Uma confraria medieval na origem da freguesia de Santa Maria dos Olivais (1372-1483)

Uma confraria medieval na origem da freguesia de Santa Maria dos Olivais (1372-1483)

«8.ªs Jornadas de Toponímia de Lisboa : Geografia dos Topónimos», Rui Manuel Mesquita Mendes (CHAM-FCSH/NOVA, FLUL, CDIRF)

Fig. 1: Olivais Velho com a Quinta Grande do Almada (esquerda) em 1944 (1)

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Lisboa, Arquivo Municipal de Lisboa (doravante AMSLB), PT/AMLSB/EDP/000620

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Conclusão

A Confraria de Santa Maria dos Olivais estabelecida no sítio dos Olivais do termo de Lisboa no ano de 1372, ali tinha a sua casa de mercê com culto e albergaria para pobres. Situada num dos acessos à Cidade de Lisboa, numa zona particularmente fértil do Termo da mesma, a confraria serviu não só de local de apoio aos pobres e viandantes que no século XIV e XV por ali passavam, mas foi também, à semelhança de outros casos do termo lisboeta, uma associação proto comunitária que certamente terá contribuído para o desenvolvimento não só do culto naquela zona, onde ainda havia muitos elementos da comunidade mourisca e judaica, como também para a formação da paróquia que se irá estabelecer 30 anos mais tarde.

Maria Ângela Beirante entende que pelo facto de as comunas medievais nascerem de um juramento mútuo, certos historiadores admitem a possibilidade de elas descenderem de piedosas confrarias, cujas relações de irmandade e coordenação contrastam naturalmente com as relações preponderantes na sociedade feudal, de domínio e subordinação. A importância da religiosidade mortuária f o i uma característica essencial das confrarias, junto com a ajuda mútua, alargada gradualmente aos pobres, aos doentes e aos necessitados.

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As confrarias medievais constituiram um lugar de asilo e de acolhimento, quer em meio urbano, quer em meio rural de população recentemente enraizada, como parece ter sido aliás o que aconteceu nos Olivais.

Muito Obrigado

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