Universidade de Cabo Verde-ENG - Participação Comunitária no Processo de Desenvolvimento Local/Educacional

June 6, 2017 | Autor: António Afonso | Categoria: Development Economics
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Descrição do Produto

Universidade de Cabo Verde- ENG Professor Doutor António St. Aubyn - UTL

Relatório Científico Participação Comunitária no Processo de Desenvolvimento Local/Educacional Estudo de Caso: Encola de Ensino Básico (EBI) (Júlia Costa)/EBI (Cancelo) - Santa Cruz/(Capelinha) -Tira Chapéu – Praia

Diplomata Doutor Corsino Tolentino

“Reformemos as nossas escolas, e não teremos que reformar grande coisa nas nossas prisões (John Ruskin)”. Professor Investigador/ Doutor António Afonso Delgado Setembro de 2013 a Março de 2016 Professor Doutor João Tiago Mexia - FCT-UNL

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EBI Júlia Costa- Achada São Filipe - Praia

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EBI- Cancelo (Santa Cruz) - Análise do espaço

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Visita a Escola Capelinha de Tira Chapéu – Praia – 11/2013 - Era uma escola triste e sem vida

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Pensamentos

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Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) foi um influente filósofo grego, discípulo de Platão. Dedicou sua vida ao desenvolvimento de conceitos fundamentais de ética, lógica, política, e outros, que são usados até hoje.)

- “Sem amigos ninguém escolheria viver, mesmo que tivesse todos os outros bens.” - “A dúvida é o princípio da sabedoria e a onde encontramos ideias.” - O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete. - “Só pode ser feliz um Estado edificado sobre a honestidade.” - É fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer. - O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz. - A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces. 12

Confúcio

[Confúcio, filósofo chinês (551 a.C. - 479 a.C.)]

- “Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.” - “Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o mais nobre; segundo, por imitação, que é o mais fácil; e terceiro, por experiência, que é o mais amargo.” - “Por natureza, os homens são próximos; a educação é que os afasta.” - “Homem superior é aquele que começa por pôr em prática as suas palavras e em seguida fala de acordo com as suas ações.” - “Coloque a lealdade e a confiança acima de qualquer coisa; não te alies aos moralmente inferiores; não receies corrigir teus erros.” 13

“ Educação é aquilo que a maior parte das pessoas recebe, muitos transmitem e poucos possuem.”

Karl Kraus (28 de abril de 1874 - 12 de junho de 1936) foi um escritor e jornalista austríaco. 14

Dedicatória Dedicamos esse trabalho: - À memória do nosso pai Clemente Delgado e a nossa mãe Maria dos Reis pela educação que nos deu e pelas suas preciosas orações em nossa intenção.

- A memória de Veriato Marta e sua esposa Irene Marta (meus pais adotivos, durante a frequência do ensino secundário em Santa catarina), pela incentivação e apoio incondicional ao nosso estudo. Se não fosse as suas intervenções nunca seriamos o homem que somos hoje. 15

Ao Professor António St. Aubyn, Professor Emérito do Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade Técnica de Lisboa (UTL), Professor Catedrático da Universidade Lusíada de Lisboa, onde ensina Análise de Dados, Estatística, Estatística Inferencial e Estatística Multivariada, Representante de Portugal na União Matemática Internacional (ICM) e Membro do Conselho de Acompanhamento do Centro de Estatística da Faculdade de Ciências de Lisboa. Exerceu funções de Secretário-geral e de Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), tendo contribuído, em colaboração com os departamentos de matemática das universidades públicas, para a fundação em Coimbra do Centro Internacional de Matemática (CIM). Participou em representação da SPM na fundação e na primeira direção da Sociedade Europeia de Matemática, tendo sido incumbido da ligação ao projeto EUROMATH, que pretendia produzir um editor de documentos matemáticos e uma base de dados. 16

Ao Doutor André Corsino Tolentino André Corsino Tolentino, Doutor pela Universidade de Lisboa, Mestre pela Universidade de Minnesota, Embaixador jubilado, Professor Universitário, sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa, tem várias obras publicadas, de entre as quais se destaca Universidade e transformação social nos pequenos Estados em desenvolvimento: o caso de Cabo Verde (Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2007). Desempenhou as funções de Ministro da Educação, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Embaixador de Cabo Verde em vários países, nomeadamente em Portugal. Foi consultor do Banco Mundial e promotor da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) e do Instituto da África Ocidental (IAO) 17

Ao Professor João Tiago Praça Nunes Mexia João Tiago Praça Nunes Mexia was born in Lisbon in June of 1939 from a Catholic family including his parents and his two sisters. His first degree was in forestry, from Universidade Técnica de Lisboa (Lisbon University of Technology). Due to his good grades in Mathematics, he was enrolled as a practicing statistician for Missão de Estudos Agronómicos do Ultramar (Agronomical Overseas Commission). He suspended this work during his military service and returned to achieve the rank of Senior Research Officer in the renowned Centro de Produção e Tecnologia Agrícola (Center for Agriculture Yield and Technology). This period extends to 1989, during which he had to analyze a large number of experiments, not all properly designed. 1 This led him to try to generalize the assumptions underlying ANOVA. These ideas were incorporated in his Ph.D. Thesis “Heterocedasticidade Controlada, Espaços Vectoriais Quociente e Testes F para Hipóteses sobre Vectores Médios" (“Controlled Heterocedasticity, Quotient Vector Spaces and F Tests for Hypotheses on Mean Vectors"), which he presented, without a supervisor, at Faculdade de Ciências e Tecnologia of Universidade Nova de Lisboa (FCT/UNL - Faculty for Sciences and Technology of the New University of Lisbon). 18

A Professora Maria das Dores Morais Maria das Dores Morais, Licenciada em Matemática pela Universidade de Coimbra, Professora de Escola de Formação de Professores, Presidente do Instituto Superior de Educação.

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Ao Professor Jorge Sousa Brito Professor Catedrático e Reitor da Universidade Jean Piaget de Cabo Verde (entre 2006 e 2014) . Doutor (Ph.D.) pela Universidade do Arizona - EUA. Investigação em Transdisciplinaridade e em Didactica da Química em meio sócio cultural caboverdiano./////////// Chair Professor and Rector (20062014) at University Jean Piaget of Cape Verde. Ph.D. by the University of Arizona - USA. Research in Transdisciplinarity and Didactic of Chemistry in a cape-verdian socio-cultural environment

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Ao Professor Paulino Lima Fortes Paulino Lima Fortes é licenciado em Matemática (ensino) pela Universidade de Évora (1989). Fez estudos pós-graduados em Mathématiques Théoriques (Geometria, Topologia, Álgebra e Física Matemática) na Universidade de Dijon, França (1993-1995). É doutorado em Matemática área de Geometria, pela Universidade de Évora (2005). É professor auxiliar na Universidade de Cabo Verde, onde ingressou em 1989, onde desenvolve atividades de ensino e investigação nas áreas de Análise, Topologia, Geometria e Física-Matemática, tendo proferido conferências no âmbito da história do pensamento científico, Reitor de UniCV de 2011/2013 21

