Uso de Agrotóxico no Sudoeste Paranaense: uma análise dos dados de notificação relacionadas ao tipo de atividade rural desenvolvida.

August 9, 2017 | Autor: R. de Souza Lima | Categoria: Sociology of Food and Eating, Agrotóxicos, Sociologia Da Alimentação
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Revista Faz Ciência, 0 8,0 1 (20 0 6) pp. 3 73 -3 8 8 UNIOESTE ISSN 16 77-0 4 3 9

U SO D E AGROTÓXICO N O SU D OESTE PARAN AEN SE: U MA AN ÁLISE D OS D AD OS D E N OTIFICAÇÃO RELACION AD A AO TIPO D E ATIVID AD E RU RAL D ESEN VOLVID A 1 Ro m ild a d e So u za Lim a 2 An d ré ia Ân ge la d e Ro s s o D avid 3 Resum o O presente artigo resulta da prim eira fase das pesquisas no Projeto d e In icia çã o Cien t ífica Volu n tá r io “Utiliza çã o d e Ag r ot óxico n a Região Sudoeste do Paraná: percepção sobre os im pactos à saúde d o p r od u tor r u r a l e a o con su m id or d e a lim en tos ”, in icia d o em agosto de 20 0 5 e subdiv idido em duas fases, a saber, inv estigação sobre as n otificações de quadros de con tam in ação por agrotóxico n a rede de saúde de m un icípios que abran gem a 8 ª R egion al de S a ú d e d o Pa r a n á e, a seg u n d a fa se qu e a in d a se en con t r a em an dam en to, in v estigará a percepção do con sum idor de alim en tos in natura a respeito da contam inação de alim entos por agrotóxico e, ainda, se os m esm os realizam algum tipo de seleção ou buscam inform ações sobre a origem do alim ento in natura que consom e no dia-a-dia. Considerando a discussão sobre uso de agrotóxico no meio rural extrem am ente im portante, o objetivo deste trabalho é analisar a sua utilização na região sudoeste do Paraná, bem com o apresentar in for m a ções em r ela çã o à s in t er n a ções n ot ifica d a s t en d o com o causa a con tam in ação pela exposição ao produto. Palavras-Chave: agrotóxico, con tam in ação, im pacto a saúde.

1 Artigo resultan te da prim eira fase das pesquisas n o Projeto de In iciação Cien tífica Volun tário “ Utilização de Agrotóxico n a Região Sudoeste do Paraná: percepção sobre os im pactos à saúde do produtor rural e ao consum idor de alim en tos ”. 2 Mestr e em Exten são Rur al – UFV. Docen te da Un iver sidade Estadual do Oeste do Par an á – Unioeste - Campus de Francisco Beltrão – Grupos de Pesquisa: GEPSA – Grupo de Estudo e Pesquisa em Segur an ça Alim en tar e DERU – Gr u po d e Pesquisa em Desen volvim en to Ru r al. E-m ail: r om is.lim a@yah oo.com .br 3 Técn ico em Alim entos. CEFET/ Median eira. Acadêm ica de Econ om ia Dom éstica – UNIOESTE. Bolsista de Pr ojeto de In iciação Cien tífica Volun tár io – PICV, m em br o do GEPSA - Gr upo de Estudo e Pesquisa em Seguran ça Alim en tar. E-m ail: [email protected].

Uso de agrotóxico no sudoeste paranaense: um a análise dos dados de notificação...

In tro d u ç ã o Este trabalho tem com o objetivo analisar a situação do uso de agrotóxico na produção agrícola na região sudoeste do Paraná, bem com o apresentar in form ações em relação às in ternações notificadas tendo com o causa a contam inação por agrotóxico. O presente artigo r esu lt a d a p r im eir a fa se d a s p esq u isa s n o P r ojet o d e I n icia çã o Cien tífica Volun tário “Utilização de Agrotóxico n a Região Sudoeste do Paraná: percepção sobre os im pactos à saúde do produtor rural e a o con su m id or d e alim en t os ” e con st it u i-se n u m a a t ivid ad e d e interesse dos dois grupos de pesquisa dos quais as autoras atuam . O trabalho foi iniciado em agosto de 20 0 5 e subdividido em duas fases, a s a b e r , in ve s t iga çã o s ob r e a s n ot ifica çõe s d e q u a d r os d e con tam in ação por agrotóxico n a rede de saúde de m un icípios que abrangem a 8 ª Regional de Saúde do Paraná e, a segunda fase, que ain da se en contra no início, investigará a percepção do con sum idor de alim entos in natura a respeito da contam inação de alim entos por agrotóxico e, ainda, se os m esm os realizam algum tipo de seleção ou b u sca m in for m a ções sob r e a or igem d o a lim en t o in n a t u r a qu e con som e n o dia-a-dia. U m a Bre ve Re vis ão d e Lite ratu ra, Ap re s e n tação a An ális e d e D ad o s A p a r t ir d e 19 70 , vá r ia s t e cn ologia s m od e r n a s for a m im plan tad as n o Br asil, fr u to d a “Revolu ção Ver d e”, qu e vin h a se propagando por m uitos países difundindo os princípios da agricultura con ven cion al. Segun do Ehlers (1999), n o en tan to, logo com eçaram a surgir preocupações com os problem as am bientais provocados por esse padrão com o a destruição das florestas, erosão, con tam in ação dos recursos naturais que eram conseqüentes desse tipo de produção agrícola e os problem as socioecon ôm icos, n os quais se en con tram diretam ente o aspecto da saúde hum ana. O autor afirm a que no Brasil a m odernização da agricultura fez com que houvesse um progressivo a u m e n t o d a p r od u t ivid a d e , m a s is s o r e s u lt ou a lé m d e d a n os am bien tais a am pliação da con cen tração de terras e de riquezas e au m en tou o d esem pr ego e assalar iam en to sazon al, pr ovocan d o a m igração da população para os cen tros urban os. O pacote da revolução verde estava diretam en te atrelado ao incentivo do uso extensivo de agentes quím icos. Essa situação ainda perdura no país, em bora a com unidade acadêm ica e científica esteja 374

