Tremévolo, de Adán Echeverría (poemas)

July 6, 2017 | Autor: Adán Echeverría | Categoria: Literature, Poems, Poesía mexicana, Poemas
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Tremévolo Tres lados de un m ismo rostro

Adán Echeverría

Ing. César Bojórquez Zapata Presidente Municipal de Mérida Sra. Susana Bustillos Lope de Bojórquez Presidenta del dif Municipal Profra. Flor Díaz Castillo Presidenta de la Comisión de Educación y Cultura del Ayuntamiento de Mérida Lic. Ligia Beatriz Sosa Alcocer Regidora de la Comisión de Educación y Cultura del Ayuntamiento de Mérida Lic. Renán Alberto Barrera Concha Regidor de la Comisión de Educación y Cultura del Ayuntamiento de Mérida Mtro. Roger Heyden Metri Duarte Director de Cultura del Ayuntamiento de Mérida

Portada de Javier Muñoz Näjera dr © Editorial Praxis dr © Adán Echeverría Primera edición, 2009 isbn 978-607-420-023-2

Reservados todos los derechos. Ninguna parte de este libro puede ser reproducida, archivada o transmitida, en cualquier sistema –electrónico, mecánico, de fotorreproducción, de almacenamiento en memoria o cualquier otro–, sin hacerse acreedor a las sanciones establecidas en las leyes, salvo con el permiso escrito del titular del copyright. Las características tipográficas, de composición, diseño, corrección, formato, son propiedad del editor. Editorial Praxis, Vértiz 185-000, col. Doctores, del. Cuauhtémoc, 06720, México, df, telefax 57 61 94 13 w w w. e d i t o r i a l p r a x i s . c o m

Adán Echeverría Tremévolo

Tres lados de un mismo rostro

Anatomía distante y sin retornos

¿cómo llamarla vencedora si la muerte la habita y la define?... Rosario Ferré

Tendré que agradecerte el odio,

el acto terrible de nombrarme, la solidez de ojos en la espalda, el arma de tus dedos en mi hambre. Agradecerte las mordidas al cabello, esa sombra que me cubre los pulmones.

Quiero agradecerte por tus ríos,

por no abrirme las entrañas con esa música tuya tan filosa, por esa música tuya de dientes poderosos, esa música silente en que me guardas.

Voy a darte gracias por cada relámpago,

cada almohada envilecida por tu vientre, por cada espino en que cubriste mi osamenta. Déjame rendirme a tus omóplatos, por no permitir que cuelgue de los árboles, no permitir que el ácido me filtre en la garganta, que la luz me vaya renovando.

déjame agradecerte

las gaviotas de mis noches, los cerezos que cantaste y toda la noche con que cubriste mis hojas secas, mis piedras y la cuenca de mis ojos.

9 A nato m í a d ista n t e y s i n r eto r n os

I

Yo era un vagabundo intelectual e inacabado,

el resto era un avispero y tu rostro desleído por la edad. Yo era un escupitajo del error humano, en esta solución impuesta escapaba de tus nervios. Bajo el icono reflejante eras la lengua y la dulzura de un asesinato.

No te recuerdo y has estado pergamino y látex. No te imploro más que en la memoria y la dejadez tirana, en los rieles de la mente donde te has volcado. Vas caminando como un muerto y eres la Muerte. ¿Qué me queda de la voz si ya no tengo cuerpo en alabanza? Dejé de sentir la humanidad y miré tu rostro entre las máscaras, tus uñas negras y el golpe enramado en los tobillos. Eras el torbellino de palabras que se fingió cascada, río místico con las raíces expuestas, ala rota, abrigo para la miseria de mis párpados. ¿Qué nos deja la noche sino un poco de sangría la última copa reluciente, las maletas y tus libros maltratados? Otros dedos delineaban las manchas y tú saltabas la cuerda mientras yo me corregía góndola. 10 A dá n Ec h ev er r í a

Acá estoy esperando por los cuervos de tus noches. Dame la victoria de este remolino a que me avientas. Era tu mano el arpa en que sostenía mi cordura. En el ritmo del diamante guardamos nuestro aire enrarecido. Con su brillo hemos rescatado los paisajes oscuros. Fuimos tarde amarga, carretera abierta, novenario inacabado. Nos llovimos. Una y otra vez nos olvidamos en el borde de la cama ignorándonos reticentes al veneno que encerraba nuestra lengua. Nos dimos la voz y te sangró la boca. Nos dimos golpes y el grito se nos volvió aletazo. No me abarcas (pensaba) y te revolvías en los cobertores. No me daba cuenta que tus noches eran arpegios de la bestia. Ellos te esperaban. Tú te regalabas en la emoción de un nuevo hallazgo.

11 A nato m í a d ista n t e y s i n r eto r n os

II

Y esa chica, esa adoles­cente, era la que lo arrastraba ahora con una determina­ción diabólica. Mempo Giardinelli

¿Buscarte?

Todos te buscan, ¿quién te encontrará en el resorte de las camas?, ¿o eres tú buscándolos? ¿Para qué otros rostros para qué otros nombres? ¿Mi orgasmo no te basta? ¿Te bastará la ruina de mi carne, mi garganta lumínica y la estrella de mi párpado? La luz no se cuece entre las líneas, hace falta la hoja en blanco, dictarte en el amanecer: Brazo de roble Tórax de plumas Piernas de sílice Todo compenetrándose en tu ser ameba inexpandible Tanta furia Tanta fiera Todo en la quijada Desarraigándose desarraigada.

