Tratamento de sementes de algodoeiro com fungicidas no controle de patógenos causadores de tombamento de plântulas

May 30, 2017 | Autor: Luiz Chitarra | Categoria: Plant diseases, Fungicides, Cotton
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TRATAMENTO DE SEMENTES DE ALGODOEIRO COM FUNGICIDAS NO CONTROLE DE PATÓGENOS CAUSADORES DE TOMBAMENTO DE PLÂNTULAS Luiz Gonzaga Chitarra1, Augusto César Pereira Goulart2, Maria de Fátima Zorato3, Paulo A. V. Barroso1. (1) Embrapa Algodão, Rua Osvaldo Cruz, 1143 Centenário Caixa Postal 174, 58107-720, Campina Grande, PB, e-mail [email protected]; (2) Embrapa Agropecuária Oeste, Caixa Postal 661, 79804.970, Dourados, MS; (3) Aprosmat, Caixa Postal 81, 78745.280, Rondonópolis, MT. RESUMO A semente desempenha um papel fundamental no estabelecimento da lavoura, pois suas qualidades intrínsecas que irão determinar o estabelecimento da cultura em condições vigorosas com respostas adequadas às diversidades de clima e solo. Por outro lado, a semente representa uma das vias mais eficientes de transporte de fitopatógenos e transmissão de doenças. Dentre estas doenças, o “tombamento” é considerado uma das principais, sendo causado por um complexo de fungos de solo e da semente, os quais, ocorrendo separadamente ou em combinação, podem ocasionar o tombamento de pré e pós-emergência das plântulas, reduzindo o estande e levando, muitas vezes, à necessidade da ressemeadura, onerando o custo do produto final. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diversos fungicidas, utilizados em tratamento de sementes de algodão, no controle de patógenos associados às sementes e/ou presentes no solo. Sementes livres de patógenos, não-inoculadas e inoculadas com Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides (Cgc), foram tratadas com tolylfluanid + pencycuron + triadimenol, carboxin + thiram, ou fluazinam + tiofanato metílico. No “growing on test”, o tratamento testemunha inoculada com Cgc apresentou o menor índice de emergência. O maior índice de emergência ocorreu em sementes sem inoculação tratadas com Euparen + Monceren + Baytan. Não houve diferença entre os tratamentos que utilizaram sementes inoculadas. Os resultados da avaliação do “growing on test”, 26 dias após a semeadura, em substratos contendo Rhyzoctonia solani, permitiu verificar que o tratamento Testemunha + Rhizoctonia apresentou a maior porcentagem de plântulas tombadas, seguido pelos tratamentos Testemunha + Colletotrichum + Rhizoctonia; Frowncide + Cercobin + Colletotrichum + Rhizoctonia; e Frowncide + Cercobin + Rhizoctonia. Os demais tratamentos foram similares entre si. INTRODUÇÃO Dentre as doenças que atacam o algodoeiro, o “tombamento” é considerado uma das principais, sendo causado por um complexo de fungos de solo e da semente, os quais ocorrendo separadamente ou em combinação, podem ocasionar o tombamento de pré e pós-emergência das plântulas. Os principais agentes etiológicos causadores do tombamento de plântulas de algodoeiro são Rhizoctonia solani Khun (Pozza e Juliatti 1994; Menten e Paradela 1996; Cia e Salgado 1997), Colletotrichum gossypii South var. cephalosporioides Costa (causador da ramulose) e Colletotrichum gossypii South (causador da antracnose), seguidos de Fusarium spp. e Pythium sp., que são considerados secundários nas condições do Estado do Mato Grosso. Dentre o conjunto de práticas recomendadas para o controle do tombamento, o tratamento das sementes com fungicidas tem sido, até o presente momento, a principal medida adotada para o controle desses referidos patógenos e a opção mais econômica para minimizar os efeitos negativos dessa doença (Carvalho et al. 1985; Menten e Paradela 1996; Cia e Salgado 1997; Goulart 1998). A cultura do algodoeiro está sujeita ao ataque de inúmeras doenças de importância econômica, cujos agentes causais são veiculados e/ou transmitidos por sementes (Machado 1996), as quais constituem-se em veículo para introdução dos mesmos em áreas ainda livres (Davis 1975). O uso de

