\"Trabalho de campo\" - 39: Comentário ao Testamento de Duarte Roiz

May 28, 2017 | Autor: Fernando Brito | Categoria: Genealogia
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– comentário ao Testamento de Duarte Roiz – fls. 287 metade inferior e fls. 289 metade superior – ADP, Cartório de Stº Elói, livro 31º

O TESTAMENTO DE DUARTE ROIZ Devemos a Eugénio Andréa da Cunha e Freitas (ECF) a descoberta, a leitura, a descrição do seu conteúdo. E mais algumas notas a propósito. Quanto o historiador ilustre disse está acessível em: "O Convento Novo de Santa Maria da Consolação – Padres Lóios"; ir mais além, senão lendo o documento. É o que vamos tentar. E combinamos uma coisa: sempre que se trate de conteúdo revelado pelo investigador, postarei ECF entre parêntesis. * E encontrei a pedra. Sim. Um… entreposto… do império. Só que não era apenas «uma pedra» - tinha braços, como uma cadeira. E eu descansei os braços nos braços da pedra. E senti uma espécie de coerência.

Pausa

- A sério? - Sim Uma espécie de coerência – isso surpreende-a? – entre os braços: os braços de pedra e os braços de… - Carne e osso - De quê? - Carne e osso. - Exacto. Os braços de pedra e – sim – exactamente – os meus braços de carne e osso. Portanto – estava a olhar para as árvores. Estou a olhar para as árvores. E cada árvore é verde, mas cada verde é diferente. Cada folha em cada árvore é de um verde diferente. E tremiam todas. Quer dizer, casa folha tremia, e a linha das árvores não se vergava, apenas acenava. […]

Martim Crimp, No Campo, versão de Pedro Mexia. Tinta da China Edições, 2016

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09.11,1532 em Vila Nova de Gaia termo e jurisdição da Mui Nobre e Antiga e Leal Cidade do Porto e casas de Duarte Roiz abade de Penamaior (_285-285v; ECF). O testador teria nascido por 1470, talvez mesmo 1460, e chegado perto dos 70, e estava de cama (_285v). O pedido imana, em 1545, da Mesa da Sopa de Fora dos Órfãos da Cidade do Porto e seus Domínios com alçada para Recebimentos. Perante Pedro Sá Baltazar cidadão tesoureiro da dita cidade (_285). Para o treslado do Testamento. Em nota à margem, letra muito posterior: 9.11.1542 (_285; ECF). Embora o documento do convento dos Lóios se intitule Disposição de Duarte Roiz – por certo motivado pelo principal do conteúdo: as disposições do enterramento do corpo e sufrágio da alma – o estromento faz o treslado do próprio testamento, onde figuram amplas disposições temporais, menção aos filhos contemplados – quatro expressamente referidos – e a alguns estranhos igualmente, vizinhos ou conhecidos. Também nos informa dos bens possuídos e distribuídos – as casas de Gaia onde vivia, as casas no Porto da Rua Taurina, um casal em Fermedo e outro alienado em Souto (de Recardães) de Ponte de Lima; e ainda das casas e moinho de Isabel Nunes, a mãe dos últimos filhos, cujas rendas comia - anos que lhe comeu a sua Renda do dito casal e moinho (_287v). [Para as transcrições: desdobro as abreviaturas e actualizo as grafias.] As disposições espirituais são as usuais, ao tempo e seguintes por mais outros 400 e mais anos. Roga a Deus, a Nossa Senhora, a todos os Santos e Santas. E se manda enterrar no mosteiro de Nossa Senhora da Consolação (_285v,_286; ECF) - na capela onde ora / jaz seu pai Spreto notayro dom Rº seu pai, o protonotário D. Rodrigo (_286; ECF); (fora legitimado em 28.11.1493 – geneall.net), nomeia testamenteiro seu filho Bento Roiz - Faz seu testamenteiro ao abade seu fº bento Roiz quem ele ao dia de seu enterramento lhe mande dizer dez missas / S (sendo) duas cantadas e as oito Rezadas, obradas (ofertas) e o mais que mereça, legando-lhe a sua escrava myçia (Mecia) filha de Catarina (_idem). Que ele tem estas suas casas em que ele ora vive. E tem mais outras casas nesta cidade do Porto na rua da Fonte Dourina (depois, Taurina), nas quais ora mora Isabel Nunes e partem e confronta de uma banda (de um lado) com Coide (Cuíde?) Álvares Pires cidadão e com da outra parte com casas da mulher de Pedro Anes Alexandre que foi e que por detrás entestam com o mesmo e por diante Rua pública (_286v). Manifesta o Casal de Lacoos (Laçois) em S. Miguel de -4-