12 A dá n Ec h ev er r í a

III

No os dejéis seducir: no hay retorno alguno. Bertolt Brecht

Mienten tus líneas de ya no ser crisálida,

tarántula eclipsada y soberana ardiente de polillas; miente la voluntad de tu escapar sobre mi cuerpo, el abarcarse exacto dentro de la fruta. ¿Acaso no te diste cuenta del grillete que sembrabas? ¿Que mi costilla no pudo más con el implemento de tu diente? ¿No te dabas cuenta, bruja, que ya no podía respirar en tu luminiscencia? Ala rota, ¿no te diste cuenta? ¿incólume no te abarca mi garganta? A pesar de escarbar a contravoz o en contrabando me he definido soluble a tu lagrimear incandescente.

13 A nato m í a d ista n t e y s i n r eto r n os

IV

Acá me tienes imprimiendo las voces.

Acá sentado y con la noche sin salida. Eres uña, un pantano, tan sólo una manzana que no quiere caer. Y yo en el árbol con mi cara de mono no te llamo más mi negra Acá me tienes, fugitiva. Dime que no eres eterna, que no me lates en las venas y que nunca me has plantado un beso en la nuca, dime que no eres el diamante en que corregí las noches, que tus manos no están rotas de tanto masturbarte. Dime si la noche nos puso su entrepierna solícita, que no hay olvido ni quimera subsecuente, que no hay pasión serpiente ni mano abismal, que no hay polución ni pantalones raídos, que no fueron tus calzones ni tus pechos de estrías, que no fueron tus cabellos empolvados ni tus rodillas cicatriz, que no fueron tus dientes amarillos ni tus axilas vulnerables, que no fueron tus vellos púbicos ni tus labios vaginales de sulfuro que no fueron tus orejas, tus ojeras de libros, que no fueron tus blusas ni la ropa hindú que tanto te gusta, que no fue el café ni las madrugadas de tu voz hiriente, que no fue la lluvia de tus senos ni tu caminar ensimismada, dime que no fuiste tú, pantera blanca, dime que no has sido tú la que se doblegó por otras jaurías, que no fuiste tú la lengua ennegrecida, que no fuiste tú quimera insana, 14 A dá n Ec h ev er r í a

indisoluta

tú con mi clamoreo, con mi violencia de labios, y mi ácida conciencia que siempre se endurece, dame el puño amargo, dame la uña, látigo y rasgadura. Nace de nuevo en mí, purificante puta.

15 A nato m í a d ista n t e y s i n r eto r n os

V

Aun abierto me voy como una pluma al aire

y no me responden las piernas en la noche cabra, ni la indómita caricia porque no me perteneces, ¿me perteneces?, ¿me has pertenecido con tu constante búsqueda de nuevas voces?, ¿de nuevas caricias que te adulen la idolatría reflejada?, ¿de tiempos negros en que te sacias de semen y vida nueva?, ¿de labios y manos rotas?, ¿de plumas y huecos áridos?, ¿qué quieres de mí? ¿a qué has venido? Si ya no me tientan tus muslos ni tu cabellera porque estoy roto por dentro, roto como la concha que ya no se describe y no da vueltas en sí misma como espiral de la amargura. Es la herida un picotazo en los pulmones del cáncer. Yo soy un vagabundo intelectual e inacabado.

16 A dá n Ec h ev er r í a

VI

M

e has acabado la calma y mi destino es un aeroplano y un cuarto de dos por dos metros en Coyoacán para poder dolerme, para poder traerte hasta el vidrio o tirarte la puerta, caminar las librerías, beber café sin esperar por las meseras o cruzar las avenidas sin soltarnos las manos, saltar de charco en charco hasta el último edificio, trepar las azoteas para mirarnos el rostro bajo la neblina, resquebrajar los sueños y compromisos de sudor y sábanas limpias, ya no a las hijas de ambos esperarlas en el borde de esta ciudad aborrecible; no más tiempos de metros y besos largos; tú sentada en mis rodillas, robándome el aliento en luces parpadeantes. No más caminar las estaciones y sentir la lluvia en las chamarras, atascar las librerías y reírnos del café y malos lectores. Todo te pareció pequeño, poco, inmerecido, ni saltar la ropa y esconder los condones en las páginas, ni jugar en la oreja del conocimiento: hay un verso colgado en la cornisa, un verso libre de aeroplanos y ruedas de la fortuna, un verso delirante por la sobredosis y la garra del humo. No puedo más con tu ignorancia de mis días, con tu negación de mis días de plomo, porque estoy acabado, bordeable, soluble, inactivo en la voz que se doblega. 17 A nato m í a d ista n t e y s i n r eto r n os

VII

¿Qué cosa es la nube que me llena el estómago de

ardillas insaciables?, ¿qué me costra los labios y me arde las tardes llenas de sulfuro?, ¿qué me llama al silencio para observarte beber vino blanco? Derrámalo todo, derrama todo lo que ha sido una espera o un grado de equilibrio insano. Ha sido no ha sido asido a tus límites infames, ya no queda culpa ni voces sobre el aletazo, ya no puede la culpa servirnos de campana ni voltear las noches de cabeza entre los edificios. No nos llamaremos más como en las páginas del Génesis, no podremos bautizarnos en el agua del silencio ni en la carne; fumaremos a escondidas desde los balcones o nos haremos uno junto con la página en blanco, ya nada nos queda al enredarnos la lengua sobre la ceniza. Qué te pasa, mujer, que así desgarras mis ropas, qué te ha pasado que no encuentras tus rodilleras en mi cama.