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Andréia Ângela de Rosso David

ca d a ve z m a is ch a m a n d o a a t e n çã o d o p od e r p ú b lico p a r a a s dim ensões devastadoras que o uso indiscrim inado de agrotóxico tem gerado para o m eio am biente e para a saúde hum ana. Se gu n d o d a d os d o Sin d ica t o N a cion a l d e I n d ú s t r ia d e Defensivos Agrícolas – SINTAG, apud Moreira et al (20 0 2), som ente os estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, são responsáveis por 50 % d o con su m o d e agr ot óxico u t ilizad o n a Am ér ica Latin a. No âm bito global o país ocupa o terceiro lugar n o ran kin g dos países con su m id or es d e agr ot óxicos, p er d en d o a p en as p ar a os Est ad os Un idos e J apão 4 . Segun do dados con tidos n o Atlas do San eam en to d o IBGE d e 20 0 3, ap u d Tr igu eir o (20 0 5), 150 m il t on elad as d e agrotóxicos são pulverizadas, por an o, n as lavouras. O r esu ltad o d o u so in d iscr im in ad o d e agen t es qu ím icos se reflete tanto nos impactos ao meio ambiente, quanto na saúde humana do produtor que m anuseia o produto, bem com o, do consum idor de alim entos contam inados. O efeito sobre o ecossistem a se caracteriza pela poluição dos m ananciais, através do alcance do lençol freático e tam bém do leito dos rios, córregos e n ascen tes, sobretudo, a partir de lavagem de equipam en tos n estes locais. Além disso, há ain da o acúm ulo de nutrientes quím icos no solo que são carreados aos cursos d ’águ a pela ação d as ch uvas 5 São altos os gastos com recuperação am bien t al d e á r ea s d egr a d ad as p elo u so d e agr ot óxico e qu e n a m aior ia d os casos, é u m cu st o assu m id o p elo Est ad o e n ão p ela em presa fabrican te ou as que com ercializam o produto. O e fe it o s ob r e a s a ú d e h u m a n a s e d á , s ob r e t u d o, p e la con t a m in a çã o d e t r a b a lh a d or es q u e lid a m d ir e t a m e n t e com o m an useio do produto e sua aplicação. O con sum idor é afetado ao in ger ir p r od u t os con t am in ad os p elos agen tes qu ím icos. Segu n d o Bowles & Webster apud Soares et al (20 0 3), os trabalhadores rurais, r esp on sá veis p ela a p licaçã o d o p r od u t o sã o m ais at in gid os p ela contam inação do que os consum idores de alim entos. De acordo com Tr a p é (19 9 4 ) , d en t r e os d ive r s os t ip os d e in s et icid a s, a q u eles responsáveis pelo m aior núm ero de casos de intoxicação com m ortes no Brasil são os organ ofosforados. Neste aspecto, dados dos gráficos 1 e 2, con firm am o que é exposto pelo autor acim a, um a vez que no referido período no Paraná, os or ga n ofos for a d os for a m r e s p on s á ve is p or 2 7% d o t ot a l d e in t oxica çõe s n o e s t a d o, e q u iva le n d o a o ín d ice d o gr u p o “s e m 4 5

Instituto Akatu. www.akatu.net.br. Acessado em 27 de m arço de 20 0 6. Atlas do Saneam ento, IBGE, 20 0 3.

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identificação”. É possível, e até m esm o provável, que no grupo sem identificação haja casos dos organoforados que não foram registrados. Estes foram respon sáveis tam bém por 43% do total de óbitos por in toxicação no Estado, con form e é apresen tado n o gráfico 2. GRÁFI CO 1 – In t oxica ções p or Agr ot óxico n o Pa r a n á d e 19 9 8 a 2 0 0 3, segun do o Grupo Quím ico In form ado em 3.368 Casos. Organoclorado Ester ASDC Piretróide Bipiridilio Carmabato Outro Glifosato Organofosforado

27%

Ignorado

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

1000

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GRÁFICO 2 – In t oxica ções p or Agr ot óxico n o Pa r a n á d e 19 9 8 a 2 0 0 3, segun do o Grupo Quím ico Causador de Óbitos em 378 Casos. 43% Organofosforado Ignorado Bipiridilio Glifosato Outro Ester ASDC Carmabato Derivado da Uréia Organoclorado Piretróide

