Treino em mindfulness melhora o coping focado no problema em estudantes de psicologia e de medicina (Halland, et al. 2015): síntese e reflexão crítica.

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Treino em mindfulness melhora o coping focado no problema em estudantes de psicologia e de medicina: resultados de um ensaio clínico (Halland, et al. 2015): síntese e reflexão crítica. Ramos, S., & Ramos, J. A. (2016)

Notas dos Autores Sandra Ramos (n.º 24122) e Jorge A. Ramos (n.º 24121) são discentes do 4.º ano do Mestrado Integrado em Psicologia Clínica (Turma 3) no ISPA – Instituto Universitário, em Lisboa, ano letivo de 2015-2016. Este trabalho faz parte da Unidade Curricular com o nome Psicobiologia do Stresse ministrada pela Professora Doutora Maria Leonor Santos Galhardo. A correspondência para os autores deste trabalho pode ser remetida para [email protected] ou para: ISPA – Instituto Universitário situado na Rua Jardim do Tabaco, n.º 34, 1149-041 Lisboa, Portugal.

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Resumo Este trabalho possui quatro partes: (1) definições de mindfulness e síntese do programa MBSR; (2) resumo do artigo de Halland, et al. (2015) que investigou a influência do MBSR sobre o uso de estratégias de coping mais ajustadas a situações de stresse; (3) reflexões sobre o referido artigo (em termos metodológicos); (4) reflexões sobre o estilo de vida: a inclusão da mindfulness nas escolas, nas empresas (entre outras organizações) e como potencial fomentadora de um estilo de vida mais saudável, mitigando os efeitos perniciosos do stresse. Palavras-chave: estilo de vida, stresse, mindfulness, MBSR, coping

Abstract This paper has four parts: (1) mindfulness definitions and synthesis of the MBSR program; (2) summary of an article by Halland, et al. (2015) that investigated the influence of MBSR on the use of coping strategies more adjusted to situations of stress; (3) considerations on the above article (from a methodologically point of view); (4) reflections about lifestyle: the inclusion of mindfulness in schools, companies (among other organizations) and as a potential promoter of a healthier lifestyle by mitigating the pernicious effects of stress. Keywords: lifestyle, stress, mindfulness, MBSR, coping

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Mindfulness A mindfulness (ou mente plena) é um processo psicológico (e/ou a sua prática) com dois constituintes: (1) a orientação intencional da atenção para o momento presente; e (2) a vivência desse momento presente com curiosidade, abertura e aceitação (Bishop et al., 2004). Também é definida como uma atitude que engloba ser não-reativo, sabendo observar, agir e descrever a experiência, com consciência dela e sem julgamentos (Baer et al., 2008). Para Kabat-Zinn (1990), o biólogo fundador da mindfulness, mais do que seguir mecanicamente instruções, importa considerar sete aspetos que formam a base atitudinal onde ela se alicerça: (1) não-julgamento (sendo-se uma testemunha imparcial da experiência); (2) paciência (aceitando os ritmos e os tempos próprios de cada experiência); (3) abertura (para viver cada momento tal como se expressa e não de acordo com as crenças e opiniões pré-concebidas); (4) confiança (na sabedoria interna, na intuição e nos sentimentos); (5) não-esforço (deixando de lutar para que os resultados surjam e focando a atenção no momento presente); (6) aceitação (observando os eventos tal como vão ocorrendo, sem ser passivo); e (7) desapego (de pensamentos, sentimentos e eventos, reconhecendo-os tal como são, sem apego a eles). O Programa Mindfulness-Based Stress Reduction Kabat-Zinn (2005) criou, em 1979, o programa Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR) a fim de fomentar a capacidade de gerir o stresse. Hoje é o programa de intervenção mais investigado e existem mais de 700 programas delineados a partir dele (Santorelli, 2014). O MBSR inclui 9 sessões ao longo de 8 semanas (entre 2.5 a 3.5 horas semanais e uma sessão de 7.5 horas) onde se recebe psicoeducação (e.g., sobre a universalidade da mente vagueante, stresse, coping, resiliência e padrões comunicacionais) e se fazem meditações guiadas e exercícios para fomentar a atenção (com foco na respiração e nas sensações corporais). Entre as sessões requer-se a prática diária de mindfulness formal (usando-se as técnicas aprendidas) bem como informal (aplicando-se a mindfulness à vida diária) e é disponibilizado apoio face a eventuais obstáculos na integração das competências de autorregulação (Kabat-Zinn, 1996). Embora criado para pacientes com dores crónicas (Kabat-Zinn, 1982) o MBSR é eficaz noutros contextos: na saúde mental (e.g., perturbações da ansiedade, da personalidade, alimentares, depressivas e PPST; Earley et al., 2014; Song & Lindquist, 2014; Mitchell & Heads, 2015), na saúde física (e.g., pacientes fibromiálgicos e oncológicos; Zainal, Booth & Huppert, 2012; Lauche, Cramer, Dobos & Schmidt, 2013), no alcoolismo (Bodenlos, Noonan & Wells, 2013) e em populações não-clínicas, como a de grávidas (Guardino, Schetter,