18 A dá n Ec h ev er r í a

VIII

Allá es tu vida sobre esa noche que quisiste herirme,

que quisiste conquistar la violencia de ya no pertenecerme, he quedado gordo y flácido, borroso en el espejo de la decrepitud donde me instalaste a rumiar el tiempo, a escoger el viento mejor que ya no me victime: No habrá más pergaminos que respalden tus miradas, no habrá profecías en dónde reclamar la Nada.

19 A nato m í a d ista n t e y s i n r eto r n os

IX

Déjame aullar sobre mi cuerpo

que baje a las alcantarillas para arrodillarme ante la victoria de tu vida, que baje al inframundo en que me reconozco ansioso por los lobos que sangran en mis muslos; déjame enredarme el opio dentro de las vértebras, que me sirva esta luz que se lo come todo, que me sirva esta navaja que anida entre mis venas para rasgar el rostro de saberme tuyo hasta el huesito. Todo me dimite al abandono y me deshago música, párpado y terroso laberinto de ese fauno que soy, que he sido admonitoriamente encorvado como el arcoiris que doblega, como el arpa silenciosa de los edificios con temor a caer sobre los automóviles; ahí va mi cuerpo volando en libertad.

20 A dá n Ec h ev er r í a

X

¿Quién ha ganado en nosotros?

El intelecto —la rémora del sol sobre los rostros El sabor prohibido —el maldito nihilismo El amarillarnos —el dolor de espalda El rencor invicto —el paraguas de la caricia y la calamidad El poder de la honra —la sujeción de estratos en que nos dividimos. Yo que siempre pierdo y me ahogo en multitudes entrego mi derrota y soy poderoso e irrenovable, como una voz diminuta injertada en los oídos me corro sobre las pieles lustrosas. El aeroplano —la cabeza de la hidra El remolino de sudor —la noche ya sin brazos o el retorno de la voz sobre cada paso en que nos alejamos.

21 A nato m í a d ista n t e y s i n r eto r n os

XI

No me dilates.

No me dispares al epicentro de tus espinas y cardos lunares, parricidas espermáticos nos hemos vuelto coráceos como las calles de estrellas que diluyen, se filtran las nubes y los remolinos rendidos a la noche, el silencio y su neón sobre cada cuerpo desgarrado, sobre cada piedra que se percibe intacta.

22 A dá n Ec h ev er r í a

XII

Qué no ves que te he acercado las mareas,

que la arena no me basta para poder plantar mi huella en tu búsqueda; no lo notas, no lo alcanzas a dibujar en cada arremetida de cabras a tu costado; he aquí las margaritas que siempre tengo dispuestas junto a la ventana, un poco de miel, un poco de agua serán todas las abejas las que promulgarán sus intemperies, donde no hemos vuelto a equinocciarnos porque no hay motivo, nada más que tus cejas duras y maquinistas del tiempo donde me guardo los lobos, tus cuartos amplios donde me recibes y el beso tan delgado y húmedo en que palidezco.

23 A nato m í a d ista n t e y s i n r eto r n os

XII

Qué me has dado sino el más puro dolor

purificado y rectilíneo, retardado y trovador de lunas, porque siempre ha sido robarnos el tiempo y la caricia, ha sido desecarnos junto al ventilador, observando el odio creciendo rojo en la pupila. Nos gusta el dolor (somos así: cuarzo y machete desgastado) y crece la angustia de perdernos para siempre entre los autobuses, entre las manos de otros, paso por paso (somos así: lágrimas y golpes en el rostro), garra por garra, labio por labio, soberbios e invencibles; de tu piel a mi piel cuelgan los orgasmos.

24 A dá n Ec h ev er r í a

Estanterías dionisiacas Pornoversos y calumniaditas sin censura

Y conforme el tiempo pasaba, más fuerte era en él ese sentimiento. Jamás le había parecido tan atractiva. […], jamás le había subyugado de esta manera. Sabía que iba perdiendo el dominio sobre sí mismo; era algo que lindaba con la locura. León Tolstoi

Introito luego del brindis.

Venga el alcohol y la vendimia, la noche y el aroma del tarro, la sobremesa de cantina y los clamores, el retablo de las ardientes lenguas, los pasos de esquina a esquina, en cada escalón, la furia. Dejen que me inflame, que suelte mi verso amoral y nocheciente, mi verso-dardo irreparable. Suéltenme, golondrinas sanguinarias, allá mi rencor y mi canto mordiciento asfixiado y abusivo; abran paso, dejen que estalle dentro del vaso de whisky mezcalero.

27 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

I

Se humedecieron las camas esperándote,

la noche es una fiesta panza arriba y todos gritan, se presienten las cortadas y arden las yemas. Salimos a buscarnos el rostro y nos vimos inmediatos, pertenecientes a un lugar distinto a los siglos de papeles y dioramas, a las voces de los libros inflamados. Yo entraba sobre tu muslo y tú, en el abrazo incandescente, me dabas jauría y gemido. Ya no era sólo el pene ensimismado, abierto de par en par para recibirte, ya no era con mi recto, aquel estado perenne en que te nombro; te he reconocido cada uña, cada dedo colmado de diamantes, agridulce, dulcinea, almibarina, tres colores diferentes: lumen, líquido, ámbar. Con los remos de las piernas has guardado mi fruta en tu vestido; siempre tú, siempre cama doblegada hasta ceniza.

