Um novo olhar sobre a metáfora: a abordagem cognitivista

May 31, 2017 | Autor: Diogo Pinheiro | Categoria: Conceptual Metaphor Theory
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UM NOVO OLHAR SOBRE A METÁFORA: A ABORDAGEM COGNITIVISTA

Diogo Pinheiro (PG-UFRJ) [email protected] Karen Sampaio Braga Alonso (Faculdade CCAA/PG-UFRJ) [email protected]

RESUMO: Este artigo pretende introduzir o leitor à abordagem inovadora da metáfora conceptual que vem sendo desenvolvida desde a década de 80 no âmbito da linguística cognitiva. Ao final, também se apresentam brevemente as linhas gerais de um tratamento cognitivista para a “figura de linguagem” conhecida como metonímia. PALAVRAS-CHAVE: metáfora, lingüística cognitiva, domínios conceptuais

ABSTRACT: This paper introduces the reader to the new approach on conceptual metaphor that has been being developed since the 80’s within cognitive linguistics framework. At the end, we also present the overall ideas behind the cognitive approach to the “figure of speech” known as metonymy. KEYWORDS: metaphor, cognitive linguistics, conceptual domains

1. Primeiras palavras Em certo sentido, a metáfora dispensa apresentações: é uma figura de linguagem presente em dez entre dez manuais escolares que contenham um capítulo, ou anexo, de Estilística. Também nos manuais de literatura brasileira,

não há estudante que não a reencontre: ficamos sabendo, por exemplo, que o poeta barroco emprega abundantemente esse recurso, ao passo que o poeta árcade o evita. De tão repetidos, exemplos paradigmáticos de metáfora, como (1) e (2) abaixo. já se tornaram clichês da sala de aula:

(1) O jogador foi um leão em campo. (2) A Amazônia é o pulmão do mundo. Mas, afinal, como definir a metáfora? E, sobretudo, por que voltar, neste espaço, a um tema já tão repetido? A segundo resposta é simples. Resgatamos aqui esses assuntos porque, desde o início da década de 80, um novo paradigma em lingüística, surgido como alternativa à teoria gerativa, vem propondo uma maneira nova e estimulante de se pensar a metáfora (principalmente) e a metonímia: trata-se do arcabouço conhecido hoje como lingüística cognitiva1 (LC).

A segunda

resposta, por seu turno, depende diretamente da primeira: em outras palavras, a definição de metáfora dependerá da perspectiva que se adote. O objetivo central deste artigo é apresentar essa perspectiva inovadora sobre a metáfora. Desenvolvida pioneiramente pelo linguista George Lakoff e pelo filósofo Mark Johnson, tal perspectiva, que deu origem ao modelo hoje conhecido como Teoria da Metáfora Conceptual (TMC), foi

exposta

originalmente na obra seminal intitulada Metaphors we live by (1980)2. Depois dela, uma série de publicações desenvolveram as propostas originais; dentre 1

Introduções recentes, e em língua portuguesa, a essa teoria são Ferrari (2009) e Leitão de Almeida, Pinheiro, Lemos de Souza, Nascimento e Bernardo (2009). 2 Publicada pela Editora Mercado de Letras, a tradução para o português saiu em 2002 e ganhou o nome de Metáforas da vida cotidiana. É preciso dizer que as propostas apresentadas nesse livro têm pelo menos um precursor, conforme reconhecido por Lakoff (1993): trata-se de Michael Reddy, cujo artigo The Conduit Metaphor (Reddy, 1979) prenuncia ideias que serão depois retomadas e aprofundadas no desenvolvimento da TMC.

elas, destacam-se Lakoff & Johnson (1980); Lakoff (1987); Johnson (1987); Lakoff & Turner (1989); Lakoff & Johnson (1999); Lakoff & Nuñez (2000). Para apresentar a TMC, começamos contrastando esse novo olhar com a visão tradicional da metáfora. Em seguida, buscaremos sistematizar a teoria, apresentando sua operacionalização no âmbito da pesquisa em LC. Por fim, fazemos um breve comentário sobre outras “figuras de linguagem”, como a personificação, a catacrese e a metonímia.

