Um contributo acerca da Abstenção Eleitoral em Revista

June 4, 2017 | Autor: Raju Lauter | Categoria: Local Government and Local Development
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Um contributo acerca da Abstenção Eleitoral em Revista

O presente, vai procurar fazer uma análise, ao artigo com o título um contributo acerca da abstenção eleitoral em revista. O artigo é extraído da revista Sociologia, Problemas e Práticas e é da autoria de Paula do Espirito Santo, tem como tema central a Abstenção Eleitoral e analisa o caso de Portugal.

No artigo a autora analise o comportamento eleitoral e a abstenção partido de estudo dos fenómenos ligados as decisões de voto. Assume que nos últimos 40 anos os países empreenderam estudos nesta matéria de forma diferente, facto que dificulta sobremaneira as comparações. O outro elemento que tem vindo a dificuldade a que estas comparações sejam possíveis, são os diferentes contextos em que se traduzem em critérios de análise não uniformizados ou seja não permitem comparações metodologicamente válidas e fidedignas.

Portugal, lançou mão a esta matéria de estudo no âmbito das decisões de voto, a tarefa de empreender análises acerca desta área depara-se, por um lado, com a visão aliciante de empreender e desbravar uma temática ainda pouco explorada cientificamente, mas também com a contingência de conceber uma construção, de entre as construções iniciais, que se apresente consistente e sólida em termos científicos. Desta consistência e solidez depende a continuidade em termos de análise, para que cada investigador não tenha de caminhar sozinho nem se veja na contingência de, a cada passo, ter de recomeçar tudo de novo. (Espirito Santo, 2015).

A relevância do estudo sobre a Abstenção Eleitoral em Portugal, está no facto de procurar, por uma lado, avaliar qual a importância relativa da sub-inscrição nos cadernos eleitorais e da 'abstenção técnica' nas democracias da área geocultural e pretender também aferir qual a posição de Portugal no ranking internacional do abstencionismo, tendo em conta cada um dos indicadores". Num panorama bastante diversificado, em termos de caracterização do fenómeno da abstenção, a análise de Freire e Magalhães (2002), referente a A Abstenção Eleitoral em Portugal, procura "em primeiro lugar, avaliar qual a importância relativa da sub-inscrição nos cadernos eleitorais e da 'abstenção técnica' nas democracias da nossa área geocultural. Em segundo lugar, pretende-se também aferir qual a posição de Portugal no ranking internacional do abstencionismo, tendo em conta cada um dos indicadores". No mesmo estudo procura-se ainda "analisar o panorama evolutivo da abstenção eleitoral portuguesa nas eleições legislativas entre 1975-2015".

Tabela1: Eleitores em Portugal: Total, Votantes e Abstenções
Anos
Eleitores

Total
Votantes
Abstenção
1975
6 177 698
5 666 696
511 002
1976
6 477 602
5 393 853
1 083 749
1979
6 757 152
5 915 168
841 984
1980
6 925 243
5 917 355
1 007 888
1983
7 159 349
5 629 996
1 529 353
1985
7 621 504
5 744 321
1 877 183
1987
7 741 149
5 623 128
2 118 021
1991
8 322 481
5 674 332
2 648 149
1995
8 719 404
5 854 425
2 864 979
1999
8 673 822
5 363 906
3 309 916
2002
8 716 949
5 433 924
3 283 025
2005
8 785 762
5 713 640
3 072 122
2009
9 347 315
5 658 495
3 688 820
2011
9 429 024
5 555 535
3 873 489
2015
9 439 701
5 380 451
4 059 250



Fonte: PORDATA




A partir de 1976 começou-se a confirma-se o crescimento da abstenção sendo que a partir da década de 1980, verificando-se ainda que esse crescimento é mais acentuado em Portugal, onde ultrapassa os valores médios de abstenção registados em outros países da Europa ocidental. Esta subida da abstenção em Portugal é concomitante com a subida da participação eleitoral, a partir da década de 1970. Quando se analisam os "tipos de eleições e taxas de abstenção numa perspectiva longitudinal e comparativa". (Espirito Santo, 2015).

Em 2015, a abstenção situou-se perto dos 50% dos eleitores ao que tudo indica essa tendência crescente possa vir a situar acima da metade nas próximas eleições legislativas.

O artigo, apresenta insuficiências de análises, dada a já referida escassez de estudos nesta matéria, assim como no que se refere à participação eleitoral, este contributo permite a clarificação de um conjunto de motivos explicativos daquele fenómeno. Acreditamos que esse pode ser o desafio em termos de análise, para se obter um conjunto de soluções que permitem uma visão esclarecedora do fenómeno da abstenção, fornecendo-se ainda um suporte para aprofundamentos subsequentes nesta matéria.


REFERÊNCIAS

Base de dados Portugal contemporâneo.
Disponivel em http://www.pordata.pt/Subtema/Portugal/Assembleia+da+Rep%C3%BAblica-186, consultado em 25.03.2016.

Sociologia, Problemas e Praticas. Revista científica do iscte. Disponível em http://sociologiapp.iscte.pt/index.jsp
2

Nr. total de eleitores, votantes e abstetencao






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