Uma Abordagem Sobre Desenvolvimento Para Televisão Digital Interativa: Experiências, Conceitos E Ferramentas

June 13, 2017 | Autor: Marcelo Alencar | Categoria: Digital television
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Uma Abordagem sobre Desenvolvimento para Televisão Digital Interativa: Experiências, Conceitos e Ferramentas André Valdestilhas, Felipe Afonso de Almeida Laboratório de Interação, Comunicação e Mídia (LINCOM) Divisão de Ciência da Computação – Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) Praça Marechal Eduardo Gomes, 50, CEP 12228-900 São José dos Campos, SP, Brasil [email protected] , [email protected] Fabrício Braga Soares de Carvalho, Marcelo Sampaio de Alencar Instituto de Estudos Avançados em Comunicações (IECOM) Depto. Engenharia Elétrica - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) Av. Aprígio Veloso, 882, CEP 58109-970 Campina Grande, PB, Brasil [email protected] , [email protected] Abstract This paper is based in direct and indirect experiences connected to the activities developed into the Laboratory of Interaction, Communication and Media (LINCOM) and the Institute of Advanced Communications Studies (IECOM), related to the development for Interactive Digital Television, describing new concepts, their premises and the continuation of the activities.

Resumo Este artigo baseia-se em experiências direta e indiretamente ligadas às atividades do Laboratório de Interação, Comunicação e Mídia (LINCOM) e do Instituto de Estudos Avançados em Comunicações (IECOM), relacionadas ao desenvolvimento para Televisão Digital Interativa, relatando novos conceitos obtidos, suas premissas e o direcionamento de suas atividades.

1. Introdução O Brasil esteve por muito tempo à margem da vanguarda do desenvolvimento de tecnologia de comunicações, mas com a intenção do governo brasileiro em implementar um padrão nacional de TV Digital, denominado Sistema Brasileiro de Televisão

Digital (SBTVD), surgirá automaticamente a necessidade de conduzir estudos sobre técnicas, ferramentas e conceitos para o desenvolvimento de Televisão Digital Interativa (TVi). Com a crescente popularização dos sistemas interativos, a distinção entre os produtos dar-se-á pela interface. Nas vendas entre produtos similares, por exemplo, sobressai o que melhor permitir o acesso do usuário às funcionalidades fornecidas pelo sistema. Convém ressaltar que, em alguns casos, a funcionalidade e o desempenho não são suficientes para satisfazer o usuário, que opta, então, por outro sistema com interface atrativa. Ou seja, se um produto deseja ser competitivo, necessariamente sua interface deve ser considerada de forma séria [2]. Segundo Jucá e Lucena [14] e pesquisas efetuadas pelo IBGE [10] e ABTA [1], o perfil do usuário brasileiro está longe de se adequar às características de utilização da TV Digital nos moldes de outros países. Portanto, para se desenvolver serviços que atinjam uma maior parcela da população brasileira, o padrão de utilização de serviços interativos deve se adequar a tais características. O Objetivo deste artigo é apresentar uma visão geral relacionada à conceitos baseados em experiências efetuadas no LINCOM e IECOM, enfocando alguns tópicos como serviços interativos e usabilidade.

