Turismo Rural: Breve análise e Recomendações para o Segmento na Bahia

September 8, 2017 | Autor: Sabrina Lewandowski | Categoria: Turismo Rural
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Descrição do Produto


ESTADO DA BAHIA
SECRETARIA DO TURISMO DO ESTADO
SUPERINTENDÊNCIA DE SERVIÇOS TURÍSTICOS
DIRETORIA DE SERVIÇOS TURÍSTICOS



6



Bacharel em Turismo pela Faculdade São Salvador, Especialista em Planejamento Regional e Gestão Ambiental pela UNIFACS, Mestre em Direção e Consultoria em Turismo pela Universidad Miguel de Cervantes, España.

Sabrina Aguiar Lewandowski





Turismo Rural: Breve análise e Recomendações para o Segmento na Bahia






Salvador
Out/2014

Apresentação
Contextualização Histórica
Considerações sobre o conceito de Turismo Rural
Importância política e estratégica para integração e desenvolvimento do turismo Rural
Aspectos econômicos do Turismo Rural.
Características do rural baiano
Características setoriais em cada Zona Turística
Levantamentos de equipamentos em cada zona.
Perfil do Turista
Recomendações
Referências







Apresentação


O presente trabalho objetiva fazer um panorama a fim de compreender a complexidade do ambiente do turismo rural baiano, podendo atuar de forma efetiva no segmento, por intermédio de soluções adequadas ao desenvolvimento sustentável. Iniciativas foram tomadas para incrementar e consolidar o turismo rural no estado da Bahia por parte da Secretaria do Turismo, em parceria com outras entidades, em esforço comum produzindo ações para viabilizar o turismo rural, alinhando normas e práticas.
Ações de estruturação e caracterização são necessárias para que este segmento não se desenvolva desordenadamente, de modo a consolidar o turismo rural como uma opção de lazer para o turista, e uma importante e viável oportunidade de renda para o empreendedor rural. Por isto, o engajamento em todas as esferas, federal, estaduais, municipais e principalmente com as associações, é fundamental para criar, fomentar, estruturar e promover o turismo rural na Bahia.


1- Contextualização Histórica
A atividade turística rural estruturada tem seu início embrionário a partir dos anos 70 na Europa, sendo atualmente um fenômeno relacionado ao reconhecimento de novas realidades sociais e ambientais, com a utilização de diferentes espaços naturais e rurais.
O Brasil tem grande extensão territorial, favorecido pelas singularidades dos ciclos econômicos e pela diversidade cultural resultante dos processos de colonização, ainda apresenta em dias hodiernos, características rurais.
Nas décadas de 50 a 70, o país passou por uma onda migratória e os fluxos populacionais das zonas rurais mudam-se para as capitais, ou regiões litorâneas, motivados por melhores condições de emprego e qualidade de vida, endossando o êxodo rural, o que dificultou a implantação de projetos para o desenvolvimento local e turístico no meio rural.
Apesar de tradicional, o Turismo Rural é atividade recente no Brasil, sendo reconhecida como estratégica para o desenvolvimento regional a partir da década de 80. Desde então, esse segmento vem crescendo gradativamente nas diferentes regiões do Brasil.
Nos últimos tempos, o segmento turístico no meio rural despertou interesse em proprietários e associações rurais que adequaram suas propriedades e abriram novos empregos, o que permitiu a fixação do homem no campo com o desenvolvimento de outras atividades que não a agrária.
Segundo a ABATURR - Associação Brasileira de Turismo Rural - o segmento rural, encontra-se em fase de expansão, o que se explica, principalmente, por duas razões:a necessidade de diversificar a fonte de renda pelo produtor e a busca pela vivência rural, como fator de alívio do stress, dos residentes urbanos.
A Organização Mundial do Turismo – OMT estima um crescimento anual do Turismo Rural em 6% com a perspectiva de escolha deste segmento turístico por pelo menos 3% dos turistas mundiais. No entanto, este turista representa uma tendência mundial no qual ele seja protagonista, e efetivamente vivencie a cultura e a experiência nos novos destinos visitados. Isto coloca em xeque a vivência no campo. Para este novo turista, a visita a zona rural é em busca de novas vivências ativas e criativas, e não apenas contemplativa.
As atividades turísticas no espaço rural brasileiro começaram a se desenvolver estruturadamente na década de 90, no município de Lages, Santa Catarina, local do surgimento dos primeiros empreendimentos empresariais turísticos. Posteriormente em São Paulo formatou-se a primeira rota rural nacional, seguido de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, propagando-se rapidamente pelo restante do país. A Bahia, a partir de 1999, vem promovendo alguns planos de desenvolvimento regional, entre eles a Rota do Cacau, na Costa do Cacau e atividades de qualificação no território de identidade do Sisal reconhecendo o potencial da atividade, como complementar ao turismo cultural e de sol e mar.

