Novembro 1573 .

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

de Inácio Pinto de Carvalho, de Jugueiros, que viria a casar com Isabel Vieira34 que acima mencionei); SEBASTIÃO TEIXEIRA comparece duas vezes no ano seguinte, uma delas (06.11.1566), como pad. de um f.º de Bernardo de Carvalho e de sua m.er Isabel da Fonseca (ele, f.º de um outro João Roiz Carvalho e irmão de João Roiz Carvalho, acima; ela, dos Pintos da Lagariça); MARIA HENRIQUES, m.er de Sebastião Teixeira, é mad. de mais um recém-nado, a 06.01.1568; logo em 23 dos mesmos, Filipa Henriques, molher que foi de António Juzarte, amadrinha Maria, f.ª de Roque Brandão e de Marquesa de Pinho35; MARIA HENRIQUES, m.er de Sebastião Teixeira, volta a ser madrinha em 1569, em 1570 e em 1571 – aqui de um f.º de António de Escobar [Vieira, filho de Henrique de Escobar] e de Maria de Beça – e ainda em 1573; SEBASTIÃO TEIXEIRA comparece a 08.02.1573, e no mesmo, MARIA HENRIQUES, m.er de Sebastião Teixeira; aos 07.05.1574, é a vez de Doroteia Henriques, f.ª de Filipa Henriques, tocar uma outra criança e, de novo, em 1577; MARIA HENRIQUES amadrinha aos 02.08.1578; no ano seguinte, vem Doroteia Henriques, f.ª de Filipa Henriques viúva mor.s na Rua d´Arca; e de novo em 1580. Noutro livro que contém os baptizados a partir de 1581, começa por figurar Dorotea de Coadros, aos 18.01.1582 e logo a 17 de Fevereiro, MARIA HENRIQUES, m.er de Sebastião Teixeira; de novo Doroteia Henriques, amadrinha em 1582 (28.08), e em 1584 [seu sobrinho] Inácio, f.º de Sebastião Teixeira; e ainda em 18.12.1584, designada de novo por Dorotea de Coadros. Por fim, no ano de 1593, MARIA HENRIQUES compareceu na qualidade de madrinha, viúva, como se deduz. Ficámos a saber, assim parece, que os pais de SEBASTIÃO TEIXEIRA moraram na vila, provavelmente na parte baixa da rua dos Currais (enquanto o escudeiro34

Ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os CARVALHOS; Os PINTOS.

35

Sogros do Diogo Malafaia, da CASA GRANDE DOS MALAFAIAS.

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

fidalgo Gonçalo Teixeira residira ao cimo da mesma36); e que seus sogros – os pais de MARIA HENRIQUES – moraram na rua d´Arca: sendo de admitir SEBASTIÃO TEIXEIRA, o primeiro a residir em São Pedro. SEBASTIÃO TEIXEIRA, que já desaparecido em 1593, teve, de sua m.er MARIA HENRIQUES, filhos nascidos em São Pedro: Jorge de Pinho e de Beatriz Aranha, mor.s em Eiriz37, com Maria Cardosa, sobrinha do P.e Jorge Guomes e f.ª que foi de Diogo Piz e de sua m.er Maria Diz38; volta a testemunhar outro matrimónio aos 27.02.1628, o de Sebastião da Fonseca, do termo de Aveiro, 2. António, b. aos 15.08.1576, af.º de Henrique Descobar [referenciado a Romariz39, e, provavelmente, tio de seu pai] e de Maria Viegas, f.ª de Maria de Beça e de seu primeiro marido João Viegas40. Aliás, Antónia de Beça e não Maria, pois esta era m.er de António de Escobar Vieira; aquela, n. por 1541, voltará a casar-se com Brás Mendes de Abreu41 e irá ser testemunha, em 1614, nas diligências para familiar do Santo Ofício do Dr. Miguel Soares Pereira42; (2). P.e João Teixeira, cura da vila de Arouca desde Julho de 1601 até Junho de 1604, voltando a baptizar em 1610 até ao último registo que assina a 09.06.1612 e, ainda da sua letra, até 22 de Julho do mesmo ano; 2. JERÓNIMO TEIXEIRA DE QUADROS, 1581, que segue; 2. Inácio, b. aos 12.02.1584, af.º de António Descobar [Vieira]43 e de Dorotea Anriquez [sua tia]44; 36

Ver CASA DA PORTA, introdução aos Teixeira, de Arouca.

37

Ver CASAS DE RONDE, IIB introdução aos Aranha de Arouca, Aranhas de Eiriz.

38

VILA, livro 16 C. 1619-1670.

39

Ver QUINTA DE MINHÃOS, introdução aos Escobar de Barros.

40

Ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os BARBOSAS DE BEÇA.

41

Ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os ABREUS; Os MENDES.

42

IAN-TT, Familiares do Santo Ofício, Maço 1, Dil. 6.

43

Ver QUINTA DE MINHÃOS, introdução aos Escobar de Barros.

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

desconheço se coincide com Ignacio Teixeira, que teve fôro de fidalgo e instituiu um morgado em Evora45; 2. Lourenço Teixeira de Quadros, b. a 01.04.1586, af.º de Gonçalo Teixeira, de Eiriz46 [f.º de Catarina Vieira, de Roças] e de Milícia Vieira47, c.c. Henrique de Escobar]; recebe um prazo em 1617, com sua m.er Filipa Soares48, aliás, já casado em 1608, contava 22 anos, quando sua m.er Filipa Soares de Leão amadrinha um f.º de Martim Correia de Vasconcelos e sua m.er Filipa Mendes49; obteve carta de familiar do Santo Ofício aos 22.11.162550 onde se diz nat. e mor. na vila de Arouca, freg. de São Bartolomeu, filho e neto dos pais e avós acima, todos de Arouca, casado com Filipa Soares [de Leão], nat. da Vila da Feira, freg. de São Nicolau, f.ª de Simão Tavares e Catarina de Leão, neta pat. de João Dinis Leite e de Catarina Tavares, e mat. de Pedro Soares de Albergaria, ou de Cambra, e de Filipa de Pinho, todos da Vila da Feira [e tudo gente tratada nos nobiliários]; Lourenço Teixeira e sua m.er Filipa Soares foram testemunhas do matrimónio celebrado em Outubro de 1621 de João de Pinho, f.º de Jorge de Pinho e de Beatriz Aranha, mor.s em Eiriz, com Maria Cardosa, sobrinha do P.e Jorge Guomes e fª que foi de Diogo Piz e de sua m.er Maria Diz [VILA L.º 16]; volta a testemunhar outro matrimónio aos 27.02.1628, o de Sebastião da Fonseca, do termo de Aveiro, bispado de Coimbra, com Maria Lobata de Vasconcelos, f.ª de António Cardoso51 e de Maria 44

ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os FURTADOS TAVARES, onde se deixou um outro Inácio, também de São Pedro: Inácio Tavares, f.º de Ana Tavares.

45

PEREIRA; RODRIGUES - Portugal, Diccionario..., entrada citada.

46

Ver CASA DA PORTA, introdução aos Teixeira, de Arouca.

47

Idem; igualmente, QUINTA DE MINHÃOS, introdução aos Escobar de Barros.

48

PRAZOS, livro 17, III, 1ªD, 13, 2, 15 (antigo n.º ordem 141), fl. 213. Pode ver-se Filipa Soares, nomes e sobrenomes, Os REBELOS AMARAIS, esquema Pedro Soares de Cambra.

49

Ver CASAS DE RONDE, IIA introdução aos Correia de Arouca.

50

LIMA, ob. cit., p. 71-72.

51

Ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os MENDES.

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Moreira52, naturais de Arouca; e logo no ano seguinte são pad.s de um filho dos acima mencionados, João de Pinho e Maria Cardosa; volta à fonte baptismal, em muitas outras ocasiões, nos princípios do século XVII. Deverá ser o mesmo Lourenço Teixeira que testemunha o casamento de Gonçalo Teixeira com Maria Vaz, da Porta, em 162553, e também presente em vários outros apadrinhamentos nas primeira e segunda décadas de seiscentos54. Nomeou seu testamenteiro Francisco Tavares [provável seu sobrinho, abaixo] e faleceu em 17.12.1636; 2. Maria, b. aos 26(?).08.1589 e af.ª de Jácome de Barros55 e da m.er de Gonçalo Teixeira [por certo, Maria Tavares56], foi crismada, bem como seu irmão Lourenço, aos 2.06.159657. 2. JERÓNIMO TEIXEIRA DE QUADROS, b. a 5.11.1581, teve por padrinhos Gonçalo de Beça58 e Maria Teixeira f.ª que foi de Gonçalo Teixeira [o escudeirofidalgo59]; JERÓNIMO TEIXEIRA, mor. em São Pedro, compareceu na qualidade de padrinho em 160960; a ajuizar pelos assentos de baptismo do 1º filho, teria casado por 1602 com MARIA DE AZEVEDO, filha de Jácome de Barros61 (ou Jácome de Barros Pereira ou Jácome Escobar de Barros, apelido Escobar que irá ser repescado por seus netos, abaixo) e de sua m.er 52

ALÃO, tomo VI, vol. II, “Cardozos de Arouca”, p. 81, onde vem por f.ª de Vicente de Pinho e de sua m.er Antónia Moreira. Ver também ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os MENDES.

53

Ver CASA DA PORTA.

54

VILA, livro 2 B. 1603-1640.

55

Ver esquema II.

56

Ver CASA DE EIRIZ.

57

VILA, livro 16, cit., primeiras folhas de S.S.Crisma.

58

Ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os BEÇAS, Os BARDOSAS.

59

Ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os VIEIRAS TEIXEIRAS; igualmente, CASA DA PORTA, introdução aos Teixeira, de Arouca.

60

VILA, livro 2, cit.

61

Maria de Azevedo consta num baptismo da vila com seu irmão Gregório de Barros, filhos de Jácome de Barros; e noutros assentos, dita também f.ª do mesmo Jácome.

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Maria de Azevedo de Abreu62; foram moradores em São Pedro onde estavam nos baptismos de 1603, e também nos anos de 1617, 1620 e 162363. MARIA DE AZEVEDO viria a falecer no ano seguinte, a 8 de Junho de 1624; e no dia de todos os Santos ao prº do mes de Novembro, JERÓNIMO TEIXEIRA64, seu marido. Fora do matrimónio, teve de Jerónima, solteira, f.ª de Isabel Sanches (?): 3. Maria, b. a 28.06.1607, af.ª de Domingos e de Maria, filhos de António Tavares65. Desconheço se JERÓNIMO TEIXEIRA DE QUADROS exerceu algum cargo na vila. Todavia, parecem significar alguma coisa a escolha dos pad.s de seus filhos, que foram notáveis daí, nomeadamente entre os Almeidas. (Este grupo levanta a hipótese de seu avô António Juzarte de Almeida ter sido um dos Almeidas e se não, até, irmão de Isabel Zuzarte, m.er de Duarte de Almeida Cabral – como anotei em ABERTURA nomes e sobrenomes, Os ALMEIDAS). A filiação de MARIA DE AZEVEDO é confirmada pelo prazo do Cazal de Novais que o Mosteiro renova a seu f.º João Escobar de Azevedo, a 15.05.1636, onde se menciona igualmente seu avô Jácome de Barros, Senhor que fora do referido prazo66. Em 31 de Dezembro de 1606, a mad. de Natália, f.ª de Manuel Pinto Furtado, é nomeada de Antonia Pereira de Barros [Anã prª de Barros] molher de Jerónimo Teixeira67. 62

cf. discurso em QUINTA DE MINHÃOS, introdução aos Escobar de Barros. Desde os primeiros assentos da vila se encontrava casado com Joana de Escobar.

63

VILA, livro 2, cit..

64

VILA, livro 20 O. 1613-1690.

65

ACEL, livro B. 1559-1612. Ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os BARBOSAS; Os FURTADOS TAVARES onde os ditos pad.s seriam filhos de António Tavares e sua m.er Marta Barbosa.

66

Ver esquema I. Ver igualmente QUINTA DE MINHÃOS, introdução aos Escobar de Barros; ver ainda CASAS DE RONDE, O primeiro lugar, Os primeiros moradores.

67

ACEL, livro cit.