2. Serviços Interativos

O termo “serviços interativos” pode descrever uma gama de diferentes tipos de serviços oferecidos e que exigem um nível variável de interação entre o usuário e o fornecedor do serviço ou operador da rede. A forma mais básica de interatividade é chamada de interatividade local, que pode ser obtida dentro do terminal do usuário; os dados pertencentes a determinados serviços interativos são transmitidos e armazenados no terminal. Este terminal pode reagir às respostas do usuário sem requerer trocas de dados ao longo da rede. Caso se almeje habilitar o usuário a responder, de alguma maneira, ao serviço interativo, e se o provedor ou o operador da rede devem captar tal resposta e reagir a ela, deve-se prover um canal de interatividade ao longo da rede de transmissão. Esta interatividade pode ser simples, como no caso de uma votação em um participante de um programa televisivo; neste cenário, seria suficiente apenas um canal de retorno direcional, que consista na direção telespectador – provedor. Já se for necessário um nível maior de interatividade, quando o usuário precisa de um feedback (na hipótese de uma compra on-line, por exemplo, em que o consumidor envia os dados de seu cartão de crédito e deve receber a confirmação da transação efetuada), deve-se implementar um canal direto entre o provedor e o consumidor. O canal de broadcast não será suficiente se não dispuser de um endereçamento individual, haja vista que tal informação é confidencial e deve ser destinada unicamente ao cliente em questão. Se a informação esperada ou requisitada pelo usuário do serviço interativo for mais complexa ou exija uma alta capacidade de transmissão, um outro nível de interatividade deve ser atingido. É o caso de um potencial consumidor que, ao acompanhar o anúncio de um produto de um fabricante, entra em contato com este para informações suplementares. Neste caso, o canal de interatividade direto deverá ser transmitido via broadband. Neste ponto, o serviço interativo se assemelha a uma comunicação two-way com exigências similares para a capacidade de transmissão e a qualidade de transmissão, tanto na direção direta quanto na reversa [19].

3. TV Interativa Segundo Fortes [7], uma das maiores dificuldades quando surge algo novo ou diferente, está em defini-lo precisamente. A TVi, apesar de não se tratar exatamente de um assunto novo, não se distancia desta situação. Embora muitas definições apresentem características comuns, ainda pode-se verificar que não

há um consenso sobre a definição do que vem a ser exatamente a TVi. Barth e Gomi [3] definem que a combinação da televisão com os conteúdos enriquecidos e com a possibilidade de um canal de retorno constitui a chamada TV interativa. Teixeira [20] defende que a TVi é o resultado da união de conceitos computacionais com a TV convencional, que busca permitir aos usuários da televisão normal (dados do IBGE [11] indicam que, no ano de 2004, 90,3% das residências brasileiras possuíam televisores em cores, o que torna a televisão o meio de comunicação mais eficaz e que atinge grande parte da população) o acesso, a custo reduzido, a um grande número de serviços com os quais possam interagir. A TV dita interativa, da maneira que conhecemos hoje, é meramente reativa, pois os telespectadores apenas reagem a estímulos oferecidos pela emissora. Ainda não há um papel ativo em relação à programação televisiva, dita audiovisual [16].

4. Usabilidade para TV Interativa Por outro lado, nota-se um problema relacionado à usabilidade para TVi, já que a intenção não é transformar a TV em um computador e sim trazer algumas das facilidades que se dispõem neste para a televisão, como acesso à Internet, comércio eletrônico, home banking, educação à distância e muitos outros serviços. Contudo, a televisão atual apresenta apenas o controle remoto como ferramenta para gerar essa interação. Observa-se que não seria viável ter um mouse e/ou um teclado, pois seria modificada a forma do telespectador assistir à televisão (o que não seria um problema trivial a se resolver). Assim, faz-se necessária outra solução que não seja desconfortável para o usuário. Nota-se que as pessoas que irão desenvolver aplicativos para TVi serão, na maioria, as mesmas que antes (ou atualmente) desenvolviam-nos para computadores (PC). Geralmente o desenvolvedor de aplicativos para computador pensa em desenvolver focando em alguns periféricos comuns no PC, como mouse, teclado, impressora, etc. Desta forma, o desenvolvedor terá que se adaptar a uma visão de ter somente como meio de interação o aparelho de TV e o controle remoto. A Figura 1 mostra o atual cenário entre o usuário e o desenvolvedor que ainda não se adaptaram à TVi.

Figura 1. Cenário em que se encontra o telespectador.

5. O Controle Remoto Um estudo realizado por Eronen e Vuorimaa [6] defende que, diferentemente de um computador, haverá apenas um controle remoto para interagirmos com a TV. O controle remoto será divido em 3 áreas, como apresentado na Figura 2: •

Teclas de seta (cima, baixo, esquerda, direita) e a tecla “ok”.