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Mato (Fermedo) (_idem; ECF). Obriga os herdeiros a 50 missas (ECF) a dizer no mosteiro, uma por semana e aos sábados, responsabilizando por metade, 25 missas, cada um dos dois filhos (286v -287). Enquanto o mundo for mundo e os casais o renderem (_idem). E só então chega aos bens temporais (_287). * Ao fazer menção dos filhos e nomes deles: Calisto e Belchior herdeiros das moradas em Gaia (_286v; ECF) -, e aí, parece poder entender-se que o testamenteiro teria feito diligências no local, onde (Vila Nova de Gaia) dizem que deve a Manuel Vaz trezentos rs (_288v); incumbe o filho eclesiástico, Bento, do legado de missas; aquele Bento Roiz que lhe sucedeu, em Arouca, a. 1526, no múnus de Urrô, [AS DOZE PORTAS, I, 135, II, 188, 221 e 223], pai do cónego de Lamego João Roiz Malafaia [IDEM, I, 135; II, 206], e vira a falecer em 1554 [IDEM, I, 135, e 286, II 188, 190, 221 e 223]; menciona a dívida, 13.000 réis, despendida na comenda para outro filho, Pedro. (ECF faz-lhe menção, mas por informação proveniente de outro lado – P.e Jorge de S. Paulo, como acima). De um casal que ele testador teve de vender (_287). Completa-se assim a panóplia biográfica, que não é pequena. Sublinhados estes aspectos, ainda que brevemente, avalia-se o interesse do manuscrito, biográfico como disse. Os tratadistas da nobreza de Portugal são muito parcos quanto a Duarte Roiz, entre os Malafaia, nomeadamente o próprio Pantaleão, que lhe é atribuído por Manso de Lima, não encaixa; antes é simplesmente sobrinho-neto, figura de grande nomeada, o comendador da Várzea de Arouca - que bem sabemos , significando, seja como for, que desconheciam o testamento que jaz nos Padres Lóios. Tudo isto, assim sendo, merece bem a nossa atenção para o nº 31 do Cartório do convento de Stº Elói, conservado até hoje, e que vou ler. Antes de prosseguir – ou, se quiserem, antes de começar – justificase que lembre os dois ensaios anteriores 28: Belchior Malafaia Os Homónimos, e 38: Duarte Rodrigues Malafaia; e peço que me permitam a repetição e correcção, apenas, do esquema "árvore de Belchior Malafaia e parentes".

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Voltando ao documento dos Lóios, entre as notas mais interessantes – e emocionantes – é a simples numeração das folhas 1-2-3-4 e 5 – no canto inferior direito -, de que fala o texto a fls. 288v: foram apresentadas e vertidas para estas cinco meias (aliás 9 meias páginas em 5 folhas) como esta em que vai o meu sinal (_289). As cinco páginas, faces ou rostos numeradas. E lá está a nona página sem verso -6-