2. A metáfora: da perspectiva tradicional à visão cognitivista Conhecida pelo menos desde Aristóteles, a metáfora é provavelmente o tropos, ou figura de linguagem, mais celebrado. Vista como a própria essência da linguagem poética, já que possibilita afastá-la da (suposta) natureza denotacional rasteira da linguagem do dia-a-dia, ela diz o que as coisas de fato não são: pela metáfora, jogadores podem tornar-se leões. Por

se

tratar

de

uma

conquista

da

imaginação,

resultante

frequentemente de insights criativos, assume-se normalmente que a metáfora não é para todos: dominá-la seria, nas palavras de Aristóteles, a “marca do gênio”. É a partir dessa concepção que se constrói a visão tradicional da metáfora como atributo exclusivo de textos expressivos especiais, sobretudo os literários. Para ilustrar esse ponto, Leitão de Almeida, Pinheiro, Lemos de Souza e Nascimento (2009) dão os seguintes exemplos:

(3) “Salvo a grandiloquência de uma cheia / lhe impondo interina outra linguagem,/ um rio precisa de muita água em fios / para que todos os poços se enfrasem.” (João Cabral de Melo Neto)

(4) João entrou em / está em / saiu da depressão

No primeiro caso, aparece uma metáfora literária, por meio da qual o discurso fluente é caracterizado como um rio, ao mesmo tempo em que a fala fragmentada é retratada como poços de “água paralítica”. No segundo caso, porém, não estamos diante de nenhum uso lingüístico especialmente expressivo; trata-se, pelo contrário, de um uso banal, corriqueiro. Apesar disso, a mesma relação analógica pode ser verificada. Se em (3) o discurso é comparado a um rio, em (4) um estado – especificamente, depressão – é entendido como um lugar físico. Como poderemos constatar repetidamente na próxima seção, exemplos como estes mostram que a metáfora está fortemente presente na linguagem ordinária. Em suma, vimos até aqui duas diferenças entre as perspectivas tradicional e cognitivista da metáfora. Em primeiro lugar, a LC não enxerga essa “figura” como índices de genialidade: pelo contrário, ela é produzida corriqueiramente por qualquer falante que não tenha determinados déficits de linguagem. A segunda diferença, certamente relacionada à primeira, diz respeito ao fato de que, do ponto de vista da LC, a metáfora não pertence apenas à esfera dos textos literários; pelo contrário, está bastante disseminada pela linguagem ordinária, como os exemplos acima devem ter deixado claro. As diferenças, porém, não param por aí. Uma das questões mais cruciais diz respeito ao locus da metáfora. A perspectiva tradicional nos ensina que se trata de uma figura de linguagem – vale dizer, de um recurso lingüístico especial

que

pode

opcionalmente

ser

empregado

para

enriquecer

estilisticamente um texto, tornando-o, talvez, menos rasteiro ou trivial. Trata-se,

portanto, de um adorno ou ornamento lingüístico – e, como tal, perfeitamente dispensável. O quadro pintado pela LC, por sua vez, é inteiramente outro. De um ponto de vista cognitivista, a metáfora é, antes de mais nada, um processo mental. Ela reside, portanto, primariamente no pensamento, e apenas secundariamente na linguagem. Além do mais, ela muitas vezes não é opcional, mas um recurso imprescindível para estruturar e organizar o próprio sistema conceptual humano. Nesse sentido, Lakoff (1993) faz questão de distinguir entre metáfora e expressões metafóricas: enquanto aquela é a relação analógica inscrita na mente, estas são as manifestações ou concretizações lingüísticas particulares. Assim, entende-se que sentenças como (4) evidenciam a existência de uma relação metafórica mental que pode ser formulada linguisticamente como ESTADOS SÃO LUGARES (no caso, como se viu, o “estado” é a depressão, e a conceptualização de “lugar” é denunciada pela presença de verbos locativos). Essa metáfora subjacente pode então motivar uma série de expressões metafóricas:

(5) Maria entrou em / está em / saiu da depressão. (6) Ela está num estado de nervos que só vendo. (7) Ele continua em pânico por causa do concurso. (8) Carlinhos permanece em coma.