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Bower, Lu & Smalley, 2014), estudantes de medicina e funcionários (Fjorback, Arendt, Ørnbøl, Fink & Walach, 2011) entre outros indivíduos saudáveis em geral (Sharma & Rush, 2014). Graças à sua flexibilidade, o MBSR também é usado em escolas, prisões, treino de atletas, bem como em programas profissionais (Kabat-Zinn, 1996).

Treino em mindfulness melhora o coping focado no problema Fundamentação, Objetivos e Hipóteses Segundo Halland et al., (2015) os estudantes de psicologia clínica e de medicina possuem altos níveis de stresse face aos muitos trabalhos a realizar, aos desafios psicológicos inerentes ao tratamento de pessoas e ao uso de coping de evitamento. Sabendo-se que o uso de estratégias de coping pode alterar os efeitos negativos do stresse, as intervenções que melhorem o coping podem ser uma mais-valia para os estudantes (e.g., a mindfulness, cuja prática fomenta um coping mais adaptativo). Porém escasseiam os estudos que aferem se a mindfulness influencia o uso de coping em populações não-clínicas. Logo, foram dois os objetivos: (1) aferir qual o efeito do treino em mindfulness sobre o uso de 3 estratégias de coping (foco no problema, foco no evitamento e busca de suporte social); (2) aferir se o efeito da intervenção é moderado por fatores da personalidade. Hipóteses: (H1a) o treino em MBSR irá aumentar o coping de investimento e (H1b) diminuir o de desinvestimento; (H2a) os estudantes com valores mais altos de neuroticismo irão beneficiar mais; (H2b) a extroversão e a conscienciosidade também devem moderar os benefícios do treino em mindfulness. Método, Resultados e Discussão A amostra incluiu 288 estudantes, que foram aleatorizados em dois grupos: o que foi intervencionado e o que continuou o seu percurso normal académico. A intervenção baseouse no MBSR e foi medida com duas escalas: (1) a Ways of Coping Checklist (WCC) que afere 5 estilos de coping: de investimento (foco no problema e procura de suporte social) e de desinvestimento (autoculpabilização, evitamento e pensamentos irrealistas); (2) o Basic Character Inventory, que afere os níveis de neuroticismo, conscienciosidade e extroversão. Os resultados salientaram que H1a foi parcialmente confirmada: os estudantes que receberam treino em mindfulness aumentaram o uso de coping focado no problema (mas o aumento de coping de procura de suporte social não foi significativo). Já H1b foi infirmada (embora os resultados sejam significativos quando se ajustam o género e os valores basais). H2a foi confirmada: estudantes com elevado neuroticismo beneficiaram mais da intervenção, ao aumentarem a procura de suporte social e ao reduzirem o coping ficado no evitamento, o que

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se poderá explicar com o efeito da mindfulness no processamento emocional, dado que pessoas com elevada reatividade emocional, quando confrontadas com stressores, podem tender a reduzir o stresse, com estratégias de evitamento, logo estes resultados suportam a assunção de que o treino em mindfulness melhora a regulação emocional. Quanto à H2b foi infirmada: a extroversão e a conscienciosidade não moderaram o efeito da intervenção. Forças, limitações e conclusões: Como forças os autores destacam a dimensão da amostra, o desenho do estudo, o baixo nível de atrito e as escalas terem sido preenchidas online. Como limitações apontam o facto de a aderência à prática diária de mindfulness não ter sido medida diariamente e a aleatorização não ter sido estratificada por género (ficando poucos homens no grupo experimental, o que poderá ter dificultado a aferição da influência do género); a amostra foi criada por autosseleção, donde, os alunos que aderiram ao estudo podem ser representativos dos mais motivados para aderir à prática de mindfulness. Assim, o treino em MBSR pode contribuir para melhorar o coping adaptativo dos estudantes de psicologia e de medicina, mormente naqueles com níveis mais elevados de neuroticismo.