Considerações sobre o conceito de Turismo Rural

Segundo a definição do IBGE (1997),
"na situação urbana consideram-se as pessoas e os domicílios recenseados nas áreas urbanizadas ou não, correspondentes às cidades (sedes municipais), às vilas (sedes distritais) ou às áreas urbanas isoladas. A situação rural abrange a população e os domicílios recenseados em toda a área situada fora dos limites urbanos, inclusive os aglomerados rurais de extensão urbana, os povoados e os núcleos".
O Ministério do Desenvolvimento Agrário, por exemplo, adota um conceito que pode referenciar as ações relacionadas ao Turismo no Espaço Rural. Os territórios rurais são compreendidos como:
[...] um espaço físico, geograficamente definido, não necessariamente contínuo, caracterizado por critérios multidimensionais, tais como o ambiente, a economia, a sociedade, a cultura, a política e as instituições, e uma população, com grupos sociais relativamente distintos, que se relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e territorial. Predominância de elementos "rurais", sobretudo a paisagem e os elementos constitutivos da cultura, valores, história e economia. (BRASIL, 2011)
A partir dessa referência, cabe lembrar que os territórios rurais abrigam diferentes experiências e atividades turísticas. Portanto, é preciso considerar que, por Turismo no Espaço Rural, no meio ou em áreas rurais, entende-se:
"Toda as atividades praticadas no meio não urbano, que consiste de atividade de lazer no meio rural em várias modalidades definidas com base na oferta: Turismo Rural, Turismo Ecológico ou ecoturismo, Turismo de Aventura, Turismo de Negócios, Turismo de Saúde, Turismo Cultural, Turismo Esportivo, atividades estas que se complementam ou não". (BRASIL, 2008)
A Lei federal 11.771 de setembro de 2008, conhecida como Lei Geral do Turismo, dispõe sobre o desenvolvimento do turismo no Brasil, bem como sobre os segmentos turísticos.
Segundo o Ministério do Turismo
"Turismo Rural é o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometidas com a produção agropecuária, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade". (BRASIL, 2008)
O entendimento legislativo estadual sobre turismo rural, segundo art 42 da lei estadual 12.933/2014 é "o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas no meio rural, comprometido com a produção típica local, agregando valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural e natural da comunidade".
Para o desenvolvimento do turismo rural na Bahia, é interessante observar os seguintes segmentos: Turismo Rural na Agricultura Familiar, e Produção Associada ao Turismo. Este olhar específico para a agricultura familiar tem o intuito de incluir a população local no sistema de geração de riquezas proporcionado pelo turismo.
Assim, o Turismo Rural na Agricultura Familiar é entendido como:
"A atividade turística que ocorre no âmbito da unidade de produção dos agricultores familiares que mantêm as atividades econômicas típicas da agricultura familiar, dispostos a valorizar, respeitar e compartilhar seu modo de vida, o patrimônio cultural e natural, ofertando produtos e serviços de qualidade e proporcionando bem estar aos envolvidos". (BRASIL, 2010)
Já a produção associada ao turismo dialoga com programas governamentais que visam o desenvolvimento da cadeia produtiva do turismo. O programa objetiva incentivar a produção regional associada ao turismo e o desenvolvimento de negócios nos diversos municípios das zonas turísticas, proporcionando o crescimento das oportunidades de emprego e a geração de renda, a partir de processos produtivos que sejam compatíveis com a vocação regional.
Segundo o Ministério do Turismo (2011), produção associada ao turismo é "qualquer produção artesanal, industrial o agropecuária que detenha atributo natural e/ou cultural de uma determinada localidade ou região, capaz de agregar valor ao produto turístico".

Importância política e estratégica para integração e desenvolvimento do Turismo Rural

O primeiro Seminário de Turismo Sustentável em 2008, promovido pela Secretaria do Turismo – SETUR, e diversos parceiros, abriram portas para uma série de discussões sobre o assunto na Bahia. Logo após, criou-se o Comitê Gestor e Câmara Técnica do Turismo Rural do Estado da Bahia que teve por finalidade planejar, organizar e criar políticas públicas específicas para o setor. Participaram deste comitê o SEBRAE, INCRA, EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário), e ABATURR (Associação Baiana de Turismo Rural). Fruto deste comitê foi à assinatura de um Termo de Cooperação Técnica no sentido de elaborar política pública estadual de turismo.
Nesta oportunidade, diversas demandas foram levantadas, inclusive o interesse do empreendedor rural em diversificar seus investimentos voltados para o segmento de turismo rural. O turismo rural significa um fortalecimento da produção associada ao turismo e do adensamento da cadeia produtiva e o empreendedorismo.
Esta estratégia liga-se diretamente com as ações voltadas para a Interiorização do Turismo no Estado, com o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Turismo e com o "Terceiro Salto do Turismo na Bahia". O Turismo Rural é uma atividade com capacidade de favorecer a expansão da economia baiana, gerar recursos, emprego e renda, e ainda impulsionar o crescimento de diversos segmentos da estrutura produtiva do Estado, com o fortalecimento da cultura, produção associada ao turismo, preservação do meio ambiente, e fixação do homem ao campo e afirmação de sua identidade.
Para tanto, faz-se necessário uma pesquisa biográfica e in loco nos diversos setores envolvidos a fim de conhecer o panorama da agropecuária baiana, e verificar a existência de empreendimentos engajados com o desenvolvimento regional e integração econômica voltados para o turismo. Atualmente tanto o Comitê, quanto a ABATURR estão inativos.