28 A dá n Ec h ev er r í a

II

Dame el pedazo de silencio que me compromete,

déjame arrancarte la corazonada súbeme, súbeme, súbete, no claudiques en el intento de domarme, potro nácar, cinturón de cuero; y ella me dijo algo acerca de la soledad, soberbia irresistible, transparencia de colmillo; en el eco de tus gritos me he remolinado sobre tus pantimedias, bajo tus ligueros. Oh, flor entumecida, me he dado entero, entronizado entre tus pliegues de corazoncitos, con la cabellera roja, en tus arandelas carcomidas por el polvo donde nada guarda la pólvora de incendios; así me has desprotegido.

29 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

III

Bríncame,

¡bríncame sobre todo! deja caer tu espejo sobre el vientre, en el lodazal del sueño equidistante donde regodeas los muslos con esa crema que escurre de tus labios hacia la semilla, esa semilla que siempre tiraste al inodoro, ese dardo en que te tragas las pastillas después de perdurar noche a noche sobre el coito, guardando los condones bajo las axilas; en cada ciudad un hombre te persigue los olores, alas blancas, huracanes de silencio, brinca tu mano fuerte, rápido resorte tu mano tomándolo todo en el asalto machácame la música al final de la esfera cuelga un roce de crucifijos que todo lo circunda Bríncame, ¡bríncame sobre todo! cubre la final diosera de las apuestas que perdimos, que todo apesta con su agridulce sabor pimienta sus hombros, los tobillos, y el contorsionarse dentro de la boca sobre el labio oscuro, oscuro corazón omnipresente, ¡bríncame sobre todo! Hasta el rostro que sólo es una ceja te lo ha dicho 30 A dá n Ec h ev er r í a

que es todo una sonrisa de rinoceronte y no has querido parecerte al fauno que te formó los contraluces. Salta delante de mí. Sal para siempre de mí, hasta el estallido de las frutas y las nubes del rocío, a las rondas en que no puedo abarcarte, siempre en otras bocas precipito fuera de tu alcance.

31 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

IV

Tu dedo en la entrada de mi nombre,

dedo de rubíes y una espina transparente entra en la llanura de mi hueso, negro mi hueso, pardo mi espíritu buscándote, atáscate, pantera blanca, golfeando la sobredosis del aburrimiento Pliégate, plegándonos pleamares a mi cordura inhóspita, hospitalaria, ¿dónde queda mi cerebral parto de misterio, mi guarida última, mi refugio único alejándome de tus furiosos dientes? Muérdeme ramera calva, pégame cual látigo en las costras, ahí donde me hago pequeño. Sólo me queda el nombre y el culo sangrante de unicornios.

32 A dá n Ec h ev er r í a

V

En este sitio de dioses descompuestos

somos jauría, lo sabes, nos reconocemos como actos circenses, como voladores del asfalto creciendo en edificios. Ya no quedan ventanas donde escondernos. Era la calle ancha y desolada, temblábamos de frío. No llegan los taxis, sólo decirnos «te esperaré» al eco de dos voces. Ahí entre los libros cae tu mano y arrugas la página yo te entro entero y no me dislocas glande, me remolinas luceros sobre el malva de tus piernas edificio edificio edificio devastado los pies hacia el techo, la oreja en los labios. Este cuerpo que ya no reconoces, esta hoja blanca que ya no me percibo. Ohhhh, esos tus senos y la fotografía. Ahhh. Ahí en el gemido te dispones al disparo. Mátame, quedaré grabado en la cera hirviente, en las alas de tus muslos para depilarnos la sinrazón de otros amores. De otros amores, bruja, extintos amores cacharros imperdurables y cenicientos cachorros como el edificio que se ha vuelto polvo irrespirable, edificio que abre sus ventanas para expulsar olores; 33 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

los perros ladran a lo lejos, la perra corre también lo más lejos que puede de la jauría que le perfora el sexo, uno a uno, todos al mismo tiempo y sin descanso; así nos hemos amado, con el amor de los perros y esos calores de agosto. Setecientas costras nos lameremos, ya verás. Setecientas noches, hambrientos de equinoccios y en el trébol del alba volaremos la sangre sobre las paredes, los nombres sobre las cornisas, los huesos sobre las lámparas que iremos aventando desde el techo. Tírame en la cara ácido; este suicidio colectivo nos lleva a los mercados, de ahí al café de siempre, voceándonos por las esquinas. Ella leía. A veces yo también leía con ella o me dedicaba a leerle la mano.

34 A dá n Ec h ev er r í a

VI

Ven a orinarme, ornitorrinco.

Ven a volverme paradigma. En tu silencio va la voz dormida, escapa el agrio malestar de arremeterse uno contra otro y sin dispararnos de cerca, grabarse los dedos en cada centímetro. Enrédame el vello entre los dientes. Te lameré el clítoris en círculos: girar, girar la lengua hasta ser autopista y semáforo rutilante, déjame deletrear mi nombre en tu vagina. Cruces sobre mis techos, sobre mis palmas cruces, sobre el palmo de tomarte, tírame los clavos en la cama, palmo a palmo, verso a verso en esta encrucijada, en esta carcajada herida que eres, que ya no se discute: toda tú eres sonrisa diabla, toda tú aletazo y no tengo más golpes que brindarte.

