Visita orientada, da Pedra da Audiência aos moinhos do Febros integrado nas comemorações do dia do monumento 20 de abril de 2013

June 8, 2017 | Autor: P. Sousa Costa | Categoria: History, Modern History, Cultural History, Capitalism
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Descrição do Produto

Dia Internacional do Monumento

Visita orientada, da Pedra da Audiência aos moinhos do Febros.

Paulo Costa

Organização:

Investigação e orientação científica: Paulo Costa Historiador,

Bibliografia COSTA, Paulo, COSTA, Francisco Barbosa da, São Salvador de Vilar de Andorinho – Notas Monográficas, Edição Junta Freguesia de Vilar de Andorinho, 2013 COSTA, Paulo, COSTA, Francisco Barbosa da, VAZ, José, De Abientes a Avintes – Notas Monográficas, Edição da Audientis, Centro de Documentação e Investigação em História Local, CRL, 2009

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Pedra da Audiência – Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º 35 817, DG, I Série, n.º 187, de 20-8-1946; ZEP Portaria publicada no DG, II Série, n.º 206, de 4-09-1947). Símbolo representado na heráldica da Vila de Avintes, oficializado em diário da república, 3ª SR, de 25 de janeiro de 1990. O que vemos hoje é de 1742. O sobreiro atual substitui outro que foi derrubado por um temporal no Inverno de 1962/63, e foi plantado pelo Sr. José Pereira da Rocha e Sousa, já falecido, e, segundo a legislação vigente, esta árvore, pertence à família deste senhor. Antes daquela data, já o sítio estava identificado como local onde se faziam as audiências jurisdicionais e onde o tabelião, o notário, fazia as escrituras. Em 21 de Janeiro de 1718, foi assinado um documento, no lugar da “Quintam” e “foral da audiência”. Em 10 de março de 1722, no Foral das Audiências, no Couto de Avintes, João Batista e mulher Águeda Antónia, moradores na Ribeira de Febros, Couto de Avintes, fizeram escritura de dote de casamento a sua filha Maria Batista, para casar com João António, filho de Manuel António, Boieiro, e de Domingas Dias, moradores no lugar de Avintes. Testemunha este contrato, o capitão da milícia do couto Manuel de Sousa Cardoso, que possuía instrução, porque assina. A noiva recebeu, dos pais dotadores, os moinhos (Menesas de Baixo) foreiros a Francisco Correia de Lacerda, senhor de Fralães e um campo foreiro ao Conde de Avintes. Recebeu arrecadas de ouro no valor de 48 mil reis o preço e o feitio, um fio de contas de ouro, no valor de 7 mil reis, botões de ouro, no valor de três mil reis, uma caixa de castanho nova, uma cama de roupa de uso dos lavradores e um boi no valor de dez mil reis, mais bens em ouro e prata. O noivo recebeu de dote dois vestidos, um de festa e um de semana, um capote de pano fino, duas caixas de castanho, um estrado, um carro novo, uma grade e 20 alqueires de pão. Os pais do noivo davam aos pais da noiva 230 mil reis, para que possam compensar a outra filha. Esta recebia dos noivos a casa do lagar para viver. Falecendo ficaria de novo para os noivos (Idem, ibidem; lv.142, fl.39-41v). Embora, houvesse senhor do couto, este não intervinha nas questões de justiça no que respeita à apelação. Essa fazia-se para as Justiças da cidade do Porto. Em nome do rei, o senhor do couto sancionava a eleição que o povo fazia do Juiz do Couto. Eram eleitos 3 moradores entre os notáveis para exercerem o cargo, para um triénio, servindo um cada ano. Além de jurados, que assistiam ao juiz, havia os quadrilheiros que tinham uma função policial. Capela do Senhor dos Aflitos e o cruzeiro – A lenda relaciona o pequeno templo com a Pedra da Audiência e os julgamentos que ali se faziam. Nenhuma epígrafe sobreviveu que possa revelar quem mandou erigir o cruzeiro e o templo. Mas, talvez fosse alguém importante deste lugar de Quintã. Tal como o do Senhor do Padrão, que veremos adiante. É do século XVIII e serviu para proteger o cruzeiro, que hoje está fora e tinha a figura de Cristo pintado. Rua Nova – É uma rua nova de mais de 500 anos. É o troço da estrada que vinha do Porto, pela Igreja de Oliveira do Douro. Atravessava o Febros no Rio de Azenha e subia até este sítio, cruzando todo o lugar de Quintã. É um topónimo curioso que nos atira para um ambiente urbano. E de facto esta rua designava o lugar ou aldeia que ao longo dela havia. Padrão e moinho – O Ventura da Costa era um rico moleiro. Em 1700, aparece no rol dos tributos. Possuía, por casamento, os moinhos foreiros à Santa Casa da Misericórdia, no lugar de Febros. Onde hoje está as ruinas da fábrica de papel Havia casado com a viúva de Domingos Dias, Maria Lopes, possuidora dos moinhos.

