Verbete Odete Fátima Machado da Silveira

July 24, 2017 | Autor: Valdenira Santos | Categoria: Ciencia
Share Embed


Descrição do Produto

Pioneiras da Ciência - Portal CNPq

1 de 1

http://www.cnpq.br/web/guest/pioneiras-da-ciencia1

Pioneiras da Ciência 4ª Edição - Pioneiras da Ciência no Brasil

3ª Edição - Pioneiras da Ciência no Brasil

2ª Edição - Pioneiras da Ciência no Brasil

1ª Edição - Pioneiras da Ciência no Brasil

07/04/2015 14:03

Pioneiras da Ciência do Brasil - 4ª Edição - Portal CNPq

1 de 2

http://www.cnpq.br/web/guest/pioneiras-da-ciencia-do-brasil4

Pioneiras da Ciência no Brasil - 4ª Edição Em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), o CNPq lança hoje a quarta edição das Pioneiras da Ciência no Brasil. O Programa Mulher e Ciência já lançou três séries de verbetes sobre as pioneiras das ciências no Brasil, com a divulgação do trabalho de várias cientistas e pesquisadoras brasileiras que participaram e contribuíram de forma relevante para o desenvolvimento cientifico e a formação de recursos humanos para a ciência e tecnologia no Brasil. O Programa Mulher e Ciência agradece mais uma vez a contribuição de vários/as pesquisadores/as, professores/as, analistas em ciência e tecnologia do CNPq e instituições que sugeriram nomes e colaboraram na produção dos verbetes aqui publicados. Ressalte-se que um dos objetivos principais do Programa Mulher e Ciência é contribuir para a criação de espaços de visibilidade para as mulheres cientistas e as suas contribuições nas diferentes áreas do conhecimento. Com a continuidade da divulgação da história e memória das pesquisadoras e cientistas brasileiras, solicitamos a sua colaboração no mapeamento de outras cientistas que tenham trabalho relevante e ainda pouco divulgado ou, então, em relação a outras ações que possam contribuir para o incentivo e divulgação das mulheres nas ciências. Escreva para a equipe do Programa Mulher e Ciência pelo endereço: [email protected]

Annita de Castilho e Marcondes Cabral

Dionísia Gonçalves Pinto (Nísia Floresta)

(1911 - 1991)

(1810 - 1885)

Psicóloga

Educadora

Nasceu em 11 de julho de 1911 na cidade de Novo Horizonte, interior de São Paulo. Aos seis anos de idade, aproximadamente, foi morar na capital onde iniciou os seus estudos. Em meados da década de 1920, fez o curso normal no Instituto de Educação Caetano de Campos, onde foi aluna de Manuel B. Lourenço Filho.

Com o pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta, foieducadora, "viajante ilustrada", "nacionalista", "pré-feminista", escritora, abolicionista, ativista dos direitos humanos, indianista e republicana. continue lendo

continue lendo

Emília Viotti da Costa (1928 - )

Leyla Beatriz Perrone-Moisés (1934 - )

Historiadora

Crítica literária

Emília Viotti da Costa, historiadora, nasceu em São Paulo em 28/08/1928. Graduou-se em História na USP em 1954, com especialização em História na França, onde estudou na Ecole Pratique des Hautes Études, Quinta Secção da Sorbonne, estudando com Emile Labrousse, Charles Morazé e George Gurvitch. Obteve o Doutorado na USP, em 1964, com tese de livre-docência.

Leyla Beatriz Perrone-Moisés nasceu em 22 de novembro de 1934, na cidade de São Paulo, filha de Humberto Perrone e Maria Luiza Leite Perrone. Seu interesse pela leitura começou muito cedo, motivado, em especial, pelos livros infantis de Monteiro Lobato. Essa paixão a encaminhou para a Crítica Literária, surgida em decorrência do gosto pela Literatura e do desejo de partilhar esse gosto com outros leitores.

continue lendo

continue lendo

Lieselotte Hoeschel Ornellas (1917 - )

Maria Beltrão (1934 - )

Nutricionista

Arqueóloga

Lieselotte Hoeschl Ornelhas nasceu em Florianópolis, (SC), no dia 23/09/1917, mas residiu na maior parte de sua infância em Lages. Filha de Walter Hoeschl e Maria Hoeschl que eram imigrantes alemães. Sua criação teve a marca do rigor das famílias européias.Estudou no Grupo Escolar Vidal Ramos (1924 1927), na Escola Complementar, de 1928 a 1930; no Instituto Cristão de Castro, de 1931 a 1932, e no Instituto José Manuel da Conceição, de 1934 a 1935.

