UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Resenha do Livro A Arte da Guerra de Sun Tzu

UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO

Curso de Administração
Disciplina – Pensamento Estratégico



Cibelle Cristina D. Esteves RA: 001201301709






Resenha do Livro A Arte da Guerra de Sun Tzu





Bragança Paulista – SP
2014
Cibelle Cristina D. Esteves RA: 001201301709






Resenha do Livro A Arte da Guerra de Sun Tzu

Trabalho de média da graduação de Administração na Universidade São Francisco da disciplina de Pensamento Estratégico com orientação da professora Laura Francesca Mercedes Nieri.






Área de concentração:

Data de entrega: 26 de Novembro de 2014.
Resultado:__________________________
Professora: Laura Francesca Mercedes Nieri.
Resenha: A Arte da Guerra
O livro A Arte da Guerra de Sun Tzu foi escrito no século IV a. C. e sobreviveu por gerações até hoje como um dos melhores livros sobre estratégia. Seu enorme sucesso se deve ao fato de seus ensinamentos podem ser aplicados em qualquer área seja ela pessoal, profissional, militar ou familiar, e poderá se obter êxito naquilo que foi desejado.
O autor acredita que a batalha física deve ser evitada ao máximo, usando assim da estratégia de subjugar o exército do inimigo sem a luta; invadir cidades sem sitia-las; e derrubar governos sem utilizar espadas sangrentas. Para tanto se faz necessário o uso de estratégias para que possam alcançar vitória nos termos desejados.
A maior importância é atribuída aos aspectos morais, intelectuais e circunstanciais para evitar ao máximo o massacre e a destruição, mantendo tudo mais intacto possível. Tornando fundamental o planejamento e a decisão rápida. O autor também analisa como a economia é afetada pela guerra e como a inflação aumenta durante as operações militares, e como os suprimentos são decisivos.
Basicamente a estratégia é de desestabilizar psicologicamente o inimigo com informações falsas, corrompendo oficiais, aumentando a discórdia, captando informações internas para depois formalizar o ataque.
Abaixo o resumo de alguns tópicos relevantes do livro que podem ser utilizados na administração:
A guerra deve ser amplamente estudada, e pode ser dividida em cinco fatores fundamentais: a influência moral, o clima, o terreno, o comando e a doutrina; Somente após análise aprofundada desses fatores é que deve ser nomeado o general para desfechar o ataque.
O general escolhido deve manter a união do exército e a alegria na servidão, deve ter como qualidades a sabedoria, sinceridade, humanidade, coragem e rigor, elas são fundamentais para vitória. Também deve ter firmeza de caráter e não pode ser colérico para não perder a autoridade.
É importante o treinamento dos soldados e dos oficiais; Deve haver equilíbrio entre o castigo e o prêmio.
O estudo de todos os fatores evidência as vantagens e assim é possível trazê-las em seu favor.
É preciso ser ardiloso para ludibriar o exército inimigo, não demonstrar capacidades ou atividades.
A cólera do inimigo é uma fraqueza que deve ser alimentada com insultos e provocações, para que haja confusão e falta de planejamento; "Exercito confuso, vitória alheia"; Assim como a arrogância.
A negociação é importante para evitar a guerra, e algumas coisas podem ser cedidas em favor da paz, mas jamais se desfaça de seus alicerces.
Presentes podem ser oferecidos para aumentar a ambição do inimigo, mas também é necessário mantê-lo sobre pressão até esgotá-lo e ataca-lo nos pontos vulneráveis, tenha presteza e mantenha-se preparado, as ocasiões oportunas devem ser aproveitadas.
Além do planejamento, também é necessária a criatividade para transpor obstáculos e estar sempre atento as mudanças para poder acompanhá-las, certas coisas não são possíveis prever de antemão.
É necessário calcular precisamente a quantidade de homens e provisões, a guerra não deve prolongar-se, pois pode esgotar os recursos do estado.
Também os soldados não devem acomodar-se com a vitória, nem se contentar com pouco.
O máximo da habilidade é subjugar o inimigo sem lutar, é melhor capturá-los do que destruí-los, o mais importante é atacar a estratégia do inimigo.
É necessário resolver as dificuldades antes que elas surjam, e não permitir aliança entre os inimigos.
Os objetivos devem ser claros para gerar uma resposta rápida contra o inimigo, o comandante deve estar preparado para correlacionar as circunstancias mutáveis, saber a hora de combater ou não, como utilizar a força numerosa ou não, manter seus soldados fiéis aos objetivos, analisar se o ambiente é propício, observar a vulnerabilidade do inimigo.
È necessário reconhecer o homem certo, cometer-lhe responsabilidades e aguardar os resultados.
Na arte da guerra existem fatores que dependem de nos, como a preparação e o treinamento, mas também existem fatores que dependem do inimigo, como a vulnerabilidade dele. "A invencibilidade reside na defesa, a possibilidade de vitória, no ataque."
O ápice da habilidade é prever o que um homem comum não consegue.