sementes sadias e/ou tratadas com fungicidas tem sido uma forma segura e relativamente barata de se praticar o controle de inúmeras doenças do algodoeiro, cujos agentes causais são transmitidos por sementes ou até mesmo habitantes de solo. De acordo com Machado e Silva (1998), tem-se observado que a ocorrência de fungos causadores de tombamento de plântulas em sementes e no solo, tem sido a causa de danos significativos à cultura do algodoeiro, ocasionando a redução da população de plantas e levando, muitas vezes, à necessidade da ressemeadura. De todas as doenças que atacam o algodoeiro, o “tombamento” é considerado uma das principais (Mentem e Paradela 1996; Cia e Salgado 1997). Vários fungos podem causar o “tombamento” de plântulas de algodoeiro, porém Rhizoctonia solani Khun., Colletotrichum gossypii South (causador da antracnose) e Colletotrichum gossypii South var. cephalosporioides Costa (causador da ramulose) são considerados os principais agentes etiológicos dessa doença, seguidos por Fusarium spp. Phytium sp. (Tanaka et al. 1989; Tanaka e Menten 1991). Estes patógenos são os principais responsáveis pela redução do estande e morte de plântulas. Dentre o conjunto de práticas recomendadas para o controle do “tombamento”, o tratamento das sementes com fungicidas eficientes tem sido, até o momento, a principal medida adotada e a opção mais econômica para minimizar os efeitos negativos desta doença (Menten e Paradela 1996; Cia e Salgado 1997) conforme Machado (1996). Esta prática, sob o ponto de vista ecológico e econômico, tem sido reconhecida em todo o mundo como medida das mais eficazes e convenientes, tornando-se cada vez mais difundida e adotada em esquemas de controle integrado. Portanto, os objetivos deste projeto são avaliar o efeito de diversos fungicidas utilizados em tratamentos de sementes de algodão no controle de patógenos associados às sementes e/ou presentes no solo bem como avaliar a eficiência do tratamento de sementes no tombamento de plântulas de algodão causado por fungos de solo e fungos de sementes em condições de laboratório e casa de vegetação. MATERIAL E MÉTODOS Foram utilizadas sementes de algodão da variedade ITA 90 deslintadas com ácido sulfúrico. Para garantir que os resultados revelem única e exclusivamente o efeito dos fungos Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides e Rhizoctonia solani sobre o tombamento, foi utilizado um lote de sementes livre de qualquer espécie de fungo (escolha baseada em resultados de vários testes de sanidade de sementes) que possa interferir nas avaliações. O quadro abaixo mostra os fungicidas e respectivas doses (g i.a./100kg de sementes) a serem utilizados nos ensaios. Nome Comercial

Nome técnico

Euparen+Monceren+B aytan Vitavax-thiram Frowncide+Cercobin

Tolylfluanid + pencycuron + triadimenol Carboxin+thiram Fluazinam+tiofanato metílico

Dose/100kg de Dose para 100kg de sementes do P.C. sementes do i.a. 150+200+200 30+50+50 700 300+300

187,5+187,5 150+150

O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, em esquema fatorial 2 x 4 (2 sistema de inoculação - com e sem Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides X 4 tratamentos - 3 com fungicidas e 1 testemunha), com 4 repetições por tratamento ou em blocos casualizados, em esquema fatorial 2x4x2 (2 sistema de inoculação - com e sem Colletotrichum gossypii var.

