UM MODELO DE PESQUISA DO CLIMA ORGANIZACIONAL EM EMPRESAS DE TV POR ASSINATURA

January 2, 2018 | Autor: Julliano Ribeiro | Categoria: Organizational Psychology
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UM MODELO DE PESQUISA DO CLIMA ORGANIZACIONAL EM EMPRESAS DE TV POR ASSINATURA Alexandre Brito Bastos, UFBA [email protected] Gustavo Sampaio Leite, UFBA [email protected] Julliano Falcão Ribeiro, UFBA [email protected]

Evolução do número de assinantes de TV por assinatura (em milhões)

12,7 9,8

3,4

3,6

3,5

3,5

3,8

2000

2001

2002

2003

2004

4,1

4,7

5,3

2005

2006

2007

6,2

2008

7,4

2009

2010

2011

Figura 1 – Evolução do número de assinantes de TV por assinatura

2. Modelo proposto Os modelos mais conhecidos e usados na gestão de CO foram desenvolvidos nas décadas de 60 e 80. Todavia, ao longo desde período de tempo houve uma grande evolução político-econômica, sociocultural e ecológica, em escala global.

As transformações no cenário político-econômico, sociocultural e ecológico nacional e internacional que ocorreram nas últimas décadas exigiram uma abordagem a um nível macro, que compreende todos os fatores externos à empresa, e que atua tanto sobre ela, enquanto organismo, quanto sobre cada um de seus membros, enquanto cidadãos. Para o desenvolvimento deste trabalho adotamos o modelo proposto por Bispo (2006), pois o mesmo abrange um maior número de fatores, os quais estão subdivididos em internos e externos, para aumentar o grau de entendimento e avaliação do clima organizacional pesquisado. Uma comparação entre as amplitudes de cada modelo é apresentada no quadro 1. Modelo

Fatores Internos

Fatores / Indicadores

Fatores Externos

Resumo A pesquisa do clima organizacional é uma importante ferramenta para percepção e entendimento das organizações, fornecendo valiosos subsídios para melhorias futuras. Este estudo objetivou identificar um modelo de pesquisa de Clima Organizacional que melhor se adapte ao setor de TV por assinatura e aplicá-lo a funcionários das áreas de vendas e serviços de 10 (dez) empresas que fazem parte da Rede Credenciada de uma grande operadora. O modelo desenvolvido por Bispo (2006) foi o que demonstrou maior capacidade de abrangência devido a incorporação de fatores externos à organização. O presente artigo é resultado de uma das etapas de um trabalho de maior extensão, o qual envolve a análise dos resultados, mapeamento dos problemas e elaboração dos planos de ação. Palavras-chave: clima organizacional, pesquisa do clima organizacional, fatores externos, TV por assinatura. 1. Introdução A alta competitividade do mercado atual faz com que as organizações busquem uma contínua melhoria pela qualidade de seus produtos e serviços. Desta forma, a criação de ferramentas gerenciais que auxiliem as relações entre empresa e funcionários, com o intuito de melhorar o desempenho destes na realização de suas atividades, passa a ser, também, foco de pesquisas. Isto ocorre, buscando o desenvolvimento de um clima organizacional adequado, depois de décadas direcionando esforços apenas para entender as necessidades dos consumidores e de como satisfazê-los. Souza (1983) enfatiza que os estudos de clima são particularmente úteis, porque fornecem um diagnóstico geral da empresa, além de fornecer indicações de áreas carentes de uma atenção especial e propõe a pesquisa de clima como diagnóstico de fácil entendimento e aceitável para consultores procederem a mudanças organizacionais. Afirma que esta pesquisa ajuda a compreender a visão subjetiva dos indivíduos na organização nos reflexos das condições objetivas da organização. O segmento de TV por assinatura no Brasil registrou um crescimento de, em média, 19% ao ano desde 2006, e fechou 2011 com um total de 12,7 milhões de assinantes (figura 1). O setor brasileiro superou o México em número de assinantes e é hoje o maior mercado da América Latina. Neste artigo, apresentamos um modelo para aplicação de uma pesquisa de clima organizacional em empresas que fazem parte de uma rede credenciada de prestação de serviços para uma grande operadora de TV por assinatura, segundo a percepção dos integrantes das áreas de vendas e serviços.

Estrutura / Regras Responsabilidade / Autonomia Motivação Relacionamento / Cooperação Conflito Identidade / Orgulho Clareza Organizacional Liderança / Suporte Participação / Iniciativa / Integração Consideração / Prestígio / Tolerância Oportunidade de crescimento / Incentivos Profissionais Comunicação Cultura Organizacional Estabilidade no emprego Transporte casa/trabalho/casa Nível Sociocultural Convivência Familiar Férias / Lazer Saúde física e mental Situação financeira familiar Política / Economia Segurança Pública Vida Social Quadro 1 – Comparação Futebol

Litwin & Stringer

Kolb

Sbragia

Bispo



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entre os - modelos-

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3. Conclusões Entre os modelos avaliados, o proposto por Bispo (2006) foi o que apresentou maior capacidade de abrangência de fatores. O modelo escolhido possui como principal diferencial a consideração da influência do contexto político-econômico, sociocultural e ecológico sobre o ambiente da organização. O levantamento dos fatores externos de influência possibilita averiguar a relação entre as condições de vida dos funcionários e seu reflexo dentro do ambiente corporativo, permitindo assim elaborar melhor as políticas e as estratégias dos recursos humanos, levando em consideração os resultados apresentados por estes fatores. O atual trabalho é resultado de uma das etapas de um amplo estudo de clima em empresas de TV por assinatura, o qual envolve a análise dos resultados, mapeamento dos problemas e elaboração dos planos de ação. O trabalho encontra-se em estágio de levantamento de dados em campo. 5. Principais Referências Bibliográficas BISPO, C. A. F. Um novo modelo de pesquisa de clima organizacional. Revista Produção, v. 16, n. 2, p. 258-273, Maio/Ago. 2006. KOLB, D. A. et al. Psicologia Organizacional: uma abordagem vivencial. São Paulo, Atlas, 1986. SOUZA, E. L. P. Clima e estrutura de trabalho. Revista de Administração, v. 18, p. 68-71, jul./set. 1983.

VII SEPRONE “A Engenharia de Produção frente ao novo contexto de desenvolvimento sustentável do Nordeste: coadjuvante ou protagonista?” Mossoró-RN, 26 a 29 de junho de 2012

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