3.1 Aspectos econômicos de Turismo Rural

A estrutura da distribuição de estabelecimentos agropecuários no Estado da Bahia é bastante concentrada. Segundo o Censo agropecuário do IBGE os estabelecimentos pequenos, com menos de 100 ha, representavam, em 1995, 93% do total e ocupavam menos de 30% da área. No outro extremo, os estabelecimentos com entre 100 ha e 1.000 ha eram apenas 6,5% do total e ocupavam 70% da área rural baiana. Isto explica a agricultura latifundiária praticada em grandes regiões baianas, em especial no oeste. No recente censo agropecuário realizado pelo IBGE, os dados referentes á posse de terra não foram computados, por isto a utilização da pesquisa anterior.

Tabela 1: Proporção de Número e Área de Estabelecimentos na Área Rural, Bahia, Ano 1996
Grupos de Área Total
Proporção do número de estabelecimentos
Proporção da Área dos Estabelecimentos
Total
100
100,00
Menos de 10 ha
57,5
4,6
10 há a menos de 100 ha
36
25,2
100 há a menos de 1.000 ha
6
35,6
1.000 ha a menos de 10.00 ha
0,5
24,5
10.00 ha e mais
0,0
10,1
Fonte: Censo Agropecuário 1995-1996 IBGE

3.2 Características do Rural Baiano

Nas últimas décadas vêm ocorrendo algumas mudanças que redesenharam o meio rural baiano. Por um lado, há regiões marcadas pelos ciclos da seca e consequentemente com vários problemas econômicos e sociais, e por outro lado regiões que apresentam uma dinâmica centrada no crescimento de atividades modernas, intimamente ligadas às agroindústrias e o surgimento de novos produtos, regida pelo grande capital nacional e internacional e que pouco empregarão (emprego agrícola direto).
No Oeste a produção com padrão tecnológico mecanizado da soja é predominante. No semi-árido, maior região do estado, implantou-se, no Vale do São Francisco, projetos de irrigação que propiciaram o cultivo moderno de frutas (uva, manga, melão e laranja). O Recôncavo é caracterizado pela produção de cana-de-açúcar e fumo, e no Litoral Sul é tradicional a cultura cacaueira.
Apesar de a população rural ativa ter grande concentração nas ocupações agrícolas, 80%, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), percebe-se um aumento de 4% ao ano da população economicamente ativa ocupada nas atividades não agrícolas, tais como a indústria de transformação, construção civil, comércio de mercadorias, prestação de serviços, e setor público.