O quadro abaixo sintetiza as diferenças entre as perspectivas tradicional e cognitivista da metáfora:

(9) VISÃO TRADICIONAL São a “marca do gênio”

VISÃO COGNITIVISTA São

produzidas

por

todos

os

também

na

indivíduos Específicas de textos expressivos Fortemente

presente

especiais, sobretudo os literários

linguagem ordinária

Fenômeno da linguagem

Fenômeno

primariamente

do

pensamento Adornos, ornamentos lingüísticos

Processos

centrais

da

cognição

humana

Em suma, apresentamos nesta seção os fundamentos de uma nova visão da metáfora, que vem contrariar em muitos pontos a perspectiva tradicional. Na próxima seção, veremos como a LC formaliza teoricamente esse processo mental.

3. Por uma teoria da metáfora Dissemos acima que o livro seminal da TMC é a obra Metaphors we live by (Lakoff e Johnson, 1980). Como se vê, o próprio título do livro ressalta exatamente um dos aspectos da TMC para o qual chamamos a atenção na seção anterior: o fato de que a metáfora está presente na linguagem ordinária. Com efeito, a literatura especializada inventaria diversas metáforas que estruturam nosso sistema conceptual e materializam-se em uma série de expressões metafóricas concretas. Algumas dessas metáforas podem ser vistas abaixo.

(10) DISCUSSÃO É GUERRA a. Seus argumentos são indefensáveis. b. Eu destruí o argumento dele. c. Ela sempre perde a discussão. d. Ele atacou os pontos fracos da minha argumentação.

(11) TEORIAS SÃO CONSTRUÇÕES a. Lakoff & Johnson (1980) apresentam os fundamentos da TMC. b. Atenção, pais preocupados com o problema: Albert Einstein só aprendeu a falar aos 3 anos de idade. Aos 26, começava a erguer a Teoria da Relatividade. (Retirado do site da Revista Época: http://epoca.globo.com/edic/19980727/perisant.htm) c. Copérnico demoliu a teoria geocêntrica do sistema solar e tornou-se logo óbvio que "a mãe Terra" não é nada mais do que um grãozinho da poeira cósmica girando na imensidão do espaço e do tempo. (Retirado do site Cérebro e mente: http://www.cerebromente.org.br/n17/opinion/millenium_p.html)

O formalismo da TMC baseia-se na noção de domínios conceptuais. Essencialmente, metáforas são relações analógicas estabelecidas entre dois domínios distintos. Tais relações são chamadas de mapeamentos (uma tradução mais literal do inglês “mappings”) ou projeções conceptuais. Quando aos dois domínios distintos, em (6) trata-se de discussão e guerra; em (7), teorias científicas e construções arquitetônicas.

Para que haja uma metáfora, é necessário que um dos domínios seja, de alguma forma, mais básico ou familiar que o outro. O mecanismo se baseia precisamente neste princípio: compreendemos (organizamos, estruturamos, concebemos) ideias menos familiares a partir das noções que nos são mais básicas. Esse domínio mais básico, que serve de ponto de partida para a metáfora, tem sido chamado de domínio-fonte (source domain), ao passo que o outro, conceptualizado por meio do primeiro, é conhecido como domínio-alvo (target domain). Assim, guerra e construção são domínios-fonte, ao passo que discussão e teorias são domínios-alvo. Em outras palavras, as noções de discussão e de teoria científica são conceptualizadas a partir das ideias de guerra e de construções arquitetônicas, respectivamente. Uma das metáforas mais recorrentes A VIDA É UMA TRAVESSIA. Para Lakoff (1993), esta é uma formulação mais geral que abrange duas metáforas particulares – O AMOR É UMA TRAVESSIA e A CARREIRA É UMA TRAVESSIA. De fato, essa formulação mais geral é necessária, já que a metáfora não se aplica apenas aos domínios amoroso e profissional, mas a uma série de domínios particulares:

(12) A VIDA É UMA TRAVESSIA a. Passamos novamente a incomodar e fomos chegando sorrateiramente. Viramos puros garanhões na reta final (Pô, quem poderia imaginar que disputaríamos o título?). O fato é que chegamos lá… estamos a um passo do olimpo… (Exemplo retirado do Blog Flamengo Eterno, http://flaeterno.wordpress.com/).

b. Mesmo enfrentando dificuldades, é preciso deixar os problemas para trás e seguir em frente.