Com um bom planejamento não há movimento inútil ou um passo em vão, existe uma clara percepção e planos de longo alcance, conhecer o ambiente e as pessoas.
Para um bom planejamento é necessário analisar as possibilidades, o oportunismo e a maleabilidade, analisar relatórios confiáveis, "os elementos da arte da guerra são: a medida do espaço, o cálculo das quantidades, as estimativas, as comparações e as probabilidades de vitória".
Dirigir poucas pessoas ou muitas é a mesma coisa, só depende de organização.
Os homens devem ser selecionados para explorar a situação, o talento de ninguém deve ser desperdiçado, cada um tem a sua área de especialidade, devemos ter um contingente equilibrado de talentos, com ousados e cautelosos, não exija das pessoas o que elas não podem fazer, assim aproveitará melhor os talentos.
Sabendo tirar proveito de cada situação a energia aplicada será menor.
É necessário conhecer e entender as estratégias do inimigo e ao mesmo tempo esconder as próprias.
A vitória pode ser criada, mesmo que o inimigo seja superior, sendo ágil e imprevisível, analise seus pontos fracos, conheça suas estratégias, não repita as mesmas táticas, molde-as de acordo com a situação do inimigo.
Saber transformar a desvantagem em vantagem para enganar e surpreender o inimigo é compreender a estratégia do direto e do indireto.
Dividir as funções para alcançar o objetivo, pois não é possível mobilizar todos em uma determinada função e deixar as outras de lado.
O trajeto precisa ser conhecido e estudado detalhadamente, sendo necessário um guia experiente e com alto conhecimento.
Fator moral é o que possibilita a liderança do comandante, se for abalado será certa a vitória do inimigo.
Se encurralar um inimigo ele lutará desesperadamente, tomando atitudes primitivas por puro instinto, de vida ou morte.
É preciso saber onde investir esforços, para não gastar energia onde a vitória não fará diferença no alcance do objetivo final, saber empregar as tropas.
O general não deve ser limitado por procedimentos estabelecidos, enquanto estiver no curso correto, deve haver confiança em sua capacidade de controlar a situação de vantagem, conforme a oportunidade aparece.
Análise dos fatores favoráveis serve para tornar o plano exequível e das desvantagens para resolver as dificuldades.
A hesitação é uma calamidade.
Sempre se coloque em posição de vantagem, onde consiga ter uma maior visão de sua volta.
Saiba observar e interpretar os sinais de movimento do inimigo.
É necessário acompanhar o clima organizacional interno e do inimigo.
Quem primeiro tomar a posição almejada terá vantagem.
A culpa da desordem ou instabilidade é do general.
Os melhores homens devem ser escolhidos para formar uma tropa de elite que será a ponta aguçada da vanguarda.
As tropas seguirão com força máxima e morrerão pelo general que se igualar a eles, não se utilizando das vantagens do comando. Os bons comandantes são sempre amados e temidos.
"Conhece o inimigo, conhece-te a ti mesmo; tua vitória nunca será posta em risco. Conhece o terreno, conhece o tempo; tua vitória então será total".
Quando o exercito está unido, o inimigo não pode vencer-te.
Não fatigue as tropas desnecessariamente.
É importante livra o exército das dúvidas, incerteza e inquietações.
Adquirir informações internas do inimigo e plantar informações falsas, além de examinar o caráter do espião e conhecer os empregados do inimigo.
Abaixo alguns tópicos do livro, na íntegra, que levam a análise de como aplicar a inteligência emocional, analisando o psicológico das pessoas (concorrentes e funcionários):
"39. Se os oficiais se mostram irritadiços, é porque estão exaustos.
Chen Hao: Quando o general faz projetos desnecessários, todos estão fatigados.
Chang Yü: Quando a administração e as ordens são inconsistentes, o moral dos homens está baixo e os oficiais estão extremamente irritados.
40. Quando o inimigo alimenta os cavalos com grãos e seus homens com carne, e quando as tropas nem penduram suas panelas nem tornam aos seus abrigos, o inimigo está desesperado.
Wang Hsi: O inimigo alimenta os cavalos com grãos e os homens comem carne para aumentar sua força e capacidade de resistência. Se o exército não tem panelas, ele não voltará a comer. Se as tropas não tornam aos seus abrigos, não estão pensando em casa e pretendem travar uma batalha decisiva.
41. Quando as tropas se reúnem continuamente em pequenos grupos e sussurram juntas, o general perdeu a confiança do exército.
42. Recompensas muito frequentes indicam que o general está no fim de seus recursos; castigos muito frequentes, que ele é presa de aguda ansiedade.
43. Se os oficiais primeiro tratam os homens com violência e depois têm medo deles, o limite da indisciplina foi atingido.
São conselhos simples, mas que aparecem na maioria das teorias da administração, sobre como analisar a concorrência, os funcionários, a postura do líder e a importância da Inteligência Emocional.

Bibliografia:

A Arte da Guerra – Sun Tzu
Tradução do Chinês para o Inglês: Samuel B. Griffith
Tradução do Inglês para o Português: Gilson Cesar Cardoso de Souza, Klauss Brandini Gerbardt
7º Edição Editora Paz e Terra - 2004