UNAMA – UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CURSO – ARQUITETURA E URBANISMO DISCIPLINA – URBANISMO V -9º SEMESTRE PROFª. MARCILIA NEGRÃO

June 6, 2017 | Autor: Karoline Rocha | Categoria: Urbanism, Centro De Estudios Históricos
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UNAMA – UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CURSO – ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA – URBANISMO V - 9º SEMESTRE
PROFª. MARCILIA NEGRÃO






RESENHAS
























DISCENTE: KAROLINE PEREIRA DA ROCHA
TURMA: 8AUNB



BELÉM-PA
MARÇO DE 2016.

UNAMA – UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CURSO – ARQUITETURA E URBANISMO
DISCIPLINA – URBANISMO V - 9º SEMESTRE


TEXTO 01: CENTRALIZAÇÃO E ÁREA CENTRAL trecho do livro "O espaço urbano" de Roberto Lobato Corrêia.


O texto define o agravamento da problemática das áreas centrais com o surgimento da revolução industrial, onde gerou um inchaço nos grandes núcleos urbanos, com a chegada das ferrovias se intensificou o numero de pessoas nos centros urbanos, atraindo grandes investimentos com isso o valor do preço da terra foi ficando mais alto, e devido ao alto valor algumas empresas não conseguiram acompanhar o valor do mercado e foram para as áreas mais afastadas do centro, como o autor retrata no seguinte trecho "Com a forte procura por localizações próximas à área central da cidade, o preço do imóvel elevou-se sobremaneira. Atualmente, apenas os empreendimentos nos quais o lucro deriva diretamente do fator localização continuam a buscar um "ponto" nesta área da cidade. As grandes indústrias de base que independem da clientela no local estão se instalando em terrenos mais afastados, onde o custo é menor: terrenos grandes e baratos".
Então surge a periferia, como uma solução para esse processo de precariedade dos centros urbanos. Na segunda metade do século XX, já acontecem mudanças significativas no centro ele deixa de ter mais horizontal e passa a ser mais verticalizado facilitando assim a versatilidade e mobilidade entre os grandes e pequenos negócios do mercado, por se tornar um polo mais comercial, os centros outrora residenciais passam agora a ser mais comerciais, e por ter a maior concentração de atividades em períodos diurnos, deixando assim os períodos noturnos mais soturnos e suscetíveis à violência.
Em contra partida as áreas periféricas do centro (pericentro) possuem "uso semi-intensivo do solo: as atividades que aí se encontram são, sobretudo, o comércio atacadista, o armazenamento e as indústrias leves; há terrenos abandonados, transformados, em muitos casos, em estacionamentos" ; Ampla escala horizontal, devido a maioria das moradias serem de classes medias e de residências populares e muitas delas estarem deterioradas; Por ter mais área que os grandes centros e na periferia que constitui-se o foco dos terminais inter-regionais rodoviários e ferroviários além de fazer o transporte das pessoas que moram nessas bairros ou ate mesmo cidades que ficam em áreas metropolitanas por exemplo, onde os hotéis e alugueis, impostos são mais baratos.
O autor Roberto Lobato Corrêia comenta o fenômeno da descentralização como um processo que e estimulado por fatores de maior produção do que venda, ocasionando assim um desequilíbrio na economia do comercio. "Descentralização e os núcleos secundários aparecem como uma medida das empresas visando eliminar as deseconomias geradas pela excessiva centralização da área central". De outro lado, resulta de uma menor rigidez locacional no âmbito da cidade, em razão do aparecimento de fatores de atração em áreas não centrais. A descentralização está associada ao crescimento da cidade, tanto em termos demográficos como espaciais. Tal processo torna o espaço urbano mais complexo, com vários núcleos secundários de atividades'.





TEXTO 02: ESVAZIAMENTO DAS ÁREAS CENTRAIS DAS CIDADES
Trecho do documento "Reabilitação de Centros Urbanos", editado pelo Ministério das Cidades.

