UMA BREVE ABORDAGEM SOCIOLÓGICA SOBRE CORRUPÇÃO UM OLHAR DIFERENTE E CRÍTICO SOBRE A CONDUTA ÉTICA E MORAL NAS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS

June 2, 2017 | Autor: Ermes Pedrosa | Categoria: ESTUDO SOBRE ESTRESSE NO TRABALHO
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UMA BREVE ABORDAGEM SOCIOLÓGICA SOBRE CORRUPÇÃO UM OLHAR DIFERENTE E CRÍTICO SOBRE A CONDUTA ÉTICA E MORAL NAS RELAÇÕES HUMANAS E SOCIAIS Ermes Marques Pedrosa Tutor: Prof. Me. José Luciano F Almeida Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Curso SOC0045 – Prática do Módulo II 10/10/2015 RESUMO A corrupção tem sido um dos assuntos mais comentados e discutidos ultimamente. Portanto quero através deste paper abordar algumas ações cotidianas dos cidadãos que aparentam ser corriqueiras, porém, se observadas com um olhar sociológico e crítico nos submete a imaginar sendo o princípio de toda corrupção. A corrupção hoje é considerada segundo estudiosos como o “Mal do Século”, portando se caracteriza como fato social a ser discutido e debatido. Não Pretendo abordar aqui toda problemática da corrupção cujo objetivo é provocar um questionamento sobre a corrupção dentro do contexto da conduta ética e moral dos cidadãos perante a sociedade em seus relacionamentos. A corrupção é milenar, portanto se fez aqui necessário buscar fundamentação científica de sua origem que ocorreu nos primórdios com a família Edênica na obra da criação humana representada pela figura mitológica de Adão e Eva. Desde então a corrupção veio perpassando épocas; ganha força com o iluminismo e por fim chega a nossa atualidade, impondo fortes impáctos sobre o modelo de sociedade ainda em formação que é a sociedade hipermoderna ou sociedade da informação. Uso sempre a terminologia nós, estamos, estudamos etc. sempre no plural em meus textos com o intuito de convidar os leitores a fazerem parte do contexto a que se propõe olhando para si indagando suas condutas. Embasamento da minha pesquisa é nas obras dos filósofos Mario Sergio Cortella, Clovis de Barros Filho e Jean Jacque Rousseau. Palavras-chave: Sociologia, Corrupção, Ética, Moral, Conduta, Família, Escola, Social e Pública.

1 INTRODUÇÃO É tão comum ouvirmos hoje notícias sobre corrupção ligada as autoridades públicas e políticas do nosso país. É neste contexto que busco compreender o surgimento de tais atitudes presentes e inerentes aos seres humanos que os tornam virtuosos ou não, daí me veio à ideia de olhar as ações dos indivíduos na sociedade e questionar o que é corrupção? Onde e quem pratica corrupção? Veremos a seguir o conceito de corrupção e o que determina dentro de uma concepção ética e moral uma atitude corrupta. A corrupção está presente em todos os segmentos da sociedade, desde os mais simples até os mais importantes, está presente nas pequenas e aparentemente insignificante atitudes e nas maiores tomadas de decisão de poder

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político, social, econômico e cultural, e sempre é motivada pela disputa e competitividade como ação ludibriadora do ser humano. Segundo o promotor de Justiça Jairo Cruz Moreira coordenador nacional da campanha do Ministério Público: “Muitas pessoas não enxergam o desvio privado como corrupção, só levam em conta a corrupção no ambiente público”. Podemos nos questionar, é a liberdade que nos impulsiona a corrupção? Descobriremos juntos a seguir.