Características setoriais em cada Zona Turística
A Bahia possui treze zonas turísticas com peculiaridades distintas que caracterizam o nicho de turismo a ser praticado em cada uma delas.
Barreiras é a cidade pólo da região, com uma população de cerca de 100 mil habitantes, é o terceiro maior centro de consumo do Estado. A produção mecanizada e tecnológica da soja em grande escala é predominante, apesar do oeste também produzir milho e feijão. A maior parte do cultivo da soja não é comercializada no Estado, aumentando o déficit da balança comercial. Ela é comercializada no eixo Centro-sul com perspectivas de ampliação de negócios no estado do Tocantins, segundo o IPEA.
Compreendido na zona turística Caminhos do Oeste, o turismo praticado na região pertence aos segmentos: religioso em Bom Jesus da Lapa, e de agronegócios no restante da região. O turismo de eventos voltado para a agroindústria, e feira de equipamentos e animais também se faz presente. Não há registro de atividades voltadas para o turismo rural, apesar do notório potencial paisagístico e natural.
Esta zona turística tem vocação para o agronegócio e potencial para desenvolver a produção associada ao turismo. Algumas iniciativas neste sentido são praticadas pela Secretaria Municipal de Turismo a exemplo do projeto Caliandra, cuja produção de artesanato com os frutos do sertão são expostos e comercializados pela cidade, como marca do destino.
Região comumente castigada pela seca, cujos sistemas predominantes são a agricultura de subsistência e a pecuária extensiva. Os pequenos produtores familiares dedicam-se principalmente à criação de ovinos e caprinos. O longo período de estiagem é um risco vivido pelos produtores comprometendo inclusive sua subsistência. A dependência de políticas públicas de apoio e o desenvolvimento de tecnologias ainda é expressiva.
O semiárido é uma região que engloba totalmente cinco zonas turísticas (Caminhos do Sertão, Caminhos do Sudoeste, Chapada Diamantina, Lagos e Canyons do São Francisco e Vale do São Francisco) e parcialmente duas zonas (Caminhos do Oeste e Vale do Jiquiriçá). Ao todo são 82 (oitenta e dois) municípios presentes na região do semiárido baiano.
Na Zona Turística Vale do São Francisco, a irrigação mecanizada, incentiva a produção de frutas e vinhos, propiciando um turismo de negócios e o enoturismo. O leito do rio São Francisco bem como a hidrelétrica favorece o turismo náutico, e de pesca. A vocação do destino é o enoturismo, mas a ruralidade regional pode ser analisada com mais atenção para diversificação e inclusão do segmento rural. Nos Lagos e Canyons é consolidado o turismo de aventura e ecoturismo, mas percebe-se intenção em diversificar o segmento com a inclusão da Rota do Cangaço, que mostra o modo de vida no sertão.
No centro da Bahia, a região da Chapada Diamantina relaciona-se a períodos economicamente importantes na história nacional e sua diversidade natural inclui cachoeiras, cavernas, rios, serras, potencializando o ecoturismo e o turismo de aventura. Não há movimentos intencionados na prática do turismo rural na região, no entanto, a produção de alimentos orgânicos já é associada ao turismo no consumo dos hotéis e pousada e percebe-se a interação com a economia criativa, turismo de base comunitária, e agricultura familiar para incrementar o turismo.
Caminhos do Sertão, cujo portão de entrada é Feira de Santana, princesinha do sertão, possui potencial para desenvolvimento do turismo rural, principalmente pelo modo de vida peculiar do vaqueiro. Não obstante, esta zona optou pelo fortalecimento do turismo de negócios, bem como religioso e cultural, o que culminou na criação de um Núcleo de Internacionalização, motivado pela localização estratégica da zona.
Ainda nesta região turística, a importância histórica de Canudos e a diversidade cultural, levam o turista a permanecer mais dias para conhecer a cultura sertaneja e praticar o turismo religioso e cultural. Há interesse em indução para crescimento da produção associada ao turismo.
O Vale do Jiquiriçá, juntamente com a os Caminhos do Sudoeste são as duas regiões que não apresenta marketing de segmento efetivado além de ter um grande potencial para desenvolvimento do turismo rural, principalmente pelas riquezas naturais e modo de vida rural.
No Vale do Jiquiriçá a agricultura de subsistência e agropecuária é marcante. As belezas naturais e o modo de vida sertanejo despertam o interesse do turista em conhecer a zona rural de grande valor cultural. Distante cerca de 200 km de Salvador, esta região apresenta potencial para desenvolvimento do turismo rural. Um dos desafios a ser enfrentados é o grande desmatamento, assoreamento dos rios, e outros problemas ambientais advindos de diversas atividades econômicas predatórias.
Os Caminhos do Sudoeste é a mais nova zona turística, incluída na nova roteirização em 2009, é composta por apenas dois municípios, Iguaí e Vitória da Conquista. A localização privilegiada, entre a Chapada Diamantina e a Costa do Cacau, e fácil acesso pelo aeroporto regional integrando-a ao nível nacional juntamente com a variedade de serviços e oportunidade de consumo favorecem o turismo de negócios, e pedagógico em Vitória da Conquista. Não obstante, a riqueza natural no meio rural contanto com mais de 2 mil nascentes, 180 cachoeiras e cascatas, inúmeros rios e riachos, localizadas na área de proteção ambiental, APA Serra do Ouro e grande beleza cênica dos vales e serras, em especial da Serra do Macário, da Serra do Ouro, da Serra dos Índios, entre outras, é um convite para a prática de atividades no meio rural.
O Art 4º do decreto 10.194/2006 assegura apoio aos proprietários rurais, cujos imóveis estejam situados na referida APA. Logo eles contarão com a assistência técnica dos órgãos públicos estaduais, no sentido de registrar e desenvolver suas atividades atuais e futuras, em consonância com os objetivos da unidade de conservação.
Em concordância, a legislação estadual, através da Lei 12.933/2014 na Seção II, sobre Turismo Rural Art. 47 - Poderão ser concedidos incentivos financeiros a empreendimentos de turismo rural que apresentem projeto, com definição de metas, cronograma de implantação e documentação comprobatória da adequação do empreendimento às exigências contidas nesta Lei.
Parágrafo único - Os incentivos de que trata este artigo serão concedidos sob a forma de financiamento por fundos públicos de investimentos, concessão de crédito especial, prêmio, empréstimo e outras modalidades de benefícios a serem estabelecidas pelo Poder Executivo.
Por isto, o desenvolvimento do turismo rural é uma possibilidade de grande sucesso, podendo se consolidar como um produto identitário, se superados os seguintes desafios:
Ausência de lei municipal de turismo;
Precária sinalização turística;
Ausência de inventário do turismo rural;
E falta de qualificação da mão-de-obra para atendimento ao turista.