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Maria de Azevedo também consta chamada Ana Pereira de Barros m.er de Jer.º Teix.ra, mad. em 1606 de Natália, fª de Manuel Pinto Furtado. esquema III Pedro Escobar de Barros c.c. Isabel de Barros I António Escobar de Barros c.c. Isabel Tavares [Pereira, do esquema II] I Jácome de Barros [Pereira], 1.ª vida Cazal de Novais, 3.07.1568 (então, casado com Joana de Escobar) c.c. Maria de Azevedo de Abreu c.c. Joana de Escobar I MARIA DE AZEVEDO, + 1624 c.c. JERÓNIMO TEIXEIRA DE QUADROS, + também 1624 moradores em São Pedro _______________________ I I Antónia de Escobar João Escobar de Azevedo, + 1640 c.c. senhor da Quinta chamada Ronde q foi de seus pais e avô Jacome de Barros Manuel Teixeira Tavares 1649, Cazal sito em Novais (provavelmente, Quinta chamada Ronde, de seu cunhado) I Jacinto de Quadros Teixeira 1708, Quinta em Ronde, dote de seus pais

Teve, de sua m.er, filhos nascidos na quinta de São Pedro de São Bartolomeu de Arouca (Ver, adiante, esquema IV): Novais e Ronde

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

3. Francisco, b. a 27.07.1603 e af.º de Francisco de Almeida, o Novo68, e de Ana de Azevedo [provavelmente sua tia materna], m.er de Luís Teixeira [mor. na rua dos Currais e f.º do escudeiro-fidalgo, Gonçalo Teixeira, também mor. ao cimo da rua dos Curaes]. Poderá ter sido Frei Francisco Tavares69 de Azevedo, vigário de Roças, falecido a 23.03.163870; e talvez o mesmo Francisco Tavares, testamenteiro (1636) de [seu tio] Lourenço Teixeira de Quadros, atrás; 3. Jacinto, b. por Francisco Ferreira cura desta igreja de São Pedro71 em Julho de 1607, af.º de [seu tio mat.] Gregório de Barros e de Maria de Almeida72. Parece ser o Jacinto de Coadros que teve de Maria, solteira, f.ª de João Dias e de sua m.er Isabel de Pinho, da vila, um f.º natural, Clemente, b. a 26.10.162873; 3. João74 – o P.e João de Escobar75 de Azevedo – b. a 27.11.1608, af.º de Martim Correia [de Vasconcelos]76 e de Filipa Soares de Leão [m.er de Lourenço de Quadros Teixeira, seu tio]; foi pároco de São Miguel de Urrô e foreiro de hua Quinta chamada Ronde, em

68

Ver ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os ALMEIDAS.

69

Poderá surpreender o apelido Tavares: Atente-se, porém, no esquema III onde figura sua bisavó Isabel Tavares.

70

VILA, livro 20, cit. Ver também BRANDÃO; LOUREIRO - Arouca. Notas Monográficas 1, p. 142.

71

ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os VELHOS REIMÕES. Mais tarde, um dos instituidores da Santa Casa da Misericórdia.

72

ABERTURA, nomes e sobrenomes, Os ALMEIDAS. Provavelmente, Maria de Almeida, m.er de Jorge Ferreira do Cancelo, f.ª de Isabel Zuzarte e Duarte de Almeida Cabral.

73

VILA, livro 2, cit.

74

Ver Archivo Nacional da Torre do Tombo Inventário dos Livros das Portarias do Reino...: Um “João de Escobar Teixeira” vem referido a p. 98 "Mercê a João de Barros de Castello Branco da capitania de uma nau da carreira da Índia, ou de licença para poder comprar alguma capitania, e da administração da commenda da dízima da alfandega de Setubal, por lhe pertencer a acção dos serviços de João de Escobar Teixeira - 29 Abril 1644."

75

ACEL, livro cit. Um outro João descobar, provavelmente tio deste, baptizava na vila de licensa do cura segundo um primeiro assento de 1602. Note-se que iremos contar três: O citado P.e João Descobar, que baptizava em 1602; o P.e João Escobar de Azevedo, n. 1608; e o P.e João de Escobar, n. 1648.

76

Ver CASAS DE RONDE, IIA introdução aos Correia, de Arouca.

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Santa Eulália, em 15.05.163677; coincide por certo com “João Escobar, presente no sínodo diocesano de 163978; consta o falecimento do padre João Descobar, vigário de São Miguel, a 23.02.164079, q se enterou na Santa Casa da Mizericordia não fez tes.to seu cunhado [Manuel Teixeira Tavares] lhe mandou fazer 3 off de 10 padres cada hum; 3. ANTÓNIA TEIXEIRA DE QUADROS, ou Antónia de Escobar, que segue; 3. Maria de Azevedo Pereira80, b. em 10.08.1615 e af.ª de Martim Vaz do Amaral81, casou em 3.01.1636, na vila, com Francisco da Fonseca Furtado, da QUINTA DE BOCO, onde segue; 3. Jerónima, b. a 10.10.1616, foi af.ª de Pantaleão Homem de Vouzela82 e de Joana de Almeida, m.er de António Francisco83; 3. Clemência, b. a 18.11.1618 e af.ª de André Vieira, da vila84, e de Dona Maria fª de Francisco Telles [da QUINTA DE ROMARIZ]; 3. Ana, b. a 24.02.1621, foi af.ª de Martim Afonso de Sousa, abade de Taboado85, e de Maria, f.ª de Ana de Azevedo [viúva de Luís Teixeira], mor.s à Cruz do

77

PRAZOS, Prazos de Santa Eulália, livro 2, III, 1ªD, 13, 3, 25 (antigo n.º ordem 205), fl. 415.

78

COSTA - História do Bispado e Cidade de Lamego, vol. IV (1984), p. 464.

79

VILA, livro 20, cit.

80

Note-se o apelido Pereira de seu avô Jácome de Barros Pereira.

81

Ver QUINTA DE MINHÃOS.

82

cf. ALÃO, tomo V, vol. II, “Homens Telles de Vouzela”, p. 200.

83

Ver ABERTURA, II nomes e sobrenomes, Os ALMEIDAS.

84

Ver ABERTURA, II nomes e sobrenomes, Os VIEIRAS DE SANTA EULÁLIA, Os VIEIRAS DA LAPA.

85

cf. GAYO, "Souzas", & 544, onde, segundo o A., era tio de D. Joana de Castro, mad. do P.e João de Escobar, abaixo.

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Aro86; virá a ser, por certo, Ana Descobar Religiosa, mad. de sua sobrinha Jerónima, 1650, abaixo; 3. Joana, b. a 16.11.1623, af.ª do Licenciado Domingos Brandão e de sua m.er Inacia da Ascensão87. 3. ANTÓNIA TEIXEIRA DE QUADROS, ou Antónia de Escobar, b. a 26.11.1611, af.ª de Alexandre de Abreu88 e de M.ª Moreira m.er de António Cardoso89, casou na vila, aos 15.05.1640 com MANUEL TEIXEIRA TAVARES (cuja idade se discutiu noutro lugar90), f.º de Gonçalo Teixeira e de Maria Tavares, de EIRIZ [neto pat. de André Fernandes e de Catarina Vieira, de Roças, e mat. de Jerónimo Tavares e de Jerónima de Pinho, igualmente de Roças]; MANUEL TEIXEIRA TAVARES obteve, pouco depois (19.02.1641), alvará de tabelião do público, judicial e notas da vila de Arouca e, muito depois (07.07.1679), Alvará para nomear em seu filho ou filha o ofício de escrivão do público judicial da mesma vila91; era, sua m.er, 3ª vida do prazo da QUINTA DE SÃO PEDRO, em 1680, que passou a um f.º, o P.e João de Escobar mor. na mesma QUINTA, e, ainda depois, a outro f.º, o P.e Jerónimo Teixeira de Escobar, também morador na quinta de São Pedro, em 168292; ANTÓNIA TEIXEIRA [DE QUADROS] faleceu em São Pedro aos 16.08.1683 e fez testamento em que deixou tres officios de todos os sacerdotes desta freg. e oitras obrygaçoiens que delle constao e perttençem. MANUEL TEIXEIRA TAVARES, que ainda pudera depor em 1679 no 86

Expressão equivalente a: ao cimo da rua dos Currais.

87

Ver CASA GRANDE DOS MALAFAIAS.

88

Ver ABERTURA, II nomes e sobrenomes, Os ABREUS.

89

Ver ABERTURA, II nomes e sobrenomes, Os MENDES.

90

Ver CASA DE EIRIZ; igualmente, CASA DA PORTA, introdução aos Teixeira, de Arouca.

91

IAN-TT, Registo Geral de Mercês, respectivamente, livro 1, fl. 127-129v e livro 6, fl. 417, segundo informação de meu Amigo João Bernardo Galvão Telles, Alvarenga.

92

PRAZOS, Livro Tombo Velho da Freg. de Arouca, III, 1ªD, 13, 4, 31 (antigo n.º ordem 252).

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

processo de beatificação da rainha Mafalda93, sobreviveu a sua m.er até 28.10.1696 e, segundo o respectivo assento, fez testamento em que deixou por sua alma tres officios de todos os padres desta freg. e esta sepultado na Mizericordia desta villa. Os ofícios resultaram com 23 padres no primeiro, 28 no segundo e 30 no terceiro94.

XXXIV. Testis D. Emanuel Texeira Tauares Incola Villa de Arouca, aetatis annorum 84. d. Proc. fol. 448, respondit.

Foram seus filhos: 4. Antes do C c Antóna de Quadros (aliás, tarde), teve Manuel, 21.11.1638, fº de Olaia do Burgo. E de sua mulher: 4. Lourenço foi b. em 03.03.1643 pelo reverendo vigário de vila Chã, Sebastião Tavares [f.º de Gonçalo Teixeira de EIRIZ], tendo por padrinhos frei Jerónimo

93

Beatificationis, & Canonizationis...

94

VILA, livro 20, cit.

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Preto de Lemos95 Comendador de Fontes [de Penaguião, que era de Malta] e de Maria de Azevedo [Pereira], m.er de Francisco da Fonseca [Furtado], m.or em BOCO96; 4. o Padre Jerónimo Teixeira de Escobar, b. a 10.10.1644 e af.º de Jerónimo Tavares, de EIRIZ, e de Maria de Azevedo [Pereira], m.er de Francisco da Fonseca [Furtado], de BOCO, morava na Quinta de São Pedro em 168297 [cf. supra] e aí veio a falecer de hu asidente98, aos 17.08.1695; foi sepultado na Misericórdia, tendo seu pai mandado rezar 3 ofícios, o primeiro por 19 padres, o segundo por 27 e o terceiro, reunidos 29 padres; 4. Maria de Azevedo, b. em 14.05.1646 pelo reverendo vigário de Vila Chã de Cambra [o Dr. Sebastião Tavares], foi af.ª de Francisco da Fonseca [Furtado, da QUINTA DE BOCO c.c sua tia, outra Maria de Azevedo] e de Maria Teixeira [sua tia avó, filha de Francisco Tavares de Pinho, de Terçoso-Roças], m.er de Domingos Malafaia [da CASA GRANDE]; 4. o padre João de Escobar, b. aos 30.03.1648 e af.º de Domingos Malafaia e de Dona Joana de Castro [religiosa no Mosteiro99], morava na quinta de São Pedro em 1680 [cf. supra], e faleceu a 3.08.1685

95

AMORIM - Uma Metodologia de Reconstituição de Paróquias, Braga, 1991, p. 7, cita o Dr. Jerónimo Preto e Lemos, visitador em 30.06.1724 da Diocese de Bragança, que "deixa determinado que se declarem nos assentos os nomes, cognomes, alcunhas, naturalidades, e assistência dos pais e avós paternos e maternos dos baptizados”.

96

ACEL, livro 1640-1651, bem como para seus irmãos.

97

Ver supra.

98

Falecer de acidente teria a acepção de: morrer subitamente.

99

Archivo Nacional da Torre do Tombo Inventário dos Livros das Portarias do Reino, cit., p. 197: "Mercê a D. Joana de Castro e D. Margarida de Vas.os fªs de Fernão de Sousa que foi governador de Angola, religiosas do Mosteiro de Arouca, de 30$000 réis de tença para ambas, dos 50$000 réis que vagaram no almoxarifado do Porto, por morte de dona Isabel de Távora, religiosa do mesmo most.ro 17 Dez. 1646". Veja-se também revista Calíope n.º 1 (1993), CM Vila Viçosa, pp. 25 e seg.s. Fernão de Sousa, acima, era irmão de Martim Afonso de Sousa, abade de Taboado, pad. de Clemência, 1618.

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

sendo inumado também na Misericórdia com 3 officios de todos os p.es deste valle (801)100; 4. Jerónima, b. em 27.06(?).1650, foi af.ª de Francisco Tavares, o Novo [ou Francisco Tavares Teixeira, de Terçoso, primo coirmão de seu pai e f.º de Francisco Tavares de Pinho101] e de [sua tia] Ana de Escobar, religiosa; 4. António, b. 26.04.1654, af.º de António Tavares, de Eiriz, e Maria de Freitas religiosa no Mosteiro; padrinhos, tio de EIRIZ, e uma tia-avó; 4. Francisca, b. 11.10.1656, af.ª do cónego Pedro Tavares, outro tio-avô, paterno-materno. 4. JACINTO DE QUADROS TEIXEIRA, que segue.

