VALIDAÇÃO DE PRODUTOS DE SENSORIAMENTO REMOTO NA CONFLUÊNCIA BRASIL-MALVINAS

June 1, 2017 | Autor: Flavia Delcourt | Categoria: Meteorology, Atmospheric Physics, Physical Oceanography
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VALIDAÇÃO DE PRODUTOS DE SENSORIAMENTO REMOTO NA CONFLUÊNCIA BRASIL-MALVINAS 1

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Flavia T. Delcourt , Rodrigo Mogollón , Paulo H.R. Calil 1

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Instituto Oceanográfico - Universidade Federal do Rio Grande (IO-FURG) Laboratório de Dinâmica e Modelagem Oceânica – DinaMO e-mail: [email protected]

A partir da Comissão Oceano Sul, realizada pelo Navio Hidro-Oceanográfico Cruzeiro do Sul da Marinha do Brasil, foi possível validar produtos de satélite dos parâmetros físicos pelas observações obtidas in situ. Observou-se alta correlação entre as composições referentes à temperatura de superfície do mar e os dados similares obtidos pelo CTD. Assim com o os produtos relativos à direção e velocidade do vento, os quais foram validados pela estação meteorológica a bordo do navio. 1. Introdução

2. Dados e métodos

A região da Confluência Brasil-Malvinas apresenta padrões de variabilidade que dependem da sazonalidade das correntes que a alimenta (Bava et al., 2002). Outros estudos (Venegas et al., 1996; Saraceno et al., 2004) também sugeriram que a variabilidade entre o sistema oceano/atmosfera, inferindo à pressão atmosférica e à temperatura do oceano pode forçar flutuações na estrutura de circulação do Oceano Atlântico Sul. Atualmente a utilização do sensoriamento remoto é considerada uma importante ferramenta para a quantificação dos parâmetros físicos em águas superficiais (Provost et al., 1992; Rivas, 2010) de regiões com escassas observações. Com a intenção de aproveitar a obtenção de observações in situ na zona da Confluência Brasil-Malvinas, considerada a mais energética do OAS (Provost et al., 1992; Delcourt, 2012), propõese a validação dos produtos de velocidade do vento real (VSM) e temperatura superficial do mar (TSM) obtidos pelos sensores de satélites disponíveis para esta área.

Durante abril e maio de 2015, foi realizada pela Marinha do Brasil a Comissão Oceano Sul, com a proposta de coletar dados em 45 estações oceanográficas nas proximidades de uma das regiões remotas mais turbulentas do oceano, a Confluência Brasil-Malvinas (Fig.1). Propõe-se a análise dos dados físicos in situ obtidos pelo CTD e estação meteorológica a bordo do NHO_CS em conjunto com produtos de satélites tais como a TSM e VSM provenientes das missões MODIS/AQUA (4 km) e ASCAT (25 km), respectivamente. OBJETIVO

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A fim de formar uma grade de observação compatível com as variáveis in situ, a validação foi realizada em duas etapas: 1 - correlação ponto a ponto entre os dados in situ e satelitais (totalizando as 45 estações), respeitando as coordenadas geográficas, datas e horas das medições a bordo; 2 - transectos meridionais em cada longitude, em ambos conjuntos de dados. Calculou-se composição de três dias de TSM e dados diários de VSM, aproximando à medição cada hora da estação meteorológica

O presente estudo tem como objetivo validar as observações in situ obtidas através da Comissão Oceano Sul, realizada pelo Navio Hidro-Oceanográfico Cruzeiro do Sul (NHO_CS) da Marinha do Brasil, por produtos remotos de temperatura de superfície do mar e velocidade do vento.

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3. Resultados Observa-se alto coeficiente de correlação entre os pontos das grades in situ e remotas em ambas variáveis. A distribuição dos dados foi demonstrada em forma de contorno preenchido tanto na grade de Sensoriamento Remoto (SR), quanto in situ (Fig. 2 e 3). Alguns valores da grade in situ TSM e VSM distinguem-se dos observados no SR, devido às diferenças de resolução entre as observações. Apesar desta diferença, é possível notar o padrão latitudinal presente na TSM, assim como as regiões de VSM mais intensificadas.

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4. Conclusão Píxels TSM mascarados por dados espúrios mesmo na composição de três dias. Validação óptima entre dados in situ e remotos. Regiões de frentes diferenciadas na análise de campos interpolados.

Agradecemos: .Missões MODIS/AQUA e TMI-NASA; ASCAT-NOAA/NESDIS. .Marinha do Brasil e à tripulação do NHO_CS. .Dr. Olga Sato e Comte Márcio Borges. .Projetos REMARSUL (Processo CAPES 23038.004299/2014-53). .Projeto Submeso (Processo CNPq - 483112/2012-7).

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