Reflexão Crítica Questões Metodológicas Para uma maior robustez das conclusões do estudo de Halland et al. (2015) o seu desenho poderia incluir uma triangulação de métodos (adicionando à WCC): a avaliação da reatividade emocional após estímulos visuais (com o programa E-Prime, conforme o estudo de Pe et al. 2015) e a avaliação de um mediador alostático (e.g., glicose ou cortisol; McEwen, 2000). Dado que a WCC mede atitudes, a desejabilidade social poderia ter sido aferida (e.g., com o Self-Deception Questionnaire; Gur & Sackeim, 1979). Por fim poderia ter sido feito um follow-up para verificar se os resultados se mantiveram após, por exemplo, 6 meses. A Mindfulness Inserida no Estilo de Vida A qualidade do ensino. Numa revisão de literatura (com 248 estudos, que incluíram ressonâncias magnéticas funcionais) concluiu-se que a prática da mindfulness se associa a alterações em diversas zonas cerebrais (e.g., na rede neural em modo padrão associada ao córtex medial, na ínsula e na amígdala, bem como nas regiões frontotemporais, nos gânglios basais e no hipocampo) que têm como consequências o aumento das capacidades atencionais, da qualidade do pensamento autorreferencial e da regulação emocional (Marchand, 2014). Zenner, Herrnleben-Kurz e Walach (2014) aferiram (por via de uma meta-análise de 24

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estudos) os efeitos das intervenções com mindfulness nas escolas (entre o 1.º e o 12.º ano) concluindo que são promissoras na melhoria do desempenho cognitivo e da resiliência ao stresse. Mais recentemente aferiu-se que a mindfulness aparenta facilitar o pensamento crítico (Noone, Bunting & Hogan, 2016). Contribuindo as escolas para a estruturação psicossocial dos estudantes, que se pretende lhes seja útil ao longo da vida, os resultados biopsicossociais suprarreferidos parecem-nos salientar que as entidades educativas de topo lhes poderiam dar atenção, pois supõe-se que o sistema educativo português prime pela qualidade do ensino. A gestão do stresse no trabalho. Como consequência da crescente investigação onde se constatam os efeitos positivos da mindfulness, as organizações implementam cada vez mais esse treino para os funcionários (Hyland, Lee & Mills, 2015). Já Good et al. (2016), por via de uma revisão de literatura sobre a mindfulness no contexto organizacional, aferiram a influência da mindfulness sobre a atenção, que por sua vez influencia a cognição, a emoção, o comportamento e a fisiologia, os quais têm impacto no desempenho laboral, no bem-estar e nos relacionamentos. No que diz respeito à psicologia parece-nos importante referir que os psicoterapeutas também estão expostos a stressores (que podem até levá-los a contrair uma PPST, pelo facto de estarem a ouvir de forma consecutiva as narrativas traumáticas dos seus clientes; American Psychiatric Association, 2013). Num estudo com 61 profissionais de saúde mental (durante 7 dias) concluiu-se que 5 minutos de prática diária de mindfulness pode ser eficaz na redução do stresse (Lam, Sterling & Margines, 2015), logo, esta prática poderá ser uma mais-valia na autogestão do stresse dos psicólogos clínicos, contribuindo para prestações de serviços com mais qualidade e por consequência para uma maior perceção de autoeficácia, bem como para uma eventual redução do dropout. A gestão do estilo de vida. Ficamos com a perceção de que a meditação é uma espécie de medicação natural. É o que salientam os resultados aferidos num estudo transversal com 256 aprendizes de monges Zen japoneses: quanto mais tempo de prática maior a perceção da qualidade de vida e a saúde mental em geral, mesmo trabalhando em ambientes stressantes (Shaku, Tsutsumi, Goto & Arnoult, 2014). Terminamos então com uma reflexão sobre o estilo de vida (i.e., “a maneira típica de viver, ou modo de vida, que é caraterístico de um indivíduo ou grupo, expresso por comportamentos, atitudes, interesses e outros fatores”; VandenBos, 2015, p. 601) da população portuguesa: num país que é o 3.º maior consumidor de antidepressivos do mundo (OECD, 2015), poderá a mindfulness vir a ser um coadjuvante de uma mudança positiva na qualidade de vida dos portugueses? Poderão as instâncias governamentais e educativas de topo contribuir ativamente para essa mudança?