Foto de Alberto Gonçalves

100

VILA, livro 20, cit.

101

Ver QUINTA DE TERÇOSO, CASAS DE SELA, introdução aos Tavares, de Arouca, QUINTA DE SELA.

33 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

esquema IV

Sebastião Teixeira Jácome de Barros Pereira f.º de Beatriz Vieira f.º de António Escobar de e de Gonçalo Fernandes Mendes Barros e de Isabel Tavares c.c. Maria Henriques [de Quadros] c.c. M.ª de Az.do de Abreu ___________________________________________________ (c.c. Joana de Escobar) I I I I I I António Jerónimo Inácio Lourenço Maria M.ª de Azevedo 1576 Teix. de Quadros 1584 Teix. de Quadros 1589 I 1581 I 1586 af.ª de Jácome I I________________________ c.c. ________________ I _______________________________________________________________________________ Fr. F.co Tav.s de Azevedo 1603 vig. de Roças

Jacinto de Quadros 1607 I Clemente 1628

P.e João Escobar de Az.do 1608 pároco de Urrô

AN.TA TEIX. DE QUADROS c. 1640 c. Manuel Teixeira Tavares da CASA DE EIRIZ

Maria Jerónima Clemência de Az.do 1616 1618 Pereira c. 1636 c. Fr.co da Fonseca Furtado da QUINTA DE BOCO c.g.

Ana 1621

esquema V ANTÓNIA TEIXEIRA DE QUADROS c.c. Manuel Teixeira Tavares __________________________________________________________ I I I I I I Lourenço P.e Jerónimo M.ª de Azevedo P.e João Jerónima JACINTO DE QUADROS TEIX. 1643 Teix. de Escobar 1646 de Escobar 1650 1652 1644, + 1695 1648, + 1685 esquema VIII, onde segue A estes seis, há que juntar António, 1654, e Francisca, 1656 – consiserados, atrás, nesta reformulação

34 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

O livro – da colecção do autor – é constituído pelas partes seguintes: POSITIO [1 fl.], INFORMATIO pp.1-15, SVMMARIVM pp.1-104, SVPER DVBIO pp.1-8, SVMMARIVM OBIECTIONALE MEMORALE pp. 1-3, RESPONSIO pp. 1-30, SVMMARIVM ADDITIONALE [4 fls], NOVA INFORMATIO pp. 1-58

35 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Deponentes nos Processos de Beatificação da Rainha Santa Mafalda cf. -Beatificationes, & Canonizationis Ven. Servae Dei Mafaldae..., Svmarium, pp. 1-104.

I II V VIII XXXIII XXXV XXXVI XXXVIII XXXIX XXXX VI VIII IX XIV XVI XVIII XXXIV XXXVIII XXXIX XL IV V VII XVIII XIX XXVI XXVII XXIX X XV XVI XVII XVIII XXII XXXVI XXXIX LVII VIII X XI XII XIII XIV XVI XXXVIII XXXIX XL III V IX XV XVII XXVI XXVII XXVIII XXX XXXII I V VII

Processu anno 1694 rev. Madre dona Luísa Pessoa de Carvalho Abadessa rev. Madre dona Maria Toda de Gusmão rev. Madre dona Maria de Plagio rev. madre dona Mariana do Espírito Santo rev. D. António Serpa Cardoso sacerdote e com. SO, nat. Arouca rev. D. João de Pinho de Figueiredo nat. vila de Arouca Dona Mariana Serpa de Oliveira nat. vila de Arouca D. Pedro de Fonseca de Miranda notário público da vila rev. D. António Pereira sacerdote e abade Santa Eulália rev. D. João da Silveira sacerdote e par. da ig. Albergaria Processu Informatiuo rev. Madre dona Ana de Távora rev. Madre dona Mariana do Espírito Santo rev. Madre dona Maria da Cunha rev. M.e dona Damiana Claudia de Miranda rev. Madre dona Maria da Silva rev. Madre Pascoa de Barros D. Manuel Teixeira Tavares nat. vila de Arouca D. Pedro da Fonseca de Miranda notário público da vila rev. D. António Pereira sacerdote e ab. de Santa Eullália rev. D. João de Silveira sacerdote e par. da ig. Albergaria Processu anno 1649 inserto no supradicto Processu anni 1694 rev. Madre dona Francisca de Castro rev. Madre dona Maria de Gusmão rev. Madre Isabel de Escobar rev. Madre dona Maria de Távora rev. Madre Helena Botelha Domingos Henriques nat. vila de Arouca Domingos Rodrigues Afonso e dita vila de Arouca Manuel Lourenço [de Pinho] nat. vila de Arouca Supradito Processu Anni MDCXCIV rev. Madre dona Isabel Pimentel rev. Madre Maria Correia dos Anjos rev. Madre dona Maria da Silva rev. Madre dona Escolástica de Lima rev. Madre Páscoa de Barros rev. Madre dona Mónica de Sousa rev. Madre dona Mariana Serpe de Oliveira nat. vila de Arouca rev. D. António Pereira sacerdote e abade Santa Eulália Doutor Francisco Vahia de Teixeira Araújo fam. do SO e médico do Most. Supradito Processu Anni 1694 rev. Madre dona Mariana do Espírito Santo rev. Madre dona Isabel Pmentel rev. Madre Maria de Lemos rev. Madre dona Francisca de Mascarenhas rev. Madre dona Margarida Antónia de Miranda rev. M.e dona Damiana Cláudia de Miranda rev. Madre dona Maria da Silva D. Pedro de Fonseca de Miranda notário público da vila de Arouca rev. D. António Pereira sacerdote e ab. Santa Eulália rev. D. João da Silveira sacerdote e pároco de Albergaria Processu anno 1649 inserto no supradito Processu anno 1694 rev. Madre Beatriz de Siqueira rev. Madre dona Maria de Gusmão rev. Madre Justa de Andrade de Mendonça rev. Madre Leonor Cunha rev. Madre dona Maria de Távora Domingos Henriques nat. vila de Arouca Domingos Rodrigues Afonso nat. vila de Arouca Gonçalo de Pinho nat. vila de Arouca Francisco Jorge nat. vila de Arouca Maria de Oliveira viúva e nat. vila de Arouca Processu anni 1649 rev. Madre Violante de Moura Coutinho rev. Madre dona Maria de Gusmão rev. Madre Isabel de Escobar

36 Reformulação de Julho de 2016

67 anos 65 anos 68 anos 63 anos 65 anos 70 anos 63 anos 50 anos 73 anos 64 anos

Process., fol 57

63 anos 63 anos 60 anos 50 anos 57 anos 50 anos 84 anos 50 anos 73 anos 64 anos

d. Proc. fol. 106

63 anos 86 anos 80 anos 90 anos 50 anos 60 anos 67 anos 60 anos

Interrogatorium fol. 857

56 anos 56 anos 57 anos 53 anos 50 anos 42 anos 63 anos 73 anos 48 anos

d. Proc. fol. 153

63 anos 56 anos 43 anos 54 anos 56 anos 50 anos 57 anos 50 anos 73 anos 60 anos

Process. fol. 131

80 anos 87 anos 60 anos 60 anos 90 anos 67 anos 67 anos 70 anos 73 anos 66 anos

Interrogatorium fol. 852.

62 anos 85 anos 80 anos

d. Proc. fol. 65 d. Proc. fol. 98 d. Proc. fol. 127 d. Proc. fol. 436 d. Proc. fol. 463 d. Proc. fol. 462 d. Proc. fol. 482 d. Proc. fol. 496 d. Proc. fol. 505

d. Proc. Fol. 128 d. Proc. fol. 143 d. Proc. fol. 213 d. Proc. fl. 239 d. Proc. fol. 265 d. Proc. fol. 446 d. Proc. fol 483 d. Proc. fol. 498 d. Proc. fol. 506

idem Proc. fol. 861 idem Proc. fol 870 d. Proc. fol. 908 d. Proc. fol 913 d. Proc. fol 927 idem Proc fol. 932 d. Proc fol. 943

d. Proc. fol. 230 d. Proc. fol. 239 d. Proc. fol. 254 d. Proc. fol. 256 d. Proc. fol. 314 d. Proc. fol. 464 d. Proc. fol. 497 d. Proc. fol. 697

d. Proc. 153 d. Proc. fol. 169 d. Proc. fol. 187 d. Proc. fol. 206 d. Proc. fol. 215 Proc. fol. 241 in princ. d. Proc. fol. 484 in fine d. Proc. fol. 497 d. Proc. folio 506

d. Proc. folio 861 d. Proc. fol. 879 d. Proc. fol. 902 d. Proc. fol. 907 d. Proc.. fol. 926 d. Proc. fol. 932 d. Proc. fol. 937 d. Proc. fol. 948 d. Proc.fol. 957 Interrogatorium fol. 842 d. Proc. folio 860 d. Proc. fol. 869

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

X XXVI XXVII XXVIII XXX I II III IV XXVI XXVIII XXIX XXX XXXV XXX XXXVII XXXVIII XXVI XXVII XXVIII XXIX XXX XXXII VIII X

rev. Madre dona Lourença de Vilhena Domingos Henriques Domingos Rodrigues Afonso Gonçalo de Pinho Francisco Jorge Processu anno 1649 rev. Madre Violante de Moura Coutinho rev. Madre dona Jerónima Cunha rev. Madre Beatriz de Siqueira rev. Madre dona Francisca de Castro Domingos Henriques Gonçalo de Pinho Manuel Lourenço de Pinho Francisco Jorge Processu anni 1649 Jerónima de Brito Mariana Pereira Francisca de Azevedo Maria Baptista Processu anni 1649 Domingos Henriques Domingos Rodrigues Afonso Gonçalo de Pinho Manuel Lourenço [de Pinho] Francisco Jorge Maria de Oliveira Processu anni 1649 rev. Madre dona Catarina de Meneses rev. Madre dona Lourença de Vilhena

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO 67 anos 60[?] a 67 anos 70 anos 70 anos

d. Proc. fol. 882

nat. vila de Arouca nat. vila de Arouca nat. vila de Arouca nat. vila de Arouca

Interrogatorium fol. 842

nat. vila de Arouca nat. vila de Arouca nat. vila de Arouca nat. vila de Arouca

62 anos 62 anos 80 anos 63 anos 60 anos 70 anos 60 anos 73 anos

virgem e nat. vila de Arouca virgem nat. vila de Arouca virgem e nat. vila de Arouca virgem nat. vila de Arouca

70 anos 60 anos 50 anos 47 anos

Interrogatorium fol. 964

nat. vila de Arouca nat. dita vila nat. dita vila nat. dita vila nat. dita vila nat. dita vila

60 anos 67 anos 70 anos 60 anos 73 anos 66 anos

Interrrogatorium fol. 925

66 anos 67 anos

Interrrogatorium fol. 873

d. Proc. fol. 925 d. Proc. fol. 930 d. Proc. fol. 937 d. Proc. fol. 946

Interrogatorium fol. 845 Interrogatorium fol. 850 d. Proc. fol. 854 Interrogatorium fol. 924 d. Proc. fol. 935 d. Proc. fol. 940 d. Proc. fol. 945

d. Proc. fol. 966 d. Proc. fol. 969 d. Proc. fol. 972

d. Proc. fol. 930 d. Proc. fol. 936 d. Proc. fol. 941 d. Proc. fol. 946 d. Proc. fol. 95 in fin

d. Proc. fol. 882

Os primeiros testemunhos das religiosas, bem como os de outras pessoas naturais da vila, datam de 1649, e constam do processo deste mesmo ano e em outro posterior, caído em 1694. Este último insere depoimentos antigos e outros recolhidos em Junho de 1679. As testemunhas estão numeradas em romano (1ª coluna) e agrupadas por temas (vida, virtudes, milagres... de Santa Mafalda, Num. 3 a Num. 14), declinam as respectivas idades, e o mesmo SVMMARIVM inclui ainda a referência ao Proc. e folio de cada depoimento. Estas referências vão transcritas “ipsis verbis” na última coluna. A primeira religiosa a ser ouvida foi obviamente a abadessa que era a rev. Madre dona Luísa Pessoa de Carvalho, de 67 anos em Junho de 1679 (nascida, então, em 1612); outras religiosas que a acompanhavam declinam suas idades, como as reverendas Madres dona Francisca de Mascarenhas, de 54 anos, e dona Margarida Antónia de Miranda, de 56. Testemunham também 4 criadas e 1 criado, bem como 1 “recolhida”. Os mesmos deponentes são citados várias vezes e sempre declinam a mesma idade aqueles que vêm reportados ao processo de 1694; o mesmo não acontece com a idade declarada nos testemunhos referidos ao Processo de 1649, onde aliás apenas verifico três discrepâncias (parecendo que cada testemunha foi ouvida por mais de uma vez: Testemunha V, dona Maria de Gusmão,