cephalosporioides X 4 tratamentos - 3 com fungicidas e 1 testemunha x 2 sistema de inoculação – com e sem Rhizoctonia solani), com 4 repetições por tratamento. Inoculação das sementes com Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides O método de inoculação das sementes utilizado foi baseado em procedimento semelhante ao descrito por Tanaka e Menten (1991). As sementes inoculadas foram tratadas com fungicidas de acordo com o descrito anteriormente. “Growing on test” Sementes inoculadas e não inoculadas com Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides e tratadas e não-tratadas com fungicidas, foram submetidas ao “growing on test “. As sementes foram semeadas em orifícios individuais, eqüidistantes e a 3 cm de profundidade, tendo como substrato areia lavada contida em bandejas plásticas (56x35x10 cm). Para cada tratamento foram utilizados 4 repetições de 200 sementes. A avaliação foi feita ao 26° dia após a instalação do teste, computando-se as plântulas com lesões estreladas, típicas de ramulose, o que demonstra a transmissão de Cgc das sementes para a parte aérea das plântulas. Cultivo e inoculação de Rhizoctonia solani Culturas puras do patógeno, isolado do coleto de plântulas de algodão, foram mantidas em meio BDA por 48 horas e então repicadas para um substrato composto de 2kgs de sementes de aveia preta e meio litro de água, autoclavada por três vezes, por 30 minutos cada vez e por três dias consecutivos, e mantido em condições ambientais por 35 dias. No 35º dia, a aveia colonizada pelo fungo foi retirada do erlenmeyer e seca a sombra por 10 dias. Ao final desse período, esse substrato (aveia + R. solani) foi triturado em moinho (1 mm), de modo a se obter o inóculo do patógeno, na forma de um pó. Sementes inoculadas e não-inoculadas com Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides e tratadas e não-tratadas com fungicidas, foram semeadas em orifícios individuais, eqüidistantes e a 3 cm de profundidade, tendo como substrato areia lavada contida em bandejas plásticas (56x35x10 cm). Antes do fechamento dos orifícios, foi feita a inoculação com R. solani, pela distribuição homogênia do inóculo do fungo na superfície do substrato, de modo que o mesmo fique em contato direto com as sementes (exceto no caso das testemunhas, onde não foi feita a inoculação). Para a avaliação de tombamento, foi utilizado o “growing on test ”. Em cada bandeja plástica foram semeadas 200 sementes. A avaliação de tombamento foi realizada diariamente, a partir de 7 DAS (dias após a semeadura), computando-se o número de plântulas tombadas. Aos 26 DAS, obtemse o valor cumulativo de plântulas tombadas. Para a confirmação do patógeno, plântulas com sintomas de “tombamento” foram coletadas, lavadas em água corrente, desinfestadas superficialmente com uma solução de hipoclorito de sódio a 1,5% por 3 minutos e posteriormente submetidas a uma câmara úmida. Após cinco dias de incubação a 22º C e 12h luz / 12h escuro, foi realizada a identificação dos patógenos. RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com os resultados do “growing on test ” apresentados na Tabela 1, o tratamento testemunha inoculada com Cgc apresentou o menor índice de emergência. O maior índice ocorreu em sementes sem inoculação tratadas com Euparen + Monceren + Baytan. Não houve diferença entre os tratamentos que utilizaram sementes inoculadas. Os resultados da avaliação do “growing on test ”, em substratos contendo Rhizoctonia solani, estão apresentados na Tabela 2. A análise do Box plot da Figura 1 permite verificar que o tratamento 8

foi o que apresentou a maior porcentagem de plântulas tombadas, seguido pelos tratamentos 4, 3 e 7. Os demais tratamentos foram similares entre si. Estudos recentes, conduzidos em diferentes regiões do país, têm demonstrado que os fungicidas atualmente disponíveis para tratamento de sementes de algodoeiro (pertencentes ao grupo dos protetores e dos sistêmicos) têm controlado de forma variável o complexo de fungos associados às sementes desta cultura, bem como o “tombamento”, que eles causam em condições de campo (Goulart 1988 e 1992; Asmus et al. 1993; Machado 1996; Menten e Paradela 1996; Cia e Salgado 1997). Os mais utilizados são aqueles a base de captan, thiram, carboxin, quintozene, benomyl, carbendazin, tolylfluanid, pencycuron e difenoconazole. A combinação de dois ou três fungicidas sistêmicos com protetores – na qual cada produto é efetivo contra um fungo específico que faz parte do complexo causador do tombamento – tem proporcionado maior espectro de ação no controle destes fungos nas sementes e no solo, em comparação ao uso isolado de um determinado fungicida. Neste estudo, o tratamento de sementes de algodoeiro com a combinação dos fungicidas Euparen + Monceren + Baytan, proporcionou o melhor controle dos fungos Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides e Rhizoctonia solani, causadores de tombamento de plântulas. CONCLUSÕES Os resultados da avaliação do “growing on test”, 26 dias após a semeadura, em substratos contendo Rhyzoctonia solani, permitiu verificar que o tratamento Testemunha + Rhizoctonia apresentou a maior porcentagem de plântulas tombadas, seguido pelos tratamentos Testemunha + Colletotrichum + Rhizoctonia; Frowncide + Cercobin + Colletotrichum + Rhizoctonia; e Frowncide + Cercobin + Rhizoctonia.

90

Tombamento

70 50 30 10 -10

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Min-Max 25%-75% Median value

Tratamento Figura 1. Resultados da análise de Box plot, segundo o teste de Kruskall Wallis (p < 0,01), referente a porcentagem de plântulas apresentando tombamento, 15 dias após a semeadura em substratos contendo Rhizoctonia solani, de sementes de algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) deslintadas, inoculadas e não-inoculadas com Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides, tratadas e não-tratadas com fungicidas.

