UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA
ALUNA: Marta Edna de Oliveira Silva










RELATÓRIO DE VIAGEM TÉCNICA


Relatório elaborado em atendimento à
disciplina de Agricultura geral orientada
pelo Professor Francisco de Alcântara
Neto.











Teresina, 02 de dezembro de 2014
APRESENTAÇÃO

Atendendo a solicitação do Professor Francisco de Alcântara neto, da
disciplina Agricultura Geral, apresento em seguida, o relatório referente à
visita técnica nas áreas de cultivo de arroz irrigado nos municípios de
Miguel Alves e Parnaíba, estado do Piauí, bem como as áreas de cultivo no
perímetro irrigado nos Tabuleiros Costeiros do Piauí.
O cultivo de arroz irrigado em Miguel Alves e Parnaíba é feito nas
várzeas do rio Parnaíba e diferencia-se dos demais tipos de cultivo,
basicamente, quanto à forma de preparo do solo, aos métodos de semeadura e
ao manejo inicial da água.
Nos tabuleiros costeiros do Piauí localizado nos municípios de
Parnaíba e Bom Princípio, na região litorânea, é marcado pela agricultura
orgânica certificada. O destaque está na produção da acerola que ocupa a
maior área plantada e rende, pelo menos, 5.750 toneladas por ano. Cerca de
80% do cultivo é produzido de forma orgânica. Ao todo, o projeto tem
aproximadamente 2,5 mil hectares, onde estão plantados mais de 10 tipos de
frutas.

















OBJETIVOS

Conhecer, na prática, como funciona o cultivo e armazenamento de
grandes culturas como o arroz e de fruteiras, como a acerola;
Conhecer os desafios que essas culturas enfrentam bem como as soluções
usadas pelos produtores.




























ROTEIRO

Chegada à fazenda em Miguel Alves: Por volta das 16h15 do dia 21 de
novembro;
Término da visita: por volta das 17h30 do mesmo dia;
Chegada aos Tabuleiros litorâneos: Por volta das 9h30 do dia 22 de
novembro;
Término da visita: Por volta das 10h40 do mesmo dia;
Chegada à fazenda em Parnaíba: Por volta das 14h30 do dia 22 de novembro;
Término da visita: Por volta das 16h30 do mesmo dia.

























DESENVOLVIMENTO

A viagem teve inicio com uma visita à fazenda Ameixa em Miguel Alves,
Piauí, onde ocorre o cultivo de arroz irrigado. Fomos recepcionados pela
gerente da fazenda que realizou a apresentação institucional e nos
encaminhou, para a plantação, acompanhados por um técnico agrícola. Nesse
local pudemos conhecer o manejo empregado no cultivo arroz e os principais
problemas sofridos pela lavoura.
A área, irrigada por superfície, possui o plantio convencional em
linhas, feito por lanço aéreo com as sementes pré germinadas. Para o
preparo do solo usa-se a gradagem e a grade niveladora. As variedades
utilizadas são: Epagre 109, 113, 116 e 118 e a variedade Puitá, essa, para
combater o arroz vermelho.
A adubação (N e K) é feita por parcelamento: adubação de fundação,
durante o plantio da semente; a primeira adubação de cobertura de 15 a 20
dias após a adubação de fundação (uréia 45%); segunda de cobertura por
volta dos 40 dias, no caso das variedades precoces e até 55 dias no caso
das variedades tardias. As adubações de cobertura são feitas com um avião à
10m de altura do solo.
As principais doenças que ocorrem é a Brusone e Mancha parda.
Spodoptera frugiperda e percevejos do grão são as pragas mais freqüentes. A
aplicação de inseticidas é feita com um avião a 2m de altura.
A área é sistematizada de inundação permanente onde a água é
distribuída através de canos e mantida por taipas e diques. Utiliza-se 7
bombas para o sistema de irrigação e a altura da lâmina d'agua fica em
torno de 5 a 10cm.
O cultivo é escalonado tendo, em média, 4 safras ao ano. A
produtividade média é de 5000 kg/há para a variedade tardia e de 7000 kg/há
para a variedade precoce.










No dia seguinte visitamos os tabuleiros litorâneos nos limitando a
observar o cultivo da acerola. O manejo da cultura é orgânico, evitando o
uso de grades e qualquer outro tipo de máquina no solo, para que não haja
proliferação de nematóides. A adubação é feita utilizando os restos
vegetais e composto orgânico.
A colheita é feita manualmente durante todo o ano. Um grande problema
enfrentado pelo produtor é a falta de mão de obra para a colheita o que
causa uma grande perda da produção.
A irrigação é feita por micro aspersão para evitar o desperdício de
água que haveria com uma aspersão normal. As plantas são mantidas em porte
pequeno para facilitar a colheita e cerca 5% do pomar é renovado por ano.
A área com plantio de acerola equivale a cerca de 1 há; praticamente
toda a produção é colhida verde e é destinada para extração de vitamina C.

Na tarde do mesmo dia visitamos uma outra fazenda de plantio de arroz
irrigado na região de Parnaíba; essa estava em época de colheita e pudemos
observar a maquina usada pra fazer a colheita. O manejo usado é semelhante
ao usado em Miguel Alves.
Além da plantação, tivemos a oportunidade de conhecer a unidade de
secagem e armazenamento dos grãos. Essa unidade possibilita manter a
qualidade do produto, facilita a logística pós-colheita, reduz custos de
secagem e permite uma comercialização mais vantajosa uma vez que os grãos
podem ficar armazenados até que os preços estejam mais altos.






















CONCLUSÃO

As visitas realizadas nos deram uma noção do que ocorre no campo
contribuindo assim para a fixação do conteúdo teórico passado em sala de
aula.
Ainda com relação as visitas pode-se chegar a uma série de
conclusões, como por exemplo, o fato de a inundação contribuir para: a
diminuição do crescimento das plantas daninhas; controle da temperatura do
solo; aumento da disponibilidade de nutrientes para a planta, etc. Por
outro lado esse tipo de manejo libera uma grande quantidade de metano para
atmosfera o q pode se tornar prejudicial à ela. De toda forma é uma boa
alternativa para cultivo de arroz desde que o solo atenda alguns
requisitos.
Pode-se concluir também que o cultivo da acerola, embora prejudicado
pela falta de mão de obra para colheita, representa uma atividade lucrativa
mesmo em pequenas áreas.



















REFERÊNCIAS

acesso em: 02 de dezembro de 2014
acesso em: 02 de dezembro de 2014
acesso em: 02 de
dezembro de 2014
acesso em: 02 de dezembro de 2014