Transhumanismo e psicanálise
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TRANSHUMANISMO E CIBERPSICOLOGIA: OS DESAFIOS DA PSICANÁLISE FRENTE A SINGULARIDADE TECNOLÓGICA E O TRANSHUMANISMO Marcos Werley Neves Ferreira Melissa Andréa Vieira de Medeiros
RESUMO A psicanálise assim como outras abordagens psicológicas teve que lidar com a impossibilidade de se aceder diretamente a mente e seus fenômenos. Essa situação, entretanto, vem mudando de forma célere. A neuropsicanálise tem enriquecido as teorias e conhecimentos psicanalíticos enquanto as neurociências vem desenvolvendo novos meios de interação com o cérebro e a mente permitindo por exemplo a exibição de imagens correspondente a pensamentos visuais, mecanismos para se ligar e desligar a consciência e até formas de induzir a sonhos lúcidos. Esta crescente transformação tecnológica trás a tona a necessidade de se pensar em como a psicanálise irá se adaptar a esses progressos. Viveremos uma revolução tecnológica sem precedentes na história da humanidade pois segundo projeções na área da tecnologia da informação, ainda neste século alcançaremos um momento hipotético conhecido como singularidade tecnológica: Quando teremos em um ano mais progressos tecnológicos significativos do que em toda a história humana pregressa. Até lá veremos diversas transformações graduais nas formas de organização humana, seja nos aspectos pessoais, sociais, laborais e etc. Quais serão as possibilidades de ação da psicanálise quando for comum máquinas com inteligência igual ou superior a humana? qual será a atuação da psicanálise se a humanidade começar a percorrer um caminho em busca da transcendência da existência biológica para uma existência cibernética? Pode parecer uma discussão surreal, mas ela é necessária pois há muitos indícios de que esse será nosso futuro e ele está próximo. Palavras chave: Psicanálise; Transhumanismo; Singularidade Tecnológica; Ciberpsicologia.
Introdução Como ter acesso a mente e aos fenômenos psíquicos para poder estudálos de maneira confiável? Este é um dilema epistemológico que a psicologia vem enfrentando desde a sua consolidação em suas mais diversas áreas de estudo e abordagens. O problema reside basicamente no objeto de estudo: A mente e seus fenômenos. O que é a mente? Onde ela se localiza? Como ela funciona? De que forma se estrutura? Qual o mecanismo que permite a ela interação com o mundo físico e viceversa? De que matéria ela é formada? A grande dificuldade está justamente em responder estas e outras questões sem um acesso direto e objetivo a mente. Para Kant (1786) a psicologia jamais se tornaria uma ciência exatamente pelo fato de que os processos psicológicos não eram mensuráveis ou experimentáveis. Essa impossibilidade de investigação experimental direta acabou direcionando a psicologia a trabalhar primariamente em cima do comportamento observável dos indivíduos para então tentar extrair mais informações e postular hipóteses sobre a estrutura e os processos da mente. Por um lado temos a investigação das origens físicas da mente e dos fenômenos mentais, através da anatomia e fisiologia do sistema nervoso e o funcionamento de hormônios e neurotransmissores. Por outro lado temos a investigação dos aspectos subjetivos da mente, como a formação da personalidade, funções mentais como a percepção, memória, cognição, emoções e fenômenos como a imaginação, os sonhos e os sintomas psicopatológicos. No primeiro caso a investigação parte do corpo, enquanto no segundo a investigação parte da mente através dos comportamento observáveis dos indivíduos. Embora nestes termos possa parecer que há aqui uma referência velada especificamente a abordagem comportamental, é importante lembrar que mesmo Freud (1923) ao definir de forma sintética sua psicanálise, deixava claro que ela era um procedimento de investigação de processos mentais quase inacessíveis por outros métodos e sendo o método psicanalítico dependente também de comportamentos observáveis, em particular a fala, podese concluir facilmente que a