85 anos em o Num. 8; folio 860 86 anos em o Num. 4; folio 861 87 anos em o Num. 7; folio 861. (Note-se, porém, que o folio do depoimento em 2º e 3ª lugar é o mesmo, o que nos inclina para a hipótese de lapso). Testemunha XXVI, Domingos Henriques, 60 anos em o Num. 4 e Num. 9; folio 927 67 anos em os Num. 7 e 9 e ainda 9; folio 926 Testemunha XXX, Francisco Jorge, 66 anos em o Num. 7; 948 73 anos em Num. 9 e de novo Num. 9: folio 945 (Nestes, os fólios são distintos, parecendo tratar-se de dois depoimentos) Das restantes testemunhas – e são imensas – regista-se sempre a mesma idade. Sendo que no Processo de 1694 a idade esta reportada a Junho de 1679, ficanos a saber que: Manuel Teixeira Tavares [de EIRIZ, casado em SÃO PEDRO], 84 anos, nascera em 1595; a reverenda Isabel de Escobar [a ver em ROMARIZ), 80 anos, nasceu em 1599 [o que é corroborado pelos paroquiais]; o abade de Santa Eulália P.e António Pereira [tio de VALDASNA], 73 anos, teria nascido por 1606; Pedro da Fonseca de Miranda, notário do público [senhor da Casa da Ribeira datada de 1686], 50 anos, nascera por 1629 [casara por 1675 e sua m.er tinha nascido em 31.08.1654]. E assim por diante. Sendo manifesto o interesse do rol dos deponentes, publico-o na forma deste quadro. I VII XXVI XXVII XXVIII XXIX XXX I II IV X XI

Processu anni 1694 rev. Madre dona Luísa Pessoa de Carvalho Processu anni 1649 rev. Madre Isabel de Escobar Domingos Henriques Domingos Rodrigues Afonso Gonçalo de Pinho Manuel Lourenço Francisco Jorge Processu anni 1649 Madre dona Violante de Moura Coutinho rev. Madre dona Jerónima da Cunha rev. Madre Guiomar de Morais rev. Madre dona Lourença de Vilhena rev. Madre Ana Furtada

abadessa

67 anos

d. Proc. fol. 61 tergo in fin

80 anos 60 anos 67 anos 70 anos 60 anos 73 anos

interrogatirium fol. tergo

nat. vila de Arouca da dita vila nat. dita vila nat. dita vila nat. dita vila

80 anos 62 anos 80 anos 67 anos 70 anos

interrogatorium fol. 842

37 Reformulação de Julho de 2016

d. Proc. fol. 928 d. Proc. fol. 934 d. Proc.. fol. 939 d. Proc. fol. 944 d. Proc. fol. 950

d. Proc. fol. 847 d. Proc. fol. 865 d. Proc. fol. 883 d. Proc. fol. 887

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Processu anni 1649 IV rev. Madre dona Francisca de Castro VIII rev. Madre dona Catarina de Meneses Aqui e nos grupos que seguem, as testemunhas não declinam a idade, constando, porém, regra geral, acima Processu anni 1649 XXXV Jerónimo de Brito nat. vila de Arouca XXXVI Mariana Pereira nat. dita vila XXXVII Francisca de Azevedo nat. dita vila XXXVIII Maria Baptista nat. dita vila Processu 1694 XXXIII rev. D. António de Serpa sac. e Com. SO, nat. dita vila Eram sobrinhos do miraculado de Santa Mafalda, P.e Domingos de Brito [+ 21.12.1622]: Jerónimo de Brito; Mariana Pereira; Francisca de Azevedo; Maria Baptista e o P.e António de Serpa Processu 1649 VII Madre Isabel de Escobar VIII rev. Madre dona Catarina de Meneses XVII rev. Madre dona Maria de Távora Processu 1649 XXVI Domingos Henriques nat. vila de Arouca XXVI Domingos Rodrigues Afonso da dita vila XXVIII Gonçalo de Pinho nat. dita vila XXIX Manuel Lourenço nat. dita vila Processu anni 1649 XX rev. Madre dona Joana de Melo XXIV Joana Gomes fámula Processu anni 1649 I rev. Madre dona Violante de Moura [Coutinho] II rev. Madre dona Jerónima Cunha Processu anni 1649 XXII Ana Coelha fámula XXIII Catarina de São Benedito fámula Processu anni 1649 XX rev. Madre dona Joana de Melo XXIV Joana Gomes fámula Processu anni 1649 XXVI Domingos Henriques nat. vila de Arouca XXVIII Gonçalo de Pinho nat. dita vila XXIX Manuel Lourenço [de Pinho] nat. dita vila XXX Francisco Jorge nat. dita vila Processu anni 1694 V rev. Madre dona Maria de Plágio XI rev. Madre Maria Teresa de Lemos Processu anni 1694 XX rev. Madre dona Alécia Leite de Miranda XXI rev. Madre Ana Soares Correia XLI Maria da Rocha fámula LVI Estêvão Cardoso fámulo Processu anni 1649 XL Manuel Ribeiro da cidade de Lamego Processu anni 1694 XI rev. Madre Maria Teresa de Lemos XIV rev. Madre dona Damiana de Miranda LIII rev. Madre Helena de Barros LIV rev. Madre dona Catarina da Cunha Processu anni 1694 XLVI rev. Madre dona Antónia de Moura LV Joana de Siqueira de Albuquerque recolhida Processu anni 1694 LI rev. Madre Teresa Maria Baraem LVII Dr. Francisco Vahia Teixeira de Araujo fam. do SO e médico do Most. Processu anni 1649 I rev. Madre Violante de Moura Coutinho III rev. Madre Beatriz de Siqueira V rev. Madre dona Maria de Gusmão VII rev. Madre Isabel de Escobar XI rev. Madre Ana Furtada XXVI Domingos Henriques nat. vila de Arouca XXVII Domingos Rodrigues Afonso nat. vila de Arouca XXVIII Gonçalo de Pinho nat. vila de Arouca XXX Francisco Jorge nat. vila de Arouca XXXII Oliveira Viúva nat. da dita vila

38 Reformulação de Julho de 2016

interrogatorium folio 856

-

dito Processu folio 874

I nterrogatorium fol. 964

-

d. Proc. fol. 967 d. Proc. fol. 970 d. Proc. fol. 973 d. Proc. fol. 440

-

-

interrogatorium fol. 869 d. Proc. folio 874

-

d. Proc. folio 906

-

interrogatorium fol. 926 d. Proc. fol. 931 d. Proc. fol. 937 d. Próc. fol. 942 interrogatorium fol. 915

-

d. Proc. fol. 921

-

d. Proc. fol. 842

-

interrogatorium fol. 918

-

d. Proc. fol. 915

-

d. Proc. fol. 926

-

d. Proc. fol. 102

-

d. Proc. fol. 293

-

d. Proc. fol. 979

d. Proc. fol. 847

d. Proc. fol. 920

d. Proc. fol. 922

d. Proc. fol. 936 d. Proc. fol. 941 d. Proc fol. 947

d. Proc. fol. 176

d. Proc. fol. 310 d. Proc. fol. 521 d. Proc. fol.693

d. Proc. fol. 171

-

d. Proc. fol. 219 d. Proc. fol. 666 d. Proc. fol. 677 d. Proc. fol. 588

80 anos 80 anos 86 anos 80 anos 70 anos 60 anos 67 anos 70 anos 73 anos 66 anos

d. Proc. fol. 683 d. Proc. fol. 644 d. Proc. fol. 700 interrogatorium fol. 843 d. Proc. fol. 852 d. Proc. fol. 866 interrogatorium fol. 870 d. Proc. fol. 887 d. Proc. fol. 927 d. Proc. fol. 932 d. Proc. fol. 938 d. Proc. fol. 948 d. Proc. fol. 957

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Processu anni 1694 VII rev. Madre dona Mónica Barbosa de Meireles 63 anos d. Proc. fol. 124 VIII rev. Madre dona Mariana do Espírito Santo 63 anos d. Proc. fol. 135 IX rev. Madre dona Maria da Cunha 6[?] anos d. Proc. fol. 148 XI rev. Madre Maria Teresa de Lemos 43 anos d. Proc. fol. 176 XII rev. Madre dona Francisca de Mascarenhas 54 anos d. Proc. fol. 194 XIII rev. M.e dona Margarida Antónia de Miranda 56 anos d. Proc. fol. 209 XIV rev. M.e dona Damiana Cláudia de Miranda 50 anos d. Proc. fol. 221 XXXVIII D. Pedro da Fonseca de Miranda notário público 50 anos d. Proc. fol. 488 XXXIX rev. D. António Pereira sacerdote e ab. de S.t Eulália 73 anos d. Proc. folio 503 XL rev. D. João da Silveira sacerdote e pároco de Alberg 64 anos d. Proc. fol. 509 Entre as freiras, nem sempre as deponentes tinham idade avançada, vendo-se casos de testemunhos de gente nova, como os da Madre dona Mónica Sousa e da Madre Maria Teresa de Lemos, ambas de 43 anos, da Madre Mariana Eufrásia Pimentel, de 44, e da Madre Helena de Barros Monteiro, de apenas 36 anos. Processu anni 1694 VIII rev. Madre dona Mariana do Espírito Santo 63 anos d. Proc. fol. 130 X rev. Madre dona Isabel Pimentel 56 anos d. Proc. fol. 152 XI rev. Madre Maria Teresa de Lemos 43 anos d. Proc. fol. 186 XIII rev. M.e dona Margarida Antónia de Miranda 56 anos d. Proc. fol. 204 XIV rev. M.e dona Damiana Cláudia de Miranda 50 anos d. Proc. fol. 213 XVII rev. Madre dona Escolástica de Lima 53 anos d. Proc. fol. 255 XXXIII rev. D. António Serpa Cardoso sacerdote e comissário do SO 65 anos d. Proc. fol. 437 XXXVIII D. Pedro da Fonseca de Miranda notário público 50 anos d. Proc. fol. 484 XXXIX rev. D. António Pereira sacerdote e ab. de S. Eulália 73 anos d. Proc. fol. 498 Processu anni 1694 VI rev. Madre dona Ana de Távora 63 anos Process. fol. 108 IX rev. Madre dona Maria da Cunha 60 anos d. Proc. fol. 145 X rev. Madre dona Isabel Pimentel 56 anos d. Proc. fol. 155 XI rev. Madre Maria Teresa de Lemos 43 anos d. Proc. fol. 169 XII rev. Madre dona Francisca Mascarenhas 54 anos d. Proc. fol. 188 XIII rev. M.e dona Margarida Antónia de Miranda 56 anos d. Proc. fol. 207 XIV rev. M.e dona Damiana Cláudia de Miranda 50 anos d. Proc. fol. 216 XXXIII rev. D. António Serpa Cardoso 65 anos d. Proc. fol. 438 XXXVIII D. Pedro de Fonseca de Miranda 50 anos d. Proc. fol. 486 XL D. João da Silveira 64 anos d. Proc. fol. 507 Processu anni 1694 VIII rev. Madre dona Mariana do Espírito Santo 63 anos d. Proc. fol. 132 XII rev. Madre dona Francisca Mascarenhas 54 anos d. Proc. fol. 191 XXII rev. Madre dona Mónica Sousa 42 anos d. Proc. fol. 325 XXV Irmã Jerónima Cardosa 75 anos d. Proc. fol. 359 XXXIV D. Manuel Teixeira Tavares nat. vila de Arouca 84 anos d. Proc. fol. 448 XXXVIII D. Pedro de Fonseca de Miranda notário público 50 anos d. Proc. fol. 487 XXXIX rev. D. António Pereira sacerdote e ab. de Sta Eulália 73 anos d. Proc. fol. 501 Algumas madres não tinham direito ao tratamento de “dona”; e duas, eram apenas irmãs, “soror” ou “sor”. Em meados e finais de seiscentos as madres do Mosteiro com direito a tratamento de “dona” eram, como se sabe, as Castro, Cunha, Gusmão, Lima, Mascarenhas, Meneses, Miranda, Pimentel, Silva, Sousa, Távora, Vilhena e, porventura, poucas mais. Vemos, talvez com um pouco de surpresa, que não usavam “dona” as Barros, Escobares, Lemos, Morais, Moura-Coutinho, Siqueira... Processu anni 1694 X rev. Madre dona Isabel Pimentel 56 anos Process. fol. 155 XII rev. dona Francisca Mascarenhas 54 anos d. Proc. fol. 188 XIII rev. M.e dona Margarida Antónia de Miranda 56 anos d. Proc. fol. 207 XIV rev. M.e dona Damiana Cláudia de Miranda 50 anos d. Proc. fol. 216 XXV Irmã Jerónima Cardoso 74 anos d. Proc. fol. 358 XXXIII rev. D. António Serpa Cardoso sacerdote e comiss.o do SO 65 anos d. Proc. fol. 439 XXXIV D. Manuel Teixeira Tavares nat. vila de Arouca 84 anos d. Proc. fol. 447 XXXVII D. João de Fonseca Pinho escrivão da vila 75 anos d. Proc. fol. 479 XXXVIII D. Pedro de Fonseca de Miranda notário público da dita vila 50 anos d. Proc. fol. 486 d. Proc. fol. 500 XXXIX rev. D. António Pereira sacerdote e ab. de S. Eulália 73 anos d. Proc. fol. 600 XLVII rev. Madre dona Joana Marcela Baraem 50 anos d. Proc. fol. 622 XLIX rev. Madre Mariana Eufrásia Pimentel 44 anos d. Proc. fol. 664 LIII rev. Madre Helena de Barros Monteiro 36 anos Processu anni 1694 Process. fol. 109 VI rev. Madre dona Ana de Távora 63 anos d. Proc. fol. 146 IX rev. Madre dona Maria da Cunha 60 anos d. Proc. fol. 170 X rev. Madre dona Isabel Pimentel 56 anos d. Proc. fol. 170 XI rev. Madre Maria Teresa de Lemos 43 anos d. Proc. fol. 216 XIV rev. M.e dona Damiana Cláudia de Miranda 50 anos d. Proc. fol. 439 XXXIII rev. D. António Serpa Cardoso sacerdote e comiss.o do SO 65 anos d. Proc. fol. 500 XXXIX rev. D. António Pereira sacerdote e de Santa Eulália 73 anos d. Proc. fol. 507 XL rev. D. João da Silveira pároco da igreja de Alberg.a 64 anos