35 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

VII

Juntar los dedos como para tomar el agua.

Te cubro el pubis. No quiero entrar, ni siquiera tocarte enfurecida y en cueros, esperando corácea y atigrada con el vaho. Quiero castigarte con la punta de mi lengua, rozarte con el glande sin hacer la embestida, sin llegarte a los cuervos, a las cuerdas de la cordura impuesta. El salivazo resbala, el hueco de mi mano, un dimitir de sombras. Cómo nos ha goteado el techo.

36 A dá n Ec h ev er r í a

VIII

Dime dime dime que soy tu dios, quiero violarte.

Dime dime dime que no me acabo tus relámpagos, defécame insaciable. Mírame comerte los reflejos, dibujarte latigazos, lamer tus excrementos insípidos y enfermos; un buscador de sombras surge de mis ojos parasitarios, inhalantes, devoradores, regurgitantes, explotadores calamitosos, mis ojos que lo creen todo. Dímelo con gritos auriculares, dímelo sobre la costra con el dedo y el masaje en los pezones. Ciérrame los ojos. Clausúrame tus líquidos. Deja tus vómitos sobre mis alas. Deja cogerte las axilas y volcarme intacto hasta que los ojos se desangren.

37 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

IX

Vamos a abrir la puerta

a la revolución de sombras y alaridos lunares para comer tus ojos disecados, tus ojos piedra pómez y sin sangre, tus ojos cremallera sin botones, tus ojos, moribunda y caminante, tus ojos, hierbabuena y remolinos, tus ojos de negra voz que no puede callarse. Vamos a abrir la noche; mientras vienen ellos a rasparte las heridas, abramos la garganta mientras te acarician las piernas ellos, todos los que te dicen: pequeña.

38 A dá n Ec h ev er r í a

X

Juntos iremos al velorio

a besarnos mientras rezan por su descanso eterno. Rogad por él, dadme una estrella dibujada en la pared. Ruega por él, no me sueltes, entra más rápido sobre el riel de mi pasado; más fuerte, así, completo, la tarde nos maldijo. Ruega por él, ruega por él, ruega por él... Que todo se incendie. Incendios de manos y pasadizos informes de mi cuerpo. Hay una vela de muerto. Tus ojos me persiguen por el techo. Tírame las velas encima, tu semen sobre el rostro, pálida, pálida la muerte siempre llega. Ruega por él... Ruega por él, por el dios que me circunda, acúname en el féretro, cárgame, quiero apretar el ibis de tus nalgas, el ruiseñor que siempre te victima, el ídolo de oro que me has preparado en la bañera, bésame. Besáronse y se acabó el misterio, comienza el remolino, el escozor de las palpitaciones. Ruego por él. Todos nos miran; se han calentado las manos y se palpan el sexo hay un ornitorrinco ardiendo en medio de la casa hay un trapezoide que nos mira cabizbajo. 39 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

Todos están ardiendo en el fuego que somos crematorio, dormitadas velas de la madrugada. Qué mejor entierro que enterrarnos, enterrarte el pene y el ojo básico de cada noche, que me entierres el dedo en la cicatriz podrida. Chuparlo todo. Cómete esa vela encendida. Tira el cadáver a la alfombra, que a nadie le importe el chillido de las ratas. La vida se ha quitado el sostén. Al cura se la está chupando la rezadora harpía; ahí se besan los acólitos, la amante quiere acariciar al muerto, acariciársela al muerto y ya está hecha la fila de las lamentaciones; construyamos un nuevo muro de niñas pequeñitas que brincan los amaneceres. Ruega por él para sabernos destello y calumnia, seamos invierno victimario, traslúcido y coráceo, como tu vendimia.

40 A dá n Ec h ev er r í a

XI

Veré de recordarte abierta,

la vagina rasurada, el olor a cuervo como hembra fanerógama, revolución impuesta, licuefacción, facciones, sobrecargos, sobrenombres del dolor que ya no puede sentirse, de la noche que se queda mirándonos; tú que escarbas tu propia cueva, yo colgado de aquel árbol, sentirse sedimentariamente publicitados el uno sobre el otro hasta doblegarse los nudillos sintiéndonos ilusos lumínicos lunarios por los terremotos que nos sobreviven. Las camas ceden, las horas se abarcan quietas el grito ahogado en las almohadas; nos forma la mirada y nos miramos alejar el uno al otro, seamos felación y distancia abrigadora. Acá la cercanía de unos senos calientes. Tantos fornicantes genocidios.

41 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

XII

¿Recuerdas los testículos ensalivantes y

serenísimos? ¿Recuerdas el almizcle derramado? Hay un pardo colibrí remolinándote la lengua. Acá me tienes, dispuesto a lamerte las axilas y arrancarte rosas, a orinar sobre tu cráneo. Hay una muñeca sin rostro aquietándote la sarna.

42 A dá n Ec h ev er r í a

XIII

He de roncar en tu oído,

amaneceres de cardo y humo blanco lo anuncian, aúllan las oraciones de sabernos contagiados, infectos y nacientes. Somos pómulo, grillete, chancro terrorífico, atávico y soberbio. No me digas que tienes miedo de enlunecer con mi amargura. Amargo semen se dispara sobre tu ropa. Sácame las vértebras y deja que sea pólipo, que me sienta irredimible paranoico, supranaciente y recrecido, caricia alondridada en que no me bañas los tobillos, ni me cargas en los hombros hasta la bañera. Quiero tu beso salobre y de ceniza, quiero el humo de tus labios cada noche y me sometes al candoroso eclipse de tus lunares, tu saliva venenosa recorriéndome la herida colmada por la lengua espinaizante.