análise do comportamento observável é, essencialmente, a base também de várias abordagens psicológicas, assim como a psicanálise.. Passados mais de 100 anos da criação da psicologia moderna, é notório o fato de que ainda pouco sabemos de aspectos básicos da mente e dos fenômenos mentais, mesmo com a quantidade de técnicas e abordagens psicológicas cientificamente reconhecidas. Ainda não existem ferramentas e técnicas que nos permitam acesso a mente e seus processos diretamente de forma que ainda é na análise do comportamento observável que todas as técnicas e instrumentais da psicologia se pautam hoje. Esse quadro entretanto tem apresentado sinais de que não irá perdurar por muito tempo e novas tecnologias vem surgindo para se lidar com a mente e com os fenômenos mentais. Estando estas novas tecnologias principalmente na área da tecnologia de informação que, segundo Kurzweil (2005), tem um crescimento exponencial, é importante começarmos a pensar em como esse avanço vai influenciar a psicologia nos próximos anos e especificamente quais as consequências para as áreas de pesquisa e a área clínica, em particular a clínica psicanalítica que já possui uma ligação forte e dogmática com sua estrutura teórica e técnica. Singularidade tecnológica Kurzweil (2005) vem reunindo dados sobre a evolução de várias tecnologias e seu surgimento em relação tanto a existência humana quanto em ao desenvolvimento biológico no planeta. Esses dados geraram várias tabelas de funções e logarítimos que demonstram através de gráficos que nossa evolução tecnológica tende a seguir uma escala de crescimento exponencial. Um exemplo disso é a evolução da capacidade de processamento dos computadores e sua miniaturização. A capacidade de processamento tende a dobrar a cada intervalo de doze a dezoito meses, mantendo seu custo base sem maiores alterações e tendo uma redução significativa do tamanho do computador. Isso significa que os computadores do próximo ano, terão pelo mesmo custo o dobro do processamento dos computadores atuais e os computadores daqui a dez anos serão mais de mil
vezes mais potentes do que os computadores de hoje pelo mesmo custo. Podemos observar isso facilmente ao comparar o processador de um celular atual comum com um computador comum de 5 anos atrás. O celular é muito menor e consideravelmente mais poderoso em termos de processamento. Com isso em mente, Kurzweil (2005) fez uma projeção do momento em que uma máquina terá capacidade computacional igual ou maior do que a capacidade humana: Por volta de 2045. A partir daí a tecnologia terá seu desenvolvimento marcado por passos gigantescos uma vez que a inteligência artificial terá uma capacidade superior a humana e em crescimento exponencial. É muito difícil prever o que poderá acontecer deste momento em diante, mas podemos ter uma boa noção das tecnologias que serão desenvolvidas durante os anos de présingularidade. Vamos nos focar nas tecnologias que mais afetarão os seres humanos e as ciências que estudam a mente e o comportamento humano: A inteligência
artificial,
as
tecnologias
transhumanistas,
as
ferramentas
neurotecnológicas. Inteligência Artificial De Mary Shelley a Isaac Asimov a humanidade fantasia com a possibilidade de criar um ser animado tão inteligente e sensível quanto nós mesmos. Hoje através da robótica e da computação estamos cada vez mais próximos de alcançarmos este feito. Para se ter uma idéia, em 2013 O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o investimento de 3 Bilhões de dólares para a iniciativa BRAIN, um projeto que tem como objetivo mapear e simular todos os nossos neurônios em 10 anos. No mesmo período a união europeia disponibilizou 1,19 bilhão para projetos com o mesmo propósito, sem contar aos investimentos provenientes da iniciativa privada. Apesar dos investimentos, simular o cérebro humano tem se mostrado uma tarefa realmente difícil. O maior problema é que, segundo Seung (2010), para poder criar uma simulação de todos os neurônios e suas interações, seriam necessários 1,1 milhões de terabytes de capacidade de armazenamento para guardála. Além