2 DEFINIÇÃO DE CORRUPÇÃO : ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Segundo o filosofo Mario Sergio Cortella “a corrupção é a capacidade de degradar apodrecer quilo que deveria ser descente nasce na nossa formação”. A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo, sendo considerado grave crime em alguns países. Normalmente, a prática da corrupção está relacionada com a baixa instrução política da sociedade, que muitas vezes compactua com os sistemas corruptos. A palavra corrupção está definida no Dicionário Informal que diz o Seguinte: Trata-se de substantivo feminino cujo significado encontra-se ligado à ação ou efeito de corromper, ou seja, de fazer degenerar; ação de seduzir por dinheiro, levando este alguém a se afastar da conduta reta. Corrupção é também o efeito ou ato de corromper alguém ou algo, com a finalidade de obter vantagens em relação aos outros por meios considerados ilegais ou ilícitos. Etimologicamente, o termo "corrupção" surgiu a partir do latim corruptus, que significa o "ato de quebrar aos pedaços", ou seja, decompor e deteriorar algo. A ação de corromper pode ser entendida também como o resultado de subornar, dando dinheiro ou presentes para alguém em troca de benefícios especiais de interesse próprio. A corrupção é um meio ilegal de se conseguir algo, sendo considerado grave crime em alguns países. (© 2008-2015 7Graus - Dicionário Etimológico: Etimologia e Origem das Palavras)

Podemos então ir relacionando as ações dos indivíduos na sociedade com um olhar crítico pensando o que o leva “a se afastar de uma conduta reta” como definiu acima o Dicionário informal, mas, porém, emerge outra dúvida a respeito como saber o que é uma conduta reta? Para isso devemos voltar ao tempo lá nos primórdios da criação humana de lá partir nossa investigação. 3 CORRUPÇÃO PRESENTE NA OBRA DA CRIAÇÃO A princípio observa-se o primeiro ato de relação da história que acontece num diálogo entre a “serpente” e Eva em seguida se estende a figura de Adão, nesta relação podemos afirmar que já começa a disputa entre o bem e mal.

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Segundo a mitologia religiosa a ação do livre arbitro de Adão e Eva ocasionou a sociedade consequências desastrosas não só para eles mas pra toda humanidade. Ao romper com as normas de conduta (obediência) proposta por Deus e seduzidos pela “liberdade” (serpente) de escolhas e com a possibilidade de chegar ao “tamanho” de Deus, é que determinou o grau de retidão nas atitudes de Adão e Eva, levando os a atos corruptos, pois, eles ali representavam todo principio de humanidade. Essa desobediência é a geradora da corrupção e a corrupção é filha da autossuficiência que é a pretensão de se tornar “maiores” que Deus dando origem a outro deus, como mostra o livro de gêneses capítulo 3, 5-6, p16 Bíblia Edições Pastorais: “5 Pelo contrário, Deus sabe que, no dia em que comerdes da árvore, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecedores do bem e do mal”. 6 A mulher viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para obter conhecimento. “Colheu o fruto, comeu dele e o deu ao marido a seu lado, que também comeu.” Sociedade Bíblica Católica internacional e Edições Paulinas, S. Paulo, Brasil, 1990. Livro de Gênesis capítulo 3,5-6 p 16.

Adão e Eva Após se tornarem conhecedores do bem e do mal, Deus os expulsou do paraíso, colocando sobre eles duras penas. Daí por diante surge uma nova conduta, pois, o ser humano passa a caminhar de acordo com sua própria consciência. Podemos até afirmar que deixaram o caminho reto e passaram a caminhar por caminhos tortuosos. A ética e a moral aparecem como um norte para as ações humanas regulando cada passo da sociedade apontando e gerando regras e leis.

5 CORRUPÇÃO GANHA FORÇA COM O ILUMINISMO

O iluminismo traz aos cidadãos a ideia da liberdade do pensamento. Os grandes filósofos da época eram considerados seres iluminados com grande capacidade de discernimento, suas ideias tinham como princípio questionar o capitalismo que na época aproximadamente no século XVIII, se constituiu com a revolução industrial. Um dos filósofos mais conceituados da época, Jean Jacques Rousseau, em seu livro “Emílio ou a Educação”, ele observa a formação da criança para o mundo dentro do conceito da biologia onde usa a natureza humana para explicar a precocidade e imaturidade no processo de construção do pensamento, e que a educação primeira advinda dos pais principalmente na pessoa da mãe é essencial para garantir a conduta ética e moral, uma vez que o capitalismo como estimulador da corrupção vinha de certa forma moldando a consciência humana. Preocupado com essa situação Rousseau, concentrou seus estudos na

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criança e como prepará-la para ser adulta sem que ela fuja dos seus princípios naturais sem mancha. Nascemos fracos, precisamos de força, nascemos desprovidos de tudo, temos a necessidade de assistência, nascemos estúpidos, precisamos de juízo. Tudo o que não temos ao nascer e de que precisamos adultos é-nos dado pela educação. (Emílio ou a Educação, p.10, Rio de Janeiro, Brasil, 1972).