39 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

O portal inserido no muro velho; ao fundo e por detrás, a casa remodelada

4. JACINTO DE QUADROS TEIXEIRA ou Jacinto Bernardo de Quadros Teixeira, nascido em São Pedro e b. aos 14.04.1652102, af.º de Jerónimo Tavares, primo coirmão de seu pai, f.º de Francisco Tavares, de Roças, e de Mª ana(?) Tavares, foi familiar do Santo Ofício por carta de 23.06.1688, cujas diligências o dizem nat. e morador na sua quinta de São Pedro da freg. de São Bartolomeu da vila de Arouca, f.º e neto dos pais supra, sobrinho pat. do familiar do Santo Ofício António Tavares Teixeira [da CASA DE EIRIZ, f.º de seu avô Gonçalo Teixeira] e sobrinho-neto mat. do familiar do Santo Ofício, Francisco Tavares de Pinho, de Terçoso103 [irmão de sua avó Maria Tavares]; ouvidor, neste ano; ajustado para casar, em 1691, com CATARINA DE QUEIRÓZ PINTO, f.ª de Tomás da Fonseca de Carvalho e de Maria da Mota de Queiroz, e, novamente, ajustado para casar em 1699 com D. Francisca Coutinho, ou D. FRANCISCA BERNARDA COUTINHO CARDOSA, nat. e mor.a na vila 102

VILA, livro 3 B. 1651-1685.

103

Ver QUINTA DE TERÇOSO, CASAS DE SELA, introdução aos Tavares, de Arouca.

40 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

de Sever do Vouga, f.ª de Bernardo Coutinho Cardoso, nat. de São Martinho de Pessegueiro (Sever do Vouga) e de Isabel Martins Pereira, nat. de Sever e aí mor.s, neta pat. de outro Bernardo Coutinho Cardoso, também nat. de Sever e de Maria Rebela, nat. de Riba Feita, Viseu, mor.s na quinta do Sobral em Pessegueiro104. Este Bernardo Coutinho Cardoso fora filho de Manuel Coutinho de Lacerda, “que justificou descender dos Coutinhos de Leomil”, capitão-mor de Sever, e de sua m.er D. Maria Froes Cardoso, neto pat. de outro Manuel Coutinho, também capitão-mor de Sever e de Isabel de Figueiredo de Lacerda, e mat. de Diogo de Andrade Cardoso e de Maria Froes da Rocha; Maria Rebela, avó de D. FRANCISCA BERNARDA, era sobrinha neta do P.e Domingos Rebelo, abade de Pessegueiro “que instituiu o vínculo dos Rebelos de que esta D. Maria foi herdeira”105. JACINTO DE QUADROS TEIXEIRA, apesar do seu casamento, sempre viveu em Arouca, na sua QUINTA DE SÃO PEDRO, salvo nos últimos anos em que reside na Corredoura, de Sever do Vouga, e também sua f.ª Antónia (talvez nascida por 1703) se disse natural de Sever do Vouga; encontra-se em Arouca, na sua dita Quinta, como se vê pela carta de familiar de 1688, ano em que andaria nos seus 47, e igualmente se vê pelas datas de baptismo de seus outros filhos (1692 a 1701); em 06.06.1679, estava entre os procuradores e nobres106 (com Manuel Teixeira Tavares e Francisco da Fonseca Tavares Furtado, na reabertura do processo de beatificação da rainha Santa Mafalda em 1679107; foi pad. de Angela em 1695, f.ª de Francisco Tavares de Távora e 104

IAN-TT, Familiares do Santo Ofício, Maço 1, Dil. 18; ver também RODRIGUES - A Santa Inquisição no Distrito de Aveiro, p. 154; e LIMA - Os Familiares do Santo Ofício no Distrito de Aveiro, p. 60; e ainda GAYO, "Costados IV", arv 97v.

105

GAYO, ibidem.

106

Precediam-no três gerações da melhor nobreza de Arouca: Primeiro, um Vieira-Teixeira casado com uma Henrique de Quadros; segundo, um enlace com uma Escobar de Barros; terceiro, de novo um Teixeira que era também dos “Tavares de Arouca”.

107

COSTA - História do Bispado e Cidade de Lamego, p. 614.

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de sua m.er D. Jerónima Caminha designado Hjacinto de quadros de Arouca108; e foi pad. do futuro Jacinto Teixeira da Porta (19.02.1703), f.º de José Vaz e de Maria Teixeira109; vivia na sua Quinta de São Pedro quando procurador de António Lobo de Sousa no matrimónio deste com D. Jacinta de Meneses, da QUINTA DE BOCO, a 25.07.1698110; era ainda vivo em 1710 (ver infra) e, em 1714 (13.12), morava na Corredoura (Sever do Vouga), quando sua f.ª Bernarda foi mad. de um neófito dessa vila, mas já falecido em 1722, ano do casamento de sua f.ª D. Antónia de Quadros, abaixo. Em 1724 consta Jacinto Bernardo de Quadros, da vila de Arouca – depois morador na vila do Eixo – na qualidade de pad. de Francisco, f.º do sargento-mor António Manuel de Vasconcelos Cirne, da QUINTA DE SELA111: que só pode ser seu filho, do mesmo nome. A JACINTO DE QUADROS TEIXEIRA se refere Sobrinho Simões112, quando diz que “era f.º de Manuel Teixeira Tavares da quinta de São Pedro, e de D. Antónia Teixeira de Quadros, da Quinta da Corredoura de Sever do Vouga”, o que aliás não é exacto, pois a quinta de São Pedro era de D. Antónia, como f.ª da Casa (a não confundir com sua neta D. Antónia de Quadros), e Manuel Teixeira era f.º da CASA DE EIRIZ, só depois dito da quinta de São Pedro, pelo seu casamento. Continua o mesmo autor: “Descendente de João de Cabanas [ou João Cabanas], criado honrado do Conde da Feira e de Isabel Tavares, m.er muito nobre...”, mas a informação que respeita a Isabel Soares Tavares e a João Cabanas – contada por Alão de Morais113 – foi abordada em CASA DA PORTA, Introdução aos Teixeira, de Arouca, não 108

URRÔ, livro 3 B. 1677-1700.

109

SANTA EULÁLIA, Arouca, livro 3 M. 1675-1705, 1774-1705, 1674-1705.

110

VILA, livro 17 C. 1676-1737.

111

URRÔ, livro 5 B. 1818-1750.

112

SIMÕES JÚNIOR - Arouca (Subsídios para a sua monografia).

113

ALÃO, tomo I, vol. II, "Tavares Pereiras do Porto", p. 569.

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sendo inteiramente líquido, até hoje, que Branca Tavares do lugar do Barilleiro, junto à igreja de Sandim da Feira (ao presente, Vila Nova de Gaia) – tronco dos “Tavares de Arouca” – tivesse sido filha de Isabel Soares Tavares: embora tal filiação seja possível e até provável114. O mesmo autor finaliza as notas biográficas de Quadros Teixeira com esta notícia saborosa: “Mandou fazer na parte central da sua Quinta de São Pedro um pombal, rectangular, aberto superiormente, com uma única porta de entrada, o que não foi levado a bem pelos frades procuradores do Mosteiro, que também tinham um na sua cerca, o que levou Quadros Teixeira a mandar gravar na padieira e nas ombreiras da porta de entrada:

AQUI MANDEI FAZER / ESTE MAL E FISIO OBRA Q / ALGUMAS PESSOAS ENVEJARA / MAS E UTIL E GOSIO DISO / JASINTO DE COADROS TXRA / 1710 A

pedras hoje recolhidas no claustro do Mosteiro”115. Ainda o mesmo autor, a p. 56, na rubrica “Casas Brasonadas” [de Arouca], inclui a Quinta de São Pedro com armas partidas de Teixeiras e Quadros; e assim é, embora livres ou toscamente representadas, devidas ao mesmo Jacinto116. Em relação às armas, note-se o costume de atribuir à ignorância do dono do brasão os “erros” que este patenteia ou, então, à inépcia do executante (no caso, o canteiro), mas nem sempre é assim tão simples: Uma coisa é a heráldica, outra a prática que resulta da vontade do armigerado. Para mais, quando não existiu qualquer carta (de brasão) que de guia servisse – elaborada 114

Ver CASA DA PORTA, introdução aos Teixeira, de Arouca.

115

Ver ABERTURA, estes apontamentos, 8. sete casas em 1710.

116

GONÇALVES - Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Aveiro, Zona Nordeste, pp. 71-72.

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por especialista ou pelo poder central – podemos vir a achar rebeldia, porque mais são emblemas pessoais que móveis de armaria. Caso limite disto, ou seja, de uma quase total liberdade, existiu precisamente em Arouca na pedra “de armas” da QUINTA DE ROMARIZ que o Dr. Simões leu erradamente por Ciaes, mas que representa Teles ou Silva no campo do escudo e timbre de Meneses. Os casos assim, nomeadamente este, não perdem interesse por isso: antes pelo contrário, numa perspectiva antropológica, se revestem de especial valia. Seria curioso atender ao brasão do Jacinto, onde por Teixeiras traz uma “cruz calvário”117 e, mais estranho, acompanhada de duas estrelas em chefe e ainda de uma estrela em ponta, e uma bordadura.

117

Idem, ibidem, p. 17; veja-se também, neste caderno, “Desenho da pedra-de-armas da QUINTA DE SÃO PEDRO”.