0 20 40 60 80 100 120 F o n t e: SE SA/ CSA/ Divisã o d e Zo o n o ses e I n t o xica çõ es

140

160

180

Da d os r ecen t es d a Or ga n ização Mu n d ial d a Sa ú d e – OMS apon tam para a ocorrên cia em n ível m un dial de aproxim adam en te t r ês m ilh ões d e in t oxica ções a gu d a s ca u sa d a s p or a gr ot óxico e chegan do a 220 m il m ortes ao an o. Ainda de acordo com a m esm a organ ização, os países subdesen volvidos e em desen volvim ento são os que m ais sofrem com esse problem a. Segundo Moreira et al (20 0 2), no Brasil, o uso de praguicidas, n ão sofreu acom pan ham en to de program as destin ados à educação, con scien t iza çã o e q u a lifica çã o d a m ã o-d e-ob r a q u e u t iliza est e produto. Assim sen do, os trabalhadores ficam expostos a um a série de riscos devido ao contato direto com os produtos que se agravam 376

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a partir de sua relação com outros determ in antes sociais. Regist r os d e 2 0 0 2 , d o Sist em a Na cion a l d e I n for m a ções Tóxico-Farm acológicas – SINITOX m ostram que dos 6.283 casos de in t oxicação por at ivid ad es pr ofission ais n o Br asil, 1.78 8 tiver am com o causa o agrotóxico de utilização agrícola. No Gráfico 3, apresen ta-se o ín dice relacionado a este tópico n o estado do Paran á, ou seja, n um período de cin co an os (1998 a 20 0 3), a cau sa d e in t oxicação p or agr otóxico em ser es h u m an os representou 24% (3.380 dos 14.0 81 registros) do total de casos gerais n otificados, perden do apen as para in toxicação por m edicam en tos que foi de 30 %. GRÁFICO 3 - In toxicações Gerais n o Paran á de 1998 a 20 0 3 em 14. 0 8 1 Casos.

F o n t e: SE SA/ CSA/ Divisã o d e Zo o n o ses e I n t o xica çõ es

A situação apresentada é refletida, ainda, nos custos financeiros para o Estado, que são elevados. De acordo com o Guia de Vigilância Epidem iológica apud Sobreira e Adissi (20 0 3), o SUS gastava em 2 0 0 0 , ce r ca d e R$ 2 0 0 ,0 0 n a r e cu p e r a çã o d e ca d a p a cie n t e con tam in ado por agrotóxico. Mas essa questão vai além do viés do im pacto econ ôm ico, gan h an do um a dim en são social, pelo fato de que o pacien te con tam in ado precisará se ausen tar por um período n ão m uito curto para o tratam en to. O uso in discrim in ado tam bém causa poluição dos cursos d’água que são utilizados por m ilhares de p essoas d a r egião, t an t o p a r a o con su m o h u m an o com o p ar a os an im ais. Lem br an d o ain d a, o im pacto ger ad o ao m eio am bien te, causan do m ortes de peixes, algas e outras espécies, além de poder con tam in ar o len çol freático. Segun do Silva (20 0 3), h á um a dificuldade m uito gran de n o 377

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qu e tan ge às estatísticas r eais sobr e in toxicação por agr otóxicos. Isso porque faltam n otificações fidedign as. Ao darem en trada n os am bulatórios, n em sem pre as n otificações corretas sobre o agravo sã o r ea liza d a s e qu a n d o o sã o, n em sem p r e a s n ot ifica ções sã o en cam in hadas às autoridades de saúde. Não raro, os trabalhadores solicitam para que o registro da con tam in ação n ão seja feito com o tal, pois tem em um a possível penalidade, no caso de estar utilizando produto proibido ou sem licença de um técnico responsável. Atender ou n ão a esta solicitação do paciente irá depender do com prom isso ético do profissional que o atende. Se o m esm o com preende ou não a im portân cia do registro desses dados. De acordo com An tle & Pin gali, apud Soares et al (20 0 3), a exp osição a agr otóxicos p od e ocasion ar p r oblem as r espir atór ios, com o por exem plo, bron quite asm ática. Algun s com postos com o os or ga n ofos for a d os e or ga n oclor a d os p od e m ca u s a r d is t ú r b ios m usculares, debilidade m otora e fraqueza. Ain da segun do o autor, existe tam bém a in toxicação crôn ica. Neste caso, reverter o quadro clín ico é con sid er a d o m u it o d ifícil. Exist em d u a s for m a s d e a in toxicação ocor r er , con for m e explicita Caver o apu d Flor es et al (20 0 4): Se o or gan ism o absor ve, n um a ú n ica dose, elevad a qu an tidad e d e pesticida, ele reage rapidam en te, in dican do os sin tom as, que podem ser fatais ou perm anecer por certo tem po. Depen dendo do produto e d a d o s e in t r o d u zid a n o o r ga n is m o , o e s t a d o clín ico p o d e s e r r eve r s ível. E s se t ip o d e in t oxica çã o é d e n o m in a d o in t o xica çã o aguda. Outra form a de in toxicação é a crôn ica, a m ais preocupan te, p ois n ã o t em m a n ifest a çã o im ed ia t a e é r esu lt a n t e d o a cú m u lo gr ad u al d o d efen sivo n o or gan ism o, sen d o ir r ever sível (p . 117).

