Violentos Combates, no Sinai, entre o Estado Islâmico na Península do Sinai e as Forças Armadas Egípcias

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Violentos combates, no Sinai, entre o Estado Islâmico na Península do Sinai e as Forças Armadas Egípcias Author : Marli Barros Dias - Colaboradora Voluntária Sênior Categories : NOTAS ANALÍTICAS, ORIENTE MÉDIO, POLÍTICA INTERNACIONAL Date : 10 de julho de 2015

Na quarta-feira, 1o de julho, o Estado Islâmico entrou em confronto com as Forças de Defesa e de Segurança egípcias no Sinai, nas proximidades da fronteira com a Faixa de Gaza e Israel[1]. A ofensiva foi lançada pelo Estado Islâmico na Província do Sinai, o braço armado do Estado Islâmico naquela região egípcia[2]. Os ataques, coordenados pelo grupo jihadista filiado aoEstado Islâmico desde novembro de 2014 e que, hoje, é conhecido como Estado Islâmico na Província do Sinai, aconteceram em 15 locais diferentes, incluindo um clube de oficiais em el-Arish e o Departamento de Polícia de Sheikh Zuweid[3]. As Forças de Segurança do Egito foram surpreendidas pelas ações, que envolveram batalhas terrestres e 3 atentados suicidas. Pelo menos 17 soldados egípcios e 100 jihadistas morreram em combate[4]. O Egito tem enfrentado uma onda de atentados contra as suas Forças Militares e de Segurança, desde a deposição dopresidente Muhammad Morsi, em julho de 2013[5]. Os ataques, protagonizados principalmente pelo Estado Islâmico naProvíncia do Sinai, já vitimaram vários militares. Na semana anterior a estes embates, o Promotor Geral do Egito, HishamBarakat, foi assassinado em um atentado à bomba, no Cairo[6]. Embora a morte do Promotor não tenha sido 1/3

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reivindicada por nenhum grupo, as suspeitas recaem sobre os militantes islâmicos que se opõem ao http://www.jornal.ceiri.com.br presidente Abdel Fattah el-Sisi e que radicalizaram a sua atuação em consequência das condenações judiciais dos membros da Irmandade Muçulmana. No mês passado, o Estado Islâmico na Província do Sinai pediu que os seus seguidores cometam atentados contra os Juízes[7]. Isto significa que o grupo pretende ampliar os seus alvos, o que exige atenção redobrada por parte do Governo em relação à segurança dos funcionários e magistrados. Porém, o crescimento da ameaça insurgente, no Egito, não tem passado despercebida aoGoverno que, no mês de maio, ao anunciar as 10 metas para o desenvolvimento do país, incluiu o combate ao terrorismo[8]. O mais recente embate no Sinai, para além de elevar as medidas de segurança egípcias, também ameaça a segurança de Israel, pois dois rockets foram lançados pelos jihadistas e caíram no sul do país, embora não tenham causado vítimas. Segundo os insurgentes, esta foi uma retaliação ao apoio israelense às Forças de Segurança do Egito. Este fato eleva as tensões em diferentes partes da região e cria um clima de suspeitas. Israel acusou o Hamas de oferecer apoio aos jihadistas baseados no Sinai, mas o partido islâmico na Palestina negou tal acusação[9]. Os últimos acontecimentos contribuíram para o aumento da desconfiança e o agravamento da violência. Segundo especialistas, o confronto entre o Estado Islâmico na Província do Sinai e os soldados egípcios foi a maior batalha desde a Guerra do Yom Kippur, em 1973[10]. Os combates na Península do Sinai revelaram o quanto o Estado Islâmico está preparado, não somente para a luta em solo, mas também em termos de armamento. Até agora, desconhecia-se que estes militantes islâmicos tivessem em seu poder armas tão sofisticadas[11]. Para além do material bélico de primeira linha, não é segredo que eles também possuem outra arma poderosa para consolidar a presença na região, isto é, contam com pessoas que dominam o deserto, como os beduínos, que foram atraídos pelo grupo e, hoje, são homens bem treinados e fortemente armados. O Egito tem um grande desafio pela frente, que é o de desarticular as forças insurgentes que vêm criando novos alvos e ampliando o seu raio de ação. A hipótese da continuidade dos atentados praticados pelo Estado Islâmico na Província do Sinai contra os militares e o pessoal do Governo egípcio não está descartada, assim como a possibilidade de os jihadistas tentarem criar atrito entre o Egito e Israel, a partir do Sinai. -----------------------------------------------------------------------------------------------Imagem “Um veículo militar egípcio patrulha o lado egípcio da fronteira com o sul da Faixa de Gaza, perto de Rafah (02 de julho de 2015)” (Fonte): http://www.neurope.eu/wp-content/uploads/2015/07/egyptisis.jpg -----------------------------------------------------------------------------------------------Fontes Consultadas: [1] Ver:

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http://www.longwarjournal.org/archives/2015/07/islamic-states-sinai-province-kills-dozens-in-coordinatedhttp://www.jornal.ceiri.com.br attacks.php [2] Ver: http://www.jornal.ceiri.com.br/ansar-bayt-al-maqdis-e-doravante-o-braco-armado-do-estado-islamico-napeninsula-do-sinai/ [3] Ver: http://www.longwarjournal.org/archives/2015/07/islamic-states-sinai-province-kills-dozens-in-coordinatedattacks.php [4] Ver: http://www.bbc.com/news/world-middle-east-33391871 [5] Ver: http://www.jornal.ceiri.com.br/ansar-bayt-al-maqdis-e-doravante-o-braco-armado-do-estado-islamico-napeninsula-do-sinai/ [6] Ver: http://www.bbc.com/news/world-middle-east-33308518 [7] Ver: http://www.reuters.com/article/2015/06/29/us-egypt-violence-idUSKCN0P90UA20150629 [8] Ver: http://www.madamasr.com/news/sisis-monthly-speech-summed-10-most-important-issues-addressed [9] Ver: http://www.bbc.com/news/world-middle-east-33391871 [10] Ver: http://www.israeltoday.co.il/NewsItem/tabid/178/nid/26921/Default.aspx [11] Ver: http://www.israeltoday.co.il/NewsItem/tabid/178/nid/26921/Default.aspx

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