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Os caminhos para a Quinta de São Pedro, segundo amável informação de Alberto de Pinho Gonçalves, Arouca

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Este curioso Quadros Teixeira inicia uma verdadeira inflação de dois séculos de Jacintos em Arouca. – “Então que quer, Silvério? O Jacinto gosta da terra. E depois este é o solar da família e aqui começaram no séc. XIV os Jacintos”: Mas não foi assim – como foi entre os de Tormes, de Eça – não foi assim com os de Arouca! O primeiro do nome é um tio materno n. em 1607; segue-se o próprio Jacinto de Quadros Teixeira, n. em 1652, que vai ter dois filhos, de mulheres sucessivas, um Jacinto em 1695 (3º) e outro Jacinto em 1701 (5º); entretanto, um bisneto de seu tio Gonçalo Teixeira, da Porta, é o Jacinto, da Quinta de Valdasna (4º), nascido em 1698; segue-se o seu afilhado da CASA DA PORTA, o futuro Jacinto Teixeira (6º), 1703; este último vai ser padrinho e fará seu herdeiro o Dr. Jacinto Soares de Brito, da Porta (7º), 1744 (que era neto de um Jacinto, o Pereira do Amaral e Cunha da QUINTA DE MINHÃOS, nascido em 1679); o primogénito da Porta, o P.e Jacinto (8º), n. em 1771, teve vários sobrinhos do nome: O Jacinto Pereira Soares de Brito, da Casa Nova (9º); o Jacinto da Casa da Sousa (10º), 1806; o Jacinto, da Felgueira (11º), irmão do comendador da Casa da Lavandeira [Ver CASAS DE RONDE, QUINTA DE RONDE]; o Jacinto, de Minhãos (12º); e por fim mais um Jacinto (13º), irmão de Joaquim Soares de Brito, “o último morgado da Porta”. Enfim, se Arouca dos séc.s XV e XVII teve os seus Gonçalos, Arouca dos séc.s XVII e XVIII tem os seus Jacintos: Os nomes de baptismo seguem a moda, como a seguem as cabeleiras que os notáveis a si ajustam!

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Brasão de D. Manuel, bispo de Portalegre, na Casa da Aldeia ou Quinta da Corredoura, em Sever do Vouga, onde também viveu JACINTO DE QUADROS TEIXEIRA No 3º quartel vê-se uma cruz e uma palma, alusão à qualidade de familiar do Santo Ofício.

Reprodução de um óleo de D. Manuel 118

118

Do livro do cónego Anacleto Pires da Silva MARTINS - Sumária Notícia sobre os Bispos de Portalegre e de Castelo Branco (1997), por gentileza do reverendo senhor padre João Pires Coelho, arquivista daquela diocese.

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esquema VI os Jacintos de SÃO PEDRO e da PORTA

SÃO PEDRO Gonçalo Teixeira c.c Maria Tavares I::::::::::::::::::::::::::I I::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::I Jacinto Antónia c.c. Manuel Teix. Tav.s Gonçalo Teix.ra c. na PORTA 1607 I I Jacinto de Q.dos Teix.ra, 1652 Mª Tav.s Teix.ra, da Porta 1º X 2º X pad. de ___ c.c. Pero Soares Teles I I I I::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::I Jacinto, 1695 Jacinto, 1701 I An.to Teix.ra Teles Mª Tav.s I c. em Valdasna da Porta I I I:::::::::::::::::: I I Jacinto, 1698 Jacinto M.el José _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ da Porta c. em Minhãos o Dr. Jacinto Soares de Brito, 1744 I I o P.e Jacinto Soares de Brito, 1771 e seus sobrinhos Jacinto Pereira Soares de Brito, da Casa Nova Jacinto, da Casa da Sousa Jacinto, da Felgueira Jacinto, de Minhãos Jacinto, da Porta (f.º do Alferes Narciso José)

De JACINTO DE QUADROS TEIXEIRA constam 8 filhos havidos em três mulheres. Fora do matrimónio, segundo ainda as citadas diligências para familiar, teve de Eufémia da Costa, solteira, f.ª nat. do P.e Manuel de Miranda, nat. do Burgo e de Catarina Manhosa119: 5. Maria; nasceu antes de 1688 pois é mencionada na carta de familiar do Santo Ofício. Da primeira m.er, D. CATARINA DE QUEIRÓS PINTO DE CARVALHO, houve, nascidos na Quinta de São Pedro: 5. Antónia, b. a 16.09.1692 pelo P.e João Teixeira [irmão de seu avô Manuel Teixeira Tavares], af.ª de 119

SIMÕES JÚNIOR - Cópia dos Assentos de todos os Irmãos, e instituidores da Santa Casa..., onde esta Catarina Manhosa e sua filha Eufénia, solteira, entraram para irmãs da Santa Casa da Misericórdia de Arouca, em 28.07.1697.

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Manoel Teixeira Tavares avô da b. e morador na mesma quinta e de Dona Mezia de Berredo veuva mor. na Quinta de Eiris [D. Mécia era viúva de António Tavares Teixeira, outro tio-avô, da CASA DE EIRIZ]120; 5. Maria, b. a 5.07.1694, af.ª de Tomé da foncequa de escobar[?] e de hua religiosa deste convento; 5. Jacinto, b. a 11.06.1695, órfão de sua mãe, falecida de parto, foi af.º do Padre frei Manoel [talvez, Manuel de São Bernardo, frade loio, irmão mais velho de Diogo Leite Cabral, da CASA DE EIRIZ] e de Donna Maria de Berredo, religiosa neste convento [também de EIRIZ]. De sua segunda m.er, D. FRANCISCA BERNARDA COUTINHO CARDOSA, teve: 5. Jacinto121, nascido em Sam pedro de Arouca e b. aos 25.06.1701 pelo Reverendo P.e confessor frei Gaspar pessoa, foi af.º do Cap. mor Diogo Malafaya Mascarenhas [da CASA GRANDE] e de dona Clara de Vasconcelos religiosa neste convento; depois chamado por “Jacinto Bernardo de Quadros Teixeira de Escobar122, que foi senhor da quinta da Corredoura, e justificou, em Sever, em 1723 [aos 21 ou 22 de idade], parente as autoridades competentes, a

120

VILA, livro 4 B. 1685-1703; Idem, ibidem, para seus irmãos: a seguir.

121

Existe no arquivo particular da Casa da Lavandeira uma declaração de Jacinto Bernardo de Quadros Teixeira, morador na Villa de Eyxo e f.º de D. Francisca Bernarda Coutinho Cardozo. É ascendente do Sebastião Maria. Annaes do Município de Oliveira de Azeméis, Lello, p. 194, onde se diz que casara em 1734 em Póvoa de Recardães e dele foi f.º, entre outros, Bernardo Jacinto de Quadros Corte Real e neto Filipe de Quadros e bisneto Sebastião Maria de Quadros Corte Real "que por varonia representava a família Teixeira de Quadros de Arouca"; este foi pai de Eduardo e de Bernardino de Albuquerque de Quadros Corte Real, senhores da Casa da Bemposta (Pinheiro da Bemposta) e herdeiros da Casa do Alméu (Macinhata da Seixa) por disposição testamentária de sua prima e última senhora da Casa, em 1889. Ver igualmente SILVA - Nobres Casas de Portugal, p. 47 e FERNANDES; BASTOS Macinhata da Seixa..., p. 287. Ainda, Portugal, Diccionário, -Bemposta, onde vem que estes Eduardo e Bernardino eram terceiros netos - por sua mãe D. Maria Carolina - de Marcelino Raimundo Tavares da Silva Araújo e Albuquerque, da nota 128. Revista do Arquivo Distrital de Aveiro..., vol. VIII (1994), p. 116; idem, vol. XX (1944), p. 97 [foto]; GONÇALVES, A. Nogueira, ob. cit., est. CCXX [foto, Casa de Sequeiros]; idem, p. 151 [brasão Marcelino Raimundo...]; idem, p. 139 [Casa da Fonte, Couto de Esteves]. Ainda, BISMARCK-FERREIRA, Delfim - Pedras de Armas no Concelho de Albergaria-aVelha. Mais recentemente, GONÇALVES - Memorial de Família...

122

“Escobar”, de seu 3.º avô. Jácome de Barros [de Escobar].

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sua nobreza”123; foi pad. na vila de Arouca de um dos filhos da QUINTA DE SELA e foi pai de, entre outros, o Dr. Caetano de Quadros Corte Real (pad. de Caetano, 1788, f.º do Dr. Caetano, de SÃO PEDRO);

Brasão de Marcelino Raimundo trazido da Casa de Sequeiros, Silva Escura, para a Casa da Bemposta, Pinheiro da Bemposta; o mesmo brasão foi colocado por um bisneto seu na “Casa do Outeiro ou da 124

Rua de Cima”, Albergaria-a-Velha . A permanência em a vila de Eixo, de Jacinto Bernardo, se terá devido a seu cunhado Pedro Tavares Pacheco casado, este, com uma senhora nat. de vila de Eixo que era, à fortiori, prima direita de sua mãe D. Francisca Bernarda. Em esquema muito simplificado:

esquema VII

123

Portugal, Diccionário, entrada "Quadros ...", cit.

124

Foto, por cortesia de meu Amigo Delfim Bismarck.

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Pedro Tavares Manuel Coutinho de Lacerda 4.º senhor de Mira I I I Manuel Tavares Bernardo Coutinho Cardoso FCR 1630 capitão-mor de Sever I ____________________ I I I Manuel Tavares Pacheco M.el Cout.º Cardoso Bernardo Cout.º Cardoso _____________ I I I I I I D. Inocência P.º Tav.s Pacheco c.c. D. M.ª Pinto Cout.º D. Fr.ca Bernarda Margarida Cardoso Coutinho Cardoso Violante de nat. de Eixo c.c. Tav.s Pacheco Pinto Corte Real Jacinto de Quadros Teixeira I I D. Inocência Margarida cc Jacinto Bernardo Violante de Tav.s Pacheco Pinto Corte Real Destes provém larga descendência, nela incluída o mencionado Sebastião Maria de Quadros Corte Real, da nota anterior, "que por varonia representava a família Teixeira de Quadros de Arouca", como provém o linhagista D. Fernando de Tavares e Távora.

5. D. ANTÓNIA LUÍSA DE QUADROS, do nome de sua avó, nascida em Sever, filha esta de D. Francisca Coutinha, como se vê nos assentos de B. de seus filhos. Segue; 5. Bernarda, b. 27.02.1707, tendo por pad. [seu avô] o Licenciado Bernardo Coutinho Cardoso desta villa por procuração de dona Josepha de Mello [da QUINTA DE BOCO] religiosa no convento de Arouca125; parece coincidir com D. Bernarda Coutinho, mad. em 13.12.1714, chamada por Bernarda fª de Hyacintho Coadros Teix.ra da Corredoura; mad., de outra feita, de seu sobrinho José, aos 27.09.1725, mencionada como Donna Bernarda Coutinho fª de Donna Francisca da mesma villa [de Sever]126; professou no Mosteiro sob o nome de D. Bernarda de Quadros, a 25.08.1729127, vindo a falecer em 21.09.1784128.

5. D. ANTÓNIA DE QUADROS (ou D. Antónia Luísa, como consta do assento de seu C. e no assento de B. 125

SEVER DO VOUGA, livro 2 1671-1738.

126

SEVER DO VOUGA, livro 28 M. 1671-1738.

127

Livro das Relligiozas..., fl. 4v.

128

Livro dos Obitos..., fl. 4v.

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de sua neta Maria, 1786, adiante), mor. na vila de Sever do Vouga (segundo o assento de seu C.), casou, aos 16.02.1722129, com o bacharel formado pela faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra, FRANCISCO TAVARES DA SILVA, nat. do lugar de Couto de Baixo de Santo Estevão de Couto de Esteves, familiar do Santo Ofício desde 08.07.1721130 e irmão131 do Dr. Manuel Tavares Coutinho da Silva, opositor às cadeiras da faculdade de Cânones da Universidade de Coimbra, também familiar do Santo Ofício por carta de 30.03.1707132 – ambos filhos de João Tavares Coutinho, lavrador, nat. de Couto de Esteves, f.º de outro, lavrador e mercador de panos de linho, e de Maria da Silva, nat. de Presas (ou das Prezas), Silva Escura133 – e de Maria Rodrigues da Silva, nat. de Gemieira, freg. de Santo André de Macinhata da Seixa, Oliveira de Azeméis, mor.s em Couto de Esteves, f.ª de Francisco Rodrigues da Silva, lavrador honrado, nat. de São Martinho de Salreu, Estarreja, e de Maria Fernandes, nat. de Gemieira, e aí moradores – ele fal. a 12.03.1664 e ela fal. a 09.06.1687, tendo sido f.ª de Vicente Fernandes e de sua m.er e prima Ana Fernandes, f.ª esta de Tristão Gil e de Catarina Fernandes e neta pat. de Sebastião Gil (f.º de Gil Lourenço), e mat. de João Álvares e de Ana Fernandes134. O Dr. Manuel, irmão de FRANCISCO TAVARES DA SILVA, “foi provido e colado na [Sé] de Lamego [...]. Em Coimbra entrou para colegial de 129

SEVER DO VOUGA, livro 28, cit.

130

LIMA, ob. cit., vol. XXX (1964), p. 276.

131

Um outro irmão foi o P.e Domingos Tavares da Silva, pad. de seu sobrinho Caetano, infra.