Sem dúvida, metáforas convencionalizadas na linguagem ordinária podem sem exploradas literariamente. É o que faz o poeta barroco Gregório de Matos no soneto abaixo, construído a partir da metáfora em (13).

(13)

Carregado de mim ando no mundo, E o grande peso embarga-me as passadas, Que como ando por vias desusadas, Faço o peso crescer, e vou-me ao fundo.

O remédio será seguir o imundo Caminho, onde dos mais vejo as pisadas, Que as bestas andam juntas mais ousadas, Do que anda só o engenho mais profundo. Não é fácil viver entre os insanos, Erra, quem presumir que sabe tudo, Se o atalho não soube dos seus danos. O prudente varão há de ser mudo, Que é melhor neste mundo, mar de enganos, Ser louco c’os demais, que só, sisudo.

Note-se como, neste poema, a vida é conceptualizada, metaforicamente, como um caminho, uma travessia. A seleção lexical denuncia a metáfora subjacente: “ando”, “passadas”, “vias desusadas”, “seguir”, “imundo caminho”, “pisadas”, “andam”, “anda”, “atalho”. É interessante observar como, em pelo menos um momento, aparece uma metáfora conflitante, na qual a vida deixa de ser entendida como uma caminhada vertical e passa a ser concebida como movimento vertical: “e voume ao fundo”. Aqui, está presente uma outra metáfora recorrentemente

apontada na literatura especializada (por exemplo, Lakoff & Johnson, 1980): BOM É PARA CIMA, RUIM É PARA BAIXO, concretizada em expressões metafóricas como as seguintes:

(14)

a. Estou meio para baixo hoje. b. Ele caiu em desgraça. c. Você precisa dar uma levantada nesse humor.

Em resumo: sob a ótima a TMC, a metáfora é entendida como um processo mental específico, a saber, a projeção entre domínios díspares. Tipicamente, as metáforas são apresentadas sob a forma X É Y, em que X é o domínio-alvo e Y, o domínio-fonte – este, sempre mais básico ou familiar que aquele. Uma das maiores evidências da realidade psicológica dessas projeções mentais é a forte presente, na linguagem ordinária, de expressões metafóricas relacionadas entre si – como todos os exemplos em (10), em (11) e em (12) ou em (13).

4. Um breve comentário sobre outras “figuras de linguagem” A metáfora é, possivelmente, a mais celebrada das figuras de linguagem. Nossa tradição escolar, porém, nos brinda com uma sem-número de outras figuras. Dentre elas, algumas estão intimamente ligadas à metáfora. De um lado, estão a comparação, a personificação e a catacrese. De outro, a metonímia. No primeiro grupo, estão recursos de estilo que não se diferenciam, na prática, da metáfora. No caso da comparação, a própria estilística tradicional

reconhece que a única distinção está associada à presença ou ausência de um conector comparativo explícito. A personificação, por sua vez, pode ser entendida como uma metáfora cujo domínio-fonte é sempre um ser humano. A catacrese, por sua vez, consiste em metáforas convencionalizadas, às vezes totalmente esmaecidas da consciência do falante, e empregadas para a designação de um objeto (asa da xícara, pé da mesa) ou ação (embarcar no trem). O caso da metonímia é um pouco diferente. Aqui, trata-se de fato de um processo mental diverso – e que também vem recebendo atenção dentro do quadro teórico da LC, ainda que não tanta quanto a metáfora. Na literatura cognitivista, tratam da metonímia Lakoff (1987, cap. 5), Kövecses (2002, cap. 11, 13, 14 e 15), Panther e Thornburg (2003), e Croft (2003). Fundamentalmente, a metonímia se aproxima da metáfora por também envolver uma projeção conceptual. A diferença, porém, é que nesta a projeção se dá, como já vimos, entre domínios diferentes (interdominial), ao passo que naquela a projeção ocorre dentro de um mesmo domínio (intradominial). Isso fica claro nos exemplos abaixo:

(15) Ele já comeu três pratos! (16) Onde você está estacionado?