Maria da Conceição de Moraes Coutinho Beltrão nasceu em 1934 em Macaé, Rio de Janeiro. Filha de João Duarte Coutinho e Antonieta de Moraes Coutinho, Maria Beltrão lembra que muito cedo se interessou pela leitura e, aos nove anos, o pai indicou um livro que tratava das ciências naturais, considerado mais apropriado para idade da filha. Segundo as observações do pai, Maria Beltrão gostava muito da natureza,

continue lendo

de observar tudo e cavucar a terra. continue lendo

MARIA HELENA NOVAES MIRA (1926 -

ODETE FÁTIMA MACHADO DA SILVEIRA

2012)

(1953 - 2013)

Psicóloga

Geóloga

Nascida na cidade do Rio de Janeiro, em 1926, Maria Helena Novaes Mira, uma das Pioneiras das Ciências no Brasil, torna-se referência em diversas áreas, atuando por 40 anos no Departamento de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, onde, em 2000 foi homenageada com o título de Professora Emérita.

Odete Fátima Machado da Silveira nasceu em 28 de jullho de 1953, em Caxias do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul sendo descendente de família italiana. Odete Silveira estudou e ingressou na Universidade do Rio dos Sinos (Unisinos). Sempre politizada lutou por melhoria no curso.

Reinalda Marisa Lanfredi (1947 - 2009)

Rosa Ester Rossini (1941 -)

Bióloga

Geógrafa

"REINALDA MARISA LANFREDI", filha de Hilda Irene Potthoff Lanfredi e Paulo Lanfredi, nasceu a 2 de janeiro de 1947 na cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Completou o curso científico em 1967, no Colégio Estadual Freire Alemão, em Campo Grande, Rio de Janeiro.

Rosa Ester Rossini nasceu no dia 09 de outubro de 1941, em Serra Azul, pequeno município do Estado de São Paulo situado na região de Ribeirão Preto. Ascendente de imigrantes italianos que vieram para trabalhar nas lavouras de café no final do século XIX, Rosa Ester Rossini, desde tenra idade, se apaixonou pela escola.

continue lendo

continue lendo

continue lendo

continue lendo

07/04/2015 14:08

Visualização de conteúdo web

1 de 4

http://www.cnpq.br/web/guest/pioneiras-view/-/journal_content/56_I...

ODETE FÁTIMA MACHADO DA SILVEIRA (1953 - 2013) Geóloga

Odete Fátima Machado da Silveira nasceu em 28 de jullho de 1953, em Caxias do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul sendo descendente de família italiana. Odete Silveira estudou e ingressou na Universidade do Rio dos Sinos (Unisinos). Sempre politizada lutou por melhoria no curso. Foi transferida, em 1982, para o curso de Geologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde continuou sua batalha por melhorias das condições dadas aos estudantes do curso. Seu destino estava irremediavelmente traçado nas plagas amazônicas. A gaúcha adotou a Amazônia e vice-versa.

Na UFPA, conheceu seu colega José Francisco Berredo Reis e Silva, com quem prometeu casar-se desde o primeiro instante, fato consumado em 1985. No mesmo ano, Odete Silveira finalizou seu Bacharelado em Geologia e partiu para fazer especialização em Geologia e Geofísica Marinha, em Niterói, na Universidade Federal Fluminense, no Laboratório de Geologia e Geofísica Marinha-LAGEMAR. No ano seguinte, iniciou mestrado em Geologia na UFPA, finalizado em 1989. Nesse período, junto com os professores Jurgen Bischoff, Paulo Sucasas e Luis Ercílio Faria Jr, idealizam e implantam a linha de pesquisa em Geologia e Geofísica Marinha na UFPA, com a implementação do Programa de Pesquisa e Ensino em Ciências do Mar-PROMAR. Programa responsável pela formação de muitos mestres e doutores que deram origem aos estudos na zona costeira amazônica.