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ou com verso em branco, onde, muito tempo andado, foi escrito na face: Abolição por Provizão e intimado pelo escrivão da provedoria em 7 de Maio de 1766 [234 anos depois]. Fonte biográfica por excelência, sem dúvida, que nos proporciona cores locais e temporais. Fazem pensar as relações com o dinheiro e pelo dinheiro, o que ele devia e o que ele teria a receber, tudo inventariado em Gaia, e provavelmente com a ajuda do filho, seu testamenteiro; e as relações com os vizinhos que se entendem pelo facto de morarem em Vila Nova de Gaia, fora da cidade e dessas bandas de onde eles devedores e credores se declinavam. Três peças de roupa, um saio (_287) talvez para ele (perto deste tempo: o saio do cavaleiro ajoelhado, no Painel do Infante – Oliveira Marques, "A Sociedade Medieval Portuguesa", p.60); uma mantilha (_288), véu ou lenço de luxo provavelmente para a cabeça da adorada – por quanto adorada (_287V) - Isabel Nunes; e uma faldilha de Ruão (_288). Aí se encontram as profissões mecânicas, no que concerne a testemunhas. Largos anos depois passou a usar-se convidar a principalidade para presenciar estes e outros actos, e já não a chamar o simples “mecânicos”, como o aqui barbeiro João Anes de Arouca, o sapateiro Jorge Pires e o alfaiate Francisco Vaz (_288v), também estes de Vila Nova de Gaia, vizinhos da morada de Duarte Roiz. Fazia diferença, apenas, o clérigo Nicolau Anes (_idem), que também testemunhou. Não consta o genro Francisco Roiz, sr. da Quinta de Beleique (São Paio de Guimarei), casado com uma filha sua, que bem pode ser Ana Godins Malafaia – tronco dos Godins Malafaia de Beleique, Gaspar e Baltazar, filhos de Beatriz Godins Malafaia (que parece ter feito dois casamentos, ora com Amador Lourenço ora com Francisco Ribeiro). Daquele Baltazar nasceu outra Beatriz Godins Malafaia, 1592 - que devo ao meu parente arq. João Penha, bem como a primeira menção a este Testamento -, depois cc Francisco Ribeiro da Silva, tumulados nos Lóios, donde provêm os Silva Malafaia, do Porto, casados nos Castro Pinto de Mourilhe (ECF, 68-69), em AS DOZE PORTAS, CASA DE EIRIZ, pp 212, 262-263, nomeadamente Francisco da Silva Malafaia de Vasconcelos, sogro do epigrafado Francisco Caetano do Nobiliário de Frei Lucas da Madre de Deus Casimiro, Convento de S. Francisco, 1738 – . Retomando os de Beleique: Nada deles. Gaspar e Baltazar seriam nados só por 1550 (filhos de Gaspar, nos 80 de 1500; pai Gaspar 1550 como disse; avó Brites 1520; e bisavó Ana 1500, aquela que cc Francisco Roiz...). Note-se que a filha mais velha de Pedro -7-

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Roiz de Andrade, e sua herdeira em Guimarães, vai ser Ana (GAYO): nome de [sua tia] Ana Godins Malafaia, possivelmente sua madrinha. Se assim foi, Duarte era avô e bisavô dos propalados Godins Malafaia de Beleique. As relações com gente de fora; com Arouca, nem que fosse com serviçais como Maria André que veio daRouca (_287v); com Gonçalo Álvares de Ponte de Lima por ele lhe ter comprado um casal por 13.000 réis (_287). Os 13.000 réis que vão custear, entre as dívidas, os dispêndios com a obtenção da comenda para seu filho Pedro - comendador de Penamaior: confia o dinheiro a seu outro filho Bento, o testamenteiro, para saldar a respectiva e dita dívida (_idem). A menção de quatro filhos, todos rapazes, neste seu testamento, deixa supor que seriam os únicos filhos-rapazes vivos; e a estes haverá de somar-se apenas mais um, Rodrigo, que teria falecido, e Ana Godins Malafaia: estes dois últimos - os mais velhos – nascidos de D. Isabel Godins. De casa e pucarinho com Isabel Nunes que alojou no Porto em casa sua, na rua da Fonte Taurina (_286), enquanto lhe comia as rendas de um casal e moinho (_287v). Cunha e Freitas apoiado em Jorge de S. Paulo ("Epílogo e Compêndio de Memórias", 1658) diz que Calisto Rodrigues doou as casas da Fonte da Aurina, em 1540, a [sua cunhada?] Catarina da Costa. Só se entende que as tivesse – não porque viesse mencionado em 1532, na Aurina - mas por, eventualmente, as ter herdado de sua mãe Isabel Nunes… : naturalmente falecida antes de 1540. Esta rua que é quase um cais mas à noite, escuro fechado do sol, que sobe ligeiramente da Praça da Ribeira para a Fonte da Aurina que a baptizou, com o casario à mão esquerda que abre para o rio e o sustem, com transparências ou transversalidades dela para a água, penetrações curtas e eficazes como as vindas e as idas do Postigo do Carvão (ao tempo de Duarte Roiz, claro que era porta menos velha, mais muralha Fernandina), rua de poucos passantes, de emboçados de pé, colados pelas paredes: tão díspar de hoje atulhada de mesas e cadeiras e visitantes sentados frente a comes e bebes. De que lado ficavam as casas? Ora, do lado direito (Norte), pois o outro não tinha confrontantes posteriores, senão o rio - parte com casas da mulher de Pedro Anes Alexandre que foi e por detrás entestavam com o mesmo e por diante Rua pública (_286v).