43 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

XIV

Vamos a matarnos todos juntos,

a brindarnos el suicidio colectivo. Violemos a tu madre, cercenemos a tu hermana. Vamos todos a violarnos mutuamente; corran, corre correrías, callejones y el romper la ropa. Muévete, perra, has llegado al límite. Todo se ha dicho y estamos de vuelta sobre el viaje, acá no hay poluciones ni inventos que dominen. Los clavos estallan en la lengua. Déjame, déjate. Tú morena y morenaza, quiero que juntas se restrieguen el pubis de plumajes multicolores, se besen tras el muro mientras sus novios esperan con los picos afilados, con los labios cuajados de preguntas y dispuestos a la flama; que ellas se hurguen la carne mientras ellos las imaginan dulces, que se espanten la caries de la lengua ensalivada, hembra, hembra y nada de cosquillas arrancándose las bragas. ¿Quieres que te mire coger? Déjame sodomizarte. Clávame ese bastón de aluminio que te he regalado. Tu madre me pide que la cubra entera y que nadie quede sin lamer el crucifijo. Se me abre la espalda de tu hermana, se me abre entera y en canal para que siembre mi ponzoña, 44 A dá n Ec h ev er r í a

mi veneno alucinante que no tiene tregua, que no perdona el ave negra que soy, que he sido. Ahí estoy, persiguiéndote en la bañera en esa noche cabra. Ahí estoy, iguana y raciocinio. Seamos ratas. Somos ratas indispuestas, roedores de sombras, murciélagos de viento, cúspide. Ven a morirte encima de mi boca. Dame las plumas y despliega tus escuálidos senos hasta los cementerios en que te dispones. ¿Te acuerdas de tus rodillas en la cama? Querías ladrar y yo me quebraba los dientes en la nuca, cómo te he mordido, pequeña; quiero cogerme tu cadáver, cercenarte los ojos. Dile a ellas que ya no me reclamen, que todo queda en tu relamer pestañas, que no pude horadarles el apellido y tú me sobrevives siempre lista, linda y con las arandelas de ámbar agitándose a pesar de las botas industriales de los complejos edípicos. Te sabes repleta de gusanos y de amores que te cortan el sueño. Voy a desquitarme con tus primas, tus familiares secuestrados. Compartamos la violencia de romperles el cráneo despacito, sin encender luceros ni entonar los cánticos de las callejeras. Vengan a apoderarse de mí, persíganme con sus perros cazadores. Los espero en este punto, en este pedazo de vértebra en que no dejo de presentirme lobo, quimera equidistante que nada justifica, ni el amor, ni la muerte que llevo acá en la espalda.

45 Esta n t er í a s d i o n is i ac a s

XV

Quiero ser tu hembrita dulce,

dime si no soy buena mujercita, tú lo sabes. Lo sabes cuando me insertas tus uñas de lodo, cuando pones tus pies sobre mi pared quebrada. Ven a violarme en tus rincones favoritos, consoladores y pilas que siempre fallan. No me atraganto, no me atraganto, no me atraganto. Es la distancia una rémora silente. Préstame tu falda y yo te daré mis botas industriales, cada cosa de hembras y hombres fetichistas. No me atraganto, no me atraganto, no me atraganto. Todo es irreal en el orgasmo; hembra hembra hembra; ellos no te abarcan al trazar el equinoccio de los dos que fuimos uno firmemente, ante todo y contra todos en este devenir de lo probable nos complementamos. Compañeros de la muerte, hay que abarcarlo todo, pero nadie puede contra nuestra manzana preferida, nuestra paranoia, nuestra esquizofrenia. No dejes que me arresten. Quiero morir sobre tu mano, bajo tu rodilla polvosa, cicatriz sin frío. Quizá detrás de todas las sobredosis pueda decir con lentitud: Te amo 46 A dá n Ec h ev er r í a

La región en que me encuentro Sobredosis de anormalidades y una lata vacía

Hace falta estar ciego, tener como metidas en los ojos raspaduras de vidrio, cal viva, arena hirviendo, para no ver la luz que salta en nuestros actos, que ilumina por dentro nuestra lengua, nuestra diaria palabra. Rafael Alberti

I

Ése es tu nombre,

una escuálida madeja en que ya no me sitúo. Jugué a quererte y nada puedo contra eso. Era una luz y yo afilando la neurona en tu búsqueda. ¿Qué ha sido del estallarse para adentro? ¿Te has dado cuenta que nos volvimos dado? Acá estuvimos; en este cuerpo habitaste con tranquilidad. Tus ojos eran un no sé qué de bandera y raciocinio inoperante, para siempre inoperante en el arbusto. La flama en que se van los cadáveres, en que se sacia la sed de las panteras. ¿Acaso fuiste tú ese remolino de miasma?, ¿ese revolverse en la pared la noche?