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Referências American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5.ª ed.). Arlington: American Psychiatric Publishing. Baer, R. A., Smith, G. T., Lykins, E., Button, D., Krietemeyer, J., Sauer, S., Walsh, E., Duggan, D., & Williams, J. M. G. (2008). Construct validity of the five facet mindfulness questionnaire in meditating and nonmeditating samples. Assessment, 15(3), 329–342. DOI:10.1177/1073191107313003 Bishop, S. R., Lau, M., Shapiro, S., Carlson, L., Anderson, N. D., Carmody, J., Segal, Z. V., Abbey, S., Speca, M., Velting, D., & Devins, G. (2004). Mindfulness: A Proposed Operational Definition. Clinical Psychology: Science and Practice, 11(3), 230–241. DOI:10.1093/clipsy.bph077 Bodenlos, J. S., Noonan, M., & Wells, S. Y. (2013). Mindfulness and alcohol problems in college students: the mediating effects of stress. Journal of American College Health. 61, 371–378. DOI:10.1080/07448481.2013.805714 Earley, M. D., Chesney, M. A., Frye, J., Greene, P. A., Berman, B., & Kimbrough, E. (2014). Mindfulness intervention for child abuse survivors: a 2.5-year follow-up. Journal of Clinical Psychology, 70(10), 933–941. DOI:10.1002/jclp.22102 Fjorback, L. O., Arendt, M., Ørnbøl, I. E., Fink, P., & Walach, H. (2011). Mindfulness-Based Stress Reduction and Mindfulness-Based Cognitive Therapy: a systematic review of randomized controlled trials. Acta Psychiatrica Scandinavica, 124(2), 102-119. DOI:10.1111/j.1600-0447.2011.01704.x Good, D. J., Lyddy, C. J., Glomb, T. M., Bono, J. E., Brown, K. W., Duffy, M. K., Baer, R. A., Brewer, J. A., & Lazar, S. W. (2016). Contemplating Mindfulness at Work: An Integrative Review. Journal of Management, 42(1), 114-142. DOI:10.1177/0149206315617003 Guardino, C. M., Schetter, C. D., Bower, J. E., Lu, M. C., & Smalley, S. L. (2014). Randomised controlled pilot trial of mindfulness training for stress reduction during pregnancy. Psychology & Health, 29(3), 334–349. DOI:10.1080/08870446.2013.852670

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Gur, R. C , & Sackeim, H. A. (1979). Self-deception: A concept in search of a phenomenon. Journal of Personality and Social Psychology, 37(2). 147-169. DOI:10.1037/0022-3514.37.2.147 Halland, E., de Vibe, M., Solhaug, I., Friborg, O., Rosenvinge, J. H., Tyssen, R., Sørlie, T., & Bjørndal, A. (2015). Mindfulness training improves problem-focused coping in psychology and medical students: results from a randomized controlled trial. College Student Journal, 49(3), 387-398. Hyland, P. K., Lee, R. A., & Mills, M. J. (2015). Mindfulness at Work: A New Approach to Improving Individual and Organizational Performance. Industrial and Organizational Psychology, 8(4), 576–602. DOI:10.1017/iop.2015.41 Kabat-Zinn, J. (1982). An outpatient program in behavioral medicine for chronic pain patients based on the practice of mindfulness meditation: Theoretical considerations and preliminary results. General Hospital Psychiatry, 4(1), 33–47. DOI:10.1016/0163-8343(82)90026-3 Kabat-Zinn, J. (1996). Mindfulness Meditation: What It Is, What It Isn’t, And It’s Role In Health Care and Medicine. In: Haruki, Y., Ishii, Y., & Suzuki, M. Comparative and Psychological Study on Meditation, pp. 161-169. Delft: Eburon. Kabat-Zinn, J. (2005). Wherever you go, there you are: mindfulness meditation in everyday life. Nova Iorque: Hyperion. Lam, A. G., Sterling, S., & Margines, E. (2015). Effects of Five-Minute Mindfulness Meditation on Mental Health Care Professionals. Journal of Psychology and Clinical Psychiatry, 2(3), 1-6. DOI:10.15406/jpcpy.2015.02.00076 Lauche, R., Cramer, H., Dobos, G., & Schmidt, S. (2013). A systematic review and metaanalysis of mindfulness-based stress reduction for the fibromyalgia syndrome. Journal of Psychosomatic Research. 75, 500–510. DOI:10.1016/j.jpsychores.2013.10.010 Marchand, W. R. (2014). Neural mechanisms of mindfulness and meditation: Evidence from neuroimaging studies. World Journal of Radiology, 6(7), 471-479. DOI:10.4329/wjr.v6.i7.471