132

LIMA, ob. cit., vol. XLI (1978), p. 44.

133

MACHADO - Brasões Inéditos, nº 38; idem, Brasões Inéditos (Suplemento), nº 87; Portugal, Diccionário, “Bemposta”; LIMA, ob. cit, vol. XXXIV (1968), p. 222; FERNANDES; BASTOS Macinhata da Seixa..., p. 286; GONÇALVES - Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Aveiro, Zona Nordeste., p. 151 e EST. CCXX]; Revista Armas e Troféus (1989-1990), p. 123-127. Esta Maria da Silva teria sido irmã de Francisco Tavares [da Silva], também nat. de Presas, bisavô do armigerado Marcelino Raimundo Tavares da Silva Araújo e Albuquerque, f.º do capitão João Tavares da Silva, de Sequeiros, Silva Escura, cuja pedra de armas remata o portão da Casa de Sequeiros; Carta de 20.10.1779. Marcelino Raimundo foi trisavô de Eduardo e de Bernardino, como colocados na nota 117.

134

FERNANDES; BASTOS, ob. cit., p. 253 e pp. 239-241 para esta ascendência e mais informes.

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São Paulo, a 21 de Junho de 1714, tendo também exercido os cargos de reitor da universidade, e de lente de clementinas, sexta e véspera. Requereu as diligências de genere, na forma do breve apostólico que apresentou, para poder tomar posse da conezia doutoral, mas obteve declaração de «escuso» de justificação de limpeza de sangue, uma vez já havia sido habilitado pelo Santo Ofício quando entrou para deputado do Tribunal da Inquisição de Coimbra. A 23 de Abril de 1717, o deão assinou a ordem de o admitir à tomada de posse, o que veio a concretizarse no dia 4 de Dezembro [...]”135. O DR. FRANCISCO, nat. e mor. no lugar de Couto de Baixo136 – da freg. de Santo Estevão da vila de Couto de Esteves, segundo o registo do seu C. – é tratado de Capitão nos assentos de B. de alguns de seus filhos137 e por Licenciado nos registos de outros filhos138.

135

COSTA - História do Bispado e Cidade de Lamego, vol. V (1986), pp. 224-225; ver igualmente, AZEVEDO, D. Joaquim - Historia Eclesiastica da Cidade e Bispado de Lamego, p. 268.

136

A primeira notícia nos paroquiais é de 21.09.1724, relativa a Rita preta criada do cap. Francisco Tavares da Silva de Couto de Baixo.

137

José, 1725; Maria, 1727; Teresa, 1734; e Roque, 1739.

138

António, 1728; Rosa, 1732; Cecília, 1736, Caetano, 1737; e Clara, 1748.

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A “Casa da Fonte” de D. ANTÓNIA, em Couto de Baixo (como a apresentavam para venda em Novembro de 1996). A remodelação e o brasão são posteriores aos Tavares da Silva. Recentemente, foi de novo remodelada.

D. ANTÓNIA e seu marido tiveram, segundo PinhoLeal, dois filhos e cinco filhas, estas, todas religiosas, quatro em Arouca e uma em Coimbra139. Os filhos, porém, foram mais de dois..., e um dos que falta reveste-se de particular interesse para aqui, porque volta à Casa de São Pedro, em Arouca. Os filhos nados em Couto de Esteves140, onde seus pais moraram, foram 10, além de Francisco, abaixo, que não encontrei na fonte de baptismo: Manuel, "nascido em Fevereiro de 1724"

141

,

142

José. b. 29.09.1725 , Maria. b. 04.09.1727 ou Maria de Quadros, abaixo, António, b. 06.12.1728, Leão, "Março de 1730", Rosa, b. 10.03.1732 ou dona Rosa Violante, baixo, Teresa, b. 10.03.1734, 139

PINHO-LEAL, entrada "Couto d´ Esteves", vol. II (1874), p. 423.

140

COUTO DE ESTEVES, B. C. 1705-1781, 1705-1724.

141

Segundo a monografia mencionada em caixa, p. 198; idem, para seu irmão Leão, 1730. Ver, igualmente, MARTINS -Sumária Notícia..., p. 52, onde vem n. em 1 de Fevereiro daquele ano.

142

Baptizado sob condição por ter sido já b. em casa por donna Francisca [sua avó]; af.º de Bernardo Coutinho Cardoso e de [sua tia] D. Bernarda Coutinho.

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Cecília, b. 18.02.1736 ou D. Cecília de Quadros, abaixo, Caetano, b. 07.06.1737 ou o Dr. Caetano, abaixo, Roque, b. 23.12.1739, Clara, b. 13.08.1742.

Os dois filhos mais velhos: 6. Francisco Tavares da Silva Coutinho, nat. do Couto de Esteves de Baixo, foi familiar do Santo Ofício por carta de 03.06.1748143 e professo da Ordem de Cristo, cf. adiante, no B. de Luís, 1802. C.g. Conhecem-se duas “Cartas” para o serviço do Santo Ofício passadas a dois filhos de D. Antónia de Quadros e seu marido Francisco Tavares da Silva: A de Francisco Tavares da Silva Coutinho e a do Dr. Manuel Tavares Coutinho da Silva. Numa recente monografia de Sever do Vouga – Sever do Vouga, Uma Viagem no Tempo

144

– encontra-se menção a dez filhos de

D. Antónia, incluindo o Manuel que se faz nascido em Fevereiro de 1724, seguidos de outros, entre 1725 e 1742, mas o mencionado trabalho omite o FRANCISCO (Apenas diz: "outro [dos filhos] foi lente de prima na Universidade de Coimbra e deu continuidade ao morgado pela herança do vínculo” [p. 198]. A sequência dos irmãos – que se pode confirmar pelos livros de Sever do Vouga – mostra-os espaçados se 1 a 2 anos, cabendo perfeitamente (ou melhor: precedendo a sequência) o futuro “familiar” de 1748: provavelmente, o primogénito e nascido ainda em 1722, ano do matrimónio de seus pais que se verificara no mês de Fevereiro deste ano.

“O último morgado de Couto d´Esteves, foi o senhor Antonio Cardoso de Barros Loureiro Sequeira e Quadros, que morreu solteiro e sem filhos, em 14 de março de 1864. Era um cavalheiro honradissimo e muito illustrado. Está embalsamado na sua capella de São Gerardo, contigua á egreja matriz. Tinha nascido em 1811. Segundo o seu testamento, deve ser removido para um carneiro (que a familia anda a construir) no cemiterio publico da freguezia. No mesmo testamento, impoz á sua herdeira a obrigação de

143

LIMA - Os Familiares do Santo Ofício no Distrito de Aveiro, vol. XXX (1964), p. 276. Ainda vivia no verão de 1808, tendo sido pad. por procuração de seu sobrinho Luís, f.º de seu irmão Caetano Tavares da Silva e Quadros, adiante.

144

RAMOS - Sever do Vouga, uma viagem no tempo.

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vestir annualmente cinco pobres da freguezia. Deixou por sua herdeira universal, sua irman a senhora D. Maria Benedicta Sequeira de Quadros, casada com o senhor dr. Alexandre Soares Gomes Feijão. Ainda não ha filhos d’este matrimonio, pelo que é provavel a extincção d’esta antiga e 145

nobilissima familia”

. António de Sequeira e Quadros, “o morgado da

Fonte”, fora “f.º do Bacharel José de Sequeira Seixas Cardoso e Loureiro e de D. Maria Tavares da Silva e Quadros Coutinho”

146

.

6. O Dr. Manuel Tavares Coutinho da Silva, nat. também de Santo Estevão de Couto de Esteves, foi colegial no real colégio dos militares da Universidade de Coimbra e lente da primeira cadeira sintática da faculdade de Cânones da mesma universidade; provisão de deputado extra-numerário da Inquisição de Coimbra de 26 de Fevereiro de 1773147; “Cónego Doutural”148, bispo de Portalegre, designado D. frei Manuel Tavares Coutinho e Silva149, nomeado pela rainha D. Maria I em 01.05.1788 e sagrado bispo em 13.09.1789; tinha sido lente da faculdade de Cânones na Universidade de Coimbra, freire conventual, da Ordem de São Tiago de Espada, reitor do Colégio dos Militares, e cónego da Sé da Guarda: “Foi um prelado generoso: deu à sua Sé, ricos paramentos e banquetas de prata; concluiu o claustro, principiado pelo seu predecessor D. Álvaro Pires de Castro; fez a casa do cabido; ampliou o paço episcopal, e o seminário; edificou casa própria, para o cartório da camara eclesiástica, e fez ainda outras obras importantes. Faleceu a 7 de Abril de 1798”150. Jaz na Sé de Portalegre, na Capela de Santiago, do 145

PINHO-LEAL, entrada cit.

146

CASTRO - O Último Morgado de Couto de Esteves..., p. 121. GONÇALVES, A. Nogueira, ob. cit., p. 139, onde pode ver-se que a Casa da Fonte, em Couto de Esteves de Baixo, é brasonada de Sequeiras, Loureiros, Cardosos e Barros. AUC, MSMA, Comenda de Rossas, livro 1-A de Foros, consta na segunda metade do século dezanove um capitão Manuel Tavares da Silva e sua m.er do lugar de Passo (Sever do Vouga).

147

LIMA, ob, cit., «Revista Arquivo do Distrito de Aveiro», vol. XLI (1975), pp. 43-44.

148

MARTINS - Sumária Notícia, p. 51.

149

PINHO-LEAL, entrada “Portalegre”, vol. VII (1876), p. 234.

150

Idem, ibidem, pp. 213-214.

56 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Claustro, obra iniciada pelo seu antecessor e por si concluída151; entre as joias conta-se uma “píxide de prata dourada, tendo na base as armas do Bispo D. Manuel Tavares Coutinho” bem como uma “custódia de prata dourada com pedras em redor do hostiário [que] no inteior da base tem gravadas as armas prelatícias do bispo D. Manuel Tavares Coutinho e a legenda: Emanuel Episcupus Portalegrensis”152. A mencionada câmara eclesiástica, frente ao Paço, está “identificada com as Suas Armas”153. Dos restantes, 3 filhas e 1 filho de D. ANTÓNIA DE QUADROS e seu marido, FRANCISCO TAVARES DA SILVA, deixaram notícia em Arouca: 6. Dona Maria de Quadros, com os pais mor.s em Couto de Esteves, tomou a mantilha no Mosteiro de Arouca aos 14.03.1740 e professou aos 22.09.1743154; faleceu, perto dos 75 de idade, sob o nome de dona Maria Rosa de Quadros em 08.08.1784155; 6. Dona Rosa Violante de Viterbo, noviça a 22.08.1747 e professa a 10.09.1748156 ou ainda dona Rosa de Viterbo e Quadros nat. de Couto de Esteves, que faleceu com 58 anos a 19.05.1790157 e foi sepultada na 3.ª sepultura do Claustro158; 6. Dona Cecília de Quadros, noviça e depois professa, respectivamente a 18 de Dezembro de 1755 e 19 de Dezembro do ano seguinte159; faleceu aos 30 151

KEIL, Luís - Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Portalegre, p. 127.

152

Idem, ibidem , p. 125 e EST. CLVIII, “píxide do bispo D. Manuel Tavares (+ 1798)”.

153

MARTINS - Sumária Notícia, p. 52.

154

Livro das Relligiozas..., cit., fl. 9v.

155

Livro dos Obitos..., cit., fl. 16; aliás, anotam-se dois falecimentos muito próximos: o desta e o de [sua tia] D. Bernarda de Quadros, 21.09.1784.

156

Livro das Relligiozas..., cit., fl. 13.

157

Livro dos Obitos..., cit., fl. 18.

158

Livro das Sepulturas..., cit., fl.2v.