Teclas de cor (vermelho, verde, amarelo e azul).



Dígitos (0-9).

(cima/baixo) é utilizado em aproximadamente 52% dos toques realizados em um controle remoto. O botão para controle de volume (+/-) e os dígitos (0 a 9) são utilizados em aproximadamente 19% e 17% dos toques, respectivamente. Os dados indicam que o controle remoto para a televisão digital deve oferecer um suporte orientado ao “polegar”. Como as telas das televisões não são muito boas para apresentar imagens com altas resoluções, a quantidade de informações deve ser diminuída. Esse é um contraste em relação aos computadores, em que a estrutura de informações é muito grande, e múltiplas seleções podem ser vistas ao mesmo tempo. Conclui-se que a navegação é parte da funcionalidade e do índice. A navegação não pode ser projetada de forma independente à funcionalidade e ao índice. Quando a funcionalidade ou o índice mudarem, a navegação deve ser “redesenhada”.

6. Aplicações do Computador para a Televisão Um exemplo de uso de serviço tipicamente comum em um computador seria, por exemplo, um sistema de busca como o Google [8]; porém, ao se colocar tal serviço diretamente na televisão, ou mesmo um serviço de localização apenas para serviços interativos (um exemplo do mesmo caso é apresentado em [4] ), seria um pouco incômodo realizar uma busca da mesma maneira que é feita atualmente na Internet através de um controle remoto. Primeiramente, os sistemas de buscas na Internet são feitos de maneira a efetuar a busca de uma forma sintática, trazendo por muitas vezes resultados indesejáveis, quando uma proposta para amenizar esse problema seria o uso de web-semântica [21]. Nota-se que o controle remoto não será suficientemente confortável para o usuário, quando esse desejar utilizar algum serviço que precise digitar uma quantidade considerável de caracteres.

7. Desenvolvimento de Aplicações para TV Interativa Figura 2 – Controle Remoto O movimento do cursor com as setas direcionais, sendo finalizado com o botão “ok”, é o tipo mais intuitivo de navegação e permite a visualização em tempo real do cursor na tela. Aproximadamente 77% dos espectadores de televisão seguram o controle remoto em uma mão e pressionam as teclas com um polegar para trocar os canais da mesma. De acordo com este estudo, o botão para troca de canal

Atualmente, um dos principais usos de TVi é a utilização de um guia de programação (EPG – Eletronic Program Guide), que consiste em exibir uma interface gráfica informações que auxiliam o usuário na escolha de programas, canais, pay-per-view, VOD e diversos outros conteúdos disponibilizados neste ambiente digital. Serviços mais avançados de EPG oferecem recursos de Internet, como navegação, email, dentre outros [17].

A programação de uma TVi pode incluir gráficos especiais, acesso à web através de links cruzados na televisão, correio eletrônico, chats, e comércio on-line. Cumpre ressaltar, entretanto, que dado o surgimento de recursos relacionados ao uso da televisão, há a necessidade de criar meios eletrônicos que explorem o perfil do telespectador que está assistindo à televisão, para então personalizar os serviços de acordo com as necessidades e interesses do mesmo [18]. Um meio para se desenvolver para TVi sem tirar o conforto do telespectador seria desenvolver aplicações adaptativas, onde a aplicação se adaptaria ao usuário. Seria o caso de se propor uma arquitetura para a criação de interfaces adaptativas para TVi, conforme Barth e Gomi estão propondo em seu estudo [Quico e Damásio, 2004]. Um estudo feito por Herigstad e Wichansky [9], demonstra que profissionais de IHC com experiência em desenvolver Interfaces para o usuário para computador geralmente encontram dificuldades quando passam a desenvolver interfaces para TVi. Logo, a TVi, conseqüentemente, irá agregar um novo paradigma de desenvolvimento de software. Como se pode observar na Figura 3 a seguir, o desenvolvedor de aplicações para PC passará por uma série de conteúdos não convencionais ao desenvolvimento de software nos dias atuais.

para micro-dispositivos (o J2ME [12] ), ou de um set-top Box que implemente uma versão do Windows [22] para micro-dispositivos (o WindowsCE [23]). •

Haverá outro paradigma, o da programação visando o controle remoto, forçando o desenvolvedor a conhecer uma outra maneira de enxergar a usabilidade de suas aplicações.