José Carlos Brandão Tiago de Oliveira José Carlos Brandão Tiago de Oliveira, estudou Matemática nas Universidades de Luanda, Lisboa e Marselha. Trabalhou sempre em equipe: na Universidade de Luanda (com David Gagean), Instituto Gulbenkian de Ciência (Carlos de Jesus), Universidade de Aveiro (David Vieira), FCSH (Nguyen Van Minh, Dias Barbosa, Joaquim Perez, Graça Simões), na PARTEX-CPS (António Ribeiro), Universidade de Évora (Franco de Oliveira, José Mascarenhas, Fernando Ferreira, Telma Santos, Bal Chandra Luitel), no Instituto Superior de Educação de Cabo Verde (Jorge Brito, Paulino Fortes, Carlos Bellino, Ana Semedo), e na Universidade Nacional de Timor Lorosae (Lino Verdial, Zulmira Ximenes, Marde Guilhermina Marçal). Prefere a cooperação, o ensino e a edição à investigação. Lecionou nos cursos de Comunicação Social, Sociologia, Antropologia, Filosofia, Arquitetura, e Ecologia Humana; mas também disciplinas como História do Pensamento Matemático, Lógica e Fundamentos, Geometria. O centro da sua pesquisa é o século XX. Nesse âmbito, fez a biografia e encetou a publicação das Obras de J. Tiago de Oliveira (1 + 3 volumes). Vem investigando a vida e obra de Escher, Borges, Lima de Freitas e A. Gião. Escreveu sobre o Oriente, cosmologia, o infinito, catástrofes, fractais e quaterniões. 22

Ao Professor José Maria (Órgãos) - 1ª Classe

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Ao Professor João de Deus(Montanha- Orgãos)- 2ª Classe

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Professor Celestino Correia( Pedra Badejo)- 3ª Classe

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Ao Professor (Filipe Pinto)- 4ª Classe

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Resumo Com a globalização/desenvolvimento da sociedade atual e a diversidade/quantidades de problemas/ exigências da sociedade, o poder público se torna incapaz de resolver tudo. Há necessidade de maior envolvimento da comunidade no seu processo de desenvolvimento, participando ativamente nas decisões políticas, que são traduzidas na melhoria de capacidade de ação/resultados, em termos de aprendizagem, experiência, reflexão sobre novas e velhas práticas, resgate/afirmação/atualização de valores, partilha de conhecimentos/sonhos, realização de projetos individuais/coletivos e por sua vez, permite estabelecer novas relações de convivência, facilitando uma melhor integração entre a família e a sociedade. Do trabalho realizado, na recuperação escolas podemos concluir que a comunidade tem uma grande força/capacidade no seu processo de desenvolvimento; promove a integração das minorias; maior valorização do espaço; promove melhoramento de clima de relacionamento entre os funcionários/ professores/alunos/encarregados de educação e a comunidade em geral; Maior interesse por parte das empresas/organizações em investir nas comunidades. Houve uma colaboração total por parte de todos os envolventes. A comunidade escolar ganhou uma nova dinâmica em termos do ambiente, motivação e produtividade. 27

Índice Introdução ………….………………………………………………………………Pag 30 1- Enquadramento ……………………………………………………………………………………..…………Pag30 II- Desenvolvimento………………………………………………………..…………..Pag35 1- Intervenção do Prof. Henrique Varela sobre Escola no Fórum Sobre Cidadania realizado I-

na Uni- Piaget ……………………………………………………………...………Pag 35 2- Composição sobre a escola – alunos ………………………………………………..Pag37 3- Análise de situação de gestão educacional pelos docentes/gestor ……………..…..Pag 45 4- Intervenção na Escola de EBI- Júlia Costa- ……………. …………………..……Pag52 5- Visita/restauração da escola de Cancelo de Sta. Cruz no interior de Santiago …....Pag 80 6- Visita a Escola Capelinha de Tira Chapéu – Praia ……...………………………..Pag135 7- Visita de diagnóstico aos Concelhos de interior de Santiago ………………….. .Pag 182 8- Visita a São Vicente - Janeiro de 2016 ………………………………...…….…..Pag 237 28

9- Visita as escolas de interior de Santiago ………………………………………Pag 250 10- Santa Catarina: III Fórum Associação dos Professores Católicos recomenda “mudança de atitude” ………………………………………………………………………..Pag 304 11- Visita de estudo- EBI (Júlia Costa) a empresa CAVIBEL……………………….Pag 308 12- Escola de EBI- Achada Grande Trás/Visita de estudo …………………………..Pag326 13- Conversa com a comunidade académica da escola secundária de Palmarejo, sobre investigação e desenvolvimento comunitario.(Passagem de experiência) ……….Pag346

III - História de três alunas que foram integradas na escola no âmbito que temos estado a desenvolver sobre apanha de areia no concelho de Sta. Cruz (Ponta Salto) ….……………………………………………………………………………………...….Pag353 IV-Conclusão/Recomendação …………………………………………………………….Pag358

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III- Introdução 1.Enquadramento Com a globalização/desenvolvimento da sociedade atual e a diversidade/quantidades de problemas/ exigências da sociedade, o poder público se torna incapaz de resolver tudo. Há necessidade de maior envolvimento da comunidade no seu processo de desenvolvimento, participando ativamente nas decisões políticas, que são traduzidas na melhoria de capacidade de ação/resultados, em termos de aprendizagem, experiência, reflexão sobre novas e velhas práticas, resgate/afirmação/atualização de valores, partilha de conhecimentos/sonhos, realização de projetos individuais/coletivos e por sua vez, permite estabelecer novas relações de convivência, facilitando uma melhor integração entre a família e a sociedade. Do trabalho realizado, na recuperação escolas podemos concluir que a comunidade tem uma grande força/capacidade no seu processo de desenvolvimento; promove a integração das minorias; maior valorização do espaço; promove melhoramento de clima de relacionamento entre os funcionários/ professores/alunos/encarregados de educação e a comunidade em geral; Maior interesse por parte das empresas/organizações em investir nas comunidades. Houve uma colaboração total por parte de todos os 30

envolventes. A comunidade escolar ganhou uma nova dinâmica em termos do ambiente, motivação e produtividade. A nossa vontade era de percorrer todas as escolas do país, passar o testemunho e lançar a comunidade o desafio de assumirem as escolas como “casa comum”, mas, tendo em conta a nossa atividade profissional, sentimos obrigado em fazer pausa, contudo, sempre que aparecer alguma oportunidade, tentaremos sempre dar o nosso contributo na sensibilização, recuperação/valorização do espaço. - A escola é um património mais precioso numa comunidade, ela deve ser valorizada como espaço de vivência/aprendizagem dos nossos filhos. Ficamos muito chocado com a vandalização de muitas escolas pela comunidade, algo inaceitável, muitas vezes para livrar dos ataques e se poderem manter funcionais, as portas e janelas são gradeadas, transformando-se num ambiente puramente prisional. Todos nós devemos aprimorá-la, para que ela seja digna das nossas crianças, com todas as condições necessárias. Nós podíamos perfeitamente optar por colocar a nossa filha numa escola longe de casa, pagaríamos uma taxa de propina mais elevada, tínhamos que levantar mais cedo para levá-la/tomá-la todos os dias, teríamos menos amor a comunidade, ela ficaria mais cansativa e mais dependente e por sua vez teríamos mais encargos financeiros no final do mês. Fizemos um pequeno esforço para promover essas ações, mas 31

sentimos grato por ter contribuído para o desenvolvimento da nossa comunidade e motivação para promover transformações em outras comunidades e por sua vez por todo Cabo Verde.