159

Livro das Relligiozas..., cit., fl. 16v,

57 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

anos, em 1.06.1766160, religiosa no Mosteiro sob o nome de dona Sezilia Massima de Coadros; 6. o Dr. CAETANO TAVARES DA SILVA E QUADROS, que segue: esquema VIII JACINTO DE QUADROS TEIXEIRA 1652 1.º X 1691 Catarina Queiroz Pinto +1695 _____________ Bastarda, I I I Maria, An.ta Maria Jacinta Bernarda Coutinho a. 1688 1692 1694 1695 Quadros,

2.º X 1699 D. Francisca Bernarda Coutinho Cardoso nat. de Sever do Vouga __________________________________________ I I I Jacinto Bernardo D. Antónia de Quadros D. de Q. Teixeira

nat. de Sever

ou

1701

c. 1722 na Casa da Fonte, religiosa,

de

1729 Quinta da Corredoura Couto de Esteves, no esquema IX c. Fr.co Tav.s da Silva (atrás, n.º 5)

+ 1784

_________________________________________________________________________________________________ I I I I I I I I I I I I Fr.co M.el José D. Maria An.to Leão D. Rosa D. Teresa D. Cecília Dr. Caetano Roque D. Clara Tav.s Tav.s 1725 1727 1728 1730 1732 1734 1736 Tav.s da Silva 1739 1742 da Silva Cout.º relig. 1743 relig. 1748 relig. relig. 1756 1737 relig. Cout.º da Silva (que segue) FSO 1724, + 1798

esquema IX D. Antónia de Quadros (acima)

Jacinto Bernardo de Quadros Teixeira de Escobar n. 1701; senhor da Casa da Corredoura, justificação de nobreza, 1723, c. 1734 na Póvoa de Recardães c. D. Inocência Margarida, do esquema VII _________________________________________ I I I Bach. Caetano José José Bernardo Bernardo Jacinto de Quadros Corte Real de Tav.s de Quadros de Q. Corte Real senhor da Casa de Queiroz, Salreu cav. fid. C.R. ____________________________________________________ senhor Quinta de Fontechã I I I I I José Caetano José Filipe José D. Raquel Pedro Tav.s de Q. de Tav.s de Q. de Quadros Maria de Q. pai de Corte Real Corte Real Corte Real D. Inocência I I esq. VII I ___________________________ Sebastião Maria José Joaquim Manuel de Quadros Barbosa Barbosa Barbosa Corte Real de Q. de Q. de Q. sr. Casa do Almeu c.c.g c.c.g. c.c.g. casado na Casa da Bemposta __________________________ I I Eduardo Bernardino senhor da Casa da Bemposta senhorr da Casa do Almeu

Retificado por Memorial de Família…, do meu Amigo Mário Pedro Gonçalves

160

Livro dos Obitos..., cit., fl, 13v.

58 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

6. O Dr. CAETANO TAVARES DA SILVA E QUADROS nasceu em Couto de Esteves e foi b. aos 07.06.1737 e af.º do Reverendo Doutor Caetano de Mello Falcam Conego Prebendado da Cathedral da Sé de Vizeu e do Reverendo Padre Domingos Tavares da Silva tio do baptizado que fes as vezes de Madrinha. Ainda estudante, foi pad. por procuração de Caetana de Friães, 1760, sobrinha do P.e João dos Santos Reis, da QUINTA DE VALDASNA, onde se assina Caetano Tavares da Silva e Quadros Cardoso nat. da vila de Couto de Esteves e asistente em a Universidade de Coimbra. Estava, pois, em Coimbra nesta data e pode perguntar-se por que foi chamado pela QUINTA DE VALDASNA: É possível que em Coimbra tivesse sido colega de universidade do P.e José dos Santos Teixeira Teles, da mesma QUINTA, que se sabe ausente, também, em 1762, mas já licenciado em 1766. Foi este CAETANO TAVARES, o que tentou surripiar a quinta à viúva de José Teles, de Boco161. Voltou a residir na QUINTA DE SÃO PEDRO, de Arouca, onde estava morador em 1785, ano do seu casamento e 48 de idade, aos 21 de Novembro, com D. ANTÓNIA DE VASCONCELOS CIRNE PORTUGAL [CAMINHA], do lugar de Sela162, f.ª de António Manuel de Vasconcelos Cirne, capitão-mor163, da QUINTA DE SELA e de sua 2ª m.er D. Maria de Santa Teresa e Vasconcelos164. O Dr. CAETANO TAVARES DA SILVA E QUADROS da QUINTA DE SÃO PEDRO, morreu em 15.04.1804, sendo sepultado no dia 17 dentro da igreja com oficio de 34 padres165. Do seu casamento, nasceram em Arouca166: 161

Ver QUINTA DE BOCO.

162

VILA, livro 19 C. 1778-1834, fl. 28v.

163

Nesta qualidade, nos assentos de B. de seus netos, Maria e Pedro.

164

VILA, livro 24 O. 1780-1802. D. Maria de Santa Teresa virá a falecer, na Quinta de São Pedro, casa de seu genro, a 9.10.1787; ver, igualmente, QUINTA DE TERÇOSO, CASAS DE SELA, QUINTA DE SELA.

165

VILA, livro 25 O. 1802-1831.

166

VILA, livro 11 B. 1782-1792.

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AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

7. Maria, b. aos 17.07.1786, sendo padrinhos o licenciado João da Costa de Carvalho [o notário do malogrado testamento de José Teles da QUINTA DE BOCO] e o Doutor Miguel Theotonio da Rocha de Roças167, e testemunhas, Manoel José Ferreira Sirurgião e Manoel Antonio, ambos mor.s na vila; parece coincidir com D. Maria Tavares da Silva e Quadros Coutinho, atrás, mãe do “último morgado de Couto d´Esteves”; 7. Antónia, b. aos 13.10.1787, af.ª de Martinho Afonso de Miranda Malafaia, de Ponteva [Pontével], termo de Santarém168, e tocada, com procuração deste, pelo Doutor João da Costa de Carvalho [acima referido]; e af.ª de Donna Caetana da Cunha Munis de Mello abadessa deste Real Most.o, com procuração ao Reverendo Frei Bernardo da Cunha, confessor do mesmo; testemunhas, Joaquim Teixeira e Manuel José Ferreira sergiam; 7. Caetano, b. aos 22.10.1788, af.º do Dr. desembargador, Caetano da Rocha e Melo, nat. da freg. de Roças169, e do Dr. Caetano de Quadros Corte Real, morador em Fonte Chãs170, tendo servido de testemunhas José Teixeira da Silva e Manuel José Ferreira; faleceu na QUINTA DE SÃO PEDRO em 24.12.1822171; 7. José foi b. aos 30.01.1790, af.º de Fr. José de São Caetano172 e na presença de José Teixeira da Silva e 161

BRANDÃO; LOUREIRO - Arouca. Notas Monográficas..., p. 14, onde vem que o P.e Miguel Teotónio da Rocha era f.º de António da Rocha e Silva e de sua m.er Eufémia de Pinho, da Casa do Outeiro, de Roças.

168

Ver CASA GRANDE DOS MALAFAIAS.

169

ADA, Notariais de Arouca, nº ordem 336-61 e 338-59. Era irmão do P.e Dr. Miguel Teotónio e casado com D. Rita Leonor de Figueiredo Mascarenhas, mor.s em Amarante.

170

Este Dr. Caetano era primo direito de seu pai, porque f.º de Jacinto Bernardo de Quadros, no esquema IX, e sobrinho de D. Antónia de Quadros, no esquema VIII. Morou na Casa de Fontechã, Pinheiro da Bemposta.

171

VILA, livro 25, cit.

172

Terá sido seu tio José, 1725, irmão de seu pai, o Dr. Caetano.

60 Reformulação de Julho de 2016

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Joaquim Teixeira da Silva, da vila de Arouca173; coincide, assim parece, com José Tavares da Silva Quadros, mor. em São Pedro e irmão da Santa Casa em 1820; a este passou um prazo da rua dos Currais que era de seu pai o Dr. Caetano174; 7. João António que nasceu a 15.01.1792 e foi b. na capela de São Pedro, aos 30 dias do mesmo mês e ano, af.º do bispo de Lamego D. João António Binet Píncio, com procuração passada ao reverendo João da Costa de Carvalho, e de Brás José de Miranda [Pinto, Tab. de Arouca] do lugar de São Pedro [CASA DE SÃO PEDRO], acto testemunhado pelo Dr. Luís de Azevedo Saldanha175 e por José Teixeira, da vila;

173

Um deles, já acima mencionado. Ver CASAS DE RONDE, QUINTA DE RONDE, Parágrafo Primeiro, para estes. Seriam irmãos, o primeiro, José Teixeira da Silva, n. 1747, e o segundo, o ouvidor Joaquim Teixeira da Silva, n. 1746, ambos irmãos de Umbelina Teixeira casada com José Teixeira de Andrade, da Casa da Lavandeira.

174

Ver BRITO, F. Abrunhosa de - A Casa do Aro, em Arouca. O prazo da rua dos Currais viera a José Teles de Meneses, 3.ª vida, ainda solteiro, tendo sido de seus pais, Jerónimo e Maria Eufrásia Pereira de Vasconcelos.

175

Ver CASAS DE RONDE, CASA DE ANTE-RONDE [geração 5], onde vem por genro de Mateus Guedes, de Ante-Ronde.

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AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

7. Pedro, que nasceu a 16.07.1795 e foi b. a 27, af.º de [seu avô] António Mendes de Vasconcelos Cirne, nat. da Freg. de São João de Pendurada Bispado do Porto176, e teve por mad. a coroa de Nosa Srª das Dores e em ella tucou o P.e Joze Ribeiro de Aguiar a sintente na Caza e q.ta de São Pedro177; ainda em 1834, na nomeação da “Comissão Municipal” para Arouca, era escrivão do público o Dr. Pedro de Quadros Tavares Coutinho178.

176

Ver QUINTA DE TERÇOSO, CASAS DE SELA, QUINTA DE SELA. Aliás, casado em Alpendurada; enviuvara e voltara a casar em 1753, com uma senhora de Santo Ildefonso, do Porto, também já falecida.

177

VILA, livro 12 B. 1792-1803.

178

SIMÕES JÚNIOR - As Lutas Liberais em Arouca, p. 258.

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AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

7. Matilde, que nasceu a 21.09.1796 e foi b. a 3 do mês seguinte tendo por pad. o Cónego Rodrigo Mendes de Vasconcelos da cid. do Porto; 7. Francisco Tavares da Silva Quadros Cirne Coutinho, nascido em 6 e b. em 21 de Dezembro de 1797, af.º do Dr. Francisco António Pinheiro Delegado da Relação do Porto179; casou, com os pais falecidos na QUINTA DE SÃO PEDRO, aos 26.01.1825, com D. Francisca Firmina Pereira de Melo, f.ª de Joaquim António Pereira de Vasconcelos, também já desaparecido nesta data, e de sua m.er D. Margarida Maria Pereira de Melo, da Casa do Olival, freg. Ares, concelho de Benviver180; 7. Manuel, que nasceu em 06.08.1799 e foi b. a 19, af.º do Dr. Caetano José de Quadros e sua m.er D. Joana, nat. de Fontechã, Aveiro; em 12.09.1819 consta o falecimento do bacharel Manuel Tavares de Quadros, da QUINTA DE SÃO PEDRO, imediatamente sepultado por legitima causa e ser a doença contagiosa181; 7. Luís, também nascido na QUINTA DE SÃO PEDRO, em 19.08.1802, af.º de B. de Francisco Tavares da Silva Coutinho Professo da Ordem de X.to da vila de Ois da Ribeira tio do baptizado com procuração a Luís de Azevedo Saldanha. Fora do matrimónio, tivera: 7. Caetano, legitimado, falecido ainda em vida de seu pai, aos 29.08.1790182. 179

VILA, livro 12, cit. No que concerne aos avós de Francisco, o pároco António Joaquim de Vasconcelos Nobre atribuiu o apelido Quadros a Francisco Tavares da Silva, marido de sua avó D. Antónia de Quadros. Não era Quadros, mas dos Coutinhos de Couto de Esteves, onde também casara o pai de D. Antónia, Jacinto de Quadros Teixeira.

180

VILA, livro 19 C. 1778-1834.

181

VILA, livro 25, cit.

182

VILA, livro 24, cit.

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AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

Panorâmica de um trecho da Quinta de São Pedro com a casa remodelada

A QUINTA DE SÃO PEDRO FOI VENDIDA POR DUAS VEZES. PASSOU POR COMPRA A ANTÓNIO BRANDÃO (NATURAL, SEGUNDO CONSTA, DE SÃO MIGUEL DO MATO) E, ANTES DESTE, FORA POSSUÍDA POR UM DOS LIMAS DA EMPRESA DE CAMIONAGEM. FALECIDO ANTÓNIO BRANDÃO, SEM FILHOS, A QUINTA PASSOU AOS SOBRINHOS, EXCEPTO CASA E ANEXOS QUE VIERAM À DRA. D. JOAQUINA QUINTAS, (SOBRINHANETA DO MENCIONADO ANTÓNIO BRANDÃO) E A SEU MARIDO, O DR. VITOR ALEGRIA TEIXEIRA DE SOUSA (DA FAMÍLIA ALEGRIA, DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS, TAMBÉM RADICADA EM AROUCA), PROPRIETÁRIO DA CONHECIDA FARMÁCIA DE CHÃO D´AVE.

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AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA -

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IV - QUINTA DE SÃO PEDRO

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