Trajetórias, Estruturas de Sociabilidades e Ação Política dos Intelectuais de São Paulo na Crise do Império (1875/1889)1 Rubens Arantes Correa (UNESP/FRANCA

May 26, 2017 | Autor: Rubens Correa | Categoria: Historia, Historia Política, História Dos Intelectuais
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TRAJETÓRIAS, ESTRUTURAS DE SOCIABILIDADES E AÇÃO POLÍTICA DOS INTELECTUAIS EM SÃO PAULO NA CRISE DO IMPÉRIO (1875/1889)
Rubens Arantes Correa (UNESP/FRANCA)
Orientadora: Teresa Maria Malatin
e-mail: [email protected]
Este trabalho de pesquisa de doutorado tem por objeto central de investigação a atuação dos intelectuais envolvidos com as batalhas políticas na então Província de São Paulo entre os anos 1870 e 1880, contexto de crise do Império. Inscreve-se, portanto, esta pesquisa, na perspectiva da história dos intelectuais, vertente da nova história política, paradigma que adotamos como campo teórico para a exploração do objeto. Para tanto, procuramos combinar a perspectiva adotada por Jean-François Sirinelli no sentido de aplicar o método de estudo das estruturas de sociabilidade, itinerários e microclimas para o conhecimento dos intelectuais enquanto agentes sociais e políticos de uma dada época histórica, conjugada com a perspectiva desenvolvida por Ann Swidler e Charles Tilly, para os quais os movimentos capitaneados por intelectuais estão inscritos em movimentos sociais e políticos e que, portanto, precisam ser entendidos a partir da articulação entre formas de pensamento e experiência social. De onde derivam três noções fundamentais que procuramos seguir no corpo da pesquisa: as estruturas de oportunidades políticas, as experiências compartilhadas e o repertório de ideias. Tendo em vista este escopo teórico-metodológico passamos a investigar a existência de um grupo de intelectuais na São Paulo de fins do século 19, constituído, basicamente, por treze membros – Rangel Pestana, Américo de Campos, Américo Brasiliense, José Maria Lisboa, Alberto Sales, Campos Sales, Prudente de Morais, João Kopke, Luiz Pereira Barreto, Bernardino de Campos, Francisco Glicério, Francisco Quirino dos Santos. Esse grupo possui em comum a experiência compartilhada em microclimas comuns aos seus membros, quais sejam, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, o Partido Republicano Paulista e a imprensa, em especial, as publicações Gazeta de Campinas, A Província de São Paulo, O Almanaque Literário de São Paulo e o Diário Popular. Ao estudar as trajetórias dos membros desses grupos procuramos situar as ideias e o pensamento dos mesmos no contexto da crise do Império: quais os elementos centrais do repertório político e doutrinário desses intelectuais? Até que ponto a defesa da republica e da abolição implicava numa relação de pensamento e ação? Seus itinerários familiares e acadêmicos os colocavam em que situação no contexto do status social monárquico? Republica e abolição eram fundamentos da contestação ao regime monárquico ou válvulas de escape para a falta de oportunidades naquele meio social e político? Até que ponto os espaços que compartilhavam – imprensa, partido, academia, associações e grêmios – contribuíram para a conformação do repertório que defendiam? Havia contradição entre origem de classe e contestação ao status vigente? Essas foram algumas das questões que nortearam o caminho percorrido por esta pesquisa.
PALAVRAS-CHAVE: Intelectuais. República. Abolicionismo. Estruturas de Sociabilidade. Microclimas.


Texto produzido para ser apresentado na XXX Semana de História "Memórias, Imagens e Narrativas" da UNESP campus de Assis – 20 a 23 de maio de 2013 (23/05 (quinta-feira) – 14h00 às 18h00 - Local: Sala 10 Central de Aulas)




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