Em 1992, Odete Silveira parte para seu doutorado, vinculado a UFPA, em colaboração com o Marine Science Research Center at Stony Brook, MSRC , onde permaneceu de 1994 a 1996.Coube a ela a primazia de desenvolver a primeira tese de doutorado na zona costeira do Amapá.

Em 1998, ao finalizar sua tese e ao esvair-se a esperança de consolidar a linha de pesquisa de geologia e geofísica marinha na UFPA, Odete parte para a Universidade Federal do Amapá-UNIFAP, onde como professora visitante foi convidada a implantar junto com colegas doutores e mestres os estudos costeiros naquela Universidade. Fatores alheios a sua vontade não permitiram o alcance dessa meta. Assim, Odete Silveira é convidada em 1998 a atuar no Programa de Gerenciamento Costeiro do Estado do Amapá-GERCO, onde permaneceu como coordenadora até 2002, revitalizando o programa. Odete Silveira impulsionou as pesquisas geológicas e geofísicas na zona costeira amapaense, no Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá-IEPA, desde sua atuação no GERCO até a consolidação dos estudos costeiros e marinhos no Amapá com a implantação do

07/04/2015 13:57

Visualização de conteúdo web

2 de 4

http://www.cnpq.br/web/guest/pioneiras-view/-/journal_content/56_I...

Centro de Pesquisas Aquáticas-CPAq em 2002.

Na qualidade de coordenadora do CPAq e já como pesquisadora concursada no IEPA desde 2000, a pesquisadora auxiliou na implementação de novas linhas de pesquisas no IEPA. Seus esforços resultaram na implantação do atual Núcleo de Pesquisas Arqueológicas-NuPArq e a implementação da Rede Clima e Tempo, que resultou na implantação do Núcleo de Hidrometeorologia e Energia Renováveis-NHMET.

Em 2005, auxiliou na implantação dos primeiros cursos de pós-graduação na UNIFAP, atuando como professora permanente do Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Sustentavel-MDR e professora colaboradora do Curso de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical-PPGBio.

O quadro de tensão política no Estado do Amapá e a necessidade de ficar próximo a família, levaram Odete a prestar concurso para a UFPA, onde tornou-se professora adjunta na Faculdade de Oceanografia. Nesta nova condição, Odete Silveira promoveu amplas melhorias e reformas no curso, atuando como Diretora da Faculdade de Oceanografia. Implantou a linha de oceanografia geológica, e iniciou a implantação da linha de geofísica marinha, com a implementação do Laboratório de Oceanografia Geológica e Geofísica-LIOG. Em 2012, iniciou suas atividades como professora do Curso de Pós-Graduação em Geofísica e sua colaboração mais recente foi o auxílio a implantação do laboratório de radiocarbono - RADIOLAB que em homenagem póstuma levará o seu nome: Profa. Odete Silveira.

Odete orientou mais de 50 alunos de graduação entre iniciação científica, estágios e trabalhos de conclusão de cursos. Orientou também quatro dissertações de mestrado e no momento de sua partida estava orientando 2 TCC´s e 6 mestrandos. A maioria dos trabalhos foram desenvolvidos no Estado do Amapá.

Por possuir sempre uma habilidade especial para lidar com alunos e abnegar-se pela causas científicas, Odete Silveira foi capaz de realizar expedições nos mais longínquos cantos da costa do Amapá. Sua habilidade de interligar ciencia e sociedade se materializou na execução de inumeros projetos na costa amazônica, envolvendo a pesquisa e a gestão costeira. Entre os projetos idealizados e coordenados pela pesquisadora, destaca-se o Projeto Jovens Pesquisadores, que abrangeu mais de 100 alunos de escolas primárias localizadas na foz do rio Amazonas, envolvendo inúmeros pesquisadores que atuaram no ensino e capacitação dos estudantes, sensibilizando-os para atuar nos diferentes campos das ciências, no extremo norte do país.