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Em 1709, Ventura da Costa aparece a testemunhar a associação de padeiras, em número de 11, e padeiros contra a cidade do Porto, onde nomearam cinco advogados para os defender na Relação do Porto contra qualquer demanda que sofressem (ADP: PO. 8: lv.137: fl.126v-127v). O documento de procuração por si não é explícito quanto aos motivos da procuração, mas sabemos que por essa altura o senado da cidade mandou publicar um alvará onde ordenava que se aferisse o peso do pão que os padeiros de Avintes praticavam e que era inferior ao que estava estipulado sem sequer alterarem o preço (AHMP: Suplemento às Próprias: lv.2: fl.202-203). O instrumento de procuração permitiu ainda verificar, comparando com outros documentos, que muitas das padeiras eram mulheres de moleiros, confirmado por as testemunhas estarem profissionalmente identificadas como moleiros. Em 1712, aparece já viúvo a fazer dote de casamento à enteada, Maria Lopes, de quem era tutor e administrador dos bens. Mais uma vez, os dotes são contratos interessantes pelos bens envolvidos. Sobretudo peças de ouro e outras coisas, roupas, etc. Este Ventura da Costa também deixou a sua marca na toponímia. O fundão do rio Febros junto aos seus moinhos ficou chamando de o Poço do Ventura. E mandou erigir, tal qual o seu arquirrival, Manuel da Cunha, um padrão, que obscureceu o topónimo de aldeia de Febros, que até aí designava aquele sítio. Queimada, lugar da – Relacionado com o Manuel da Cunha temos este topónimo: a casa Queimada. Era um campo que lhe pertencia por herança familiar. Era possuído em 1699 pelo cunhado Amaro António, moleiro, casado com a irmã Maria Gonçalves. Também, junto ao campo, havia a horta da Casa Queimada, que deixou em testamento ao genro, Inácio Francisco, viúvo da filha, em 1701. Moinho da Balsa – Hoje são os moinhos que estão a seguir à antiga escola da Mata, junto à ponte Fernandes. Em 3 de julho de 1603, o convento de Santa Clara do Porto fez prazo de vidas de uns moinhos a Luísa Paiva de Azevedo, viúva de Gil Monteiro Pinto. Os moinhos foram adquiridos ao caseiro e situavam-se por baixo da Pena d’ Águia, junto ao Crasto. Foram destacados do Casal da Balsa, a que pertenciam. A sucessão neste prazo seguiu, em 23 de outubro de 1658, no filho João Alvares de Azevedo, que acrescentou as terras foreiras a Santa Clara que pertenciam ao Casal da Laranjeira. Em 1679, no reconhecimento que faz ao convento das terras e bens que possui, Gonçalo Pinto Monteiro, declara que tem um moinho abaixo da igreja, no caminho para a quinta dos caseiros e outras partes. Em 4 de fevereiro de 1698, renovou-se o prazo dos moinhos, a Gonçalo Pinto Monteiro e mulher Joana Francisca de Sousa. A exploração desses moinhos pelo enfiteuta era feita em regime de arrendamento, com prazo de três anos a nove anos. Os arrendatários estavam obrigados a irem ao Porto comprar o cereal e a virem de novo vendê-lo. As rendas tinham um valor anual superior a 104 alqueires de trigo, e pago todas as semanas na casa do enfiteuta, na Rua das Flores, na cidade do Porto. Em 13 de julho de 1613, João Alves de Azevedo, filho e procurador da mãe, Luísa Paiva de Azevedo, viúva de Gil Monteiro Pinto, fez contrato de arrendamento da casa dos moinhos da Balsa, e de duas casas, a Bento Fernandes e mulher, Isabel Tomé, e a Inácio Gonçalves e mulher, Margarida Gonçalves, por três anos, terminando em 1616. A renda de Inácio Gonçalves era de 1 alqueire de trigo por semana, meio alqueire de trigo do mar e meio alqueire de trigo da terra, separado um do outro. A renda de Bento Fernandes era de um alqueire e quarta de trigo, por semana, de sábado a sábado, metade de trigo do mar e metade de trigo da terra. Caso não houvesse trigo do mar substituiriam por da terra; e não havendo um nem de outro pagariam com outros géneros. O arrendatário entregou a cada inquilino três cruzados em dinheiro de contado, de adiantamento que teriam que devolver no fim do contrato. Tinham ainda de pagar no dia de são Miguel de Setembro, uma galinha (ADP; Fundo Notarial; PO 5°, 1ª SR, lv.11, fl. 244-246v). Em 20 de junho de 1622, Luísa Paiva de Azevedo faz arrendamento dos mesmos moinhos da Balsa, a António Goncalves e a Tomé Gonçalves, por três anos, terminando em 1625.