Recentemente visitamos uma escola em São Vicente situado em Ribeira Julião, constatamos que é uma escola que precisa de vida, a comunidade sente revoltada com a imagem da escola. Pelo diagnóstico feito mostraram-se disponíveis em participar no seu melhoramento. Muitos dos pais que residem na localidade, gastam cerca de 2000 mil escudos mensais, somente em transporte com os filhos, para estudar fora da localidade. Se houvesse uma escola com melhores condições na comunidade, esse valor poderia ser reconvertido em parte para melhoramento das condições do espaço e os pais/filhos, ficariam menos cansativo e contribuiriam para o desenvolvimento da comunidade. Há necessidade de melhoramento e expansão da escola tendo em conta a deslocação da população para moradia do complexo “casa para todos.” A comunidade pode contribuir mais, por uma melhor educação. Os 500 escudos anuais que se paga no ensino básico é muito irrisório, para a qualidade que se espera. Durante os dois anos de pré-escolar os preços mensais pago, pelos encarregados de educação, variam de 500 a 6000$00 mensais; como é possível garantir a qualidade se não houver maior participação dos pais no processo? Os pais querem melhor para os seus filhos, 32

pensamos que estariam disponíveis em pagar mais, desde que esse valor seja revertido a favor da qualidade do processo de ensino/aprendizagem de acordo com a capacidade financeira. Cada empresa sediada na comunidade, tendo em conta a sua responsabilidade social, tem obrigação de dar a sua contribuição no melhoramento das condições de vida da comunidade, pelo que contaremos com o total envolvimento da comunidade empresarial nas nossas próximas ações. Esses projetos realizaram, porque alguém sonhou, esse sonho foi partilhado e abraçado pelos professores/comunidade e os objetivos preconizados foram atingidos. Esperemos que essa experiência seja motivador, na promoção de novas ações a favor das nossas escolas do ensino básico, pois, as nossas criancinhas agradecem. Vamos continuar a sonhar, cada um de nós somos importante no processo de transformação do nosso país, pondo as nossas capacidades técnicas/científicas, com amor, ao serviço de desenvolvimento de cabo Verde. Estaremos disponíveis para apoiar a implementação desse projeto em qualquer comunidade do país. Gostaríamos de citar a célebre frase de Nha Nácia Gome,“Sima nu krê nu ka podi sta, mas també sima nu sta nu ka podi fika” (Cada um de nós, somos um fator importante nesse processo de consciencialização e transformação social) 33

1.1- Objetivos - Desenvolver o espirito colaborativo da comunidade - Consciencializar a comunidade educativa/sociedade civil em apoiar a causa de transformação das escolas do ensino básico num espeço de excelência de aprendizagem.

1.2- Motivação - Proporcionar as crianças uma sala digna de aprendizagem, tendo em conta a proximidade da residência, ligação com a comunidade e a redução de custo e tempo.

1.3- Recursos - Houve apoio dos professores, pais/encarregados de educação, comunidade e recurso familiar (família Afonso) 1.4- Metas - Envolver outras comunidades do país nesse projeto.

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IV- Desenvolvimento 1. Intervenção do Prof. Henrique Varela sobre Escola no Fórum Sobre Cidadania realizado na Uni- Piaget. Para explicar o objetivo desse projeto, transcrevemos a apreciação do sociólogo, Dr. Henrique Varela sobre Fórum: Cidadania e Processo Eleitoral, organizado pela associação dos estudantes da Uni- Piaget, em parceria com CNE e a Universidade, com os conferencistas Doutor Corsino Tolentino, Professor Abner e o senhor José Filomeno em representação da classe política, conduzida pela jornalista Rosana Almeida.

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“ Estou habituado a falar em sala de aula e na rua e por isso não preciso usar microfone - Primeiramente é bom estarmos aqui num ambiente académico, justamente porque da sala de aula se muda uma sociedade, se muda o país e se muda o mundo. Alguém falou e eu concordei que a escola não é lugar de brincadeira, nem de passa tempo e muito menos de divertimento, que é o lugar mais importante de qualquer país sério. Vejamos o significado da palavra ESCOLA: E – é o estudo;

S – é a sabedoria, que se alcança; C – é o conhecimento; O – é a oportunidade

que o individuo adquire a partir da escola, é a arma que se utiliza; L – é o livro que se utiliza para leitura e se livrar da ignorância; A - Aprendizagem, é o conhecimento que se recebe. Digo o seguinte, houve um pensador na história willian James, que afirmou o seguinte “ A grande descoberta da minha geração, é que qualquer ser humano pode mudar de vida, mudando de atitude”, temos que mudar de pensamento, de teorização e de idealização, para que possamos mudar de comportamento, de ação e da prática.” 37

2- Composição sobre a escola - alunos A- Christianny Afonso(EBI- Júlia Costa)- Achada São Filipe A minha escola. A minha escola, tem 12 salas. A minha escola chama-se Júlia Costa, fica situada em Achada São Filipe. A minha escola tem duas casas de banho, uma para as meninas e um para os rapazes. Na minha sala tem 18 alunos e 11 alunas e tem muitos professores e um campo onde brincamos. As cozinheiras cozinham feijão, arroz e sapatinha. A minha escola é amarela e branca. Ela é linda, mas só que precisa de muitas coisas. A mesa é alaranjada e preta. A minha sala é linda, graça ao esforço do meu pai e dos outros pais. Eu adoro a minha escola. 38

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B- Leia Ramos (3º ano – Júlia Costa) A minha escola A minha escola é bonita, tem 12 salas, uma secretaria, duas casas de banho para os professores, uma cozinha com cantina e um pátio com um campo. Os professores são bons e são 23. A minha escola tem: azul, cor de pele, verde e laranja. Eu gosto mais de comer congo com arroz e brincar apanhada. A minha professora é a Elisa Sena, ela é muito boa, adoro-a muito. O meu colega de carteira chama-se Gilberto, ele é um bom menino, é engraçado, todos os dias faz-me rir, também é muito inteligente. Também tenho uma melhor amiga chama-se Suzeila, ela é muito boa para mim. Eu gosto muito de melhorar a minha escola, arranjar os pregos soltos, porque aleijam, se consertássemos a minha escola, ela seria perfeita. Eu estou a caminho de fazer 2 anos a estudar na Escola Júlia Costa, que se encontra em Achada São Filipe, mesmo perto da minha casa. Adorei muito falar-vos da minha escola. 40

C- Alice Vieira (4º ano – Capelinha – Tira Chapéu) A escola precisa de ma sala de informática. A escola precisa de reparação na casa de banho. A escola precisa pintura na sala e mais educação, porque as crianças vestem muito mal. A escola é importante, precisa de mais planta para ficar mais fresco. A escola tem muito valor. A escola precisa de sala de reuniões.

D- Rosiana Cabral (3º ano) Na minha opinião para melhor funcionamento da escola, precisa pintar as salas, as mesas e cadeiras devem ser trocadas, casa de banhos mas arranjadas, pátios limpos, também as empregadas precisam de melhor equipamento de trabalho e as cozinheiras também, mas também para o melhor funcionamento da escola, todo o mundo tem que contribuir, alunos, professores, pais/encarregados de educação, gestores e empregados. Também os responsáveis deviam lugar a cantina para as vendedeiras que vendem na rua, num lugar impróprio, onde há vento, contentores, e saída de alunos…. Eu gosto da minha escola. 41

E- Gilson (4º Ano- Capelinha) A minha escola A minha escola, não é propriamente a melhor do país, pois todos sabemos que lhe faltam algumas condições, ainda sim, eu gosto muito dessa escola. Mesmo com toda a dificuldade acho que, os professores têm dado o seu melhor, embora os alunos nem sempre ajudam …. Acho, que todos os membros da comunidade educativa (alunos, professores, auxiliares….) devem trabalhar em conjuntos, tentando sempre resolver qualquer problemas que surgem, ajudando-se uns aos outros, chegando mesmo a criar laços afetivos. - O ambiente é outra coisa que eu adoro na minha escola. Como todas as pessoas se conhecem, como se fosse uma grande família! É através da escola que somos preparados para a vida, com ajuda dos professores, desenvolvemos as nossas capacidades que vamos aplicar, depois de terminarmos os nossos estudos; contudo, existem alunos que muitas das vezes ou por não terem capacidades ou por falta de interesse não atingem os objetivos esperados.

