Utilização de Redes Sociais e Características Cognitivas na Organização de Eventos

July 16, 2017 | Autor: Lennon Alves | Categoria: Cognitive Science, Social Networking, Event Management
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SBSC 2013 Proceedings - Short Paper

October 8-11, 2013 - Manaus, AM, Brazil

Utilização de Redes Sociais e Características Cognitivas na Organização de Eventos Lennon Vinícius Alves Dias

Renato A. de O. Fogaça

Daniel Costa de Paiva

Ciência da Computação Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Av. Monteiro Lobato, km 4 Jardim Carvalho Ponta Grossa, Paraná

Ciência da Computação Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Av. Monteiro Lobato, km 4 Jardim Carvalho Ponta Grossa, Paraná

[email protected]

[email protected]

Departamento Acadêmico de Informática (DAINF) Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Av. Monteiro Lobato, km 4 Jardim Carvalho Ponta Grossa, Paraná

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ABSTRACT This paper presents the participation and collaboration of students, teachers and stakeholders in the organization and dissemination of technological event information. After fundamental concepts concerning events, social networks, we present the experience and the results obtained. To evaluate the results, we consider the past eleven editions and all values are up to that related on previous organizations. This point demonstrates the feasibility and importance of the adopted approach.

Categories and Subject Descriptors H. Information Systems

General Terms Human factors, Experimentation.

Keywords Social Networks, Sharing Information, Collaborative Activities.

1.

INTRODUÇÃO

Organizar um evento é planejar com antecedência a reunião de um grupo de pessoas com interesse em comum, utilizando meios midiáticos para divulgação. O público alvo deve ser definido e contemplar todos aqueles que possam se interessar pelo assunto, desde anunciantes, palestrantes, convidados e curiosos. O processo é trabalhoso e muito detalhado. Por este motivo, optou-se por utilizar as redes sociais on-line (RS) como ferramenta para facilitar a integração da equipe de organização e os participantes. As RS possibilitam que o evento sofra adequações a partir da ajuda e sugestões dos usuários. Além de serem uma mídia de baixo custo ou nenhum, neste caso. Alguns pontos fundamentais são a colaboração, a dedicação, o comprometimento, mas acima de tudo a participação efetiva de todos os envolvidos. Rede social pode ser definida como um conjunto de objetos, também conhecidos por dois elementos: atores, que são as pessoas ou instituições, e conexões, que são os laços sociais [1]. Desta forma, em uma RS tem-se um conjunto de indivíduos interligados por valores, idéias e interesses, que buscam trocar informações e aprimorar conhecimentos, interagindo em comunidade. As relações sociais e as características cognitivas interferem na Permission to make digital or hard copies of all or part of this work for personal or classroom use is granted without fee provided that copies are not made or distributed for profit or commercial advantage and that copies bear this notice and the full citation on the first page. To copy otherwise, or republish, to post on servers or to redistribute to lists, requires prior specific permission and/or a fee. SBSC 2013 Brazilian Symposium on Collaborative Systems. October 8-11, 2013. Manaus, AM, Brazil. Copyright 2013 SBC. ISSN 2318-4132 (pendrive).

vivência em rede e aqui o objetivo principal é apresentar como foram aproveitadas as características das RS e também de todos os envolvidos, a fim de ter uma melhor divulgação e aproximação com o público na organização de um evento técnico científico. A seguir estão apresentados conceitos e características das redes sociais (seção 2); detalhes de como foi realizada a divulgação e os resultados obtidos no evento que ocorreu em Ponta Grossa, Paraná (seção 3) e as considerações finais (na seção 4).

2.