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António Gonçalves pagará de renda de sábado a sábado, um alqueire de trigo da terra, ou se não houver, em dinheiro, quanto valer essa quantidade no mercado. No fim de cada ano pagará mais quatro alqueires de milho e centeio terçado e uma galinha. Tomé Gonçalves pagará de renda de sábado a sábado um alqueire e quarta de trigo, metade da terra e metade do mar e no fim do ano pagará mais uma galinha. Cada um dos inquilinos empenhou os bens de raiz que possuía para garantir a renda á senhoria. Este documento informa que as rodas devem estar separadas entre elas por um palmo. E quando acabar o contrato devem deixar pedras de moinho novas ou então indemnizar a senhoria com 10 cruzados, cada par de pedras (ADP; Fundo Notarial; PO 2°, lv.62, fl.162-163v). Em 26 de agosto de 1724, ainda o outro contrato não tinha acabado, já João Alves de Azevedo fazia novo arrendamento por nove anos, substituindo o inquilino Tomé Gonçalves, por Manuel Pinheiro, do couto de Avintes, com a mesma renda e condições (ADP; Fundo Notarial; PO. 5º, 1ª SR., lv.22, fl. 67-68v). Em 1628, a 23 de fevereiro, Luísa Paiva de Azevedo, representada pelo seu criado, Manuel Rodrigues, celebrou novo contrato de arrendamento de metade dos moinhos da Balsa, por três anos, a terminar em 1631, a António Gonçalves, moleiro, casado e a Damião Lourenço, moleiro, também casado, com as condições e rendas do anterior, feito a António Gonçalves em 1622 (ADP; Fundo Notarial; PO 2°, lv.73, fl. 97v-99v). Em 8 de outubro de 1630, João Alves de Azevedo fez contrato de arrendamento de um quarto dos moinhos da Balsa, para substituir Manuel Pinheiro, a quem tinha arrendado em 1624, por nove anos. Arrendava agora esta parte a João Gonçalves e mulher Isabel Francisca, com a mesma renda e condições do outro contrato pelo prazo de três anos (ADP: Fundo Notarial; PO 2°, lv.80, fl.1l8-119). Em 1633, no mesmo mês, no dia 21, o senhorio arrendatário, renovava o contrato de arrendamento das quatro rodas dos moinhos da Balsa ao mesmo João Gonçalves e mulher, e a João André, ambos moleiros de Vilar de Andorinho, com as condições rendas dos anteriores (ADP; Fundo Notarial; PO 2°, lv.87, fl.207208v). Em 14 de fevereiro de 1667, a viúva de João Alves de Azevedo, Dona Vicência Pinta, celebrou novo contrato de arrendamento por nove anos das quatro rodas do moinho da Balsa a Manuel Fernandes e mulher Ana Dias, moleiros da Ribeira de Febros. A renda era a costumada em géneros ou em dinheiro, três tostões; e se o trigo valesse mais que aquele dinheiro, a senhoria lhes daria o excedente. Pagariam ou na sua morada no Porto ou na sua quinta de Vilar de Andorinho. Os inquilinos apresentaram como seus fiadores Manuel Gonçalves, lavrador da aldeia da Rua Nova do Couto de Avintes (ADP; Fundo Notarial; PO 4°, lv.57, fl.143-144). Em 8 de Agosto de 1678, Gonçalo Pinto (de Azevedo) Monteiro e mulher dona Joana Francisca De Sousa, moradores na cidade do Porto, na Rua das Flores, fazem reconhecimento ao convento das propriedades que possuíam na freguesia de Vilar de Andorinho. Importa sobretudo os moinhos. Estes compunham-se de Casas de Moinhos com quatro rodas, duas alveiras e duas de boroa telhada, junto ao Rio Febros; tinha de largura de norte a sul quatro varas e meia e de comprido de nascente a poente 17 varas e meia. Confrontava com terras de Manuel Pedrosa, do reverendo vigário desta freguesia, de João Manuel, todas foreiras a este convento e também com Rio de Febros. No entanto em 1690, a 22 de janeiro, na sua residência na Rua das Flores, cidade do Porto, o enfiteuta, Gonçalo Pinto Monteiro, neto de Luísa de Paiva de Azevedo, e a mulher, Dona Joana Francisca de Sousa, subemprazaram as quatro rodas de moinho aos seus arrendatários, Belchior Pinto e Domingos Lopes, moleiros, que já traziam duas rodas cada um. Com a renda anual de 26 mil reis, em boa moeda de prata e ouro, duas vezes por ano, na Páscoa e no dia de Todos os Santos; mais a renda que o enfiteuta pagava ao convento de Santa Clara, 10 alqueires de trigo, cinco alqueires de centeio, cinco alqueires de milho e duas galinhas, de lutuosa um carneiro grande ou cinco tostões (ADP; Fundo Notarial; PO.8º, lv.93, fl. 16v-18). Montado da Balsa – Diz o tombo antigo de Santa Clara em 1543 sobre o uso do montado da Balsa: Para a parte do Agião (N.) do Soão (E) onde ia o gado do casal de Baiza e do casal de Oliveira pastar sem nenhuma pessoa opor a isso, excepto os de Avintes. E os dos casais de Balsa, Baiza e Oliveira faziam as suas cavadas e bouças e tapavam sobre si, sem ninguém se opor, conferindo-lhes direito ao uso e posse do montado, que pertence à Balsa. O vigário não tem uso nem direito algum ao montado. O montado está divisado sobre si e chega ao Ribeirinho que vai ter aos moinhos de Pantaleão Carneiro. “E que nisto naom ay duvida e por aqui.”