8. Ferramentas de Autoria Com o crescimento da TVi, muitas ferramentas de autoria irão surgir; segue abaixo um estudo sobre algumas delas. Segundo um estudo feito em MHP Knowledge Database [15], alguns requerimentos de ferramentas de autoria podem ser medidos ou diferenciada em 3 categorias: •



Muito importante o

Possibilidade de desenvolver plugins e componentes.

o

Acesso a código-fonte legível e editável.

o

Tamanho e eficiência do código.

o

Simular ou Prever.

Importante o

Depurar com break points (pontos de parada).

o

Custo.

o

Suporte ao usuário (email/telefone/fórum de usuários, etc).

o

Interface amigável com o usuário (fácil e rápido de usar).

OK

0

1

3

4

5

6

7

8

9



De alguma importância

Fig. 3. Mudança de ambiente para o desenvolvedor.

o

Ferramenta testadora de components/CDK (para o desenvolvimento de componentes).

O desenvolvedor não deverá mais se preocupar com periféricos como o teclado ou o mouse; mas advirão outras preocupações, como:

o

Acesso a novos componentes.

o

Ferramenta de atualização de versão.

o

Atualização de versões de MHP.

o

Eventos remoto).

o

Fluxo de eventos e ligações.



Desempenho: trata-se de dispositivos que não terão tantos recursos como um computador pessoal; muitas vezes serão micro-edições de plataformas, como é o caso de um set-top Box que implemente o padrão DVB-J [5], que executa uma versão da plataforma Java [13]

(eventos

do

controle

o

Multi-nível de cancelamento ações (undo actions).

o

Suporte a som.

de

Em geral, há um número grande de ferramentas de autoria sendo utilizado no momento no mercado, como Cardinal Studio 3.0 [24], Alticast Composer [25], Snap2 e Snap2 Gear [26], Sublime iTV Suíte [27], MediaHighway [28], TV Plus I Station [29] e muitas outras.

9. Considerações Finais O Brasil tem sido, por um período limitado, consumidor de um formato importado de tecnologia para TV que tem crescido, em sua maioria, para os usuários de televisão paga, enquanto que o grande público permanece num modelo de televisão que remonta aos anos 50, à espera de novidades. Neste artigo procuramos apresentar uma reflexão sobre a usabilidade em TVi, onde se trata de um novo paradigma em relação à criação de aplicativos para TVi. Também procuramos conhecer fatores que contribuem para a usabilidade dentro do ambiente de TVi, deste modo buscando caminhos inovadores para o atual desenvolvimento desta tecnologia, no momento em que o país está sendo apresentado à uma nova oportunidade de desenvolvimento de um padrão nacional de aplicações, focalizando as necessidades do telespectador brasileiro.

10. Referências [1] Associação Brasileira de TV por Assinatura. Disponível em: http://www.abta.org.br. Acessado em 20/07/2005. [2] Ana Fernanda Gomes Ascencio. Método Heurístico para Projetar e Analisar Interfaces Hipermídia Inteligentes. Diponível em: http://www.inf.ufrgs.br/pos/SemanaAcademica/Semana99/an afernanda/anafernanda.html. Acessado em 20/07/2005. [3] Fabrício Jailson Barth, Edson Satoshi Gomi. Uma arquitetura para criação de interfaces adaptativas para televisão interativa. Oficina IHC. Brasil. 2004. [4] Giuliano Araujo Bertoti, Felipe Afonso de Almeida, Davi D’Andréa Baccan, Eduardo Sakaue, André Valdestilhas. Uma Abordagem para a Organização e Localização de Serviços de Televisão Interativa. WebMedia. Outubro 2004. [5] DVB. Disponível Acessado em: 20/07/2005.

