UMA ETICA AMBIENTAL PELA BUSCA DA SUSTENTABILIDADE

June 30, 2017 | Autor: Cesar Oliveira | Categoria: Environmental Sustainability
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UMA ÉTICA AMBIENTAL PELA BUSCA DA SUSTENTABILIDADE

César de Oliveira Ferreira Silva

Graduando em Engenharia Ambiental – UNESP – Campus Experimental Sorocaba



Resumo



Abstract



Introdução

Sustentabilidade

O conceito de desenvolvimento sustentável foi definido de forma oficial,
pela primeira vez no relatório da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente
(que havia sido criada em 1984, reflexo das questões levantadas desde a
conferência de Estocolmo em 1972) como: "aquele que atende as necessidades
das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de
atenderem a suas necessidades e aspirações".1

Desenvolvimento sustentável é uma necessidade no mundo atual para prover o
bem estar dessa geração e das próximas, baseada em um modelo de utilização
dos recursos naturais com o mínimo possível de degradação, no intuito de
mantê-la preservada para maior (e melhor) utilização da mesma.

Existem dados preocupantes sobre os rumos tomados pelo ser humano em sua
corrida pelo desenvolvimento tecnológico e industrial, sobre a poluição
atmosférica, por exemplo, aponta-se que em agosto de 2012, o nível de
dióxido de carbono (CO2) na atmosfera foi de 392.41 ppm. Sendo que
cientistas renomados admitem como nível máximo aceitável 350 ppm 2. Isso
denota a situação atual. Grande parte dessa poluição é proveniente da
queima de carvão e produtos poluentes para produção de energia
termoelétrica.

Ética

São os princípios e concepções sobre a vida, o mundo, o ser humano e suas
relações, que estatuem princípios e valores que orientam pessoas e
sociedade. Uma pessoa é ética quando se orienta por princípios e
convicções. Já a moral é a concretização da ética, é a prática real das
pessoas que se expressam por costumes, hábitos e valores culturalmente
estabelecidos. Uma pessoa é moral quando age em conformidade com os
costumes e valores consagrados. Estes podem, eventualmente, ser
questionados pela ética. Uma pessoa pode ser moral (segue os costumes até
por conveniência), mas não necessariamente ética (obedece à convicção e
princípios). 3



Objetivo: Este artigo tem o objetivo de discutir a necessidade de uma ética
voltada à interação entre o ser humano e seu meio ambiente como passo
decisivo à sustentabilidade da humanidade no Planeta Terra. Disserta-se
sobre a evolução dos paradigmas até a atual ética mundial e seus conceitos.
A ideia de ética ambiental é montada a partir de conceitos antigos com
novas abordagens.



Revisão Bibliográfica

Como a ética atualmente conduz a natureza?

O industrialismo e o regime capitalista seguem uma lógica insustentável
para a nossa atualidade, que é a de que a natureza suporta uma infindável
manipulação, de um consumo cada vez maior, de um progresso que tem como
consequência uma degradação dos recursos ambientais sem precedentes. Uma
visão moderna, mas não contemporânea, afinal, nasceu com o pensamento de
Bacon, Descartes e a transição do feudalismo ao capitalismo, esse
pensamento realmente trouxe um avassalador progresso na ciência, tecnologia
e modo de vida das pessoas, mas igual efeito teve no modo do ser humano
lidar com os outros seres. Explorando-os ao máximo, sem qualquer
planejamento ou pensamento no futuro, como se todos os recursos fossem
inesgotáveis. O momento da consciência da finitude dos recursos naturais já
aconteceu, e é por essa crise que passamos atualmente, a crise ecológica,
que desde os anos 70 fez com que grandes autoridades e especialistas
mundiais discutissem sobre os problemas enfrentados, ainda com resultados
incipientes.

Um dos comportamentos adotados por essa linha de pensamento, chamada de
"cartesianismo", é a fragmentação dos objetos em estudo (reducionismo).
Esse é um método4 usado por Descartes na resolução de problemas matemáticos
(objetivos), que foram incorporados no pensamento filosófico (subjetivo).
Houve a separação entre o "espírito" e a "matéria". Daí é possível perceber
a incoerência.

A divisão entre espírito e matéria levou à concepção do universo como um
sistema mecânico que consiste em objetos separados, os quais, por sua vez,
foram reduzidos a seus componentes materiais fundamentais, cujas
propriedades e interações, acredita-se, determinam completamente todos os
fenômenos naturais. 5 Como disse Blaise Pascal 6, havia o predomínio do
esprit de gêometrie, a razão instrumental-analítica, em detrimento do
esprit de finesse, os outros usos da razão (sensível, cordial, simbólica),
essa desigualdade produziu uma lobotomia ética que hoje culmina na crise
ecológica.

Esse determinismo fez com que a real situação dos ecossistemas fosse
ignorada. Os ecossistemas sustentam-se num equilíbrio dinâmico baseado em
ciclos e flutuações, que são processos não-lineares, com isso, não houve um
correto acompanhamento por parte da humanidade com relação ao trato com a
natureza.

Vale lembrar o que dizia um dos fundadores do paradigma científico moderno,
Francis Bacon: "Devemos tratar a natureza como o inquiridor trata o
inquirido, tortura-la até que nos revele todos seus segredos"7. Essa
citação por si só nos mostra a cerne desse paradigma (que vemos como foi
realmente aplicada).

Quando a Ética e a Sustentabilidade encontram-se



Materiais e Métodos

Resultados

Discussão

Considerações Finais

Referências Bibliográficas

1 BOFF, Leonardo. Sustentabilidade. Petrópolis: Vozes, 2012.

2 PROOXYGEN. Concentracion of Atmospheric CO2. Disponível em:
http://co2now.org/. Acesso em 19 de setembro de 2012.

3 Existe farta bibliografia sobre o assunto, é possível citar-se: NOVAES,
A. Ética: Vários autores. São Paulo: Cia de Bolso, 2007; VALLS, A. L. M. O
que é Ética. São Paulo: Brasiliense, 1994; KANT, Immanuel. Crítica da Razão
Prática. São Paulo: Martin Claret, 2007; TOFFLER, A. A terceira onda. Rio
de Janeiro: Record, 1980.

4 DESCARTES, René. Discurso do Método – Regras para a Direção do Espírito.
São Paulo: Martin Claret, 2006.

5 CAPRA, Frijot. Ponto de Mutação. São Paulo: Cultrix, 1983.

6 PASCAL, Blaise. Pensamentos. In: Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultura,
1999.

7 BACON, Francis. Novum organum, I, CVI e CVIII; II, X – In: Nuovo Organo –
Novum organum. Texto latino a fronte. A cura di Michele Marchetto. Roma:
Bompiani, 2002
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