A sentença (15) envolve o domínio da refeição, que inclui comida, bebida, pratos, talheres, etc. Assim, quando se substitui o referente comida pelo referente prato, está sendo feita uma substituição no interior de um mesmo domínio conceptual. Da mesma forma, (16) envolve o domínio do

automóvel, que inclui o motorista, as peças, o ano de fabricação, etc. Desse modo, o deslocamento conceptual, mais uma vez, ocorre dentro do mesmo domínio – do carro para o motorista. A oposição entre projeção inter e intradominial não é, contudo, a única diferença entre a metáfora e a metonímia. Outros aspectos também distinguem os dois processos. Por exemplo, a metáfora é um mecanismo que permite a conceptualização/compreensão de conceitos menos familiares ou mais abstratos, ao passo que a metonímia está envolvida no direcionamento da atenção. Aqui, infelizmente, não será possível apresentar com mais detalhes uma teoria da metonímia. Para o leitor interessado, recomendamos a bilbiografia citada acima. Para uma discussão específica sobre as diferenças entre metonímia e metáfora, sugerimos Croft (1993).

5. Considerações finais Neste artigo, tivemos a preocupação de apresentar, ao leitor pouco familiarizado com a linguística cognitiva, uma nova maneira de compreender a “figura de linguagem” conhecida como metáfora. Fundamentalmente, essa mudança de perspectiva implica considerar a linguagem como instrumento imprescindível na estruturação do sistema conceptual humano, o que se reflete no vastíssimo número de expressões metafóricas encontradas na linguagem ordinária. De agora em diante, convidamos os leitores a explorarem a bibliografia indicada ao longo deste artigo, de maneira a enveredar pelos caminhos cognitivistas da metáfora e, não menos importante, da metonímia.

Referências bibliográficas CROFT, W. The role domain in the interpretation of metaphors and metonymies. Cognitive linguistics 4(4): 335-370, 2003. FERRARI, L. (org.) Espaços mentais e construções gramaticais: do uso linguístico à tecnologia. Rio de Janeiro: Imprinta, 2009. LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Metaphors we live by. Chicago: University of Chicago Press, 1980. JOHNSON, M. The body in the mind: the bodily basis of meaning, imagination and reason. Chicago: University Press, 1987. KÖVECSES, Z. Metaphor: a practical introduction. Oxford: University Press, 2002. LAKOFF, G. Women, fire and dangerous things: what categories reveal about the mind. Chicago: University Press, 1987. LAKOFF, G. & TURNER, M. More than cool reason: a field guide to poetic metaphor. Chicago: University of Chicago Press, 1989. LAKOFF, G. & JOHNSON, M. Philosophy in the flesh. New York: Basic Groups, 1999. LAKOFF, G. & NUÑEZ, R. Where mathematics comes from: how the embodied mind brings mathematics into being. New York: Basic Books, 2000. LEITÃO DE ALMEIDA, M. L.; FERREIRA, R. G.; PINHEIRO, D.; LEMOS DE SOUZA, J.; GONÇALVES, C. A. V. Linguística Cognitiva: morfologia e semântica do português. Rio de Janeiro: Publit, 2009. PANTHER, K.U. & THORNBURG, L. L. Introduction: On the nature of conceptual metonymy. In Panther, K.-U. & Thornburg, L. L. Metonymy and pragmatic inferecing. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, p. 1-20, 2003.

REDDY, M. The conduit metaphor – a case of frame conflict in our language about language. In Ortony, A. Metaphor and thought, p. 164-201, Cambridge: Cambridge University Press, 1993.

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