Um fator importante para o esvaziamento dos centros urbanos e sem duvida o vetor de crescimento da cidade, o texto retrata que a politica habitacional brasileira prioriza o financiamento para novas moradias, e não mostra interesse em reformar e revitalizar as moradias dos centros urbanos, justificados pelos preços mais vantajosos e buscas por parcerias com intuições para construções das edificações.
Outro exemplo que o texto mostra são os shopping center e seus fartos estacionamentos. Essa forma de comércio teve repercussão nas atividades e lojas localizadas no passeio público das áreas centrais, diminuindo sua representação no total do comércio da cidade. Por outro lado, o incremento do comércio de produtos baratos, atendendo aos mais pobres que utilizam as facilidades do sistema de transporte coletivo que converge para as áreas centrais, se localiza em áreas privilegiadas do ponto de vista da circulação pedestre, deixando outras áreas esvaziadas e descaracterizadas.
O texto menciona a cidade de Porto Alegre, como uma que não sofreu muito impacto no ponto de vista das habitações e das manifestações culturais, porem é um centro que sofre com poluição sonora, visual, atmosférica, o que pode descaracterizar a região, possível de, mais tarde, se tornar uma área vazia.
Em contrapartida a cidade de São Paulo e Rio de Janeiro, Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo, apesar de possuírem problemas semelhantes no que diz respeito ao esvaziamento e sub-aproveitamento de seus patrimônios edificados, além de questões relativas ao comércio ambulante e moradores de rua, apresentam e devem ter formas de intervenção completamente diferentes.
O Rio de Janeiro é uma cidade que tem vários imóveis e terrenos que ainda pertencem ao Poder Público, seja da União, ou do estado. Mesmo porque o Rio foi capital do País até 1960. Já São Paulo tem pouquíssimas terras e imóveis públicos na área central, aspecto esse que altera a forma de intervenção em cada uma das cidades, sobretudo a partir do Governo Federal.
Reabilitar os centros, segundo a estratégia de ampliar o espaço de urbanidade para todos é um desafio de enorme complexidade. Entre outros fatores, porque não há solução possível que não rompa com a cultura corporativista dos vários entes públicos envolvidos na região (o "porto", o "patrimônio", o estado, o município, a empresa ferroviária, a União, entre outros), naquela eterna luta entre órgãos setoriais e entes da Federação pelo controle e gestão do público". Significa romper o paradigma de que requalificar é sinônimo de excluir qualquer traço da presença dos mais pobres.


TEXTO 03: AS CIDADES VOLTAM-SE PARA SUAS ÁREAS PORTUÁRIAS
Trecho do artigo: "Voltando às origens - A revitalização de áreas portuárias nos centros urbanos" Vicente del Rio Publicado na revista "Arquitextos", do portal "Vitruvius" 015.06, ano 02, ago 2001