No litoral há seis Zonas Turísticas que são: Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa do Descobrimento e Costa das Baleias. Esta região é onde concentra maior fluxo turístico devido aos atrativos relacionados ao segmento turístico de sol e mar. E onde há também alguns equipamentos voltados para a prática do turismo rural.
Na Zona Turística Baía de Todos-os-Santos, a prioridade é o desenvolvimento das atividades ligadas a extração do petróleo, favorecendo o êxodo rural, especulação imobiliária e inviabilização da agricultura, devido há grandes áreas desmatadas para o deslocamento de máquinas e equipamentos de perfuração. Vários municípios vivem uma crise econômica provocada pelo esgotamento dos poços petrolíferos. A produção rural abastece apenas mercados locais. A grande vocação do recôncavo, ainda pouco explorada, é o turismo náutico.
Os municípios localizados na Zona Turística Costa dos Coqueiros abriram-se para o desenvolvimento do turismo no segmento sol e praia. Entre eles, em Mata de São João atualmente há registros de produção associada ao turismo, bem como economia criativa, mas nada ligado á atividade rural, ou ao turismo rural.
Na Zona Turística Costa do Dendê, existe projetos relacionados a produção associada ao turismo na fabricação de dendê, beiju de tapioca, piaçava. Entretanto, não há roteiros voltados para a vivência nas fazendas de dendê, ou nas áreas rurais da costa. A exploração maior é para o segmento identitário sol e praia.
A Zona Turística Costa do Cacau apresenta o segmento turismo cultural com cenário histórico e arquitetônico que compõem as obras do escritor baiano, Jorge Amado. As fazendas de cacau exigem a preservação da mata atlântica, logo as atividades de ecoturismo e turismo de aventura são privilegiadas. O turismo rural, bem como a produção associada ao turismo, e o turismo de base comunitária tem potencial para se desenvolver com a visitação das fazendas de cacau. Entretanto, alguns entraves são elencados como fator desafiante para o desenvolvimento destes segmentos:
Falta de interesse da gestão pública;
Dificuldade de associativismo;
Falta de identidade do destino e dos municípios; e
Baixa integração regional
Na Zona Turística Costa do Cacau registra-se a presença de empreendimentos voltados para o turismo rural, mas que precisam de apoio e divulgação por parte do Estado.
A Zona Turística Costa do Descobrimento trabalha na vertente cultural, explorando a imagem do descobrimento do Brasil. Nas áreas indígenas há também atividades de experiência com vivências nas aldeias, e produção associada ao turismo. O roteiro rural é pouco explorado.
Na Zona Turística Costa das Baleias, o segmento turístico escolhido para desenvolvimento é o ecoturismo, turismo náutico, com foco para observação de baleias. O turismo rural começa a se desenvolver, de forma incipiente, mas com potencial de crescimento no município de Teixeira de Freitas com visitação à Fazenda Cascata. Neste empreendimento há vivencias rurais, inclusive com colheita de ervas para preparação de chás aos grupos de turistas.

4.1 – Levantamento de Equipamentos Turísticos em cada Zona.
Os equipamentos turísticos qualificados para a prática do turismo rural estão presentes em todo o território baiano. Não obstante, eles são insuficientes para alavancar, isoladamente, o desenvolvimento regional através do turismo rural.





Tabela 2: Empreendimentos por Zona Turística, Município, Iniciativa e Descrição.
Zona Turística
Município
Iniciativa
Descrição



















Costa do Cacau
Ilhéus
Fazenda Tororomba
Hospedagem, alimentação, trilhas e cavalgadas

Ilhéus- Itabuna
Fazenda Primavera
Centenária fazenda que oferece o dia de campo, alimentação

Itabuna - Buerarema
Fazenda Santa Cruz
Dia de campo, alimentação, pescaria

Una
Fazenda Ardenas
Dia de campo, alimentação, cavalgadas e produtos da roça

Ilhéus - Uruçuca
Fazenda Santo Antônio
Dia de campo, lazer, alimentação e pescaria

Itacaré*
Fazenda Villa de São José
Hospedagem, alimentação e trilhas ecológicas

Ilhéus
Fazenda Boa Esperança
Alimentação, dia de campo, lazer

Camacã
Fazenda Rainha do Sul
Hospedagem, alimentação, trilhas, lazer e festas típicas

Itacaré*
Fazenda: Alto da Esperança
Dia de campo, alimentação

Ilhéus – Itabuna
Fazenda Yrerê
Visita a uma tradicional fazenda de cacau, com matas, lagos, roça com cacaueiros em produção, barcaças, degustação de chocolates caseiros, sucos de cacau e frutas regionais. 

