Vanitas - uma mensagem universal

História do pecado da vaidade, da Grécia Antiga à célebre citação do Livro de Eclesiastes. Representação da vaidade nos alvores da época moderna, criação e expansão do género vanitas desde os Países Baixos.Algumas obras mais célebres ilustrativas da evolução da sua representação associada a figuras femininas, as vénus. O chamado efeito vénus e a ambiguidade entre observador e observado. Santos como S. Jerónimo, S. Francisco e Sta. Maria Madalena são representados no género vanitas. Com a fotografia e o cinema, novos cânones de beleza surgiram. A imortalização de imagens familiares leva-nos à consciência aguda da nossa condição transitória e mortalidade. A vaidade, ditada pela moda e pelos media, chega à arte que descontextualiza a massificação e nos mostra o ridículo da nossa era. Numa atualidade em crise perpétua, quase tudo se vê exacerbado, a necessidade de se ser visto, a procura desenfreada pela fama confunde-se com uma vaidade patológica. Transformada em espetáculo, a excentricidade prende-nos o olhar. Somos voyeursporque tal nos é permitido. A fragilidade da vida contrasta com a inexorável perfeição da imagem da era digital. A vaidade acaba quando tomamos consciência da nossa mortalidade e daquilo que é realmente importante.