disso, as diferenças entre a anatomia do cérebro e a interação dos neurônios em relação a atual arquitetura usada na construção de microprocessadores é outro desafio para a criação de uma inteligência artificial similar a nossa. Para superar este último ponto, a IBM através do projeto Synapse deu um salto em 2011 ao lançar dois chips que imitam o cérebro humano. Batizados de processadores neurosinápticos, eles possuem 256 “neurônios” eletrônicos, e por sua estrutura peculiar, estes chips não se limitam a fazer o que foram previamente programados mas também adquirem comportamentos novos, aprendidos através da experiência dos mesmos. Segundo a IBM, será necessário se desenvolver um chip com 10 bilhões de neurônios para que possamos ter uma máquina com capacidade mental similar a humana. Isto de acordo com a base de cálculos de Kurzweil através da lei dos retornos acelerados deve acontecer dentro de 13 anos. Transhumanismo O transhumanismo é uma corrente ideológica que se foca na transição do homem biológico para o homem cibernético através do avanço da medicina, biotecnologia, engenharia genética, neuroengenharia, inteligência artificial, Tecnologia da informação, dentre outras áreas. Embora possa parecer um devaneio proveniente de algum escritor de ficção científica, o fato é que a união do homem com a máquina é real e hoje já vivemos entre organismos cibernéticos (ciborgs). Hoje não é incomum se encontrar um deficiente auditivo com um implante coclear ou um paciente com problemas cardíacos com um marcapasso implantado. Atualmente podemos citar ainda os deficientes físicos com próteses robóticas, que através de sinais elétricos do sistema nervoso conseguem controlar e executar certos movimentos com estas próteses, ou até ter uma sensação de feedback tátil (Nicolelis, 2013). Já existem implantes para alterar o funcionamento do cérebro, como o ReNaChip (Reabilitação Nano Chip) desenvolvido pela equipe do professor Mintz (2012) em Tel Aviv que substitui regiões do cérebro lesionadas ou degeneradas devolvendo suas funções anteriores ou uma prótese para o hipocampo
desenvolvida pela equipe do neurocientista Berger (2011) na Califórnia que foi capaz de substituir neurônios em ratos e macacos na função de armazenar memórias. Outro campo de estudo considerado transhumanista vem sendo desenvolvido pela equipe do pesquisador Nicolelis (2013) envolvendo o movimento de um membro e o feedback tátil deste membro em um ambiente virtual através do pensamento de um macaco. Isso significa que talvez tenhamos em breve avatares em mundos virtuais que serão controlados diretamente por nossa mente e será capaz de nos dar um feedback tátil e, com o avanço das pesquisas, quem sabe feedback visual, auditivo e etc, nos permitindo uma imersão total em um ambiente virtual, similar ao visto no filme Matrix. São muitas as pesquisas e tecnologias desenvolvidas atualmente que nos permitem vislumbrar uma nova forma de existência humana, onde nossa longevidade pode ultrapassar os séculos, podemos ter acessos a novos sentidos, ou ampliar nossa percepção, assim como nossa memória e cognição. Poderemos ter mais de um corpo e teremos acesso não só a uma rede mundial de computadores, mas também a uma rede mundial de cérebros, onde poderemos transmitir sensações, pensamentos ou emoções diretamente para outras pessoas. Todas essas tecnologias estão progredindo rapidamente, apesar de a maioria se encontrarem em um momento inicial de desenvolvimento. Este desenvolvimento , também acabará inevitavelmente alterando outros campos de nossa existência. Destes, o mais relevante para o movimento transhumanista é justamente a relação entre a biotecnologia, a saúde e os limites biológicos. Essa nova perspectiva tecnológica culminará, segundo Vilaça (2012), em uma inevitável transformação nos processos de saúde e adoecimento, inclusive no aspecto mental e na concepção que temos de vida, seja em seus aspectos orgânicos ou simbólicos: No campo da saúde, as técnicas e conhecimentos biotecnocientíficos têm criado as condições de possibilidade para se conhecerem, com maior profundidade, os fenômenos e processos vivos, orientando as intervenções de um modo relativamente novo. Schramm (2010) destaca que a incorporação dessas transformações necessita vir acompanhada, igualmente, de novos questionamentos a respeito das intervenções humanas sobre a vida, tanto em seu sentido orgânico
quanto em suas dimensões simbólicas e imaginárias. O próprio significado de saúde e seus determinantes podem adquirir (ou deveriam) nova roupagem, em razão dos incontestáveis avanços em áreas como nanotecnologia, tecnologia da informação, genética e robótica, as quais permitirão alterar o corpo humano para além dos limites típicos da espécie (Wolbring, 2006).