REDES SOCIAIS1

O termo “rede social” foi primeiramente descrito por J. A. Barnes para mostrar padrões de laços, diferenciando de simples agrupamentos sociais, mas sem que se possam formalmente estabelecer as relações características estudadas posteriormente por expoentes como: Stanley Milgram [4], Mark Granovetter [5], Stanley Wasserman [6], Watts e Strogatz [7], Albert Lasló Barabási e Réka Albert [8]. Vários pesquisadores dedicaram-se ao estudo das propriedades dos vários tipos de redes sociais e como se dava o processo de sua construção, ou seja, como seus nós se agrupavam [9,10, 11]. Pode-se dizer que uma rede social, estruturada por vínculos, é um conjunto de indivíduos (nós) que compartilham interesses, ideias, ou objetivos em comum, conectados por elos (arestas) ou comunidades com algum tipo de relação [12]. Especificamente, redes sociais on-line, incluem ferramentas disponíveis na internet ou Web, ou mídias sociais conectadas (como definido em [3]), cuja finalidade é agrupar pessoas, que compartilham atividades, eventos, fotos, opiniões ou simples manifestações (como curtir, por exemplo, no Facebook). Estas ferramentas servem, portanto, para estabelecer relações e redes de trocas de informações ou divulgação de negócios e idéias. O Facebook era inicialmente restrito aos estudantes do Harward College, onde foi criada. Hoje é aberta a qualquer usuário e tem crescimento importante. Ao se cadastrar há campos para dados de instituições nas quais os usuários estudaram, além de empresas que trabalhou ou que presta serviços atualmente. Além disto, é possível indicar o local de referência onde houve contato com cada um dos amigos e esta atualização é, por sua vez, sugerida à pessoa com a qual se declara haver vínculo. Também é possível criar páginas para divulgação de informações a respeito de uma causa, empresa ou instituição.

3.

EXPERIÊNCIA E RESULTADOS

Os resultados descritos a seguir foram obtidos na organização da Semana de Atualização em Tecnologia da Informação (SATI) a ser realizada entre os dias 17 e 21 de junho de 2013.

1

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Esta seção foi feita com base na tese [2].

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A SATI é um evento organizado pelo departamento de informática (DAINF) da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus Ponta Grossa e com participação direta dos alunos do Centro Acadêmico (CACiC). Dentre os autores deste artigo estão representantes destes dois grupos, os quais participaram, desde o início, das atividades diretamente relacionadas ao evento que contou com quase 60 horas de atividades técnicas, científicas e culturais. Com custos apenas de translado, alimentação e hospedagem, a programação contou com representantes da Intel, Google, Yahoo!, Siemens e do Sebrae. Foram abordados assuntos referentes a jogos, internet, segurança, software livre, além de informações para o futuro na academia e em empresas. Para a divulgação, optou-se inicialmente apenas por utilizar o Facebook®, criando uma página (fb.com/satipg). Com a marca, os objetivos e o histórico, foram sendo divulgadas informações para encontrar a melhor forma de atingir o público alvo e a melhor exposição do evento. Após alguns meses apenas com foco nesta ação e no fechamento da programação, foi incentivada a participação e colaboração de alunos e de pessoas com alguma inserção em empresas e locais públicos da região. Uma das ações foi a gravação de vídeos de chamada (o que esperam do evento?), outra foi o pedido para que ajudassem na divulgação e captação de recursos, através de contatos nas próprias empresas onde atuam. Em conjunto com estas ações participativas e colaborativas buscou-se despertar a curiosidade, sem disponibilizar muitas informações, mas alertando que algo estava prestes a ocorrer. Com esta abordagem foram conseguidos patrocínios e apoiadores em quantidade que supera todo o recurso captado em edições anteriores. Na medida em que se tinham novas informações, estas iam sendo divulgadas e o ápice de divulgação ocorreu quando mais de 5 mil pessoas visualizaram enquetes para escolha de minicursos, em uma pesquisa de interesse. A freqüência de divulgação das informações também foi um aspecto importante na organização, uma vez que inicialmente eram feitas postagem esparsas e, quanto mais próximo do evento, maior o número de vezes ao dia. Esta dinâmica foi aprovada, atingindo 7187 pessoas no dia 08 de junho de 2013. Outro aspecto a ser ressaltado foi a variedade de público, pois, em se tratando de um evento local / regional, pessoas de diversas faixas etárias ficaram sabendo da sua realização e compareceram. Dentre as cidades que estiveram representadas, além da sede, estão: Curitiba, Telêmaco Borba, Carambeí, Teixeira Soares, Cornélio Procópio e Castro. Ao final, foram mais de 300 inscritos que efetuaram pagamento, próximo a 120 pessoas que compareceram advindas de outras cidades, sendo duas caravanas de Instituições com distância de aproximadamente 400km do local da SATI. O evento foi divulgado na mídia sem nenhum ônus para a organização ou para os patrocinadores. Duas emissoras de televisão, 3 jornais e 2 portais da região dedicaram espaço às informações do evento.