Tabela 1. Resultados do “growing on test “, 26 dias após a semeadura, de sementes de algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) deslintadas, inoculadas e não-inoculadas com Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides, tratadas e não-tratadas com fungicidas. Tratamento Emergência Euparen + Monceren + Baytan + Colletotrichum 97,50 ab Vitavax + Thiram + Colletotrichum 95,25 abc Frowncide + Cercobin + Colletotrichum 95,00 abc Tesmunha + Colletotrichum 87,50 d Euparen + Monceren + Baytan 98,00 a Vitavax + Thiram 95,50 bc Frowncide + Cercobin 94,50 bc Testemunha 94,00 c Médias seguidas pela mesma letra não diferem entre si, segundo o teste de Tukey (5%)

Tabela 2. Resultados do “growing on test “, 26 dias após a semeadura em substratos contendo Rhyzoctonia solani, de sementes de algodoeiro (Gossypium hirsutum L.) deslintadas, inoculadas e nãoinoculadas com Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides, tratadas e não-tratadas com fungicidas. Tratamento Tombamento (%) 1 - Euparen + Monceren + Baytan + Colletotrichum + Rhizoctonia 0,0 2 - Vitavax + Thiram + Colletotrichum + Rhizoctonia 0,5 3 - Frowncide + Cercobin + Colletotrichum + Rhizoctonia 11,5 4 - Testemunha + Colletotrichum + Rhizoctonia 78,6 5 - Euparen + Monceren + Baytan + Rhizoctonia 0,0 6 - Vitavax + Thiram + Rhizoctonia 1,0 7 - Frowncide + Cercobin + Rhizoctonia 7,4 8 - Testemunha + Rhizoctonia 88,4 9 - Testemunha 0,0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASMUS, G. L.; GOULART, A. C. P. ; PAIVA, F. A. Eficiência de alguns fungicidas usados em tratamento de sementes de algodão no controle do tombamento causado por Rhizoctonia solani. Fitopatologia Brasileira, v. 18, p. 298, 1993. CARVALHO, J. M. F. C.; LIMA, E. F.; CARVALHO, L. P.; VIEIRA, R. M. Controle do tombamento das plântulas do algodoeiro, através do tratamento com fungicidas sistêmicos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 20, n. 6, p. 677-682, 1985. CIA, E.; SALGADO, C. L. Doenças do Algodoeiro (Gossypium spp.). In: KIMATI, H.; AMORIM, L.; BERGAMIN FILHO, A.; CAMARGO, L. E. A.; REZENDE, J. A. M., ed. Manual de Fitopatologia: Doenças das plantas cultivadas, 3 ed. São Paulo: Agronômica Ceres, v. 2, p. 33-48, 1997. DAVIS, R. G. Microorganisms associated with disease cotton seedling in Mississippi. Plant Disease Reporter, v. 59, n. 3, p. 227-280, 1975. GOULART, A. C. P. Efeito do tratamento químico de sementes de algodão (Gossypium hirsutum L.) no controle de fungos causadores de tombamento. Fitopatologia Brasileira, v. 13, n. 2, p.110, 1988.

GOULART, A. C. P. Efeito de fungicidas no contrôle de patógenos em sementes de algodão (Gossypium hirsutum L.). Summa Phytopathologica, v. 18, n. 2, p. 173-177, 1992. MACHADO, J. C. Tratamento de sementes de algodão visando controle de patógenos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PATOLOGIA DE SEMENTES, 4, 1996, Gramado. Anais... Campinas: Fundação Cargill/ABRATES/COPASEM, p. 69-76, 1996. MACHADO, J. C.; SILVA, S. M. Avaliação adicional da eficiência de fungicidas no controle de fungos causadores de “tombamento” de plântulas de algodão (Gossypium hirsutum L.) a partir de sementes. Fitopatologia Brasileira, v. 13, n. 2, p. 119, 1988. MENTEN, J. O. M.; PARADELA, A. L. Tratamento químico nde sementes de algodão para controle de Rhizoctonia solani. Summa Phytopathologica, v. 22, n. 1, p. 60, 1996. POZZA, E. A.; JULIATTI, F. C. Tratamento de sementes de algodão. Fitopatologia Brasileira, v. 19, n. 3, p. 384-389, 1994. TANAKA, M. A. S.; MENTEN, J. O. M.; MARIANNO, M. J. A. Inoculação artificial de sementes de algodão com Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides e infecção das sementes em função do tempo de exposição ao patógeno. Summa Phytopathologica, v. 15, n. 3/4, p. 232-237, 1989. TANAKA, M. A. S.; MENTEN, J. O. M. Comparação de métodos de inoculação de sementes de algodoeiro com Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides e C. Gossypii. Summa Phytopatologica, v. 17, n. 3/4 , p. 218-226, 1991.

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