Ilhéus – Itacaré
Fazenda São Tomé
Cachoeiras, lagos e rios, passeio a cavalo, trilhas ecológicas.

Canavieiras
Fazenda Vida
Cachoeiras, lagos e rios, passeio a cavalo, trilhas ecológicas. Local esotérico, ideal para meditação, consultas espirituais, reposição de energia e leituras de cristais


Uruçuca
Fazenda Renascer
Pode-se conhecer todo o ciclo do cacau, a plantação, a colheita e seu aproveitamento. Conhecer a Fazenda Renascer é percorrer o cenário onde foi gravada grande parte da novela Renascer, exibida há alguns anos pela Rede Globo. Além disso, pode-se desfrutar de belas cachoeiras e corredeiras.

Ilhéus- Itacaré
Fazenda Olandy
Cachoeiras, lagos e rios, passeio a cavalo, trilhas ecológicas.
Atividades Produtivas: Possui encanto próprio e muitas delícias para oferecer aos visitantes: doces, licores caseiros, biscoitos, bolos e tortas inesquecíveis são servidos em um quiosque em frente ao rio Almada. É uma fazenda de coco, porém também possui um pequeno pomar e uma bela horta.

Ilhéus
Fazenda Provisão
Passeio no rio e pesca tradicional, visita à roça de cacau.

Itacaré
Fazenda Fortaleza
Passeio no rio, recanto com redes, trilhas e capelinha

Itacaré
Fazenda Santana
Passeio a cavalo, caiaque, pesca, ordenha, trilha, cachoeira e rio.
Costa do Descobrimento
Santa Cruz de Cabrália
Fazenda Amendoeira
Hospedagem, alimentação, trilhas, e esportes náuticos.








Bahia de Todos os Santos
Conceição do Almeida
Fazenda Candeal
Hospedagem, alimentação, trilhas ecológicas e projeto pedagógico

Santo Amaro
Complexo Ecológico Pedra da Égua
Fontes, bicas, passeio ecológico e pesque e pague.

Santo Amaro
Traripe
Dia de campo, redário, comida feita em fogão de lenha

São Francisco do Conde
Fazenda Engenho D'Agua
Passeios às roças de cacau com aula de clonagem, pisa de cacau durante a colheita.

Conceição do Almeida
Fazenda Amoras
Passeio a cavalo, pônei com charrete, pedalinhos e pesque e pague.

Cipó
Fazenda Riacho Cipó
Hospedagem, alimentação, pesca e trilhas ecológicas

São Felix - Cachoeira
Hotel Fazenda do Coronel
Hospedagem, alimentação, e cavalgadas

Amélia Rodrigues
Fazenda Guimarães
Hospedagem, alimentação e passeios educacionais

Amélia Rodrigues
Fazenda Miragem
Dia de Campo, passeios de charrete, carroça, pedalinho, passeios ecológicos, banhos em fontes

Nazaré
Pelô das Nuances
Cachoeiras, barragem, caiaque, pedalinho, piscina, parque infantil, mini zoológico, centro cultural com material antigo da região, charrete, passeio a cavalo. Só recebe Grupos.

Jaguaripe
Fazenda Recanto
Dia de campo, cavalgada, lago para pesca









Costa dos Coqueiros
Entre Rios
Fazenda Sítio do Meio
Promove eventos culturais, hospedagem, alimentação e trilhas ecológicas

Araçás
Fazenda Chamego
 Caiaque, pesque-pague, quadras de tênis, futebol e vôlei, piscinas, cavalos, charretes, trilhas ecológicas.

Camaçari
Fazenda Trilha dos Coqueiros
Passeio ecológico, cavalgada. Pecuária, fruticultura, criação de peixes, suínos e caprinos

Mata de São João
Fazenda Sítio do Meio
Infra-estrutura:
25 leitos, piscina, quadra de esportes, sauna, trilhas ecológicas, espaço para congressos, workshops e eventos culturais.

Simões Filho
Fazenda Ranho Kantagalo
A pé ou a cavalo é possível percorrer um trecho de mata nativa no entorno da barragem de Ipitanga. O banho de cascata e o trekking completam as atividades ao ar livre. Oferece passeios de charrete, pônei e carro elétrico, parque infantil, piscina com cascata e salão de eventos com serviço de buffet.