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– comentário ao Testamento de Duarte Roiz – planta da Rua da Fonte Taurina: da P. da Ribeira, em direcção à Reboleira que a continua para Poente

Rua da Fonte Taurina é entrada da “Toponímia Portuense” de ECF, p. 152: “Um documento de 1424 diznos que era «a rua que vai da Praça da Ribeira para a Fonte d´Aurina»; e “Junto dela ficava o Postigo e a Ponte das Tábuas - «que é o sítio da Ribeira e Fonte d´Aurina (1540) – que está logo abaixo donde entra o rio da Vila no Douro – esclarece o Tombo do Cabido de 1566. Por isso outro emprazamento da Misericórdia, de 1535, denomina de Rua da Ponte das Tábuas a Fonte Taurina.” Fim das citações. O dito Rio da Vila desagua, como se sabe, no Douro e no ponto de onde arranca a rua de S. João. O grande recuo ao tempo da fundação, ou perto dela, do Convento da Consolação, talvez nos explique a perda total - mas não nos conforma... -, ou quase total, de qualquer memória física. Foramse todas! As construções, então dispersas pela cerca, não seriam de molde a resistir aos anos, e até a igreja se degradou e foi demolida. Desapareceu também toda a burguesia da cidade do Porto aí tumulada. Ficou só, incompleto pelo avanço dos liberais, a fachada hoje hotel de luxo. Até os edifícios crescidos na cerca - na justa intensão de agora servirem de arautos da reabilitação do velho burgo sofreram recuperações de péssimo gosto!: há períodos "Filipe La Féria" como o do Teatro Rivoli: uma das esplendorosas joias da cidade do Porto, com reformulação de excelência, e só recentemente nele reposto a sua programação de prestígio.

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Por ele foi dito. E disse. Disse ele dito. Disse mais ele. Mais disse ele. Como dito tem. Que mandou pedir 500 rs emprestados a Maria Dias viúva de Pero Anes Alexandre (mulher de Pº Anes Alexandre que se foi (_286v) - os seus vizinhos na Fonte Taurina, como se viu acima; Que os filhos dele terão mais o que em casa se achar depois do seu enterro, a ser repartido por todos, irmãmente (_287) – do mais que na sua casa se achar que seu for além do seu enterramento todos seus filhos o partam irmamente; Que Gonçalo Álvares, clérigo de missa, morador em Souto [de Recardães] de Ponte de Lima lhe deu 13.000 rs de um casal que teve de lhe vender, importância que confia a seu filho Bento, seu testamenteiro, destinada a saldar a dívida criada com a comenda de Penamaior para seu outro filho Pedro (_287), como já contei; Que comprou uma escrava moça de 14 ou 15 anos que servia no casal e moinho de Isabel Nunes (_287), e a Comprou com o dinheiro da própria Isabel Nunes, que lhe comeu a sua Renda do dito casal e moinho (_287v); Que deve a Diogo Anriques, cunhado de António Avelasso, certa quantia de fretes de vendas das rendas da igreja de Penamaior, com quitação de dois anos e as outras a liquidar pelos herdeiros - certo dinheiro de Fretes que lhe ficou de vendas das suas Rendas da sua igreja de Penamaior a dois anos da qual Renda ele Diogo Anriques mostrava pagas e demais pagarão seus herdeiros (_287v); Que lhe deve Maria André que veio de Arouca, 1.500 rs sobre uma taça de prata (_287v); Que deve 900 rs a Gonçalo Afonso, de Gaia, de um saio que lhe comprou (_287v), referi acima; - 10 -