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A Mata – Designava-se o Monte da Mata. Estava tapado, isto é vedado, e pertencia ao Casal da Balsa. O seu uso era exclusivo dos foreiros daquela propriedade. Servia para aproveitamento silvícola. No século XIX o restante do monte da Mata ainda não repartido, será partido e emprazado por diversos montadores. A tapada do Monte da Mata era uma parcela que pertencia a dois terços do Casal da Balça ou da Igreja Velha; Monte da Matta de Fora do Tapado; a parcela da Gesta confrontava de várias partes com este monte; Monte da Matta, tapado por parede e vala, confronta com quinhão de um terço do monte que trazia Manuel Pedrosa; Monte da Matta, um terço, que no lado nascente fica defronte o rio Febros; As parcelas, em 1679, pertenciam ao terço do casal da Balça, a Igreja Velha. O Castro Guedes - Pena d´ Águia – O nome advém das características orográficas. Pena vem de penha, penhasco. Geotopónimo comum em Portugal. O qualificativo águia realça esse característico promontório, abrupta, inacessível, onde as aves de rapina nidificam. Era outra designação que se dava ao monte do Crasto Guedes, tanto em 1612, como em 1679. Pertencia ao Casal da Balça. É o promontório rochoso sobre o Febros, conhecido por essa designação no ano de 1612, o monte do Crasto. Noutra descrição, mas do ano de 1679, surge a designação de uma sorte de mato localizada no Crasto. O Guedes surge no século XIX, precisamente em 1819, por um proprietário de uma parcela desse monte, a Tapada do Crasto, Custódio Gomes Guedes, moleiro, e morador no sopé no lugar de Moinhos. Esta informação é confirmada na documentação do Cabido que era senhorio dos moinhos onde habitava e trabalhava o Custódio Gomes Guedes, na aldeia do Febros, Couto de Avintes. Ele era filho de Manuel Guedes e Maria Gomes a herdeira dos moinhos pertencentes ao Cabido, no núcleo hoje conhecido por moinhos da Queimada; recebeu os moinhos em dote de casamento e em 1777 o cabido fez-lhe prazo (Cabido; Lv. 508; fl. 123-126v). Havia também o casal do Crasto, um alódio que se estendia até Oliveira do Douro. Era seu senhorio directo no século XV Diogo Carneiro e possuía os moinhos chamados primeiro da Matinha e hoje da Queimada (Cabido; lv. 462; fl. 190-192). Moinho da Matinha ou do Crasto ou, hoje, da Queimada – Os moinhos do Casal do Crasto compunham-se de três rodas Um dos terços foi doado ao Cabido da Sé do Porto pelo cónego Chantre João Fevereiro. Tiveram a seguinte sucessão e evolução: Em 15 de Julho de 1567, o Cónego Chantre João Inverno ou Fevereiro deixou ao Cabido um terço de um moinho de três rodas, por conta de oito aniversários. Havia comprado a Catarina Anes, moradora em Vila Nova. Era caseiro Gregório Pais, genro de Brás Francisco, que trazia as moendas da Figueira, no Rio de Febros. É de Pantaleão Carneiro o primeiro registo que temos, em 1543. Ele possuía uma azenha no rio Febros antes do ribeiro de Fontelos. Era filho de dona Maria Vicente, e de Diogo Carneiro, criado da infanta Dona Isabel, duquesa de Bragança (Felgueiras Gayo; Vol.X; 18) Sucedeu a Pantaleão Carneiro a filha Antónia Carneiro, que casou com Álvaro de Valadares, cavaleiro da Ordem de Cristo, título concedido pelo rei Filipe II em 1586 (Idem, ibidem). Tiveram vários filhos, sendo o primogénito e sucessor D. João de Valadares Carneiro, nascido em 1569, na cidade do Porto. Entre 1600 e 1624, D. João de Valadares Carneiro, fidalgo da Casa Real, possuiu os bens maternos no rio Febros, herdando o Morgado de Oliveira. Casou duas vezes. O primeiro matrimónio foi com Dona Maria Soares, de Braga. Deste casamento foi primogénito e sucessor Manuel de Valadares Carneiro. Faleceu em 23 de Março de 1639 e está sepultado na igreja da Misericórdia do Porto. Em 1650, Manuel de Valadares Carneiro possuía os bens paternos no Febros. Casou em Guimarães com Dona Constança de Castro. Tiveram cinco filhos, Álvaro de Valadares Carneiro, morreu solteiro, João de Valadares Carneiro, morreu no ano de 1666, sem geração, e três raparigas, Dona Maria e Dona Mécia, freiras em Vairão, e Dona Margarida Valadares Carneiro, que casou com Bernardo de Alpoim da Silva Abreu.