Além de todo o transtorno relacionado ao uso de agrotóxico, a Agên cia Nacion al d e Vigilân cia San it ár ia – ANVISA classifica as intoxicações pelo produto com o sendo um grave problem a de saúde pú blica. Fo n te d e D ad o s Buscou-se na 8ª Regional de Saúde do Paraná, através do setor de Vigilân cia Epidem iológica, in form ações quan to às n otificações por agrotóxicos. Obtiveram -se junto à Secretaria de Abastecim ento - SEAB, inform ações sobre as principais atividades agrícolas da região e as que m ais utilizam agrotóxico. Foram utilizadas, ainda, dados em nível estadual forn ecidos pela Secretaria de Saúde. 378

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O Su d o e s te d o Paran á A 8 ª Re gion a l d e Sa ú d e a b r a n ge in for m a çõe s s ob r e 2 7 m unicípios da região sudoeste do Paraná. Nesta região predom ina a agricultura fam iliar diversificada, com propriedades pequenas, tendo em m éd ia 12 h ect ar es. Segu n d o d ad os obtid os ju n to a SEAB em Fr an cisco Beltr ão em m ar ço de 20 0 6, a cu ltu r a agr ícola r egion al estava d iversificad a prin cipalm en te em soja, m ilh o, tr igo e fum o, esta últim a não é regra para todos os m unicípios. As Tabelas 1 e 2 m ostram as culturas que prevalecem de acordo com a área plantada em cada m unicípio da região. Município

Ampére Barracão Bela Vista da Caróba Boa Esperança do Iguaçu Bom J esus do Su l Capanema Cruzeiro do Iguaçu Dois Vizinhos Enéas Marques Flor da Serra do Sul Francisco Beltrão Manfrinópolis Marmeleiro Nova Esp. Do Sudoeste Nova Prata do Iguaçu Pérola do Oeste Pinhal de São Bento Planalto Pranchita Realeza Renascença Salgado Filho Salto do Lontra Santa Izabel do Oeste Santo Anto. Do Sudoeste São Jorge do Oeste Verê

Área Plant. (ha)soj a 6650 800 5900

Área Plant. (ha) milho 6000 7000 2200

Área Plant. (ha) feijão 600 450 250

Área Plant. (ha)arr oz 50 100 40

4150

4600

350

30

900 17500 2900

10300 5500 4300

300 2100 130

80 50 50

11500 1220 3720

12200 7900 11800

600 50 300

14500 100 13000 2400

15800 8200 8700 3800

14000

Área Plant. (ha)fu mo 320 210 560

Área Plant. (ha)trig o 3000 350 3000

Área Plant. (ha)to mate 4 6 4

380

1500

6

120 920 60

500 6000 1300

6 4 2

50 40 50

1150 310 405

3000 150 700

4 10 2

720 210 500 140

140 20 100 30

450 275 435 600

2000 300 1500 900

8 2 5 5

5600

1730

50

300

450

6500

3

8700 1200

3700 2100

350 100

30 40

50

775 300

4000 300

2 2

13000 15800 16100 16900 300 9700 13500

4200 2500 4000 14000 8000 7000 3000

400 350 600 1000 280 800 350

30 50 60 150 50 50 40

50 50 100

1720 220 180 70 225 1000 255

6000 9000 7000 2000 400 2500 8000

3 4 4 2 4 2 4

12250

5000

400

40

510

5000

4

10100

6500

330

50

550

1800

3

11000

11500

1300

50

380

4000

2

F o n t e: SE AB ( Sa fr a 2 0 0 4 / 2 0 0 5) 379

Área Plant. (ha)sor go 100 20

30 300

50

100

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TABELA 2: Área Cultivada por Mun icípio de Acordo com Cultura Agrícola (con t .) Município

Área Plant. (ha)aveia

Área Área Plant. (ha) Plant. mandioca (ha)cana

Área Plant. (ha) alho

Área Plant. (ha) amendoim

Ampére Barracão Bela Vista da Caróba Boa Esperança do Iguaçu Bom J esus do Sul Capanema Cruzeiro do Iguaçu Dois Vizinhos Enéas Marques Flor da Serra do Sul Francisco Beltrão Manfrinópolis Marmeleiro Nova Esp. do Sud Nova Prata do Iguaçu Pérola do Oeste Pinhal de São Bento Planalto Pranchita Realeza Renascença Salgado Filho Salto do Lontra Santa Izabel do Oeste San to An t. Sudoeste São Jorge do Oeste Verê

500 200 500 80

400 360 250 250

35 35 38 30

4 5 4 2

15 4 5 4

Área Área Plant. Plant. (ha)batata (ha)cebola 9 15 4 10 9 7 2 4

150 800 200 500 20 150 800 50 500 100 500 400 50 800 1000 1000 2500 300 1000 1000 1000 500 600

250 1500 200 500 100 250 600 100 300 300 550 400 100 600 250 1200 250 200 500 400 400 450 300

