Uma pintura pontilhista - a hibridez da crônica em tela

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
VITOR FELIX DO VALE










Uma pintura pontilhista: a hibridez da crônica em tela



















Rio de Janeiro
2015
Uma pintura pontilhista: a hibridez da crônica em tela









Vitor Felix do Vale





Trabalho final apresentado à Profº Carmem Lúcia Negreiros de Figueiredo, referente à disciplina Teoria da Literatura IV, Departamento CULT - Instituto de Letras – UERJ.












Faculdade de Letras da UERJ
2º semestre de 2014
SUMÁRIO

Introdução: pinceladas sobre a tela
(a construção da pintura)
(estudo sobre crônicas)
Conclusão
Anexo
Bibliografia


























Introdução: pinceladas sobre a tela

O seguinte trabalho traz um breve panorama sobre o estudo de crônicas enquanto gênero literário, seus meios de circulação, sua relação com o tema do consumo, e, principalmente sua construção enquanto gênero híbrido dentro da própria literatura.
Os papéis de leitor-escritor-cronista também serão discutidos, com enfoque principal ao papel do cronista como o narrador da atualidade, além do mais, sua própria construção de sujeito autor-leitor no interior de seu contato com o material de trabalho "o cotidiano".
Um plano que demandará atenção, ou até mais que os outros temas, é a ligação que a construção literária das crônicas faz com a criação artística das pinturas pontilhistas, tanto em questão de forma, como no que se refere ao conteúdo. A mescla de elementos, que a princípio podem não passar de borrões isolados no branco da tela, meras pinceladas sobre a tela, unem-se, formando um conjunto agradável de contemplar e mais elaborado do que se parece, a princípio, sobre este "gênero menor" da literatura.


















DESENVOLVIMENTO

A crônica, embora possua grande valor literário atualmente, configura-se como um gênero menor dentro da literatura, isso porque ainda se considera que sua hibridez contribui, e muito, para seu formato volúvel e dissolúvel, e assim como as tintas, mistura-se a outras texturas e cores passando a ter nova configuração.
Cabe ressaltar, antes de tudo, que este trabalho fará um paralelo entre a criação artística das crônicas em diferentes momentos da literatura brasileira, de José de Alencar a Clarice Lispector, e a técnica da pintura pontilhista que integrou o movimento expressionista, na qual não existem linhas, apenas pontos.
Cada ponto de tinta assume o caráter um elemento isolado dentro desse estilo de pintura, e o pintor, assim como o cronista, expressa por meio da tela, ou do papel, como todos os elementos dispostos isoladamente criam uma afinidade atuando em conjunto. Além disso, configuram uma natureza híbrida própria destas formas de construção artística.