Dentre os interesses de revitalizações de áreas portuárias dos centros urbanos ainda se questiona, a desativação desses portos devido as novas tecnologias, e novos locais estratégicos, pelo outro lado, os grandes elementos de infraestrutura portuária e metropolitana, fisicamente presentes nas áreas portuárias, podem representar conflitos ou constituir barreiras contra sua integração ao resto da área central, como é o caso na grande maioria das cidades portuárias. Pátios ferroviários e vias expressas, em superfície ou elevadas, representam os impedimentos mais comuns, presentes em quase todas as metrópoles. Some-se a isso um perfil fundiário muitas vezes complexo e os desentendimentos entre as diferentes esferas e agências governamentais e a autoridade portuária – muitas vezes privatizada – e têm-se a situação de abandono e deterioração que caracteriza, ainda hoje, a grande maioria destas áreas nas metrópoles do mundo inteiro. Embora assim também seja o caso carioca, aqui deve-se ainda considerar as dificuldades inerentes à compartimentação da área pela cadeia de morros de ocupação residencial.
A liberação destas enormes áreas e estruturas, e a transposição dos impedimentos, geram importantes oportunidades para o desenvolvimento urbano, para novas funções e inversões imobiliárias, indo ao encontro do novo planejamento estratégico, dos modelos de oportunidade e das operações de revitalização urbana. Coroados com novas visibilidades e acessos à frente de água, esses investimentos – públicos e privados – assumem grande poder de atração, lucram com seu poder multiplicador e tendem a se valorizar cada vez mais.
Em Barcelona, por exemplo, o desvio do trânsito de passagem para uma via enterrada e um novo túnel para a linha férrea ao longo da costa, planejado em 1985, permitiu a integração da frente marítima e seus novos espaços à cidade existente, tornando-se um caso emblemático. No caso de São Francisco, o anel viário cuja construção do trecho suspenso com dois andares de vias expressas ao longo do waterfront da área central esteve suspensa durante anos graças à ação de grupos comunitários, foi finalmente demolido após os abalos do terremoto de 1994 e deu lugar a uma solução de superfície com espaços requalificados para pedestres. Em Boston, decidiu-se por demolir a expressway e construí-la subterrânea, liberando a superfície para parques e seu espaço aéreo para novas construções, num projeto cujos custos superam os US$ 7 bilhões mas cuja execução já se encontra bem avançada. Já na área do South Street Seaport, em Nova Iorque, ao contrário, o impacto da barreira visual representada pelo viaduto foi minimizado pela própria intensidade dos novos usos dos dois lados e com o tratamento diferenciado da área embaixo dele; com a primeira fase inaugurada em 1983, a área recebia 12 milhões de visitantes em 1987. cuja execução já se encontra bem avançada. Já na área do South Street Seaport, em Nova Iorque, ao contrário, o impacto da barreira visual representada pelo viaduto foi minimizado pela própria intensidade dos novos usos dos dois lados e com o tratamento diferenciado da área embaixo dele; com a primeira fase inaugurada em 1983, a área recebia 12 milhões de visitantes em 1987.
Nesse mix de usos do solo, no fim dos anos 70 e nos anos 80, destacaram-se malls comerciais abertos – conjuntos de lojas, bares e restaurantes especializados – onde a estratégia adotada para atrair os consumidores era oferecer uma experiência de compras diferente, aliada à moda da comida gourmet, à valorização da arquitetura histórica e à redescoberta dos cafés de calçada e da vida das praças européias; em termos de tipológicos, o modelo adotado viria a ser Galeria Vittorio Emanuele II em Milão, de 1878. Os empresários norte-americanos começavam a compreender que, na lógica econômica consumista, o comércio varejista possui um papel fundamental em regenerar as cidades graças a seu apelo tão amplo, pois "todo o demais no centro urbano serve a um mercado particular"




TEXTO 04: VIDA NOVA PARA O CENTRO DA CIDADE (Publicado originalmente como DICAS nº 31 em 1995) José Carlos Vaz Consultor: José Geraldo Simões Jr.