30 180 45 50 40 70 110 50 100 30 52 35 10 120 40 60 50 80 50 50 50 25 25

3 3 2 3 2 1 4 1 2 2 3 3 1 2 2 3 2 1 2 3 2 3 3

10 60 5 10 10 10 35 5 10 5 8 6 2 10 6 10 6 12 6 14 35 5 5

4 10 3 12 10 4 50 18 20 5 8 6 1 8 5 9 3 18 5 10 8 3 2

3 9 1 8 2 3 24 8 10 10 8 7 2 10 5 9 3 10 4 9 4 5 5

F o n t e: SE AB ( Sa fr a 2 0 0 4 / 2 0 0 5)

Observa-se nas Tabelas 1 e 2 que em quase todos os m unicípios há o predom ínio do cultivo da soja e, ou, do m ilho. Ao com pararm os essa in form ação com o Gráfico 4 – In toxicações por Agrotóxico n o Paran á de 1998 a 20 0 3, segun do a Lavoura In form ada - é possível estabelecer algum as relações. De acordo com o gráfico a lavoura de m ilh o s e d e s t a ca com o a q u e m a is ge r ou n ot ifica çõe s d e con t a m in a çã o p or a gr ot óxico n o Est a d o d o P a r a n á , n o p er íod o registrado (23% dos casos) seguido pelo feijão, soja e fumo, este último com índice m uito próxim o ao do café. Aqui destaca-se o m unicípio de Verê, que possui 11.50 0 hectares plan tadas com m ilho e 11.0 0 0 cultivados com soja (Tabela 1), ou seja, 77% de sua área plan tada é ocupada por soja e m ilho. O interessante é que este m esm o m unicípio segundo dados da 8ª Regional de Saúde (Tabela 3), é o que apresentou o m aior ín dice de n otificações por in toxicação por agrotóxico n o p e r íod o d e 2 0 0 1 a 2 0 0 5 e m r e la çã o a os ou t r os m u n icíp ios apresentados. Estas notificações são de contam inação por m anuseio 380

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Andréia Ângela de Rosso David

e exposição ao produto. Outra in form ação im portan te relacion ada a este m un icípio, segun do dados do Cen so Agropecuário de 1995/ 1996, é que, n este período, existiam 1.40 0 estabelecim en tos agropecuários e segun do inform ações da SEAB, a quantidade destas localidades que declaram utilizar agrotóxico é de 1.252 estabelecim en tos. Isso sign ifica que 8 9 % d a s p r op r ied a d es d est e m u n icíp io u t iliza m a gr ot óxico n a la vou r a . O m u n icíp io q u e ocu p a o s egu n d o lu ga r n o q u e t a n ge à intoxicação por agrotóxico na região, é Capanem a, conform e m ostra a Tabela 3. Em Capan em a tam bém há o predom ín io do plan tio de soja, m ilho, feijão e trigo. Sendo que o cultivo de m ilho é m enor do qu e em Ver ê, n o en tan to, a ár ea cu lt ivad a com fu m o tam bém se destaca (920 ha). O uso indiscrim inado de defensivos na fum icultura é fato e de acordo com dados divulgados no docum ento do Ministério Pú blico Federal 6 , que apresen ta resultado de in vestigação de casos de suicídio associado ao con tato com agrotóxico por produtores de fum o no m un icípio de Ven âncio Aires no Rio Grande do Sul, n esta atividade é utilizado um a m édia de 60 kg de agrotóxico por hectare. Em época de seca, que trás como conseqüência um aumento de pragas, esta quantidade pode se elevar para até 10 0 kg por hectare. Segundo o m esm o d ocu m en t o, a sit u a çã o se a gr ava, in clu sive, p or qu e os pr od u tor es n ão u tilizam o equ ipam en to d e p r oteção in d ivid u al e m u itas vezes n em sabem in ter pr etar as ad ver tên cias con tid as n a em balagem . O m unicípio de Francisco Beltrão, que segundo a Tabela 3, teve apenas 0 6 registros de n otificação de intoxicação por agrotóxico no período de 20 0 1 a 20 0 5, possui a m aior área plan tada com m ilho (15.8 0 0 ha), e um a das m aiores áreas ocupadas com soja, conform e Tabela 1. Com o o Gráfico 4 n os in form a qu e os m aiores casos de in toxicação por agrotóxico tem com o atividade causadora o m ilho, d u as possibilid ad es pod em ser r espon sáveis pelo baixo ín dice d e intoxicação registrado. A prim eira é a de que os trabalhadores rurais deste setor no m unicípio estão trabalhando da form a correta no que t a n ge a o u so d o eq u ip a m en t o d e p r ot eçã o e esse p od er ia ser o r e s u lt a d o d e u m a p olít ica d e a p oio e t r e in a m e n t o d e s t e s trabalhadores pelos órgãos de acom panham ento técnico. A segunda possibilidade para explicar tal questão pode ser a de que pode estar 6

Dispon ível em h ttp:/ / www.agir azul.com .br / agir azu l/ AA12/ su icidios.h tm , acessado n o dia 26 de abril de 20 0 6.