Percebemos que liberdade que nos foi concedida no principio da criação e alimentada pelo capitalismo no período iluminista, está propensa a nos seduzir a praticarmos atitudes de cunho corrupto, e que a educação tem um papel fundamental na formação e preservação da conduta moral dos cidadãos.

4 CORRUPÇÃO NA FAMÍLIA Percebe que a corrupção herdada do casal Edênico continuou a fazer parte do cotidiano dos seres humanos. São condutas aparentemente simples cotidianas que acaba a degradar o contexto disciplinar levando a fragilidade ética e moral na família. Os filósofos Mario Sergio Cortella e Clovis de Barro Filho, em seu livro Ética e Vergonha na Cara faz uma citação bastante coerente ao assunto: Então, se a corrupção dentro de uma família for admitida, ela ali se estabelecerá. Crianças aprendem desde bebês, ainda no berço como fazer isso, seja com o choro ou com o bracinho esticado, seja com o tipo de afago ou com relação ao beijo. Isto é, ser corrupto é uma possibilidade quase berçária”. (Ética e vergonha na Cara, Campinas, 1ª Edição, p. 84-85, 2014).

Estas simples e ingênuas atitudes, herdadas de berço seguem com o desenvolvimento do cidadão ao longo de sua vida, portanto, é necessário que se estabeleça uma plataforma moral, disciplinar, afim de que não abra possibilidades de uma negociação corruptiva. Cortella faz uma observação importantíssima a esse respeito se referindo aos pais ou a quem cria uma criança: “De nada adianta falar contrariamente a corrupção na vida estatal, mas no cotidiano contradizer essa conduta dentro da família”.

6 CORRUPÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

Sendo a corrupção um fato quase hereditário, pressupõe-se que a criança recebe essa informação dos pais e aplicam na sua vida. É importante refletirmos que a corrupção não é imposta e sim opcional, cabe ao cidadão praticar ou não segundo a sua conduta ética e moral adquirida na sua formação.

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No ambiente escolar ao se relacionar com os demais colegas a criança passa a adquirir certos interesses por algum beneficio seja material ou de cunho pedagógico, como por exemplo, se beneficiar do conhecimento alheio recebendo uma “cola” do colega na hora da prova, ou vice versa; outra prática bastante comum é a falsificação de carteirinha de estudante. Os autores do livro “Ética e vergonha na Cara” nos alerta para uma rotina típica de alunos do ensino fundamental, adolescentes, que pouco se relaciona com adultos, pois levantam sozinhos se arrumam e vão para escola, na escola é que vão ter contato com um adulto nesse caso o professor, que por sua vez nesse caso é que aplicam aos alunos algum código de conduta, como o uso do uniforme, se fizeram as tarefas de casa, a postura ao sentarem nas carteiras entre outros. Estes alunos uma vez sendo cobrados reagem em vossas defesas aplicando muitas das vezes atos de caráter corruptos não monetários, mas morais. Hoje, na educação a um modo de corrupção que não é de natureza monetária: é quando pai e mãe substituem a relação de respeito no trabalho do magistério pelo Código de Defesa do Consumidor. E, por tanto, quando eles têm uma demanda no espaço escolar em relação ao filho, recorrem ao referido código e ensinam a criança a dizer: “Eu pago seu salário”. E assim, uma relação doscente-discente, que tem também uma finalidade uma elevação de convivência ética saudável, de formação cientifica sólida, de estrutura da cidadania, acaba sendo transformada em mercadoria. O professor, então considerado um mero prestador de serviço, será comprado pela ameaça. Não é o dinheiro que vai comprá-lo. É outra forma de corrupção... Não quero encarar a corrupção apenas como aquisição financeira ou monetária, mas com tudo aquilo que esboroa e apodrece a nossa capacidade de uma convivência docente.” (Ética e vergonha na Cara, Campinas, 1ª Edição, p. 86, 2014).