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E 500 rs, emprestados por Maria Dias, mulher de Pedro Anes Alexandre (_287v), também acima ditos; E que deve 510 rs às tecedeiras...? (_287v); E outros 510 rs a Justo Roiz (_287v); Que testaba que lhes deve atabares (acabares-acabamentos?) sobre uma Faldilha de Ruão, 760 rs (_288); E mais disse que deve a Manuel Vaz 300 rs sobre uma mantilha; 300 rs (_288) adiante corrigido para 200: onde (Vila Nova de Gaia) dizem que deve a Manuel Vaz trezentos rs sobre uma mantilha [mas] não são mais de duzentos rs (_288v). E por fim disse que revogava todos os testamentos e disposições anteriores (_288). Volta a mencionar que deixa as casas a seus dois filhos, Calisto e Belchior, sem prejuízo dos outros filhos com quem já tivera perdas e gastara muita fazenda - consentir gastar de muita fazenda de seu em lhes por a dita renda e por isso de perdas (_288).

Mandei passar o treslado dele ao dito Baltazar Ferreira (_288v: ECF), apresentadas e vertidas em estas cinco meias folhas de papel como esta em que vai o meu sinal, Duarte Vasconcelos Escrivão do Órfãos, em 09.02.1552 (_289).

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Manso de Lima apenas logrou dele: DUARTE ROIZ MALAFAYA fº 2º de D. Rodrigo Malafaya nº 13, §3 foi Abade de S. Salvador de Chave, de S. Salvador de Penamacor [sic] e de S. Miguel de Urro e da Varzea. Teve BB. em Brites do Casal [que nomeia] e BB. em D. ... godins fª de Gaspar Godins sr. do morgado de Mudelos [que também nomeia; dos nomeados, o único correto é], Pedro Roiz de Andrade §7, comendador de Penamayor de Meixomil - vol. XIV, ed. Poligrafada, p.479 e 480.

Rodrigo e Ana eram filhos do primeiro conúbio, nascidos de D. Isabel Godins; mas Rodrigo - do nome de seu avô o protonotário, irmão do bispo do Porto - não foi contemplado no testamento pois teria falecido antes de 1532; Calisto, Belchior, Pedro e Bento eram filhos do segundo conúbio, nascidos de Isabel Nunes, moradora na Rua da Fonte Taurina, lado Norte, nas casas do Porto de Duarte Roiz (ele morava em Vila Nova de Gaia), casas que passaram para Calisto, pois as viria a doar em 1540. Bento Roiz, outro filho, sucedera-lhe abade de Urrô, Arouca, a. 1526, e conhecemos-lhe um filho, cónego em Lamego. Ana parece ser a Godins Malafaia que casou com Francisco Roiz, senhor de Beleique, talvez há uma década atrás, por 1520. Pedro vive em Guimarães e teve também uma filha do nome Ana, herdeira. Duarte Roiz - talvez falecido a. 1537, ocasião em que seu filho Pedro Roiz de Andrade vende casas em Gaia - foi enterrado na capela de seu pai D. Rodrigo, no convento de Stº Elói no Porto. «E encontrei a pedra. Sim. Um… entreposto… do império. Só que não era apenas «uma pedra» - tinha braços, como uma cadeira. E eu descansei os braços nos braços da pedra. E senti uma espécie de coerência.»

Porto Outubro 2016

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