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Em suma, eu creio que na minha escola, existem muitas oportunidades e que todos nós podemos ou devemos agarrá-las. F- Aryana Silva (4º ano-Terra Branca) A nossa escola funciona de manhã e a tarde. Ela situa-se em Terra Branca, tem uma gestora, um guarda, muitos professores, muitos alunos, muitas cozinheiras que fazem as refeições quentes e empregadas de limpeza que mantem a nossa escola limpa. Na nossa escola cuidamos do ambiente, cultivamos a nossa horta, com árvores frutíferas, legumes, verduras e hortaliças. A nossa escola é bonita, gostamos dela.

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G-Jainira (2º ano) A minha escola é grande. A minha escola tem muitos alunos. A minha escola tem dois campos. A minha escola é bonita mais precisa ser pintada de uma outra cor, preto e alaranjado. A minha escola tem horta, mais precisa ser tratada para nos dar mais alimento para nos fortalecer.

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3- Análise de situação de gestão educacional pelos docentes/gestor A- Prof. Elisa Sena/Mafalda - Um ambiente agradável, desperta no aluno interesse e motivação permanente.

A motivação é a chave que abre toda as portas, é o pilar da educação, é a força interior que leva o individuo a agir. 45

- O ambiente de aprendizagem deve ser agradável, desafiador de modo a despertar no aluno interesses permanente e motivador. A nossa sala de aula, há três anos atrás, não tinha as mínimas condições, foi graças a motivação de um pai que contagiou os outros, reuniram e decidiram remodelar a nossa sala. Depois da remodelação tornou-se numa sala colorida, atraente, com boas condições de aprendizagem. As tarefas não foram fáceis, uma vez que muitos pais são carenciados. Visitamos a comunidade de porta em porta, onde deparamos com muitas dificuldades mas o certo é que a motivação falou mais alto e conseguimos mobilizar os pais no sentido de trabalhar para um único fim. 46

B-Dulce Afonso (Gestora) - Formado em Ciências Empresariais e organizacionais- UniCV-ENG - O sucesso de uma gestão pública/privado depende de liderança. A escola também não foge a regra, é necessário trabalhar, com princípios, legalidade, transparência, boa-fé, imparcialidade/igualdade e prestação de costas (divulgação). Muitas vezes a liderança falha por falta de conhecimentos dos princípios de administração, motivação e interesse. Apesar de se falar muito em ética é algo que na prática não se verifica. Nota-se uma desmotivação por parte dos professores tendo em conta a falta de reconhecimento por parte do poder central (elogios), falta de interesse dos pais /encarregado de educação, que muitas vezes manda os filhos para escola com objetivo de ocupar o tempo e financeiro (reclassificação e progressão na carreira). Há necessidade de os professores assumirem a escola como uma casa própria. 47

Gostaríamos de partilhar a nossa a experiência como gestora: - Apresentamos o balanço financeiro e pedagógico trimestralmente reflexivo que os próprios professores chegam a conclusão, reunimos sempre que for necessário; Desenvolver um sistema de comunicação eficiente, evitar criar grupinhos, fazer uma gestão aberta valorizando todas ideias/competências; O gestor é um mediador deve acolher todas as ideias, e se toma a decisão pensando na melhoria e no bem da escola; Os gestores devem ser profissionais. A nível de intervenção na escola, foi muito positivo mas há necessidade de se aperfeiçoar cada vez mais, o que irá contribuir para a melhoria do processo de ensino/aprendizagem, sentimos mais confortáveis ficar na escola. Foi feita plantação de plantas, que estas ser aproveitadas na disciplina de ciências integradas. - Conseguimos eletrificar 5 salas, fizemos algumas formações de reciclagem, trocas de ideias e reunimos de vez enquanto promovendo várias atividades. - Programamos aulas de recuperação; Recebemos os alunos estagiários do Instituto Universitário, para orientação de disciplinas de artes e musicas etc. Relativamente ao envolvimento dos pais, mais de metade pagam a propina, maior dificuldade está no acompanhamento dos filhos. 48

C- Fátima Carvalho (Prof. de 6ª classe) Terra Branca Educação tradicional/Educação moderna “Bom dia Sr. Professor! Vou comprar açúcar” - Esta era uma frase célebre, que se encontrava na memória de alguns alunos que se escapavam do controle

dos

pais

para

gozarem,

alguns

momentos de lazer com os colegas. Tendo em conta o número reduzido de alunos, os professores, tinham um controle rigoroso na vida quotidiano dos seus alunos. Saindo das aulas, estes sentiam um certo receio de encontrar o seu mestre na rua, e para isso, arranjavam sempre desculpas, fingindo ir às compras. Caso contrário, o aluno era castigado pelo próprio professor e reforçado ainda mais em casa e obrigado a levar uma gratificação para o

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professor. Embora esse tipo de comportamento é uma prática antipedagógica mas os pais achavam, que funcionava muito bem. Quanto ao aproveitamento, como exemplo, é importante realçar que num universo de vinte alunos, dez eram contemplados com a proposta de ir aos exames no caso do Ensino Básico Elementar e nesses dez, cinco conseguiam a aprovação. Pode-se afirmar que à avaliação funcionava sob dois patamares: “os bons” e os “ não bons”. “Professor, queres uma cerveja?” Infelizmente, não para todos, atualmente esse é o nosso comportamento dos nossos alunos modernos face a um encontro inesperado com o professor. Isso acontece repetidas vezes, visto que aumentou o número de professores e de alunos e número de estabelecimento de ensino. Ao contrário do que se vivia antes, em termos de ensino, a partir dos anos 90 houve uma massificação de ensino, desde o pré-escolar até às instituições universitárias. Isso mostra que o respeito aos professores diminui consideravelmente, onde os

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alunos consideram os professores como colega. Claro que uma boa relação com os docentes favorece o ensino aprendizagem, mas não é para tanto. Devemos preocupar com a qualidade e não com a quantidade. - Os próximos tempos será de enormes desafios, o sistema educativo terá que estar sintonizado e em harmonia com os desafios que Cabo Verde assumiu nesta nova fase, rumo a país desenvolvido, capaz de cumprir os

objetivos

de

desenvolvimento

sustentável. - O nosso país, está inserido num mundo cada vez mais global e concorrencial, precisamos desenvolver de forma integral e sustentável, para melhor competirmos, em igualdade de circunstância com outros países, com uma educação de qualidade permissiva a de excelência, articulada com a formação profissional, investigação e produção de conhecimentos. 51

4- Intervenção na Escola de EBI- Júlia Costa- 22/09/2013 Chegada à escola no primeiro dia de aula da minha filha(Setembro de 2013). Dilema: Colocar numa escola longe de casa ou fazer algo para melhorar o espaço.

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- Visita a comunidade, acompanhado da Professora Mafalda, para apresentação do projeto de recuperar a sala aos pais. - Os encarregados de educação ficaram muito contente com a presentação do projeto, conseguimos arrecadar cerca de 22 mil escudos, com outros apoios foi possível a realização dos trabalhos.

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Inícios dos trabalhos, com apoio dos Jovens de Achada São Filipe, trabalharam incansavelmente.

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Momento de Jantar, uma esparguetada oferecida pela minha esposa Vanise Simas, que me tem apoiado muito nessas ações de forma incondicional.

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Julai é um jovem também muito trabalhador com varias habilidades tecnicas/praticas, o seu sonho é fazer uma formação na área de restauração “ tem mão para cozinha”

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A casa de banho estava em situação desagradavel depois de uma semana de ana, com desinfetante especial oferecida por um participantes conseguimos dar uma limpeza geral atacados por homens e mulheres.

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Dominique um santo rapaz, muito trabalhador com ferimento no pé esquerdo causado pelo ferimento da bola de um policial, esteve sempre na linha da frente, a vontade de trabalhar era mais forte do que a dor que sentia.

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O jovem Kelven, muito trabalhar e dinâmico e bom rapaz, já não aguentava tanta canseira, atualmente se encontra detido em São Martinho por falta de orientação e aproveitamento adequada.