Abrantes
Fazenda Rancho Paraiso
Dispõe de cascata, pedalinhos, cavalos, salão de jogos, bar e restaurante.

Itanagra
Fazenda Ursa Maior
Charrete pesca.



Costa das Baleias

Prado- Itamarajú
Fazenda Praia de Guarativa
Produção de aguardente, farinheira, bovinocultura de leite e plantação de hortaliças, para pesca, lagos,

Prado- Alcobaça
Fazenda Coqueiral da Guaratiba
Sistema day use; pesque-pague. coqueirais e bovinocultura de corte.

Prado- Alcobaça
Fazenda Piero Binda
Sistema day use; churrascaria. suinocultura, aviário, aras, bovinocultura de corte, farinheira

Alcobaça
Fazenda Paradise
Atividades de campo









Chapada Diamantina

Jacobina
Fazenda Bonsucesso
 Passeio de charrete, cavalo e carro de boi.
Recursos naturais: rios e açudes

Jacobina
Fazenda Bandeirantes
Passeio a cavalo e de burro.
Recursos Naturais: trilha ecológica, 13 cachoeiras, 3 rios, 2 lagos, 1 açude, 30 nascentes.

Palmeiras
Fazenda Lagoa das Cores
Piscina, quadra esportiva, passeios a cavalo e de bicicleta, cachoeiras, rios, açudes para pesca.

Lençóis
Fazenda Bonita
Passeios a cavalo e charrete, pesque-pague.

Lençóis
Guaxo Hotel Fazenda
Cachoeiras, lagos e rios, passeio a cavalo, trilhas ecológicas.

Piatã
Fazenda Flor de café
Participar da colheita do café e de todo o processo do grão à xícara.

Lajedinho
Fazenda Chamego
Dia de campo, hospedagem e alimentação.


Ituaçú
Fazenda Moendas
Passeio a cavalo, charrete, pomar, horta, escaladas, rapel, bike, tirolesa e trekking.




Costa do Dendê
Salinas da Margarida
Fazenda Recanto
3 lagos, campo de futebol, quadras de vôlei e tênis, charrete, caiaque e pedalinho.

Gandu
Reunidas Vale do Juliana
 Cavalgadas, charretes e trilhas. Fazenda modelo fundada em 1/10/1965 com 4.525,48 ha, sendo 78% de mata nativa e o restante da área destinada ao cultivo do cacau, plantações de seringueiras, de pupunha e frutas (graviola, cupuaçu e jaca) e, ainda, a pecuária e piscicultura.
Caminhos do Sudoeste
Iguaí
Fazenda Princesa Ester
 A fazenda oferece uma casa sede, casa administrador, casa vaqueiro, barcaça, secador de cacau, curral, energia elétrica, água potável e antena parabólica.

Nova Canaã
Balneário e Parque Floresta
Passeio de charrete, cavalo, dia de campo
Caminhos do Jiquiriça

Jiquiriça
Hotel Vale do Jiquiriça
Hospedagem, alimentação, cavalgada e charrete

Conceição do Almeida
Fazenda São Geraldo
Dia de campo.
Caminhos do Sertão
Conceição do Jacuípe
Fazenda Candeal
Passeios a cavalo, charrete, caminhada.

Conceição do Jacuípe
Granja São Luiz
Visitação e acompanhamento do plantio de flores e oficinas de arranjos florais.
Caminhos do Oeste
Correntina
Fazenda Rio Corrente
Pesca, cavalgada, dia de campo.
Fonte: ABATURR, SETUR e Visite a Bahia.

Perfil do Turista que visita a Bahia.

O Governo da Bahia encomendou uma pesquisa de perfil do turista pela FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, a fim de verificar as características deste público. Nesta pesquisa realizada em 2011, durante vários períodos dentro de um ano, verificou-se que:
O fluxo de turistas doméstico corresponde a aproximadamente 95% dos turistas que visitam a Bahia, sendo 45% vieram de outros Estados e 50 % da própria Bahia.
A Bahia lidera a 3º posição no ranking de turismo nacional e a 5º posição no turismo internacional.
Os estados de São Paulo (16%) e Minas Gerais (7%) são os maiores emissores de turistas para a Bahia, atrás apenas da própria Bahia (50%).
A participação do Vale do Jiquiriça é de 1,5% sobre o fluxo de turistas, enquanto o Caminho do Sudoeste recebeu apenas 0,5%.
O principal motivo do turista que visita a Bahia é visitar amigos e parentes 40%
Motivados a lazer, os interessados em praticar o turismo rural correspondem a 0,9% (52.421 em números absolutos) do turista doméstico, e 0,1% (494 em números absolutos) do turista internacional. Os principais interesses aos turistas que visitam a Bahia é disfrutar Sol e Praia 58% e Ecoturismo 16%
Analisados os meios de hospedagem, entre os entrevistados não há registros em hospedagem em Hotel Fazenda, ou Rancharia, apesar de ter esta opção no questionário.