O texto faz referência a importância do centro histórico para a cidade, o seu valor para a identidade cultural daquele povo "O centro possui também importância simbólica: é onde se concentra normalmente grande parcela do patrimônio histórico, artístico e arquitetônico. A sua degradação produz efeitos negativos sobre a identidade e a cultura da sociedade." Sem mencionar o desperdício de infraestrutura já instalada, no centro, que muita das vezes é de qualidade maior do que a do restante da cidade.
A revitalização de centros urbanos deve se caracterizar não somente por critérios funcionais, mas também políticos, sociais e ambientais. Esses critérios conferem às intervenções uma nova vitalidade não só econômica, mas também social. Cinco características básicas devem estar presentes nas intervenções de revitalização de centros urbanos: Humanização dos espaços coletivos produzidos; Valorização dos marcos simbólica e histórica existente; Incremento dos usos de lazer; Incentivo à instalação de habitações de interesse social; Preocupação com aspectos ecológicos e Participação da comunidade na concepção e implantação.
Na ótica da revitalização urbana, as intervenções são um processo que envolve a participação de todos os setores interessados. O governo municipal tem o papel de coordenar e articular. Significa romper com um modo de governar que intervém no espaço urbano desprezando os interesses e o direito à participação dos cidadãos envolvidos. Os princípios da revitalização de centros urbanos surgiram em reação às ações de renovação urbana que dominaram as intervenções urbanísticas entre as décadas de 30 e 70, marcadas pelo urbanismo modernista.
A revitalização de áreas centrais pode ser executada por meio de variadas formas, considerando os muitos setores envolvidos e as diversas variáveis em questão. As principais iniciativas são: Reabilitação de áreas abandonadas; Restauração do patrimônio histórico e arquitetônico; Reciclagem de edificações, praças e parques; Tratamento estético e funcional das fachadas de edificações, mobiliário urbano e elementos publicitários; Redefinição de usos de vias públicas; Melhoria do padrão de limpeza e conservação dos logradouros; Reforço da acessibilidade por transporte individual ou coletivo, dependendo da situação e Organização das atividades econômicas.
Pela própria natureza da revitalização urbana, a participação de todos os setores envolvidos é muito importante. Partindo da ideia de respeito às aspirações e necessidades dos cidadãos que se utilizam da área central da cidade para morar, trabalhar ou se divertir, é preciso encontrar mecanismos para garantir sua participação na formulação das políticas de revitalização urbana, na elaboração de projetos e na sua implantação. Por isso, é recomendável que a primeira iniciativa seja a articulação com a sociedade civil e o contato com os setores envolvidos. A partir dos primeiros contatos, a prefeitura deve sistematizar as ideias e elaborar anteprojetos para serem discutidos com a comunidade e, eventualmente, oferecidos a empreendedores privados.
A presença de técnicos é indispensável, e deve envolver diversas áreas da prefeitura como: Cultura, Turismo e Lazer, Planejamento, Desenvolvimento Econômico, Obras, Transportes, Manutenção Urbana e Finanças. É importante que haja uma equipe central de coordenação do projeto, que pode se valer, inclusive, de consultores externos.
No Brasil, projetos de intervenção em áreas centrais utilizando pelo menos alguns conceitos de revitalização disseminaram-se a partir do final da década de 70. Em S. Luís-MA (695 mil hab.), o Projeto Reviver vem promovendo ações de revitalização no centro e em outros setores históricos da cidade. Dentre as atividades realizadas, destacam-se a reconstituição de calçadas originais, praças, e iluminação pública; a restauração de edifícios públicos e orientação de proprietários para restaurar e conservar prédios particulares; a construção de habitações para população encortiçada e a criação de centros culturais em edifícios históricos. Outras experiências têm sido realizadas em Recife-PE, Rio de Janeiro-RJ, São Paulo-SP, Belém-PA, Curitiba-PR, Florianópolis-SC, São Sebastião-SP, Santos-SP e Poços de Caldas-MG.
No caso de S. Luís, a revitalização, ao contrário, trouxe melhores condições de moradia à população de baixa renda do centro da cidade. Um processo de revitalização do centro de uma cidade pode fortalecer a identidade cultural local, na medida em que prevê ações de preservação do patrimônio histórico e arquitetônico. A criação de novos espaços de lazer e convivência reforça esse processo.
A revitalização pode permitir que as intervenções nas áreas centrais respeitem os interesses dos cidadãos. Possibilitam que o governo municipal desenvolva sua capacidade de articulação com a sociedade civil e a iniciativa privada, a partir do estabelecimento de uma prática mais democrática do que a realização de intervenções radicais, de base tecnocrática e autoritária.

TEXTO 05: UM NOVO LUGAR PARA O VELHO CENTRO
Estadão, domingo 16 de abril de 2006 Raquel Rolnik* Decrete-se o fim do paradigma de que requalificar o espaço urbano significa limpá-lo da presença dos pobres


Desvalorizados pela lógica do mercado e pelo imaginário de nossa cultura urbana, esses espaços semi-abandonados abrigam hoje o que 'sobrou' de sua centralidade anterior - quem não teve renda para acompanhar os novos lugares 'em voga', quem sobrevive da própria condição de abandono. Dessa forma, antigos centros das classes abastadas, que em algum momento já foram 'o' centro da cidade, são hoje territórios populares numa condição física precária.

Daí decorre um enorme paradoxo das nossas cidades: ao mesmo tempo em que temos uma vasta porção constituída por assentamentos precários, demandantes de urbanização e regularização, e considerando os assombrosos números do déficit habitacional ainda assim existem hoje quase 5 milhões de casas e apartamentos vagos. No Recife e no Rio de Janeiro, os imóveis vagos chegam a 18% do total de domicílios da área urbana. Só na cidade de São Paulo, são 400 mil os domicílios urbanos vagos, a maioria deles situada em áreas consolidadas e centrais.