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Eram 00:27mn, quando terminamos o 2º dia de trabalho.

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Chegada à escola da Professora Isa, na 2ª feira

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A sala estava desorganizada

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O sorriso estava estampado na cara de todos

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Visita de estudo para ocupar o tempo na comunidade vizinha

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Os trabalhos continuavam, a meta era finalizar os trabalhos no final o 3º dia de trabalho

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Sala Pronta para início das aulas na 3ª feira

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Finalmente a sala já se encontrava pronta para receber os alunos

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Sessão para explicar aos professores como decorreu os trabalhos. Um dos resultados positivos dessa ação foi o desaparecimento de grupos rivais de jovens em Achada São Filipe, foram envolvidos

todos

nesse

projeto

partir

desse

a

momento a convivência passou a ser saudável.

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5- Visita/restauração da escola de Cancelo de Sta. Cruz no interior de Santiago – 10/2013

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Análise do espaço

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Apresentação do projeto aos professores A escola estava triste, parecia com cenário de guerra, os professores e gestor ficaram muito entusiasmados com apresentação do projeto, ao ponto do gestor afirmar que acreditava que eu tinha sido enviado por São Pedro, tendo em conta a carência da escola e a incapacidade de poder fazer algo, logo no final da semana foi possível iniciar os trabalhos

com

envolvimento

total da comunidade. A escola ganhou uma nova vida, houve instituições e empresas que continuaram a apoiar na sua transformação e melhoramento. 82

- Diagnóstico da situação na companhia de homem de orçamento, uma pessoa com muita vontade de apoiar e sempre disponível, apoiou o processo de forma incondicional.

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Inicio dos trabalhos

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Equipa responsáveis pela fiscalização da obra Prof. Paulino Fortes e Christianny Afonso

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O senhor Delegado de educação, ficou muito contente e admirado com o envolvimento da comunidade

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Os trabalhos estava a decorrer muito bém, ninguem conseguia ficar parado

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Os preparativos para o almoço estava tudo em ordem

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Depois de várias solicitações infruteras às intituições, conseguimos tapar esse buraco que estava encomodar o ambiente escolar, um cidadão no momento confrontado com esse problema se disponibilizou 5 mil escudos para compra do cimento, os blocos foram oferecidos pela vinhança e muitos foram recuprados na rua.

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Balanço no final do primeiro dia de trabalho, satisfação era total

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O meu Professor, colega e amigo Paulino Fortes, foi um dos grandes impulsionares desse projeto esteve acompanhar os trabalhos em Cancelo durante dois dias de trabalhos intenso, aceitou o convite para ser o padrinho da escola.

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Preparativos, para o início do 2º dia de trabalho, o Jovem Carlos e Adérito foram muito eficazes na condução dos trabalhos e ex- aluno André ficou encantado com o projeto.

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Momentos de relaxe na casa do nosso António Juvelino, colaborador da Unicv, depois de um dia muito intenso de trabalho

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Regresso às aulas depois do final da semana

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Explicação aos alunos, como decorreu os trabalhos no sábado e domingo.

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Levantamentos das plantas, para o embelezamento do espaço

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Café da manhã, oferecido pelo colega Gil

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Preparativos, para almoço

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Fim do 4º dia de Trabalho

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6- Visita a Escola Capelinha de Tira Chapéu – Praia – 11/2013

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Encontro com os professores para apresentação do projeto

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Ida à Portugal para defesa da Tese de Doutoramento na companhia das minhas irmãs e os meus queridos amigos e Professores António St. Aubyn e João Tiago Mexia, momentos antes da defesa da tese.

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Momento único e inesquecível, realização de um grande sonho (Início da defesa da tese)

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Momentos, de anúncio de grau de Doutor pelos jurados, passagem para outro mundo.

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Momentos de confraternização e glória

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Momentos de novos sonhos e desafios, expressar desejos futuros aos jurados em relação ao nosso país, em termos de aplicação futura dos novos conhecimentos.

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Momentos de confraternização com a família

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Retoma dos trabalhos – 12/2013 Encontro com os pais dos alunos para apresentação do projeto em Tira Chapéu (Dezembro de 2013)

Obs: Num encontro informal com menos de 30 pais foi possível arrecadar 30 mil escudos

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O dinheiro começou a sair do bolso

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Momentos de alegria

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Início dos trabalhos de recuperação da escola de Tira Chapéu (Capelinha) -28/12/2013

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Visita de cortesia da amiga Amélia Figueiredo, a escola de Tira Chapéu para verificar os trabalhos, grande apoiante desse projeto.

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Recolha de dinheiro na comunidade para reforçar os trabalhos

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Recolha de Babosa para plantação na propriedade do Senhor Cândido

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Encontro de Balanço sobre a recolha de receita para continuação dos trabalhos

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- Visita de cortesia do Professor e amigo Jorge Sousa Brito a escola de Tira Chapéu, na companhia da esposa, grande apoiantes desse projeto.

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- A escola começava a ficar mais alegre ecomeçava a receber muitas visitas da comunidade

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- Chegada dos alunos a escola, deparando com uma escola mais alegre

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Explicação aos pais, de como decorreram os trabalhos

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7- Visita de diagnóstico aos Concelhos de interior de Santiago – 11/2013 A. São Martinho

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Problemas de quadro se resolve com a passagem de uma lixa zero de 50 escudos

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EBI- Calabaceira/Cidade Velha

Apresentação do Projeto aos encarregados de educação em Calabaceira 184

B. Concelho de São Miguel

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Matchado

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EBI- Pilão Cão

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EBI- Espinho Branco

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Monte Pausada

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EBI – Achada Monte

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- Visita a nova escola de Cancelo depois da sua recuperação

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Visita a EBI- Serra Malagueta 1

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Visita EBI- Serra Malagueta 2

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Visita EBI – Tarrafal (Espinho Branco)

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Visita a EBI- Tarrafal (Espinho Branco)

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Visita a EBI- Tarrafal

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Visita a EBI- Mato Mendes

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Visita a EBI- Chão Bom

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Sessão de foto com os Professores

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Visita a EBI- Vila de Tarrafal

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Visita a EBI- Ribeira das Patas

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Visita a EBI- Figueira das Naús

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Apresentação do projeto ao Delegado de Educação de Sta Cruz

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Diagnóstico na EBI- Ribeirão Boi

Montanha de Boca Larga

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Librão - Centro social em degradação total

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EBI- Librão

EBI- Órgãos pequeno

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EBI- Pico de António

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EBI- São Jorge- Longueira

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Visita a EBI -João Teves

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EBI- Latada

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EBI- Monte Negro

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EBI- Renque

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EBI- Achada Fazenda- Sta. Cruz

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EBI- Macati

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Visita EBI- Salina- A escola parece com um estabelecimento prisional, ferro por todo o lado.

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EBI- Achada Lage – 15/05/2015 É uma escola muito triste, esta precisar de uma maozinha amiga!

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1/06/2015- Prenda para os alunos - Este quadro faz parte de uma doação de dois quadros, doada pela Proteção Civil ao EBI de Achada São Fulipe, em Setembro de 2013, depois de 18 meses ainda se encontrava no chão; fui informado pelo meu filho, dirigi de imediato ao local, tomei-o e levei para EBI de Achada Lage em Sta Cruz. Depois de ter chegado com o quadro, um professor me pediu se podia deixer deixar dinheiro para pagar uma pessoa para por o quadro no

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lugar, tive que deslocar a vila a procura de 3 alunos para colocar o quadro no lugar conforme podem ver na imagem. Os alunos estavam em festa

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Preparação do espaço

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Visita de cortesia a escola de Tira Chapéu - Praia

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Sessão de foto com os professores da escola

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A nossa escola esta linda, existe um clima de amizade e confraternizaçao e colaboração entre todos

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8- Visita a São Vicente - Janeiro de 2016 Escola de EBI- Tcham de Marinha

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- Os jovens que estudam no DECM, mostram interessados em participar no projeto de reabilitação da escola

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Lançamento do projeto aos professores e alunos

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Escola de Monte Sossego – São Vicente

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Lançamento do projeto à comunidade

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Encontro com com ex colega de curso no ex- ISE para apresentação do projeto

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Ex- Colega e amiga de formação - ISE

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Encontro com o Gestor da Escola, para apresentação do projeto.