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Uso de agrotóxico no sudoeste paranaense: um a análise dos dados de notificação...

havendo falhas nas notificações quando da entrada do paciente nos am bulatórios. Isso não pode ser desconsiderado, um a vez que isso já foi r e gis t r a d o e m ou t r a s in for m a çõe s d e p e s q u is a , con for m e m ostrado por Silva (20 0 3) no início deste trabalho. Além disso, caso a investigação não seja feita de form a criteriosa os sintom as podem ser confundidos com outros tipos de intoxicação. Os sintom as iniciais prin cipais são n áusea, vôm ito, dores abdom in ais, diarréia. Ao se identificar que a ocupação do paciente está diretam ente ligada a atividade com agrotóxico, o correto seria que o m esm o ficasse em observação para com provar o fato e a notificação ser registrada d e for m a cor r et a . No en t a n t o, os p r óp r ios t écn icos d a á r ea d e epidem iologia da 8 ª Region al de Saúde do PR, adm item que n em sem pre o procedim en to é feito corretam en te. J á o m unicípio de Dois Vizinhos, possui um a das m aiores áreas plan tadas com m ilho, soja e fum o da região, conform e apresen tado na Tabela 1. Na Tabela 4, registra-se que 3.533 propriedades rurais utilizam agrotóxico. No entanto, não se conseguiu para esta etapa da pesquisa que fosse dispon ibilizado os dados recen tes e atualizados do núm ero de estabelecim entos rurais deste m unicípio, bem com o o núm ero de notificações por intoxicação por agrotóxico. Neste últim o caso, não havia registros sobre o tópico no setor de epidem iologia da 8 ª Region a l d e Sa ú d e, o qu e ser á b u scad o p ost er ior m en t e p a r a análise, um a vez que este projeto terá continuidade com outras fases de investigação. Mas, de antemão, apesar de não ser o usual, é possível arriscar, a partir dos resultados dos outros m un icípios, que n este m unicípio a situação não será m uito diferente. GRÁFI CO 4 – In t oxica ções p or Agr ot óxico n o Pa r a n á d e 19 9 8 a 2 0 0 3 segu n do a Lavou r a In for m ada em 668 Registros.

23%

0

20

40

60

80

100

120

F o n t e: SE SA/ CSA/ Divisã o d e Zo o n o ses e I n t o xica çõ es 382

140

160

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Andréia Ângela de Rosso David

TABELA 3 – In vest igação d e in toxicações p or agr otóxico em m u n icíp ios da 8 ª Region al

Municípios

2001

2002

2003

2004

2005

Total

Ampére

0

0

0

0

1

1

Barracão

0

0

1

0

1

2

Bela Vista da Caroba

0

1

0

0

0

1

Bom J esus do Sul

0

1

0

0

0

1

Capanema

0

2

5

4

0

11

Enéas Marques

0

0

0

1

0

1

Francisco Beltrão

0

4

1

1

0

6

Planalto

1

0

1

2

0

4

Pranchita

1

0

1

2

0

4

Salto do Lontra

0

0

0

0

3

3

Santa Isabel do Oeste

0

0

2

1

1

4

São Jorge do Oeste

0

0

0

0

1

1

Verê

7

0

0

2

11

20

Total

8

9

10

11

18

56

F o n t e: Set o r d e E p id em io lo gia d a 8 ª Regio n a l d e Sa ú d e d o P a r a n á .

O Município de Capanem a possui um dos m ais altos índices de propriedades rurais que utilizam agrotóxico nas atividades, a saber, em 98 % do total de estabelecim entos rurais (2.443), de acordo com o censo agropecuário de 1995/ 1996. Cham a-nos a atenção o fato de que este e outros m unicípios constantes na Tabela 3, estão localizados m u it o p r óxim os a u m a á r ea d e p r eser va çã o, n o ca so, o P a r q u e Nacion al do Iguaçu, sendo separados apenas pelo rio Iguaçu. Neste aspecto o efeito am bien tal sobre a biodiversidade do Parque pode ser problem ático. Apesar de haver, desde início da década de 1990 , em Capanem a um a preocupação no incentivo da agricultura orgânica, onde se incluem a produção de soja orgânica, por exem plo, os dados das Tabelas 3 e 4 dem onstram que esse fator ainda não apresentou resultados relevan tes na dim in uição do uso de agrotóxicos e, ou na redução de in toxicações pelo produto. No geral, o uso de agrotóxico no sudoeste paranaense é elevado 383

Uso de agrotóxico no sudoeste paranaense: um a análise dos dados de notificação...

conform e pode ser observado na Tabela 4 1 . Naqueles m unicípios em que o uso de pesticidas é m uito alto, acim a de 80 %, praticam ente em todos eles as atividades principais são: o m ilho, soja, fum o, feijão e trigo (sobretudo, m ilho e soja). Além de Capanem a fazem parte desse rol: Marm eleiro (99%), Santo An tônio do Sudoeste (95%), Plan alto (86%), Verê ( 8 9%) e Pranchita (8 5%). No entanto, com exceção de Verê e Capan em a, o n úm ero de n otificações de con tam in ação por agr otóxico (Tabela 3) é baixo proporcion alm en te. Isso n os leva a acreditar que pode estar havendo falhas no registro das notificações de causas de intoxicação, dada a toda a análise anterior, através dos gr áficos e t abela d o u so excessivo d e agr ot óxico n o Par an á e n o sudoeste deste estado. TABELA 4 – Qu a n t id a d e d e P r od u t o r es q u e Ut iliza m Agr ot ó xico p or Mu n icíp io

Município

Marm eleiro

Nº de Propriedades que utilizam agrotóxico 1.451

Nº Total de Propriedades Rurais por Município 1.465

Capanema

2.389

2.443

Santo Antônio do Sudoeste

1.563

1.644

Dois Vizinhos

3.533

???