O déficit habitacional atinge principalmente famílias de renda inferior a 5 salários mínimos. Ao promover a reforma de parte desses imóveis centrais, destinando-os a esta demanda, a política pública cuidaria de incluir esta parcela da população na cidade formal, levando-a a habitar uma região consolidada, provida de toda infra-estrutura e mais próxima de locais de trabalho. Além disso, diminuiria a pressão pela expansão das fronteiras urbanas, a expansão infinita da não-cidade.

Para a política urbana brasileira, a reabilitação dos centros tem um sentido totalmente diferente do sentido - e da agenda - que os processos de revitalização de frentes portuárias e áreas centrais tiveram em cidades de países do Norte. Lá, a reconquista dos centros para a ampliação de espaços públicos de qualidade, a implantação de projetos turísticos através do trinômio: equipamentos culturais/ entretenimento/gastronomia e a atração de escritórios inteligentes para a gestão de negócios globalizados constituíram programas que reposicionam essas áreas no ranking da competição global entre cidades, buscando para elas um lugar na era pós-industrial. O efeito imediato - enobrecimento das áreas - superou, via valorização imobiliária, investimentos públicos feitos no processo de requalificação urbanística.
Reabilitar os centros, segundo a estratégia de ampliar o espaço de urbanidade para todos, é, como sabemos, desafio de enorme complexidade. Entre outros fatores, porque não há solução possível que não rompa com a cultura corporativista dos vários entes públicos envolvidos na região (o 'porto', o 'patrimônio', o Estado, o município, a empresa ferroviária, a União, entre outros), naquela eterna luta entre órgãos setoriais e entes da Federação pelo controle e gestão do 'público'. Significa romper o paradigma de que requalificar é sinônimo de excluir qualquer traço da presença dos mais pobres - a não ser como garçons, porteiros ou artistas envolvidos em espetáculos que compõem o cenário, pessoas que evidentemente viverão bem longe dali, em alguma favela ou periferia precária.

TEXTO 06: MORAR NO CENTRO, OPÇÃO QUE SURGE
Trecho do documento "Reabilitação de Centros Urbanos" editado pelo Ministério das Cidades

O uso do termo REABILITAR significa recompor atividades, habilitando novamente o espaço, através de políticas públicas e de incentivos às iniciativas privadas, para o exercício das múltiplas funções urbanas, historicamente localizadas numa mesma área da cidade, reconhecida por todos como uma centralidade e uma referência do desenvolvimento urbano.
Desta forma, para cada uma das cidades é preciso identificar qual é a habilidade que determinado centro perdeu, e para isso trabalha- se com o território urbano e não com políticas setoriais isoladas. Pode-se dizer que a importância dos centros e das suas habilidades é a de que ele é um bairro comum a todos. Cada pessoa tem um bairro e, além dele, o centro. Cabe ao município fazer o seu plano de intervenção, porque ele, mais do que ninguém, sabe das suas deficiências. Neste momento entra o Ministério no apoio a programas e projetos de reabilitação urbana e, na medida do possível, disponibilizando recursos ou linhas de crédito para sua efetiva concretização.
Para este propósito, numa definição preliminar, as áreas urbanas centrais compreendem um bairro ou um conjunto de bairros consolidados, articulados ou não em torno do núcleo original da cidade, com forte poder de concentração de atividades e pessoas dotadas de infra-estrutura urbana, acervo edificado, serviços e equipamentos públicos, serviços de vizinhança e oportunidades de trabalho.
A reabilitação é um processo de gestão de ações integradas, públicas e privadas, de recuperação e reutilização do acervo edificado em áreas já consolidadas da cidade, compreendendo os espaços e edificações ociosas, vazias, abandonadas, subutilizadas e insalubres; a melhoria dos espaços e serviços públicos; da acessibilidade, e dos equipamentos comunitários na direção do repovoamento e utilização de forma multiclassista.

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