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Missa na Ribeira de Crequinha

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9- Visita à escola de Praia e interior de Santiago -01/2016 A escola de Ponta dagua, precisa de mais vida, começar pelo basico, fazer a limpeza do espaço envolvendo a comunidade e posteriormente pode se promover ações de melhoramento do espaço. Os professores estão disponiveis para abraçar esse desafio e a comunidade.

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É urgente a substituição desse tipo de tecto provoca um calor insuportavel, com grave impacto na saude das crianças e no processo de ensino e aprendizagem.

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A escola de Paiol parece com estabelecimento prisional, temos que acabar com esse tipo de ataque às escolas, cria esse ambiente de terror nas crianças no espaço mais sagrado.

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Escola de Salineiro de EBI, encontra-se triste na comunidade, precisa ser abençoada.

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Liceu de Salineiro - O ambiente exterior é aterrorizado pelo ambiente criado pelo ambiente das barracas em frente das escola, que não combina com o ambiente escolar, as pessoas precisam sim ganhar pão mas sem afetar o ambiente de aprendizagem.

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Visita a EBI- São João - Verificamos que ainda os alunos encontravam sentados nos acentos que usávamos, há 35 anos atrás, há necessidade de se dar mais atenção a essas comunidades isoladas tendo em conta a carência em vários níveis.

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- Visita a escola de alto de Gouveia, uma escola muito carente, encontramos com uma ex aluna.

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Visita a escola de Porto Mosquito - Os alunos sofrem muito com o problema de temperatura por causa da chapa, provocando um calor insuportavel, no periodo da tarde os alunos sentem-se obrigados retirar a bata para se poder assistir as aulas.

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-

Problemas com o quadro, pode ser resolvido com aplicação de uma lixa zero.

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- Visita a escola de EBI no centro da Cidade património mundial.

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Visita a escola de EBI no centro da Cidade.

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Visita a escola de São Martinho - O 1º bloco se encontra em melhores condições graças a intervenção feito no ãmbito do projeto saude escolar.

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- O 2º bloco precisa de uma intervenção e os alunos sofrem com o problema do calor por causa da chapa, transformando a escola num espaço de aprendizagem e sofrimento.

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- Visita as escolas do concelho de São Domingos 1/02/2016(De 8h às 11h) Escola de Lém Pereira(Possui uma história rica) - Essa escola funcionou antigamente como ciclo preparatório, a 1ª fase de construção foi feita pela comunidade em termos de mão de obra e financeiro. Encontra-se em degradação constituindo uma utentica armadilha para os alunos e pessoas que circulam no corredor e por outra parte do

edificio.

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A comunidade não pode igonorar essa realidade e ficar a espera que algo de mal se aconteça, temos que trabalhar na prevenção e fazer o que têm que ser feito. Lem Pereira é uma comunidade muito rica, por essa escola já passou muito boa gente, que poderá dar o seu contributo na transformação e preservar a sua imagem histórica.

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Visita à escola de Banana - São Domingos

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Visita a escola à caminho de Praia Baixo

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Visita a escola de Midjo Branco

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Visita à escola de Ribeirão Chiqueiro

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Escola OPEC (Achada Sto. António) - É uma escola muito linda e agradável, conta com forte parceria da comunidade e dos pais, na compra

dos

materiais

didáticos, na melhoria dos espaços, no entretenimentos e entre outros e há um bom clima de relacionamento entre os intervenientes. (É uma escola de referência e desejada)

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Escola de Ensino Básico Eugénio Tavares É uma linda escola e com muitas histórias mas precisa de algumas intervenções de embelezamento/restauração os professores estão motivados para abraçar o projeto.

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Liceu da Várzea - É uma experiência por cobiçar, pedagogicamente esculturam uma tabela periódica na parede, isso irá contribuir para o conhecimento da tabela de uma forma muito eficaz.

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Jardim-de-infância- Sta. Cruz (Subida de Terra Branca) - 6/02/2016 - Ao olhar todos, podemos constatar a vandalização de um espaço de ensino em total degradação. Da ideia de que a escola sofreu um algum ataque de algum grupo extremistas. Como ensinar os alunos a serem ordeiros se estudam, num ambiente

de

urgentemente

desordem? a

É

preciso

consciencialização

da

comunidade académica e da população em geral para esse facto e tomada de medidas urgentes. Muitos dos problemas sociais surgem na família, chegam a escola, se formos capazes de combater, regressa a sociedade com dados colaterais incontroláveis. As escolas estão a sofrer ataques físicos, se calhar porque a nossa mensagem não esta a passar como educador, é preciso mudar de estratégia, e a melhor formar é trazer os saqueadores para dentro da escola e educá-los e obriga-los a cuidarem das escolas de uma forma pedagógica e por sua vez devolverem de vez a escola a comunidade. 282

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- Exigimos mais respeito e dignidade para os nossos colegas por parte da comunidade e das instituições

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Monte Negro -10/02/2016 - Não há palavra para descrever a realidade. A comunidade, esta disponível para apoiar a restauração e assumir a escola.

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Jovens de Monte Negro

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Visita a nossa zona de infância- Boca Larga- Concelho de Santa Cruz – 02/2016 - Ficamos muito triste, com a novidade de que havia alunos que não podia ir a escola por causa de distância, segurança e canseira, isso é inadmissível.

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- Boca Larga, precisa de um Jardim, as crianças deslocam a uma distância muito longe; precisa também de uma escola, muitas crianças não conseguem ir a escola (1ª classe), percorre uma longa distância; há uma família em que duas crianças, não conseguiram integrar na primeira classe e um ficou na 3ª classe, desistiu tendo em conta a distância. - Os professores recusam trabalhar em Boca Larga, por causa da distância e obrigam as crianças a se deslocar. Boca Larga é uma zona encravada, ainda sonha com uma estrada, telefone e luz e o bem mais preciosa que tinha na comunidade, era a escola tiraram-no. Existe alunos que já terminaram 12º ano que podem perfeitamente assegurar o ensino a essas crianças. Tendo em conta essa triste realidade exigimos tomadas de medidas urgentes pelas autoridades competentes, porque essas crianças também são cabo-verdianos, estão a perder oportunidades e direitos e que não podem ser abnegados. Estou disponível para dar sugestão e colaborar naquilo que for necessário para resolver esses problemas.

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- Este é o quadro, onde o meu pai aprendeu a ler e escrever! – Julangue- Santa Cruz

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- Estou muito feliz, por conhecer a primeira escola onde o meu pai estudou

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Casa dos pais do meu pai

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Renque Purga – 10/02/2016 - Não há palavras para descrever a realidade, vejam a imagem, a comunidade sente indignado revoltados , estão disponíveis para fazerem tudo para melhorar a imagem da escola.