Portanto, pode-se inferir que a ruralidade em Minas e São Paulo são muito expressivos, e estes destinos são indutores de turismo rural com roteiros consolidados e tradicionais. Logo, o turista que visita a Bahia tem pouco interesse em praticar o turismo rural aqui. Analisando também que a própria Bahia é o maior emissor de turista para o estado, percebe-se que este público tende a utilizar o meio de hospedagem de amigos e parentes em detrimento de hotéis fazenda. E finalizando, o número de turistas que praticam o turismo rural é muito pequeno, não chegando a alcançar nem 1% dos turistas que visitam a Bahia. Nota-se a inviabilidade de investir massivamente neste segmento que é incapaz de trazer retorno imediato de marketing ou até mesmo mobilizar a economicamente a região, incrementando apenas investimentos privados e pontuais.

Recomendações

Este trabalho ao contrário do interesse em esgotar o assunto, tende a suscitar novas questões, jogando luz sobre a necessidade de aprofundamento de investigação das potencialidades no segmento rural baiano. Percebe-se o turismo rural como atividade secundária em várias zonas que já possuem uma identidade turística consolidada, logo, o investimento nestas áreas poderá ser pontual.
Nas zonas que não tem um produto turístico forte e consolidado, como é o caso dos Caminhos do Sudoeste e Vale do Jiquiriça, e que se somando a isto possui vocação para o desenvolvimento do turismo rural, por suas características paisagísticas, naturais e sociais, acredito que o poder público necessita se debruçar mais no intuito de investigar o potencial real e a estratégia para transformar este potencial em produto.
Para tanto, recomendo:
Incluir no Cadastur especificadamente, se o empreendimento turístico esta localizado na zona rural ou urbana. O atual cadastro tende a induzir a localização rural, no entanto, a classificação do segmento rural, e de hotel fazenda é clara: "Localizado no meio rural";
Formação de um grupo de estudos para escrever uma Emenda complementar a Lei 12.933/2014 com a finalidade de incluir todos os segmentos turísticos com maior potencial de gerar desenvolvimento econômico e social regionalmente.
Aumentar o diálogo entre turismo rural e agroturismo;
Fazer um inventário e diagnóstico do turismo rural na Bahia;
Articular o crescimento do turismo rural à produção associada ao turismo;
Solicitar aos Comitês Regionais que na ocasião das visitas técnicas nos municípios, que visitem as áreas rurais para fazer um levantamento dos equipamentos turísticos com potencial para desenvolvimento do turismo rural;
Promover o desenvolvimento regional a partir do turismo rural, produção associada ao turismo, e turismo rural na agricultura familiar.
Pesquisas sobre turismo rural. Incluir nas pesquisas realizadas pela FIPE a intenção de visitação motivada pelo turismo rural para verificar perfil do turista.
Promover levantamentos teóricos para melhor entendimento sobre a nova ruralidade, em vista da globalização. Exemplo: Se uma propriedade rural com atividades no segmento turismo rural teve seu entorno conturbado pelo crescimento da cidade, ela pode continuar sendo qualificada no segmento turismo rural? Se uma pessoa comprar uma grande área, dentro do perímetro urbano, e nela construir uma propriedade com todas as características rurais, exercendo inclusive atividades econômicas rurais, ele pode desenvolver o turismo rural?

Referências Bibliográficas

SANTOS. Eurico org. Teoria e Prática do Turismo no espaço rural. SP: Ed Manole Ltda. 2010
PORTUGUEZ. Anderson. Turismo no Espaço Rural, enfoques e perspectivas. SP: Ed Roca 2006
SEBRAE. Retratos do Turismo Rural no Brasil. Sp: Ed Sebrae 2014
Bahia. Secretaria do Turismo. Decreto Estadual 10.194/2006 – artigo 4º. Inserir
Brasil. Ministério do Turismo. Lei Geral do Turismo 11.777/2008. Inserir
BAHIA. Secretaria do Turismo. Lei 12.933/2014 – Política Estadual de Turismo.
Institui a Política Estadual de Turismo, o Sistema Estadual de Turismo, e dá outras providências.
Título do trabalho. Disponível em: http://idestur.org.br/navegacao.asp?id_menu=2&id_conteudo_exibir=65 Acesso em: 8/10/2014
Guia Bahia Turismo Rural. SETUR,ABATURR, SEBRAE
www.agecom.ba.gov.br/exibe_noticia.asp?cod_noticia=12313 acesso 13/10/2014
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http://www.setur.ba.gov.br/programas-e-projetos/eixo-estrategico-integracao-economica/programa-de-desenvolvimento-da-cadeia-produtiva-do-turismo/ acesso 11/10/2014
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