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Em 1677, Luís de Valadares Carneiro, filho de D. João de Valadares Carneiro e de seu segundo matrimónio com Catarina Pereira, nasceu em 1610 (Morais, Pedatura Lusitana, Vol. I, p. 522). Sucedeu ao meio irmão, Manuel de Valadares Carneiro, na gestão da herança paterna. Foi procurador da cidade do Porto nas cortes de 1653. No entanto o seu casamento com Ana do Amaral, em 1639, teve sucessão, mas nenhum sobreviveu. Sucedeu no património vinculado a sobrinha Dona Margarida Valadares Carneiro, única descendente com geração de Dom Manuel de Valadares Carneiro. Sucedeu-lhe D. João de Alpoim da Silva Abreu de Valadares Carneiro, casado com Dona Francisca Xavier de Sampayo, residia na Vila de Caminha. Em 1701 e 1713 possuía os bens no Febros e o morgado de Garfães, em Oliveira do Douro. Neste último ano, vendeu o direito dominial que possuía sobre um terço dos moinhos a José Moreira de Araújo, cavaleiro da Ordem de Cristo (ADP, Cartório Notarial; PO. 8°, lv.147, fl.122v.-126v). Em 5 de novembro de 1727, a mulher, D. Francisca Xavier de Sampaio, cedeu à Santa Casa o direito dominial uma morada de casas, com um sobrado telhado com loja, com porta e serventia para a parte do rio, janela e entrada para o sobrado que saiu do Casal, por escritura feita no tabelião António Mendes Matos. Em 20 de julho 1650, celebrou-se novo prazo feito pelo tabelião João Rodrigues Chaves. Em 2 de março de 1701, renovou-se o prazo de parte da propriedade. Em 5 de novembro de 1727, ajustaram-se os proprietários, o Cabido, a Santa Casa da Misericórdia do Porto e D. Francisca de Xavier Sampaio, entre si para fazerem a divisão. O contrato foi feito pelo tabelião António Mendes e Matos. O Cabido ficou incumbido de fazer prazo por todos. Ao cabido tocou uma casa de moinhos com duas rodas, águas e mais uma casa de morada. Em 4 de abril de 1734, foi feito pelo cabido novo prazo de livre nomeação destes moinhos a Manuel Gomes e mulher Isabel Francisca. Neste prazo descrimina-se todas “as clarezas e sentenças” porque foram expulsos os moleiros, e o cabido deu por devoluto a Manuel Gomes. A renda era de 32 alqueires de trigo a cada senhorio. O Foro antigo que pertencia ao cabido era de 22 alqueires de trigo e um quarto de acrescento; a lutuosa era de dois alqueires de trigo por semana. Estes moinhos foram antigamente, em 8 de Setembro de 1519, de dona Maria Vicente, viúva de Diogo Carneiro, que emprazou a Afonso Pires e mulher Briolanja Afonso em primeira e segunda vida, e a um filho ou filha depois deles em terceira. Fez o contrato Rui de Couros tabelião no Porto. A renda era de dois alqueires de trigo por semana, anual de 104 alqueires. De lutuosa o mesmo como de renda. Dividiram-se estes moinhos por três herdeiros. Eram foreiros Brás Francisco e Gregório Pires. O Senhor Chantre, o cónego João Fevereiro, comprou um terço destes moinhos a Catarina Anes, uma das herdeiras. Em 15 de julho de 1567, o Chantre João Fevereiro deixou este terço de moinhos ao cabido por oito aniversários, pela sua alma. Foi concedida provisão régia para esta doação A renda anual do cabido era de 32 alqueires de trigo. Em 1600, eram seus senhorios em terços iguais, o Cabido da Sé do Porto, D. João de Valadares Carneiro, fidalgo da Casa Real e a Paulo Borges Pinto, cidadão e burguês da cidade do Porto, que conhecemos por referências contidas num emprazamento efetuado em 170l (ADP, Fundo Notarial; PO 8°, lv.119, fl. 203v209). O moinho primitivo tinha três rodas e cabia a cada senhorio a renda de uma roda de moinho. O moinho original, portanto o mais antigo situava-se onde hoje está o moinho do Malta. Em 1624 o foreiro fez benefícios construindo outro moinho que ficou para o lado da terra onde pôs duas rodas, uma de novo e outra do moinho antigo. De um moinho com três rodas passou-se para quatro. O novo moinho foi construído como dote de casamento e para servir as necessidades e autonomia do filho da foreira. No entanto, o emprazamento continuou a ser feito a um só detentor e em conjunto pelos três Senhorios, que dividiam entre si a renda a que aquele bem estava obrigado (ADP; Fundo Notarial; PO 5°, 1ª SR, lv.21, fl. 114-115v). Em 1 de julho de 1650, possuíam, dividido em terços, o Cabido, Manuel de Valadares Carneiro e Gonçalo Borges Pinto. Todos os três fizeram prazo a Domingos António e mulher, Domingas Francisca, em primeira e segunda vida, a filho ou filha depois deles, em terceira. A renda era de 66 alqueires de trigo, lutuosa o mesmo e laudémio 1 quinto. Ao cabido cabia a renda de 22 alqueires de trigo. No ano de 1652, a Santa Casa da Misericórdia aparece-nos como detentora do terço que foi de Paulo Borges Pinto (ADP, Fundo Notarial; PO 4º, lv.43, fl. 225v-226v), embora não tenhamos encontrado

