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May 31, 2017 | Autor: Andreza Vilanova | Categoria: Marketing
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA




Trabalho Final da Disciplina
Marketing, Informações e Inteligência Competitiva





Maceió - AL
2015

Andreza Fabiane Vilanova Silva










Trabalho Final da Disciplina
Marketing, Informações e Inteligência Competitiva






Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Marketing, Informações e Inteligência Competitiva para obtenção de avaliação.










Maceió - AL
05 de maio de 2015

Resenha
Goulart (2010) afirma que o valor do conhecimento vem de sua utilização, e não de seu armazenamento. Na mesma esteira, Ferreira (2014) ensina que a informação estratégica deve converter-se em conhecimento, sendo este guia para as ações.
A gestão do conhecimento é intrínseca, mas não se restringe, à gestão do capital humano. Cultura organizacional e ambiente externo são fontes igualmente importantes para o processo de conhecer. Necessário faz-se perceber as pessoas como fonte primária de conhecimento tácito – que expressa as habilidades, experiências, competências individuais – e convertê-lo em conhecimento explícito na forma de processos, projetos, estratégias, produtos, serviços, normas, dentre outros. Grosso modo, a junção do gerenciamento do capital intelectual com modelos de sistemas de informação é que permite a formação do conhecimento e, consequentemente, memória institucional, minimizando as perdas de conhecimento advindas da rotatividade de funcionários e\ou falhas nos sistemas informacionais.
Não obstante a relevância do conhecimento, sua perda é fato comum e causa de ineficiência gerencial, como também gera prejuízos consideráveis. A seguir são apresentados dois casos de perda de conhecimento em contextos amplamente diferenciados: uso de plantas medicinais e indústria aeronáutica.
Linhares et. al. (2014) enfatiza que o uso de plantas medicinais é resultado da relação de comunidades com o ecossistema e seu ambiente cultural em função do tempo. No entanto, a priorização do ensino formal e o estilo de vida notoriamente urbano, relegou o conhecimento botânico do uso dessas plantas a segundo plano, sendo o maior quantitativo de conhecedores de ervas pessoas que não concluíram o ensino fundamental. Outro ponto que corrobora para a perda de conhecimento etnobotânico é que a disseminação deste é feita basicamente das pessoas mais experientes para os aprendizes. A perda de conhecimento, nesse caso, é consequência da inexistência de um sistema que permita o acesso (e a recuperação) da informação – fragmentos de informação são compartilhados genericamente na formação de um senso comum, que negligencia a origem e as implicações desse conhecimento.
O segundo caso de perda de conhecimento é encabeçado pela Embraer – Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. Em 1994, quando houve a privatização da empresa, houve uma reestruturação que promoveu a demissão de mais de oito mil funcionários (MORAES, 2014, p. 151). Ato contínuo, a autora faz uma pergunta retórica:
Se a perda desse conhecimento é tão prejudicial à empresa, por que demitir esses trabalhadores? Simplesmente pelo fato de que além de conhecimento técnico, estes trabalhadores têm o conhecimento histórico e sindical, o que geraria uma enorme resistência ao processo de reestruturação produtiva da empresa. Já os recém formados [pelo Mestrado Profissional em Engenharia Aeronáutica, numa parceria com o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA)] são facilmente moldados ideologicamente. (p.152)
Nesse caso, a autora defende que a mudança nos parâmetros gerenciais da Embraer deu azo à reformulação de sua cultura, numa preterição a formar uma nova base de conhecimento técnico que sustentasse os novos valores estratégicos, em detrimento de manter um corpo técnico mais experiente que poderia gerar conflitos de perspectivas negativas para a imagem empresarial e cumprimento de sua nova agenda. Pode-se argumentar que a perda de conhecimento foi, na verdade, uma substituição de conhecimento, posto que a reformulação dos planos estratégicos demandava, mais do que conhecimento técnico, a adoção de uma cultura mais empreendedora, proativa. Mas, inegavelmente, a experiência acumulada dos funcionários demitidos poderia ser aproveitada na resolução de não conformidades ocorridas durante o processo de produção industrial.






REFERÊNCIAS
FERREIRA, Gustavo Henrique de Aragão; FELL, André Felipe de Albuquerque. A memória organizacional para a gestão da informação: estudo de caso. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 15., 2014, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG, 2014. Disponível em: http://repositorios.questoesemrede.uff.br/repositorios/handle/123456789/2686. Acesso em 03 de maio de 2015.
GOULART, Sônia. Gestão do conhecimento: nós precisamos dela? Julho/2010. Disponível em: http://gesantt.antt.gov.br/gesantt/export/sites/gesantt/galerias/galeria_arquivos/Sonia_Goulart_Apresentaxo_ANTT_Julho_2010.pdf. Acesso em 03 de maio de 2015.
LINHARES, Jairo Fernando Pereira et al. Ethnobotany of the main medicinal plants commercialized in fairs and markets of São Luis, Maranhão State, Brazil. Rev Pan-Amaz Saude, Ananindeua, v. 5, n. 3, set. 2014 . Disponível em . Acesso em 03 de maio de 2015.
MORAES, Lívia de Cássia Godoi. Entre o chão da fábrica e os céus do Brasil: um estudo da relação trabalho e educação na indústria aeronáutica brasileira. IN: Revista Café com Sociologia, v.3, n.1, p. 137-157, jan.\abr. 2014. Disponível em:http://revistacafecomsociologia.com/revista/index.php/revista/article/view/67 Acesso em 03 de maio de 2015.


Esse estudo desenvolveu-se com feirantes da cidade de São Luís (MA) que comercializam plantas de uso medicinal.



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