Aqui os autores nos apresenta outra forma de corrupção, pautada pelo apodrecimento da convivência. Imaginam vocês que se encontramos divergências nas relações humanas no ambiente familiar, educacional, como essas crianças e adolescentes vão se comportarem quando adultos no ambiente de trabalho e na vida social? Vejo que a educação voltada pra ética e moral será sempre o norte que estabelecerá a retidão na conduta dos cidadãos rumo à vida laboral, pública e social.

7 CORRUPÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO

O ambiente de trabalho é onde passamos maior parte de nossa vida, é um dos ambientes em que mais se constrói relações, sejam de amizades, profissionais entre outras. É comum nos depararmos com situações em que atitudes aplicadas expressam de forma gritante a corrupção. Se não houvesse tais atitudes não necessitariam de câmeras de segurança, podemos até nos questionar: “Quantas câmeras de segurança os cidadãos necessitam para

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garantirem suas condutas éticas e morais?”, é uma pergunta um tanto relativa, tudo depende das atitudes de cada cidadão. Um trabalho em equipe onde um ou mais trabalhadores, tende a extorquir a empresa ou o próprio colega, acaba por apodrecer todo o processo e muitas das vezes são atitudes aparentemente sem importância, exemplo: “se eu pegar um pacotinho de suco nem vai fazer falta para empresa, ou quando chego ao meu superior e ofereço um “cafezinho” pra que aquela tão almejada promoção me alcance”, essas e outras atitudes são relevantes no contexto da formação da conduta moral dos cidadãos. Eu gosto de uma fala do filósofo Mario Sergio Cortella onde ele nos coloca a questionar: “Quero? Devo? Posso”? Ele ainda afirma que devemos ter cuidado com relação à ética, quando nos fazemos estes questionamentos, como nos apresenta o texto a seguir. Porque agora há todo um controle informatizado, que vai cercando os nossos princípios éticos. Aí você começa a ter um novo princípio de conduta, que é paura,ou seja, o medo de ser pego. Quanto maior a impunidade, mais os princípios ficam frouxos. Quanto maior o controle, o cuidado com o cuidado, o compliance, mais você tem princípios que são sólidos.” (Ética e vergonha na Cara, Campinas, 1ª Edição, p. 135-136, 2014).

Dar-e a entender, que hoje estamos aprisionados a algum sistema, que tem por finalidade conduzir os nossos princípios éticos, de acordo com os interesses de determinado grupos sócias ou privados, e que a nossa liberdade acaba colocando em risco a nossa conduta moral. Nesse caso, do qual estamos falando, as empresas é o sistema e a sua política interna é a lei que nos conduz.

8 CORRUPÇÃO NA VIDA PUBLICA E SOCIAL

É comprovado pela Psicologia, Sociologia e Filosofia que os ser humano está em constante formação e é um ser incompleto. Diante desses dados, observamos que numa sociedade hipermoderna, instantânea onde a globalização é o que governa, os seres humanos são obrigados a adotar uma acelerada rotina de vida a ponto de impedir que os mesmos construam seus próprios pensamentos, obrigando-os a pensar conforme o que o mundo capitalista exige. Não tenho dúvida que atitudes corruptas venham ser necessárias para alcançar tais objetivos propostos pelo capitalismo, é a lei do mais forte. Impor uma força de poder seja ela de capital ou até mesmo intelectual sobre um ser humano impedindo-o a exercer com dignidade sua cidadania é uma forma de corrupção. É o que acontece tanto na vida pública como também em alguns grupos sociais ou organizações.