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nenhuma referência concreta quando ocorreu essa mudança. Este documento de 1652 revela-nos ainda que o lugar, onde este moinho estava situado, se chamava a Matinha de Baixo. Em 1677 novo documento informa-nos de novos acrescentos nesse moinho, concretamente a construção de um sobrado para habitação (ADP, Fundo Notarial; PO 5°, 1ª SR, lv.74; fl. 60v-62). No entanto, as contingências económicas sentidas no fim desse século fizeram com que parte do moinho ficasse em ruínas e o caseiro em comisso, por falta de pagamento das rendas atrasadas (ADP, Fundo Notarial; PO. 8°, lv.119, fl. 203v-209). Em 7 de fevereiro de 1677, Maria Antónia, viúva de Manuel Domingues, moradora na Ribeira de Febros, freguesia de Vilar de Andorinho, fez dote de casamento à filha, Maria Fernandes, para casar com André Fernandes, filho de Pedro Fernandes, moradores na aldeia de Alheira, Couto de Pedroso. A noiva recebeu da mãe o moinho onde vive na Matinha de Baixo ou do Crasto, foreiro ao cabido da Sé do Porto e a Luís de Valadares Carneiro. A dotadora reserva para si e enquanto viver a casa de sobrado nova que está por acabar, terra, um combro onde está um castanheiro novo de enxerto e o campo da erva para horta. Os noivos dariam à dotadora por ano de sua vida cinco almudes de vinho verde “que se lavra nas ditas terras e moinhos”; dariam mais, 80 mil reis para ela pagar as dívidas que tinha com várias pessoas e de rendas aos senhorios; a dotadora reservava para si “lenha de queimar das terras o que for necessário”. A nova recebia ainda cinco ovelhas, uma caixa que leva um carro de pão, vestidos, conforme costumam dar as mulheres da sua qualidade a suas filhas, alfaias de casa, conforme se puder dar. O noivo levava 20 mil reis, duas caixas, dois vestidos e pertenças de casa (ADP; Fundo Notarial; PO. 5º, 1ª Sr., lv.74, fl. 60v-62). Foi terceira vida a filha de ambos, Maria Antónia, que casou com Domingos Francisco, que por dote ficou com os moinhos da parte do rio. Sucedeu-lhe o filho Manuel do Couto e a mulher Maria Fernandes, que deixaram arruinar os moinhos e não pagavam as rendas, fugindo por dívidas. A razão da ruína deste moinho é-nos revelada por um documento notarial de 11 de agosto de 1674. Nesse contrato Domingos Francisco, casado com Maria Gonçalves, e Manuel Gonçalves, o Neto, casado com Isabel Francisco, moleiros, ambos irmãos e cunhados, todos moradores na Ribeira de Febros, couto de Avintes, acordaram entre si reconstruirem os moinhos. Os moinhos estavam construídos no campo da Caniçada e “se foram pelo rio abaixo com o dilúvio de água e deles não ficaram mais que as pedras e em estado que não se podiam mais levantar nos mesmos alicerces”. O sítio onde decidiram reconstruir os moinhos, cabia na partilha de Domingos Francisco mas que os outros também tinham quinhão. Depois e consertados entre si, decidiram erguer de novo os moinhos, fazendo um muro de permeio, onde entra a água nos moinhos. Os moinhos depois de prontos ficaram vizinhando as terras de Luís de Valadares Carneiro (ADP; Fundo Notarial; PO. 5º, 1ª SR., lv.71, fl. 220-220v). António Fernandes de Oliveira, morador na Fonte Aurina, na cidade do Porto, comerciante, arrematou os moinhos e possuiu os mesmos durante alguns anos sem consentimento dos senhorios. Os senhorios, em 17 de março de 1700, alcançaram uma sentença no juízo de fora da cidade do Porto contra os caseiros. Foi escrivão José Pereira Pinto. Os moinhos ficaram devolutos a todos os senhorios. Em 17 de fevereiro de 1701, João Gomes e mulher Isabel de São João, fizeram dote de casamento aos filhos, Manuel Gomes e Maria Trindade, moça donzela, para casarem respetivamente Ana Gonçalves e António Dias, filhos de João Dias e Maria Gonçalves, todos moradores na Ribeira de Febros, couto de Avintes. Os dotadores, João Gomes e mulher Isabel de São João viviam nos moinhos citados no documento anterior, que foi do pai da mulher e sogro dele, Domingos Francisco, pertencentes a três senhorios, o Cabido, a misericórdia e a D. João Alpoim Valadares Carneiro e deixavam os filhos. Os dotadores, João Dias e Maria Gonçalves davam aos outros dotadores 175 mil reis, que em troca cediam o título de prazo nos moinhos e deixavam os noivos suceder neles (Idem, ibidem; lv.112, fl. 174-176). Em 1701, já se fazia sentir os ventos da recuperação. O caseiro que então ocupava o moinho do lado da terra, como não podia recuperar o que estava arruinado, construiu outro sobre a levada junto às cales mantendo a mesma renda. Atitude que desagradou a dois dos senhorios, o Cabido e a Misericórdia, que sentiram que aquele benefício lhes prejudicava o rendimento auferido, ordenaram ao caseiro que deitasse abaixo aquele moinho e recuperasse o outro, para que fosse ocupado por novos caseiros. O caseiro recuperou, com os novos caseiros o moinho velho, mas à revelia dos senhorios conservou o que havia construído (ADP; Cartório Notarial; PO. 8°, lv.119; fl. 203v-209; PO.5°, 1ª SR, lv.112; fl. 174-176). Em 2 de março de 1701, os 3 senhorios, o Cabido, a Santa Casa Misericórdia e João Alpoim Abreu Valadares Carneiro, emprazaram a Isabel de S. João, herdeira da última vida do prazo, filha de Domingos Francisco, irmã de Manuel do Couto, mulher de João Gomes, moleiro, com natureza de nomeação, logo