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[6] Leena Eronen, Petri Vuorimaa. User Interfaces for Digital Television: a Navigator Case Study.ACM. APRIL 2000. [7] Reinaldo S. Fortes. Gerenciamento de Serviços Interativos para o Sistema Cossack Utilizando Objetos Distribuídos. Tese de Mestrado, Instituto de Aeronáutica, Campo Montenegro – São José dos Campos - SP, Junho 2004. [8] Google. Disponível Acessado em: 20/07/2005.

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[9] Dale Herigstad, Anna Wichansky. Designing User Interfaces for Television. ACM ISBN l-581 13-028-7. APRIL 1998. [10] Censo Demográfico 2000: resultado completo. Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo200 0/populacao/censo2000 _populacao.pdf. Visitado em 20/07/2005. [11] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. “Síntese de Indicadores Sociais 2004”. Rio de Janeiro, 2005. [12] J2ME. Disponível http://java.sun.com/j2me/index.jsp. Acessado 20/07/2005.

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[13] Tecnologia Java. Disponível http://www.java.sun.com/. Acessado em: 20/07/2005.

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[14] Paulyne Jucá, Ubirajara de Lucena. Experiências no desenvolvimento de Aplicações para Televisão Digital Interativa. In: III Fórum de oportunidades em TV Digital Interativa, Poços de Caldas, 2005. [15] MHP Knowledge Database. (2005) “Analysis of MHP”. Disponível em http://www.mhpknowledgebase.org/publ/mhp-kdb_d1-analysis.pdf, Acessado em 20/07/2005. [16] Carlos Montes, Valdecir Becker. TV Digital Interativa: Conceitos e Tecnologias. WebMedia. Outubro 2004. [17] Cesar Tadeu Pozzer, Bruno Feijó, Angelo Ernani Maia Ciarlini. Proposição de um Novo Paradigma de Conteúdo para TV Interativa. Serie Monografias em Ciência da Computação, 2003. disponível em: ftp://ftp.inf.pucrio.br/pub/docs/techreports/03_38_pozzer.pdf. Acessado em: 20/07/2005. [18] Célia Quico, Manuel José Damásio. Televisão Digital e Interactiva: a modelação social como variável na avaliação de usabilidade. Oficina IHC. Brasil. 2004.

[19] U. Reimers. “DVB - The Family of International Standards for Digital Video Broadcasting”. 2ª edição, Springer, 2005.

[20] Cesar A. C. Teixeira, Eduardo Barrére, Iran Calixto Abrão. A TV-Interativa como Opção para a Educação à Distância. VII Simpósio Brasileiro de Informática na Educacao-Belo Horizonte, 1996. [21] Semantic Web. Disponível em: http://www.w3.org/2001/sw/. Acessado em: 20/07/2005. [22] Windows. Disponível em: http://www.microsoft.com/windows/default.mspx. Acessado em: 20/07/2005. [23] WindowsCE. Disponível em: http://msdn.microsoft.com/embedded/windowsce/default.asp x. Acessado em: 20/07/2005.

[24] Cardinal Studio. Disponível em: www.cardinal.com. Acessado em: 20/07/2005.

http://

[25] Alticast Composer. Disponível em: http:// www.alticast.com. Acessado em: 20/07/2005. [26] Snap2 e Snap2 Gear. Disponível em: http:// www.snaptwo.com. Acessado em: 20/07/2005. [27] Sublime iTV Suite. Disponível em: http:// www.softel.co.uk. Acessado em: 20/07/2005. [28] MediaHighway. Disponível em: http:// www.canalplustechnologies.com. Acessado em: 20/07/2005. [29] TV Plus I Station. Disponível em: http:// www.aircode.com. Acessado em: 20/07/2005.

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