Por isso é importante que as ciências que estudam a mente, seus fenômenos e o comportamento humano passem a participar ativamente das discussões e questionamentos a cerca destas novas roupagens não só sobre o significado da saúde, mas também em como essas tecnologias vão alterar a forma como vivemos e entendemos a vida. Neuropsicanálise Várias pesquisas na área das neurociências vem sucessivamente conseguindo entrelaçar os conhecimentos produzidos nas áreas da neurologia, psiquiatria, biologia e psicologia. Uma dessas abordagens, a neuropsicanálise, vem encontrando confirmações físicas para várias das hipóteses de Freud a cerca da psiquê e seu funcionamento. Sabemos hoje que existem regiões do cérebro que podem servir de substrato para a localização de funções e construtos psicanalíticos. A região préfrontal dorsolateral esquerda cuja função é operacionalizar o pensamento simbólico e abstrato é observada bastante ativa durante o dia e reduz sua atividade durante os sonhos, e também tem uma maior ativação durante a elaboração de pacientes histéricos, o que sugere que esta região tenha ligação com a função de censura descrita por Freud (GONÇALVES apud YU, 2012). A região orbital do córtex préfrontal ventromedial é uma, embora não a única, região capaz de regular o comportamento moral, sendo então um dos centros de ação do superego. Essa hipotese é sustentada pela hiperatividade dessa região em pessoas com distúrbio obsessivo compulsivo e pela hipoatividade em pessoas com distúrbios antisociais (GONÇALVES apud YU, 2012). Levando em consideração o desenvolvimento de chips e próteses neurotecnológicas, é fácil imaginar que ao se identificar as áreas destes construtos, poderemos em breve ter como modular seu funcionamento, oferecendo uma
alternativa tecnológica para o tratamento de distúrbios e transtornos. Já existem algumas pesquisas nesta perspectiva com animais atualmente. a Equipe do professor Redondo (2014) no Instituto de tecnologia de Massachusetts tem experimentalmente mudando a forma como ratos reagiam a determinados estímulos. Na experiência, ratos eram contaminados com um vírus mutagênico capaz de tornar células nervosas da amídala e do hipocampo sensíveis a luz. Assim, eles passaram a associar uma determinada experiência aversiva (como choques elétricos) a recepção de uma luz a qual eram expostos (neste caso uma luz azul). Estes ratos então passaram a associar a luz ao choque, exibindo um comportamento que sugere ansiedade na presença da luz. Em seguida o rato é colocado em uma situação prazerosa (como a presença de uma fêmea plenamente reprodutiva) enquanto é exposto a mesma luz azul. Observouse que os sujeitos experimentais passaram a reagir positivamente a luz azul, sem sinais de estresse ou ansiedade. O resultado indica a possibilidade de se reescrever um determinado circuito neural para modificar associações emocionais a determinados estímulos ou, como sugere pesquisas anteriores de Redondo, memórias. Neste sentido este procedimento pode ser um passo em direção a um novo tipo de intervenção psicoterapêutica ou, usando a técnica no sentido oposto, desenvolver tecnologias nefastas como a vista no filme laranja mecânica. Seja como for é importante observarmos o desenvolvimento deste tipo de tecnologia. Existem ainda outras tecnologias que poderiam vir a ser usadas no futuro como novas possibilidades de tratamento psicoterapêutico, como a técnica experimental de indução de sonhos lúcidos desenvolvida por Voss (2014) em Frankfurt e a técnica de converter padrões de sinais elétricos do cérebro relativos ao pensamento visual em uma imagem em uma tela de computador como observado em experimentos dos Laboratórios de Neurociência Computacional ATR do Japão. Ciberpsicologia Comumente associada exclusivamente ao estudo do comportamento humano em relação a internet, a ciberpsicologia é, segundo Blascovich (2011), em uma definição mais ampla, o estudo da mente e do comportamento humano no contexto
de interações entre homem e máquina, assim como a inclusão dessa relação em outros contextos. Sendo assim é de se esperar sim que a ciberpsicologia hoje tenha um grande foco na internet e no mundo virtual, mas também não deixa de acompanhar a progressão do uso da rede de computadores desde os computadores pessoais, tablets, celulares e até relógios, óculos e outros aparelhos. Gradualmente a rede está tomando um espaço fixo de importância na vida humana, estando cada vez mais onipresente, possibilitando não só a interação humana em ambiente virtual mas a sobreposição de ambos, como visto em tecnologias de realidade aumentada, onde o virtual adiciona uma nova camada de informações e interações ao mundo real. Conclusões A psicanálise em si ainda está engatinhando no sentido de acompanhar essas novas mudanças. Com os avanços na neuropsicanálise, nas demais neurociências e de acordo com a disponibilização de novas tecnologias ao público, novas situações e ferramentas se apresentarão para os psicanalistas e cabe a eles estarem prontos para acompanhar essas mudanças. Mesmo com o benefício da experimentação da neuropsicanálise, o trabalho clínico da psicanálise não se tornará obsoleto pois um cobre o ponto fraco do outro. O ideal é que ambos possam ser combinados de forma que a neuropsicanálise possa ajudar a complementar o nosso conhecimento sobre o funcionamento de nossa mente e nosso cérebro, enquanto a psicanálise clínica poderá lidar com o sujeito em uma interação natural e direta. Seja como for o avanço da psicanálise dependerá da maleabilidade e capacidade de adaptação dos psicanalistas.
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