49 L a r egi ó n en q u e m e en cu en t ro

II

Es la nostalgia,

lo que has dejado que pudran las tormentas. Y es que en esas noches nos comprometimos tantas veces a ser revolucionarios, guerrilleros, terroristas de la lúgubre agonía que abarcan las parejas. Decidimos que juntos violentaríamos los parajes, secuestraríamos ninfas disolutas y en esa empuñadura de la espada (atrave(r)sándome la frente) he quedado encharcado y reptilíneo, aserpentado, anfibiecido por tanta agua tuya y ya no más desiertos, no más desiertos donde resquebrajar mandíbulas. Así, cuatrocientos sueños fueron suficientes y te quedas con la carroña. No. ¡Ya nada es suficiente! No lo fue, no pudo haberlo sido. Si eras pantera blanca y yo unicornio afiebrentado, eras águila multicolor y garra ensombrecida que no tiene rojizos los cabellos, ni el fuego en la palma de la mano.

50 A dá n Ec h ev er r í a

Pero la noche nos quiso guardar su gélida guadaña para saborizarnos, malolernos, inmediatizarnos subsecuentes, arremolinarnos en la sobredosis del tedio, en la filtración de cada invicto lamento, insulso lamento, lamentarse de la niebla y la vendimia. Sí, eso eras, vendimia equidistante, pizca, zafra, desencanto. Sí, lo sabes bien. Lo sabes porque lo has fingido en esas madrugadas donde lanzaste tu aullido en la sabana. Yo me quedé parado en el crucero mirando las callejas achicarse entre semáforos y tú caminaste sombra hacia los montes, para tener el barro entre los dedos, pisar espinas y adentrarte en la fiereza. Ahí mirabas al chiquillo sin camisa cabalgar hacia tus ojos y me contabas sorbo a sorbo, anocheceres de grito y de luciérnaga. Dicen que soy bruja. Yo te sabía dueña de mi alma, adentrada en mi ignorancia de quebrantos, adueñada de mi espalda carcomida. Ahí en esos límites del sueño te descolgabas para hablarme de Vallejo y te leía con el frío y la música canela. Te mostraba mi caries más profunda,

51 L a r egi ó n en q u e m e en cu en t ro

mis dedos arrugados y el amarillo de los dientes; las arrugas y la gordura de mi carne. Ahí estaba escuchándote, aprendiéndome tus muecas y no importaba el tiempo, nada era más importante que adentrarme cabellera, llegarte al fondo, al hueso blanco insomne y dolorido.

52 A dá n Ec h ev er r í a

III

¿Cómo te entré? ¿No era yo acaso tú y Tú? Ezra Pound

Al fondo se ha ido todo ahora,

por este maremoto en que nos hemos arrastrado. Tú con las manos que aprendieron dobleces y distancias Yo y mi dolor de siempre estallando en la saliva Y huía de ti, de ti me alimentaba, de esta hembrafilia inoperante a que siempre estoy dispuesto con la caries en la punta de los ojos, la retina saliendo hasta la lengua, arrepentido de los labios y los besos amargos de tu pecho. Me queda tu verso, las fotografías de los tobillos chuecos, puntas de diamante, el dolor de espalda y todos tus complejos que te han hecho soberbia. Niebla Horizonte Magma Eres la victoriosa muerte que siempre me ha seguido y aquí estoy frente al espejo, como el humo en que te formas, en el agua que me aclara la calvicie, ahondado y bondadoso como siempre he imaginado, 53 L a r egi ó n en q u e m e en cu en t ro

como nunca me has sentido, como quisimos comprenderlo tantas lunas pardas, el cigarro en la boca, el cigarro de mis huesos amarillos y el grito atrapado en las amígdalas, el grito del insomnio y los tragos de arena formándonos un rostro de fragmentos, un rostro que reconoce el agua negra, esos rostros que somos siempre hacia adentro, rostros circulares en que nos reflejamos limpios por una cara y desenvueltos en el otro costado de la carne, ese armazón que somos, aceite y limadura de mordidas, mortaja y párpados sedientos.

54 A dá n Ec h ev er r í a

IV

Ya les sobro a mis huesos: ya me sobra mi muerte breve en las rodillas frías. Miguel Arteche

H

e de matarme accidentariamente, he de matarme con el símbolo de siempre laminitas de uva suave brincan en tu espalda con tus fotos ardiendo entre las llamas, tus huesos limpios, los colmillos hartos ya del abandono. He de matarme ya con la sonrisa a cuestas y el valor que me obsequia la Nada obscenadoriamente. Líquidas sombras se derraman, inundan esta casa de libros y periódicos donde no logro encontrarte, en que ya no logro saber qué eras. ¿Adicta? ¿qué eras? ¿ingrávida tetera hermafrodita? Eras tú... enamorada de este manicomio que sumerge, ¿quién te ha pagado para hacerme infeliz?

55 L a r egi ó n en q u e m e en cu en t ro

V

¿Quién te pagó la vida para serme feliz?

¿Quién te ha sido feliz para pagar mi muerte? La noche La espada El disparo La dinamita de tu nombre tus piernas de tenazas escorpiónicas Todo se queda estático siguiendo el contorno de mi vértebra sin luz en la negra solución de los silencios que hoy me has aventado al rostro: Dicen que lo puedo todo, que tengo talento improntado. Y lo tienes Y lo tenía Y lo tiene Lo tendrá de sobra en esta cicatriz que soy reflejo en esta serpiente: caricia vertiginosa de la noche.