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que não seja pessoa de maior condição social que os caseiros. A renda anual ficou em 33 alqueires de trigo, cabendo a cada senhorio 11 alqueires, de lutuosa a cada um dois alqueires de trigo, e laudémio um quarto. O moinho era o que ficava da parte da terra (ADP; Fundo Notarial; PO. 8º, lv.119, fl. 203v-209). Em 1713 D. João de Alpoim da Si1va Abreu de Valadares Carneiro, fidalgo da Casa Real, vendeu o direito dominial que possuía sobre um terço dos moinhos a José Moreira de Araújo, cavaleiro da Ordem de Cristo (ADP, Cartório Notarial; PO. 8°, lv.147, fl.122v.-126v). Em 1727, a viúva de José Moreira, fazia uma escritura em que largava o direito dominial que possuía na parte dos moinhos da Misericórdia e dos do Cabido da Sé do Porto, e estes faziam o mesmo em relação aos dela. Em 5 de novembro de 1727, acordaram os três senhorios fazerem a divisão dos moinhos, ficando cada um com a sua terça parte, in solidum para fazerem prazo separado da sua parte. Fez escritura António Mendes Matos. Esta propriedade possuía uma morada de casas, com um sobrado telhado com loja, com porta e serventia para a parte do rio, janela e entrada para o sobrado que saiu do Casal de D. Francisca Xavier de Sampaio, largou à santa Casa o direito dominial. Os inquilinos podiam alargar a casa até ao caminho e até ao moinho. Ficaram pertencendo ao cabido duas rodas de moinho com casas, águas e com outra casa junto. A partir desse momento, os moinhos foram separados, passando cada senhorio a emprazar a sua parte autonomamente, que constatamos pelos contratos de emprazamento da Misericórdia, datado de 1731, e do contrato de emprazamento de 1777 do Cabido da Sé do Porto. O moinho estava danificado. Os possuidores dos moinhos que tem parte na levada estavam obrigados a concertá-la de maneira a fazer mover os moinhos. Estavam obrigados a reedificar os moinhos e mais propriedades e serventias, e trazer tudo com uma pedra de segunda e outra de trigo. Não se acrescentou nada à renda que ficou em 22 alqueires e quarta de trigo, de lutuosa três alqueires de trigo, e de domínio a quarta parte. Os senhorios tomaram posse dos moinhos, em 31 de julho de 1730, por documento passado no tabelião António Mendes Matos, que obtiveram por comisso (pena/sentença) a António Dias e mulher Maria Trindade, e a Manuel Gomes e mulher Isabel Francisca e a outros. Os sucessores, Domingos Martins e Maria Dias, eram genro e filha de António Dias e da mulher Maria Trindade. Estavam os novos caseiros obrigados a pagarem as dívidas das rendas atrasadas O prazo anterior estava extinto, e era de três vidas de livre nomeação. Foi feito a Manuel Gomes, solteiro, em 1734. Faleceu sem testamento e sucedeu o pai Manuel Gomes que dotou a filha, irmã do defunto, Maria Gomes, para casar com Manuel Guedes. Falecendo Maria Gomes, sua mulher, Manuel Guedes dotou o filho Custódio Gomes (Guedes) com as propriedades, com consta da escritura de dote casamento, quando casou com Ana Gonçalves. Foi louvado dos caseiros João Pinto, moleiro, morador no mesmo lugar. O louvado do cabido foi Pedro Francisco, do mesmo lugar e freguesia. Custódio Gomes assinou o contrato o que revela alguma instrução. A renda era paga no dia de S. Miguel de Setembro, em casa do Prebendeiro, a quantia de 22 alqueires e quarta de trigo, de lutuosa dois alqueires de trigo, e o domínio ou laudémio a quarta parte. O cabido acrescentou à renda por sugestão e avaliação dos louvados meia quarta de trigo. O contrato faz menção a todas as sentenças pelas quais foram expulsos os moleiros que os traziam. Em 16 de julho de 1778, renovou-se o prazo de nomeação a Custódio Gomes. Fez João José de Almeida. Vai traslado no livro 67, fólio 236. Acrescentou-se à renda um oitavo. Em agosto de 1836, faleceu Custódio Gomes e sucedeu o genro Bernardo Francisco dos Santos, que faleceu em Setembro de 1839. Possui como terceira vida a filha Rosa Gomes casada com Manuel Pinto (ADP; Cabido da Sé do Porto; lv.462, fl.190-192).

