Trabalho de Campo - 36: Arouca Os Barbosa e Beça

May 30, 2017 | Autor: Fernando Brito | Categoria: Genealogia
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SepulturA Do LicenciaDo Gonçalo DE BECA

Compreendida esta espécie de fidelidade, o artista pintou um peixe amarelo. (Herberto Helder)

TEORIA DAS CORES

Era uma vez um pintor que tinha um aquário com um peixe vermelho. Vivia o peixe tranquilamente acompanhado pela cor vermelha até que principiou a tornar-se negro a partir de dentro, um nó preto atrás da cor encarnada. O nó desenvolvia-se alastrando e tomando conta de todo o peixe. Por fora do aquário o pintor assistia surpreendido à chegada do novo peixe. O problema do artista era que, obrigado a interromper o quadro onde estava a chegar o vermelho do peixe, não sabia o que fazer da cor preta que ele agora lhe ensinava. Os elementos do problema constituíam-se na observação dos factos e punha-se por esta ordem: peixe, vermelho, pintor - sendo o vermelho o nexo entre o peixe e o quadro, através do pintor. O preto formava a insídia do real e abria um abismo na primitiva fidelidade do pintor. Ao meditar sobre as razões da mudança exactamente quando assentava na sua fidelidade, o pintor supôs que o peixe, efectuando um número de mágica, mostrava que existia apenas uma lei abrangendo tanto o mundo das coisas como da imaginação. Era a lei da metamorfose. Compreendida esta espécie de fidelidade, o artista pintou um peixe amarelo.

HERBERTO HELDER, transcrito em Passagens. Poesia, Artes Plásticas. Antologia. Selecção a apresentação por Joana Matos Frias, Assírio & Alvim, 2016, p.235.

setembro 2016

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Compreendida esta espécie de fidelidade, o artista pintou um peixe amarelo. (Herberto Helder)

"As Doze Portas de Gerações de Arouca", pub. 2006 e 2008, faz múltiplas menções aos Barbosa e aos Beça, que agora se vê serem Barbosa e Beça. Nas páginas finais, ficou notícia do achado da lápide tumular do licenciado Gonçalo de Beça.

foto de Alberto Gonçalves, da Associação de Defesa do Património Arouquense

Na torre da igreja da Misericórdia, na face interior da pedra que serve de pano sob o nicho do sino, está escrito... - Pasme-se! Toquem o sino! - O que diz? Não será sepulcro porque o O não está em expoente, e pertence ao G; também quase se não vê um A, em expoente: SepulturA DO LicenciaDO GonçalO DE BECA -, pedra provavelmente trazida e reaproveitada da vizinha igreja de São Bartolomeu, demolida pouco antes do levantamento da sineira. [As Doze Portas..., vol. 2, p. 48]

SA Do L Do Go D EB ECA

setembro 2016

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Compreendida esta espécie de fidelidade, o artista pintou um peixe amarelo. (Herberto Helder)

O licenciado teve uma criada de nome Marta Barbosa, que depois de casada foi mãe de Natália de Beça. É o que vamos ver:

I Começo por recordar o que, de principal, explana "As Doze Portas..." II Depois, vou construir um esquema onde pretendo mostrar o relacionamento das personagens. Mesmo antes de qualquer justificação do proposto. III Por fim, apresentarei as deduções.

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Compreendida esta espécie de fidelidade, o artista pintou um peixe amarelo. (Herberto Helder)

“Fragmentos de pergaminho na Torre do Tombo: um inventário possível (13151683)”, de Pedro Pinto 40. Mosteiro de Arouca, Livro 7 1494, Arouca, Julho, 28 Carta de emprazamento que o mosteiro de Arouca faz a Gonçalo Eanes e Isabel Gonçalves, sua mulher, de um casal denominado Outeiro em Santa Marinha de Fa[…], no julgado de Aguiar [de Sousa], termo do Porto, pagando 2.000 reais brancos por ano. Outros Antropónimos: André Eanes, filho de João Eanes de Monção; Branca Correia, prioresa; D. Catarina Teixeira, abadessa; Estêvão de Figueiredo, procurador do mosteiro; Gonçalo Álvares, morador em Arouca; Gonçalo de Beça, escrivão do mosteiro; João […]; João Eanes de Monção; Maria Pimentel, subprioresa.

Arouca Os Barbosa e Beça - uma proposta

I

Balizas e dúvidas

*1 – o escrivão Gonçalo de Beça em 1494 [Pedro Pinto,
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