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Ex- Ciclo Preparatório – Santa Cruz - Presenciamos uma situação muito triste, como património de Concelho encontra abandonado, onde se faz tudo, com o vestígio que ainda se encontra. É necessário uma reflexão profunda, Cabo Verde, é um país de fracos recursos, não podemos deixar destruir grandes obras que foi feito a base de amizade e sacrifícios. - Pode se pensar em outras formas de se reutilizar, há pessoas que vivem em condições péssimas que se podia utilizar perfeitamente como moradia em vez se servir como campo de futebol, repositórios de lixos e fezes. Temos que promover/desenvolver a cultura do Estado no espirito das pessoas e os nossos dirigentes, o que do Estado é de todos nós, deve ser preservado, cada um de nós devemos dar o nosso contributo para a transformação do nosso país. Internamente temos muitos recursos/capacitados, que estamos a desperdiçar, que devem ser reaproveitadas. Os países parceiros também tem as suas necessidades/dificuldades, temos que dar exemplos que os recursos disponibilizados estão a ser bem empregues, para podermos continuar merecer confiança. 297

Não há palavras para descrever a realidade! Cenário de guerra

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Aqui está o vestigio de um biblioteca

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Campo de futebol no primeiro andar

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Jogo da partida

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10-

Fórum (III), Associação dos Professores Católicos

recomenda “mudança de atitude” - Tanto o Cardeal D. Arlindo como a ministra Fernanda Marques, discursaram à volta da ‘educação que rima com o coração’. - A ministra pediu amor na educação para chegarmos

a

ter

escolas

cidadãs,

empreendedoras, sãs e um Cabo Verde sempre melhor. D. Arlindo salientou que o professor precisa ter um coração que vê e uma inteligência decente. Aconselhando a leitura aprofundada da encíclica Deus Caritas Est, o prelado diferenciou o amor ‘éros’ (amor espontâneo) do amor ‘ágape’, mostrando que este último é o amor purificado e desinteressado que vai ao encontro do outro com a única missão de promover o outro – o irmão. É dessa forma que Deus se relaciona connosco – MISERICORDIOSAMENTE. 304

- Assomada, 21 Fev (Inforpress) - O III Fórum Associação dos Professores Católicos de Cabo Verde recomendou hoje aos professores, ser como “mestres e força de mudança”, o dever de levar para a sala de aula e para a sociedade uma “nova atitude”.

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- Após três dias de debate sobre “temas pertinentes” para a sociedade cabo-verdiana, o III fórum, que decorreu em Assomada sob o lema “Professor católico: rosto da misericórdia divina nos subúrbios da escola”, terminou hoje com uma “forte participação” dos professores. - Segundo o representante da associação, Jacinto Horta, dos temas debatidos saiu a recomendação de se ter uma “nova abordagem” para que a sociedade possa ser “mais interventiva, mais atuante, mais respeitadora”, primando por valores, pois muitos dos valores estão sendo substituídos e em desuso. - “Os professores como mestres e força de mudança devem levar para a sala de aula e para a sociedade uma nova atitude. Saiu a recomendação de que o professor como rosto da misericórdia deve primar no amor e para o amor e ser o rosto da misericórdia no subúrbio da escola”, apontou. Afirmou ainda que chegaram a conclusão de que os professores têm estado “um pouco desleixado”, mas esperam que depois deste fórum “caem em si” e assim levar à sociedade uma “nova consciência” de como é que devem ser.

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- A representante da Associação dos Professores Católicos de Cabo Verde, Marlene Ortet, fez uma avaliação positiva deste III fórum, na medida em que foi possível, precisou, retirar “várias conclusões” que devem ser colocadas na prática. “Em todas as intervenções que ouvimos os professores disseram que se colocarmos na prática, realmente vamos conseguir aquilo que era o objetivo do fórum que é para sermos o rosto da misericórdia e se trabalhamos mesmo com amor vai haver uma mudança e teremos uma sociedade diferente”, reforçou. - No último dia do fórum foi debatido o tema “Professor católico chamando a ser o rosto da misericórdia de Deus”. Participaram deste fórum professores de Santa Catarina, São Domingos, São Salvador do Mundo, Praia, Santa Cruz e Calheta. AM/AA Inforpress/Fim 307

11- Visita de estudo- EBI (Júlia Costa) a empresa CAVIBEL – 3/02/2016 - Os alunos ficaram muito contentes com a visita de estudo, proporcionou-lhes conhecimentos empíricos importante a nível empresarial. Neste momento estão a estudar indústria. A imagem fale por si.

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Relatório de visita de estudo

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12- Escola de EBI- Achada Grande Trás/Visita de estudo - É uma escola localizado no meio das, as imagens falam por si. Visitamos a escola no dia 3/02 a tarde e no dia 4/02, estivemos em visita a fabrica “Confecções Alves Monteiro”, tivemos uma boa recepção, os alunos ficaram muito contente. No final quese todos queriam ser costureiros profissionais.

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Poema dedicado a mulher Cabo-verdiana. Que lindo!

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A escola precisa de uma cozinha em condição e o espaço físico está em degradação

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A nossa professora

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O nosso gestor

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- A violencia começa em casa, chega a escola e depois volta a sociedade.

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Momentos de aflição

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- Visita a fabrica “Confecções Alves Monteiro”

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- A visita foi muito bom para os alunos e a empresa mostrou disponiblidade em apoiar sempre iniciativas do gerero. 345

13- Conversa com a comunidade académica da escola secundária de Palmarejo, sobre investigação e desenvolvimento comunitario.(Passagem de experiência) - A comunidade académica ficaram muito contente com a conversa e troca de expriência

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- No final da sessão combinamos uma visita a comuunidade (Casa Lata, Fundo Covão, Tira Chapeu e Bela Vista)

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Os professores do Liceu de Palmarejo visita a comunidade 7/03/2016

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- No final da visita embora foi cansativo, mas reconhecem que valeu a pena por multiplas razões!

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III- História de três alunas que foram integrados na escola no âmbito da pesquisa que temos estado a desenvolver sobre apanha de areia no concelho de Sta. Cruz (Ponta Salto). - Na sequência do trabalho de investigação desenvolvido sobre caraterização socioeconómica das famílias que vivem de apanha de areia em 2008/2009, no interior de Santiago,

identificamos

6

jovens que estavam fora do sistema de ensino, devido a dificuldades

financeiras,

dedicavam

a

atividade

de

extração

de

areia

na

comunidade de Cancelo e Ponta Salto, no Concelho de Santa Cruz,

como

meio

de

sobrevivência e ocupação do 353

tempo. Através da Escola Privada Secundária Centro de Ensino de Pedra Badejo, aceitaram a integração desses jovens com o compromisso de buscarmos apoio para pagamento das suas propinas posteriormente. - A direção da escola permitiu que esses alunos estudassem até a conclusão do 12º ano, dos quais quatro concluíram o 12º ano com êxito, um desistiu e um

ficou

disciplinas por

com pendentes

terminar.

Esses

jovens são oriundos de uma comunidade muito pobre, as famílias vivem essencialmente

de

algum recurso, que vem da venda de extração de areia e do rendimento dos trabalhos que as 354

vezes fazem na horta oferecidas por pessoas amigas. Os seus rendimentos familiares estão entre 6 a 10 mil escudos. Esses quatro jovens sonham prosseguir os seus estudos a nível médio ou superior, para isso em primeiro lugar precisamos honrar os compromissos a nível do pagamento das propinas, mas os familiares não possuem condições financeiras para tal. - A Elisabete Mendes Varela tem 26 anos terminou o 12º ano no ano letivo 2011/2012, tem um divida de 153 mil escudos (153000$00), esta num agregado formado por 9 pessoas, a Mãe Jovina Mendes (46 anos, mãe solteira), filhos José Lino (20 anos), Ivanildo (17 anos, 7° de escolaridade), João David (7° de escolaridade), Cleidiane Sofia (8 anos), Eunice da Conceição (7 anos), Nedilson (4 anos) e Jucilene (2 anos) 355

- Naldina de C. Cardoso Silva tem 25 anos, terminou o 12º ano no ano letivo 2013/2014, o seu agregado é formado por 6 pessoas, a mãe Vitalina Mendes Gonçalves (50 anos), e os filhos José Carlos (27 anos), José António Gonçalves

Silva

(2

anos

possui

problemas de saúde), Carla Gonçalves Soares (16 anos), Nelida Varela (5 anos) e Teresa Mendes (80 anos, Avó). Após ao término do 12º ano como não conseguiram o certificado de conclusão do ensino Secundário e por falta de esperança em prosseguir os estudos regressaram atividade de extração de areia. Obs: Cada uma das meninas neste momento tem as suas “crias” adquiridas no final dos estudos, e vivem na esperança de se conseguir uma oportunidade para prosseguir os estudos ou conseguir algum trabalho que lhes possam garantir o sustento e apoiar a família. 356

Nessas eleições votaram em projeto e na Cabo Verde, esperemos que finalmente apareçam oportunidades para esses jovens.