Verê

1.252

1.400

Planalto

2.101

2.425

Pranchita

869

1.022

Boa Esperança do Iguaçu

520

653

Enéas Marques

649

913

Francisco Beltrão

1.952

2.983

Realeza

900

1.381

São Jorge do Oeste

919

1.37

Nova Esperança do Sud

570

910

F o n t e: Su d o est e P r eser va d o , 2 0 0 5 7

In for m ação dispon ibilizada pela Secr etar ia de Abastecim en to – SEAB, r egion al de Fr an cisco Belt r ã o. En con t r a m -se n est a Ta b ela a p en a s a qu eles m u n icíp ios q u e se d est a ca m , ou seja , escolh em os a qu eles qu e p ossu em acim a d e 60 % d o tota l d e esta belecim en tos qu e u tilizam a gr ot óxico.

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Andréia Ângela de Rosso David

Co n s id e ra ç õ e s Fin a is Com o foi sinalizado anteriorm ente, o objetivo deste trabalho é o de expor inform ações de um a pesquisa iniciada em agosto de 20 0 5 e que terá outras fases de investigação, sendo resultado de um projeto de in iciação cien tífica volun tário. O t em a n os in t er essa p elo fa t o d e p er m it ir u m a ser ie d e interações in vestigativas que abrangem o cam po da saúde hum ana, d o m e io a m b ie n t e , m a s t a m b é m d a p r óp r ia d is cu s s ã o d e desenvolvim ento rural, ao conhecer de que m odo as ações no cam po da produção agrícola estão sendo desenhadas na região sudoeste do Paraná. Esta é um a região de propriedades com m édia de 12 hectares que poderia, a priori, apresentar m aiores facilidades para se adaptar a program as de produção alternativa de alim en tos, se tornan do um diferen cial n o país n este aspecto. Sabe-se que n os últim os an os, o govern o federal, através da Secretaria de Agricultura Fam iliar, tem in cen tivado a m udan ça de paradigm as n o setor agrícola n a região, p r op on d o alt er n at iva s aos p r od u t or es, sobr et u d o, n o est ím u lo à produção orgânica e agroecológica. No entanto, apesar deste esforço, observa-se a partir dos dados apresen tados n este trabalho, que os resultados têm sido incipientes, já que a produção de grãos continua se am pliando e que o uso de agrotóxico nas m esm as ainda é m arcante. A p r od u ção d e m ilh o se d estaca com o a ativid ad e qu e m ais ger a in toxicação por agr ot óxico n o Par an á e n a r egião su d oest e, essa in form ação coin cidiu em pelo m en os dois m un icípios in vestigados onde o cultivo de m ilho predom ina: Verê e Capanem a. Seria n ecessário in vestigar se o processo de adoção de um a p r od u çã o a gr ícola m e n os ce n t r a d a n o u s o in d is cr im in a d o d e agr otóxico é u m a r esistên cia d os p r od u tor es r u r ais ou se n ão h á efetivam ente um program a conjunto dos poderes públicos envolvidos para dinam izar tal aspecto, e até m esm o se os program as que existem atualmente na região estão adequados à realidade local e de que forma estão sen do im plem en tados. Ou t r a q u est ã o q u e n os in st iga p a r a a con t in u id a d e d est a pesquisa é o fato de que pode estar h aven do falhas n o registro de n ot ifica ções p or a gr ot óxico n a r egiã o in vest iga d a . Se isso est á realm ente ocorrendo, talvez seja hora de se propor um a qualificação d os p r ofission a is d est e set or n o sen t id o d e ger a r en t en d im en t o quanto a relevância de seu trabalho para se avançar em um program a 385

Uso de agrotóxico no sudoeste paranaense: um a análise dos dados de notificação...