56 A dá n Ec h ev er r í a

VI

He vuelto sobrehumano,

has vuelto infrahumana y nada me soluciona tu volverte o volvernos la espalda. Acá estoy Contigo Contra ti detenido en el desierto de las imposibilidades, en las lecturas musitadas del jardín hipnótico en que te canto: nacimos dromedarios y leones, nacimos dramalíneas y panteónicos, tra la lá tra la lá En la noche parda el sigiloso duende cuida ahí en la parsimoniosa luz que se decanta, como decae el sol en ese atardecer de la mirada, tu aquiescente mirada lo puede todo.

57 L a r egi ó n en q u e m e en cu en t ro

VII

Ella mi párpado, mi brazo, mi camino,

mi corazón, mi hombro, mi terruño. Ella en los cuatro puntos cardinales de mi cordura, en la cabalgadura de los prados, en el barro y los remolinos eólicos, en el agua que no cierra temperatura a su corpulencia. Ella en esa dosis infrahumana que tanto me victima. Ella en la noche gris de mi dolencia última. Mi cordel incierto. Mi pasión tirana.

58 A dá n Ec h ev er r í a

VIII

Allá estoy despedazado,

fértil y poderoso me recogiste y acá me miro de nuevo, vacío como esa lata que conducen los mendigos hasta el ojo, fuerte y poderoso por tu silencio, fuerte y poderoso por tu impasible tiempo eternizante. Aterrizante terrorífica dantesca solución en que nos divertimos envueltos en el aluminio de los sueños, oxidado tirito junto a los desperdicios de mi nombre te miro recorrer los puentes hacia arriba, con tu capa roja vas recogiendo lluvia, mirando cada gota entre los dedos; su transparencia de luz te abre los ojos para navegar náufragos a la mordedura de caricias.

59 L a r egi ó n en q u e m e en cu en t ro

IX

Cómo te gusta el frío,

cómo ansío andar sin camisa con el calor en la espalda, con el dardo siempre a punto, apuntando al corazón y sus condenas de opio a los riñones y esa agua dulce en que me habías envuelto para cubrir las manos y los ojos con tus dedos de humo; me alegraba de la noche de tu histeria, de la noche junto al muro de tu grito altisonante, y tú estallabas el corazón de un sapo mientras yo ardía en la hepatitis, esos contraluces que no quisimos mirar durante las noches. Todo nos hizo separar nuestra existencia, nos protegió una década para no encontrarnos y ya publicaba yo mi primer poema «El enfermo» y tú contabas apenas tus nueve años de telarañas en las zapatillas. Me naciste de golpe en la pupila.

60 A dá n Ec h ev er r í a

X

¡Es tan mala la vida! ¡Andan sueltas las fieras...! Alfonsina Storni

Cuánto hizo el destino por mantenernos aparte.

Nos mantuvimos en secreto el uno del otro tantos años, pero llegó ese día cuando nos miramos y lo supimos; amanecimos con manchas y las grietas de la piel reclamando. Nos hemos hecho tantas promesas, inaugurales promesas de poseernos. Nos hemos hecho tanto daño y ahora nos queda el frío enmohecido de un silencio arrinconado. Nos queda la noche alta y las montañas impasables de la memoria. Nos queda un río una laguna donde reconocernos, inundar las provocaciones y readecuarnos en el avión. Ahí en lo alto como lo es el muro de la indiferencia, seguiremos deseándonos la piel y la amargura.

61 L a r egi ó n en q u e m e en cu en t ro

XI

Cúbreme con tus pétalos de malva,

con tus alaridos ecuestres en que remedias grietadura. Allá / Acá / en todas partes nos haremos profecías, nos haremos promesas de dormir juntos y criar cuervos; de protegernos una y otra vez los maremotos y sus afirmaciones, sus lunas y mareas calamáridas, sus atardeceres de miradas cíclopes. Porque somos así, dioses desterrados de la pesadilla.

62 A dá n Ec h ev er r í a

XII

Volaremos las negras alas de los sueños

hacia un pantano lumínico que nada nos cambie. Pobre de la noche que nos ha traicionado, que ya no nos resiste, que no nos compromete a nada más que a odiarnos. Tú como pantera blanca Yo sin el mercurio de mis alas, como mandrágoras en agonía sin sangre que les nutra en el espejismo dilatante sueño de aguantarnos. Sin soportar el arañazo de la voz en las orejas, habremos de quedar detenidos en los árboles.

63 L a r egi ó n en q u e m e en cu en t ro

XIII

Hemos herido tanto,

hemos sangrado poco, lamiéndonos, paladeándonos como las hienas, hiriendo el cenit de alumbre en que nos alumbramos, Así invertebrándonos hasta fundirnos la piel en la construcción de un monstruo indolente. Así pardos y pertenecientes a la fauce de los brujos. Así claros como la horca, limpios como la sarna. Nos amaremos en esta ciudad que desespera de calles anchas y taxis trasnochados con las multitudes quebradas por el tráfago que te anuncia las arrugas y me daña la garganta. Tú en la lejanía de las horas. Yo adentro, siempre adentro entre papeles. en el fondo de mi gris covacha.

64 A dá n Ec h ev er r í a

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Anatomía distante y sin retornos i ii iii iv v vi vii viii ix x xi xii xiii

25 28 29 30 32 33 35 36 37 38 39

Estanterías dionisiacas i ii iii iv v vi vii viii ix x

41 42 43 44 46

xi xii xiii xiv xv

47 49 50 53 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64

La región en que me encuentro i ii iii iv v vi vii viii ix x xi xii xiii

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