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São inúmeras as atitudes corruptas existentes em nossa sociedade desde as mais aparentemente simples que vimos anteriormente neste paper, como por exemplo: Furar filas, subornos à agentes públicos, sonegação de impostos, desvio de recursos públicos como vemos todos os dias nas mídias, um exemplo mais divulgado é o escândalo da Petrobrás. É uma violação constante das normas morais de conduta e as leis estão sendo burladas em benefício de uma Elite capitalista. Rousseau em seu livro “Do Contrato Social” questiona o estado, onde as leis são úteis àqueles que detêm algum tipo de posse ou poder, e prejudicam os que nada têm. O Estado existe para o bem comum, e a vontade geral deve dirigi-lo para esse fim. Vontade geral segundo Rousseau é um ato de soberania, atende ao povo, por isso é lei. Esse é o princípio que devia ser obedecido, mas nem sempre é assim. O soberano é feito um ser fantástico. A soberania é indivisível e inalienável. Resulta do procedente que a vontade geral é sempre reta e tende sempre para a utilidade pública; mas não significa que as deliberações do povo tenha sempre a mesma retitude. Quer-se sempre o próprio bem, porém nem sempre se o vê: nunca se corrompe o povo, mas se o engana com frequência, e é somente então que ele parece desejar o mal.. (Do contrato Social, p.40-41, Edição Eletrônica, © 2001- Ridendo Castigat Moraes, Versão para ebook e eBooksBrasil.com, Março2002.).

É perceptível que, quando envolve a busca pelo poder, os cidadãos estão sempre sujeitos a atos corruptos, e há aquela tendência de derrubar ou lograr o outro em benefício próprio, em algumas situações, mais vale a vontade individual do que a vontade geral do povo. Quando exercemos a cidadania ao eleger um representante público, é para nos representar diante dos acontecimentos sociais, democraticamente é o direito do povo sendo representado por um cidadão. Na lógica este cidadão deveria exercer um poder pautado por uma conduta ética e moral perante o povo que o escolheu. Não devemos generalizar os fatos, acredito que existem representantes que assim o faz, como existem outro que não. Portanto, se na minha vida cotidiana eu permito que pequenas atitudes que considero insignificantes e corriqueiras, mas de caráter corruptos, tomem parte da minha concepção de que é correto é certo, como posso cobrar aqueles que me representam uma conduta reta, ética e moral?

9 CONSIDERAÇÕES FINAIS Parece muito fácil apontar, julgar, uma sociedade um poder público, baseado no senso comum, no mínimo teríamos que olhar a nossa própria história e nos questionar, como estou construindo a minha ética? Claro que temos todo direito de questionar estamos num país

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democrático e somos seres “livres”, e aqui podemos responder aquela pergunta que nos fizemos no início, “É a liberdade que nos impulsiona a corrupção?” A liberdade nos dá a condição de escolha entre o bem e o mal, a moral nos conduz a escolher o que melhor nos convém é a moral que nos faz questionar, “Quero? Devo? Posso?”. Somos seres tendenciosos a praticar atos corruptos, se não fossemos, Adão e Eva não teriam caído em tentação. Mas, porém como já foi abordado, ser corrupto é opcional é uma questão de escolha, e o que nos garantem essa consciência é a nossa formação ética. Uma criança nasce com essa tendência, mas cabe aos pais discipliná-las, educá-las numa concepção ética e moral e a melhor forma de fazê-la é com bons exemplos. O papel da escola venha ser, o de fortalecer no educando, a ética adquirida em casa o ensinado a exercer tal ética nas relações sociais e de trabalho, preparando-o para a vida social e política. Vimos neste paper, que são pequenas atitudes, que ignoramos como corruptas que influenciam na formação do caráter ético e moral do cidadão. Que toda corrupção começa no berço e aos poucos vai se consolidando na sociedade. Cabe a nós em nossa particularidade, construir uma consciência crítica, diante das nossas atitudes, só depois posso criticar e ajudar a construir uma sociedade com menos corrupção.

10 REFERENCIAS

CORTELLA, Mario Sergio. Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2007. CORTELLA, Mario Sergio, BARROS FILHO, Clóvis de, Ética e Vergonha na Cara. 1ª Edição, Campinas, SP: Papirus 7 Mares, 2014.(Coleção Papirus Debates). RUSSEAU, Jean-Jacques, Do Contrato Social, Edição Eletrônica, © 2001- Ridendo Castigat Moraes, Versão para ebook e eBooksBrasil.com, Março 2002. RUSSEAU, Jean-Jacques, Emílio ou da Educação, tradução de Sérgio Milliet, 3ª Edição, Editora Bertrand Brasil S.A.1995.

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