de redução de intoxicação por defensivos agrícolas e até m esm o para r ed u zir o n ú m er o d e ób it os n o est a d o ca u sa d o p or in t oxica çã o a cid en t a l n o t r a b a lh o, d im in u in d o con sequ en t em en t e os ga st os públicos na área de saúde. Tam bém , n este aspecto, é preciso identificar em que situação se en con t r a o p r ocesso d e fisca liza çã o n a r egiã o, se est á sen d o realizada eficazm ente ou n ão. Se há técnicos suficien tes ou n ão n as p r efeit u r a s p a r a a com p a n h a r os ca sos n ot ifica d os e a in d a p a r a ofe r e ce r in for m a ções im p or t a n t e s a os t r a b a lh a d or e s r u r a is . A con dução técnica deve ir além da preocupação com a legalidade do processo de com ercialização, m as tam bém no esforço de se criar um m ecan ism o de con trolar a ven da in discrim inada destes produtos, o qu e p or si só já ser ia ca p a z d e t r a zer b en efícios a os set or es d a sociedade direta e in diretam en te en volvidos. Fin alizam os, r econ h ecen d o a im p or t ân cia d a d iscu ssão e a necessidade de avanços de pesquisas na área, sobretudo, do sudoeste p a r a n a en se. En t en d en d o qu e u m a p esqu isa sob r e u t iliza çã o d e a gr ot óxico n u m a d e t e r m in a d a r e giã o d e ve s e r a n a lis a d a n u m con text o m u lt id isciplin ar , u m a vez qu e en volve aspect os sociais, a m b ie n t a is e e con ôm icos e m t od o o p r oce s s o. P a r t in d o d es s e pressuposto é que estam os con struin do o escopo da pesquisa sobre o tem a para perm itir avanços investigativos nas próxim as etapas do p r ojet o.

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Andréia Ângela de Rosso David

U SE OF PESTICID E IN SOU TH W EST PARAN AEN SE: An AN ALYS IS OF TH E D ATA OF RELATED N OTIFICATION TO TH E TYP E OF D EVELOP ED RU RAL ACTIVITY Ab st r a ct The present article results of the first phase of the researches in the Project of In itiation Scien tific Volun teer “ Use of p esticide in the Southw est Area of Paraná: perception on the im pacts to the health of the rural producer and the consumer of victuals “, begun in August of 20 0 5 and subdivided in tw o phases, to know , investigation about the notifications of pictures of contam ination for pesticide in the net of health of districts of the inclusion for 8 th Region al of Health of Par an á an d, the secon d p hase that still m eets in p rocess, it w ill in v es t ig a t e t h e con s u m er ’s of v ict u a ls in n a t u r a p er cep t ion regarding the contam ination of victuals for pesticide and, still, if the s a m e on es a ccom p lis h s om e s elect ion t y p e or t h ey look f or inform ation on the origin of the food in natura that consum es in the d ay -to-da y . Con sid er in g the d iscussion on a gr otóxico u se in the extrem ely im portant in agriculture, the objectiv e of this w ork is to analy ze its use in the Southw est area of Paraná, as w ell as to present in form ation in relation to the n otified in tern m en ts ten ds as cause the contam ination for the exibition to the product. K e y W o r d s : pesticide, contam ination, im pact of the health Referências EHLERS, Eduardo. Agricu ltu ra Su s te n táve l: origens e perspectivas de um n ovo paradigm a. 2 ed. Guaíba: Agropecuária, 19 9 9 . FLORES, A.V. et al. Organoclorados: um problem a de saúde pública. Revista Am bien te e Sociedade. Vol. VII nº . 2 jul./ dez. 20 0 4 p. 111-125. MOREIRA, J .C. et al. Avaliação In te grad a d o Im p acto d o U s o d e Agro tó xico s o bre a Saú d e H u m an a e m u m a Co m u n id ad e Agríco la d e N o va Fribu rgo , Rio d e Jan e iro . Revista Ciência & Saúde Coletiva 7(2):299-311. 20 0 2. Rio de J an eiro:ABRASCO. SINITOX – Sistem a Nacional de Inform ações Tóxico-Farm acológicas. F u n d a çã o Os wa ld o cr u s – F I OCRUZ. Dis p on íve l e m h t t p :/ / www.cict.fiocruz.br/ in toxicacoeshumanas/index.htm, acessado em 20 de m arço de 20 0 6. 387

Uso de agrotóxico no sudoeste paranaense: um a análise dos dados de notificação...

SILVA, I.I.G. S a ú d e e S e gu ra n ç a e m u m S is te m a P r o d u tivo Ag r í c o la c o m u s o d e Ag r o tó x i c o s : u m a an álise er gon ôm ica. Dissertação de Mestrado. UFSC. Florianópolis: UFSC. 20 0 3. 169 p. SOARES, W. et al. Trabalh o ru ral e fato re s d e ris co as s o ciad o s a o re gim e d e u s o d e a gro tó xic o s e m Min a s Ge ra is , Bra s il. Cadern os de Saúde Pública 19(4): 1117-1127. jul-ago, 20 0 3. Rio de J an eir o. SOBREIRA, A. E.G. & ADISSI, P.J . Agrotóxicos: falsas prem issas e debates. Revista Ciên cia e Saúde Coletiva 8 (4): 98 5-990 .20 0 3. Rio de J aneiro:ABRASCO. TRAPÉ, A. Z. O caso dos agrotóxicos. In: BUSCHINELLI, J . T. P. et al. (Orgs.) Is to é trabalh o d e ge n te ? vid a, d o e n ça e trabalh o n o Bras il. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 568 -593. TRIGUEIRO, A Mu n d o Su s te n táve l: abrindo espaço na m ídia para um planeta em transform ação. São Paulo: Globo. 20 0 5. p.123. Re c e b id o : 2 8 / 0 4 / 2 0 0 6 Ap ro va d o : 19 / 0 6 / 2 0 0 6

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