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McEwen, B. S. (2000). Allostasis and allostatic load: Implications for neuropsychopharmacology. Neuropsychophamacology, 22, 108-123. DOI:10.1016/S0893-133X(99)00129-3 Mitchell, M., & Heads, G. (2015). Staying Well: A Follow Up of a 5-Week Mindfulness Based Stress Reduction Programme for a Range of Psychological Issues. Community Mental Health Journal, 51(8), 897-902. DOI:10.1007/s10597-0149825-5 Noone, C., Bunting, B., & Hogan, M. J. (2016). Does Mindfulness Enhance Critical Thinking? Evidence for the Mediating Effects of Executive Functioning in the Relationship between Mindfulness and Critical Thinking. Frontiers in Psychology, 6, 1-16. DOI:10.3389/fpsyg.2015.02043 OECD. (2015). Health at a Glance 2015. OECD Indicators. Paris: OECD Publishing. DOI:10.1787/health_glance-2015-en Pe, M. L., Koval, P., Houben, M., Erbas, Y., Champagne, D., & Kuppens, P. (2015). Updating in working memory predicts greater emotion reactivity to and facilitated recovery from negative emotion-eliciting stimuli. Frontiers in Psychology, 6, 372. DOI:10.3389/fpsyg.2015.00372 Santorelli, S. F., & Kabat-Zinn, J. (2014). The Center for Mindfulness in Medicine, Health Care, and Society: University of Massachusetts Medical Center 1979-2014. In S. F. Santorelli, & J. Kabat-Zinn (Eds.). Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR): Standards of Practice, pp. 111-115. Massachusetts: The Center for Mindfulness in Medicine, Health Care & Society, University of Massachusetts Medical School. Shaku, F., Tsutsumi, M., Goto, H., & Arnoult, D. S. (2014). The Journal of Alternative and Complementary Medicine, 20(5), 406-410. DOI:10.1089/acm.2013.0209 Sharma, M., & Rush, S. E. (2014). Mindfulness-Based Stress Reduction as a Stress Management Intervention for Healthy Individuals: A Systematic Review. Journal of Evidence-Based Complementary & Alternative Medicine, 19(4), 271-286. DOI:10.1177/2156587214543143

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Song, Y., & Lindquist, R. (2014). Effects of mindfulness-based stress reduction on depression, anxiety, stress and mindfulness in Korean nursing students. Nurse Education Today, 35, 86-90. DOI:10.1016/j.nedt.2014.06.010 VandenBos, G. R. (2015). Lifestyle. In G. R. VandenBos (Eds.). A.P.A. Dictionary of Psychology (2.ª ed.), p. 601. Washington: American Psychological Association. Zainal, N. Z., Booth, S., & Huppert, F. A. (2012). The efficacy of mindfulness-based stress reduction on mental health of breast cancer patients: a meta-analysis. Psychooncology, 22(7), 1457-1465. DOI:10.1002/pon.3171 Zenner, C., Herrnleben-Kurz, S., & Walach, H. (2014). Mindfulness-based interventions in schools-a systematic review and meta-analysis. Frontiers in Psychology, 5(603), 1-20. DOI:10.3389/fpsyg.2014.00603

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