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IV- Conclusão/Recomendação - A participação da comunidade no seu processo de desenvolvimento, contribui para:  Melhoramento em termos de ação, reflexão, conhecimento/capacidade de disseminação e promoção de valores.  Diminuição de conflitos entre os atores;  Definição clara das prioridades das comunidades, com base na definição da maioria e pelos principais atores;  Otimização dos recursos financeiros e humanos;  Projetos bem definidos;  Partilha de responsabilidades;  Melhoramento da organização da sociedade;  Aumento de conscienciazação social, cultural, ambiental, econômica e política na comunidade;  Aumento das competências dos atores. 358

- Uma gestão eficiente fortalece uma boa parceria entre o poder público e a comunidade, contribuindo para o melhoramento da promoção de politica do pessoal em termos de:  Visão compartilhada- Uma visão compartilhada permite desenvolver projetos e criar mecanismos para uma efetiva realização.  Conhecimento da Realidade - O diagnósticos é uma ferramenta importante para o planeamento, com o objetivo de conhecer melhor a realidade local.  Planeamente - O processo de conhecimento da realidade é vital para planificação, principalmente quando se quer construí-lo de forma participativa; dá sustentação na definição de estratégias para delimitando onde se quer chegar e quais os recursos disponíveis.  Estimular a participação e orientar os investimentos públicos voltado para minimização dos conflitos sociais, econômicos, culturais, políticos e ambientais. - O poder de transformação está nas pessoas que compõem a comunidade. É necessário revindicar os direitos, conhecer os deveres/responsabilidades, definir prioridades e construir uma visão partilhada de futuro. A sociedade não pode continuar apática relativamente às ações que vão ao 359

encontro aos seus interesses, é necessário estabelecer espírito de união, luta e trabalho para conseguir promover o desenvolvimento que se deseja em detrimento dos interesses particulares de alguns grupos. - Ao estimular a participação, se estará modificando o comportamento das pessoas e potencializando a capacidade de ação para obter melhores resultados, maior eficiência na gestão e motivar os recursos humanos. Para isso, é necessário enfrentar os problemas e implementar as soluções. Entretanto, os resultados ocorrem quando:  Os municípios e os atores neles contidos têm clareza quanto a suas prioridades;  Se admita correr riscos de forma controlada e com motivação, vislumbrando os possíveis resultados;  Haja delegação de poder, com definição de responsabilidades, disponibilizando os recursos adequados; - Assim, ficou demonstrado que desenvolver um processo de desenvolvimento local de maneira participativa é algo complexo e difícil, porém pode trazer excelentes resultados. Para conseguir 360

êxito é importante estimular os cidadãos a ter a algumas virtudes, como o respeito ao próximo, saber ouvir, aceitar críticas, entender que em certos momentos é necessário ceder, ser paciente, pensar coletivamente, doar-se como ser humano e muitas outras. - É necessário uma intervenção urgente para por cobro a onda de vandalização/degradação das escolas do EBI, tem provocado muita desmotivação aos alunos, a comunidade e aos professores, contribuindo negativamente para o processo de ensino e aprendizagem. - Com os trabalhos realizados nas três escolas do EBI, ficou provado que com poucos recursos se pode fazer muita coisa. Há uma total disponibilidade por parte das pessoas/comunidade em apoiar esse projeto. - No fórum dos professores católicos realizados em assomado,

concluíram que os

professores estão desleixados e que é necessário mudar de teorização, comportamento, atitude e por sua vez de ação.

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- As crianças/alunos são frutos dos pais/professores que temos atualmente é necessário, mudarmos de paradigma, para podermos mudar/desenvolver o nosso país. - Toda s nossas ações, basearam-se em esclarecimento, sensibilização, apoios/ensinamentos sobre o que devemos fazer bem e melhor para uma sociedade cada vez melhor. - Demos o nosso máximo tendo em conta os investimentos feito na nossa pessoa e o que a sociedade espera de nós. Foi um trabalho realizado com muito amor e sacrifício mas pensamos que valeu a pena.

- Jamais existirá um método de envolvimento comunitário perfeito; o importante é que ele seja realizado com responsabilidade, buscando sempre a inclusão de mais atores, é normal existirem conflitos e resistências. Muitos só participarão quando virem resultados, porém, não se pode esperar que eles aconteçam para dar início ao processo. - Terminamos esse trabalho com, com a sensação de termos cumprido o nosso dever como cidadão, que ama o seu país. Continuaremos a trabalhar, estando sempre disponível para servir o nosso país.

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- Gostaríamos de partilhar o reconhecimento do nosso trabalho pela Senhora Ministra de Educação, para o vosso conhecimento tomamos a ousadia de transcrever :

“Caro Professor Doutor Delgado, Um grande obrigado, pela sua visão e especialmente pela sua ação. Permito-me incorporar a esta mensagem todas e todos com que partilhou a mensagem, que me enviou, dirigindo a cada uma e a cada um o meu agradecimento pessoal e o apreço institucional do Ministério da Educação e Desporto. Peço a sua autorização para partilhar este relatório com os dirigentes do MED. Efetivamente este é um caminho de sucesso para a continuarmos a construir a ESCOLA EMPREENDEDORA E CIDADÃ, escola que promova o desenvolvimento sustentável da comunidade em que se insere, que seja capaz de não ter muros, nem físicos nem mentais. Num tempo em que a população menor de vinte e cinco anos está toda escolarizada e que o analfabetismo se tornou residual, permanentes desafios se colocam e o caminho que nos mostra

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possível, tem a grande vantagem de abrir a comunicação entre a academia e a sala de aula básica. A comunicação entre a produção do conhecimento e a sua utilização prática. Bem-haja a todos aqueles que congregou nesta feliz iniciativa. Fernanda Marques No dia 04/02/2016, às 13:37, Uni-CV/ ENG -Vogal CD - António Afonso Delgado escreveu:”

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Bibliografa - AMMANN, Safira Bezerra. Ideologia do Desenvolvimento Comunitário no Brasil. São Paulo, Cortez, 1981. - Carmo, H. (1999); Elaboração de Projetos de Ação e Planificação. Porto: Porto Editora. - Carneiro, M.A(1985); Desenvolvimento Comunitário. Lisboa: Universidade Aberta. - Carvalho, A.D, A.D. Baptista (1985); Educação Comunitária: Faces e Forma. Petrópolis: Vozes. - Diégues, A. Et al(1998); Promoción Social Comunitaria. Buenos Aires: Espacio Editorial. - Diéguez, A. Et al(200); La intervencion Comunitária: Experiencias e Reflexiones. Buenos Aires: Espacio Editorial. - Silva, J.M(Org)(1996); Educação Comunitária. Estudos e Propostas. S. Paulo: SENAC. - Suarez, M. Et Diéguez, A.(1995); Gestion Social en la Comunidad. Buenos Aires. Espacio Editorial. - Villegas Ramos, E. (1999); Educatctión Scial y Desarollo Local. Sevilla: Kronos.

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