Três perspectivas sobre o novo modelo de desenvolvimento

May 19, 2017 | Autor: D. Borges de Amorim | Categoria: Business Administration
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Três perspectivas sobre o novo modelo de desenvolvimento É quando o modelo de consumo empurrado começa a abrir espaço para o modelo de consumo puxado.

DIEGO FELIPE BORGES DE AMORIM Servidor Público (FGTAS), Bacharel em Administração (FAE), Especialista em Gestão de Negócios (ULBRA), Consultoria e Planejamento Empresarial (UCAM) e pós-graduando em Planejamento Empresarial e Finanças (FAVENI)

[email protected] Artigo publicado em 17 de maio de 2016 http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/3-perspectivas-sobre-o-novo-modelo-de-desenvolvimento/95526/

A perspectiva acerca do consumo global vem sofrendo transformações desde a revolução provocada pelo desenvolvimento das tecnologias livres, a partir de meados dos anos 1980 e, da popularização da internet, a partir de meados dos anos 1990. Tanto as tecnologias livres, quanto a internet, serviram de vetores para a propagação de informações e para a construção e disseminação de conhecimento. Estes dois movimentos transformaram a dinâmica dos mercados globais, onde termos como velocidade, adaptabilidade, sustentabilidade e inovação ganharam status da mais alta importância por entre às estratégias organizacionais mais variadas e utilizadas. A deia por detrás dessa rápida transformação de mercado traz consigo pressupostos - nem um pouco atuais - que se baseiam na ideia fundamental da economia: a escassez de recursos. A rápida evolução da produtividade a partir da década de 1960 teve como seu principal fundamento a produtividade massificada. Esse declínio percebido nesse modelo de desenvolvimento, a partir do fim da década de 1970, evidenciou que, a continuar as coisas do jeito que estavam, o planeta Terra estaria rumo à bancarrota já para as próximas gerações. Porém, essa mudança de pensamento não iniciou-se pelas organizações produtivas; emergiu pelas pressões de uma sociedade cada vez mais consciente e ativa. Os trabalhos realizados pelo professor Porter durante a década de 1980 ajudaram a polir tal pensamento. Sua teoria denominada "modelo das cinco forças", ainda que esteja mais inclinada ao campo do planejamento e da estratégia de negócios com foco na indústria, serviu de base para o entendimento de como as organizações competem e quais as variáveis que impactam no ambiente de mercado. Juntamente com os trabalhos do professor Stallman que colocou em prática a filosofia do software livre e com a utilização global da internet a partir da década de 1990, o processo de transformação de mercado acelerou-se como jamais viu-se. Essa transformação, em especial, no tocante a disseminação de ambientes colaborativos globais ganhou forma através das redes. Bem, mais o que tudo isso tem haver com a mudança de pensamento que permitiu à sociedade colocar em xeque o modelo de desenvolvimento até então utilizado? Podemos enumerar diversas variáveis que contribuíram de sobremaneira para o surgimento e o fortalecimento das questões ambientais e das questões sustentáveis, como crises de abastecimento de água, alimentos, combustíveis, proliferação de doenças, destruição de ambientes naturais e da camada de ozônio, etc. Mas, acredito que estes três termos - estudos sobre estratégias (Porter), filosofia do software livre (Stallman) e internet - tenham sido os vetores que condicionaram a evolução do pensamento social sobre tais questões que moldam o termo conhecido como sustentabilidade. O próprio termo sustentabilidade é passível de cerca de 80 conceituações. Isso demonstra a complexidade que se encerra sobre as questões ambientais, sociais e econômicas. O fato de que estamos saindo de um estágio de consumo empurrado para um novo estágio de consumo puxado é notório. Falarei mais sobre esse assunto no próximo artigo. Para tanto, é essencial compreendermos sobre a importância do ambiente colaborativo como ferramenta propulsora de transformações.

CRARS 047932

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