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Prazo que a Santa Casa fez a Domingos Martins e mulher Maria Dias, da aldeia de Febros, freguesia de Vilar de Andorinho, concelho de Gaia 1731, abril, 25 – vara de 5 palmos Composição/Obs./Localiza.

E

Casa 1 roda de moinho; Tem uma porta junto à ponte que atravessa o rio para sul em que tem serventia o cabido que tem aí moinho, na parte do rio velho

1

4ª Parte da casa

N-S = 1

Metade de outra casa cobre outra roda de moinho A água da levada está com o moinho do cabido Que está no alto da levada além do moinho

N-S = 6 Parte com levada por onde vem a água para o moinho

Morada de casas, com 1 sobrado telhado com loja, com porta e serventia para a parte do rio Janela e entrada para o sobrado que D. Francisca Xavier de Sampaio largou á santa Casa pelo contrato de 05/11/1727 Pode alargar casa até ao caminho

N-S = 7 Parte com terras e casas de D. Francisca Xavier de Sampaio

N

W

S

W-E 4,5

¾ palmo Rio Febros

Com outros moinhos de D. Francisca Xavier de Sampaio

-

-

-

Parte com terras de D. Francisca Xavier de Sampaio

Parte com casas do cabido do Porto que largou D. Francisca Xavier de Sampaio o domínio

Parte com terras e casas de D. Francisca Xavier de Sampaio

Da Cal até onde entra a água – 4 varas Na boca da cal até ao fim do cabouco, W-E =7 Parte com moinho que é do cabido

W-E = 4,5

Procurador da Misericórdia Reverendo frei Sousa Carneiro, Prior da Colegiada de Cedofeita; Tabelião António Mendes Matos

Auto de Vedoria de Casa com 3 rodas de Moinho, no lugar de Febros, freguesia de Vilar de Andorinho, Couto de Avintes – 1777-Agosto-13 (varas de 5 palmos) Composição/Obs. / Localiza

E

N

W

S

Morada de casas Tem dentro 3 rodas de moinho, negreiras No prazo velho andava em 2 verbas, porque os caseiros nas benfeitorias que fizeram as uniram e alargaram 2 rodas na casa junto à madria e 1 roda na casa mais abaixo. O comprimento começa a medir do lado sul até á ponte que fica a Norte e que é servidão deste caseiro e de Maria Dias, viúva. A parte sul é frente das casas e porta de entrada; Nesta medição entra a meação das paredes

13 (inclui 4,5 varas da casa antiga) Com Rio

3 Confronta com o rio e ponte de servidão do caseiro e de Maria Dias, viúva

Com casas e com moinhos de Maria Dias.

6 Varas e 1 palmo Com terras do caseiro, foreiras a Jerónimo Monteiro Sampaio

Caminho servidão e ponte Largura 3 varas e meia Pertence ao prazo o caminho de servidão que possuía da ponte ao longo das casas junto ao rio. Casa telhada, com sala e mais repartimentos, 4e¾ Com 2 janelas para a parte do rio, 2 portas 2,5 (medido na frente Caminho serventia para o poente Com Rio do coberto) dos caseiros e Um coberto a norte, Sua loja Caminho público vizinhos Houve melhoria e acrescentamento Registado no Mç 4, nº 5; Prazos 2º, fl. 19v; livro 43, fl 245

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Com casas de Maria Dias, foreira a Jerónimo Monteiro de Sampaio

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