4.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A colaboração e compartilhamento das informações foram pontos chave para a montagem da programação, divulgação e para realização de todas as atividades inerentes a um evento que teve quase 60 hs de atividades culturais, técnicas e científicas. A grande utilização das redes sociais já demonstrava seu poder e utilidade para diversas atividades, mas, além disto, seus conceitos fundamentais estão ligados ao sucesso do evento e foram importantes.

October 8-11, 2013 - Manaus, AM, Brazil

A utilização das redes sociais, e, mais especificamente, da página no Facebook®, facilitaram para que os resultados indicados superassem as expectativas. Nesta edição a quantidade de apoios e patrocínios teve aumento significativo, a afiliada da maior emissora de televisão nacional cobriu o evento e diversos outros veículos de comunicação estiveram presentes e dedicaram espaço à SATI, sem nenhum custo. O número de participantes superou as expectativas e contou com representantes e diretores de empresas e de outras instituições da região. Caravanas de outras Instituições de cidades distantes até 400km do local onde ocorreu o evento compareceram. Como trabalhos futuros, serão feitas avaliações para se ter o feedback dos participantes, a fim de identificar pontos positivos e também aqueles a serem melhorados na divulgação, execução e captação de recursos no que tange a futuros eventos. Certamente o tempo dedicado à busca por patrocínios será alvo de estudos mais aprofundados. Agradecimento a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR, campus Ponta Grossa, Departamentos de Informática (DAINF), de Graduação e Educação Profissional (DIRGRAD) e a Pro Reitoria de Pós Graduação (PROPPG).

Referências [1] Han, S.; Lerner, J. S. Decision Making. In D. Sander and K. Scherer (Eds.), The Oxford Companion to the Affective Sciences. New York: Oxford University Press. (2009), p. 112. [2] Paiva, D. C. de. Modelagem e simulação de agentes com aspectos cognitivos para avaliação de comportamento social. Tese de doutorado. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Orientador Prof. Dr. Marcio Lobo Netto. 2011. [3] Lima Junior, W. T. (2009) Mídia social conectada: produção colaborativa de informação de relevância. LÍBERO. V. 12, n. 24, p. 95-106, São Paulo. [4] Milgram,S. The small world problem, Psychology Today, v.1, n.1, p. 61-67 May 1967. [5] Granovetter, Mark. The Strength of Weak Ties. In: American Journal of Sociology, vol. 78, n. 6, (1973) pp. 13601380. [6] Wasserman, S.; Faust, K. Social network analysis: methods and applications. Cambridge: Cambridge University Press, 1994. [7] Watts, D. J.; Strogatz, S. H. Collective dynamics of ‘smallworld’ networks. Nature, n. 393, p. 440-442, 1998. [8] Barabási, A. L. e Albert. R. Emergence of scaling in random networks. Science, v. 286, n. 5439 p. 509-512. 1999. [9] Aguiar, S. Redes sociais e tecnologias digitais de informação e comunicação - Relatório final de pesquisa. NUPEF rits - Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação da Rede de Informações para o Terceiro Setor. mar-ago 2006. [10] Rosvall, M. Complex Networks and Dynamics of an Information Network Model. Dissertação (Mestrado em Engenharia Física). Universidade de Umea. Sweden. Orientadores Kim Sneppen e Petter Minnhagen, 2003. [11] Stehlé, J.; Barrat, A.; Bianconi, G. Dynamical and bursty interactions in social networks. PACS n. 89.75.k,64.60.aq,89.65.-s (2010). [12] Carrington, P. J., Scott, J. and Wasserman, S. Models and Methods in Social Network Analysis. Cambridge University Press, (2005), 344 pp.

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