A pesquisadora agregou estudantes, professores, pesquisadores de várias instituições do Norte, Nordeste, Sudeste e do exterior, no desenvolvimento de projetos de pesquisas científicas e na formação de recursos humanos.

O declínio de sua saúde iniciou em 2007, quando teve que trocar três válvulas do coração, saúde esta que continuou a declinar até o seu falecimento em 01 de julho de 2013. Sua vida profissional, sem dúvida, foi doada às ciências, com profundo apreço

07/04/2015 13:57

Visualização de conteúdo web

3 de 4

http://www.cnpq.br/web/guest/pioneiras-view/-/journal_content/56_I...

pela costa amapaense, mantendo seu vínculo como pesquisadora no IEPA em vários projetos de pesquisa desenvolvidos até o momento de sua partida.

Soube como ninguém lidar com todos os revezes que enfrentou para implementar as pesquisas na área costeira e marinha na região amazônica, tendo profunda influência na vida dos primeiros pesquisadores que atuaram e atuam no campo da geologia e geomorfologia costeira e da geofísica marinha na região amazônica. Seu apreço pela área costeira e em especial pela foz do Amazonas, lhe renderam os títulos honoríficos de “Amiga da Marinha” e “Cidadã de Macapá”.

Como desbravadora que foi cabe a ela estar entre as primeiras mulheres a embarcar em um navio da marinha para cruzeiro oceanográfico, estar entre as primeiras especialistas em Geologia e Geofísica Marinha do Brasil, uma das primeiras mulheres a embarcar em um cruzeiro científico para o Alaska. Foi ainda pioneira nos estudos geológicos e geofísicos na costa do Amapá e um das primeiras mulheres pesquisadoras da região norte, a participar de comitês científicos no MCT e MMA. Auxiliou e promoveu a implantação de vários laboratórios de pesquisa na região N orte.

Afetuosa, idealista, honesta, justa e verdadeira, em nome de seu senso de obrigação e de servir, muitas vezes Odete fez sacrifícios extremos e, para alguns, até desnecessários. Mas assim era Odete, felizmente.

Sua forte espiritualidade, desejo e força de vontade lapidaram sua conduta de vida e seu potencial para chegar onde almejou. A pesquisadora deixou como legado nas ciências as sementes lançadas, onde os solos eram férteis essas sementes já frutificaram. Outras já lançadas estão a ponto de frutificar. As sementes que não vingaram não estavam preparadas para a missão. Em pouco tempo de vida, fez muito do pouco que achava que fazia.

como ato final de sua passagem entre nós, foi cumprido o seu último desejo...suas cinzas foram lançadas na foz do rio Amazonas, maior rio do mundo extensão e volume d´água – com um sistema de dispersão que se projeta para centenas de kilômetros em direção ao mar aberto – tudo a ver a com a visão e anseios de vida de Odete Silveira.

Autoria do verbete:

07/04/2015 13:57

Visualização de conteúdo web

4 de 4

http://www.cnpq.br/web/guest/pioneiras-view/-/journal_content/56_I...

Valdenira Ferreira dos Santos , geóloga, é Doutora em Geologia e Geofísica Marinha pela UFF/IGEO/LAGEMAR, é pesquisadora do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá – IEPA. Colabora como professora permanente do Curso de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional (PPGDR) e como orientadora nos cursos de Graduação em Ciências Ambientais e em Geografia da Universidade Federal do Amapá-UNIFAP. Orienta ainda estudantes do Curso de Engenharia Ambiental na Universidade Estadual do Amapá-UEAP. E-mail: [email protected] .

Amilcar Carvalho Mendes , geólogo, é Mestre em Geologia e Geoquímica pela UFPA, é pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi-MPEG. Professor do Centro Universitário do Estado do Pará -CESUPA. Colabora na orientação de estudantes no Curso de Oceanografia da Universidade Federal do Pará.

07/04/2015 13:57

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.