Visões interiores -Arqueologias de uma escrita em rotação AVELINO SÁ

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Visões interiores - Arqueologias de uma escrita em rotação AVELINO SÁ I drank the silence of God From a spring in the woods. Georg Trakl

E tudo o resto é paisagem, e tudo o resto é silêncio… Quais os limites do silêncio, como se pode falar/escrever sobre “algo” que parece ser impossível tanto quanto por alguns ambicionado? Henri-Jacques Stiker assinala a tarefa quase contraditória que se empreende, na pretensão de dissertar sobre o silêncio, entendendo-se este como estado onde domina a ausência de palavras ou mesmo a sua abolição total.1 O que quer dizer diz. Não fica fazendo o que, um dia, eu sempre fiz. Não fica só querendo, querendo, coisa que eu nunca quis. O que quer dizer, diz. Só se dizendo num outro o que, um dia, se disse, um dia, vai ser feliz. 2

O conceito de silêncio pode ser definido em múltiplas aceções, garantindo a diversidade de conhecimentos científicos que o abordam, ao longo da história da cultura e da tecnologia. Quando uma avaria acontece, num qualquer dispositivo audiovisual, designa-se por uma suspensão técnica ou tecnológica, isto é, acontece um silêncio, assinalou David le Breton. 1

Henri-Jacques STIKER, « SILENCE », Encyclopædia Universalis [en ligne], consulté le 9 décembre 2016. URL: http://www.universalis.fr/encyclopedie/silence/ 2 Paulo Leminski, “Bem no fundo”, Distraído venceremos, 1987. In http://www.revistabula.com/385-15-melhorespoemas-de-paulo-leminski/ (consultado 22.09.2016)

Verifica-se uma suspensão, constata-se uma interrupção preenchida por um suposto “vazio”… Não se trata de uma manifestação do intrínseco singular, não é uma afloração de um qualquer dimensionamento interior, autognósico. Tampouco é apenas um silêncio, no que seja a aceção mais logística ou pragmática do termo. A conceptualização de silêncio a que me refiro descende das reflexões lúcidas de John Cage que “once and again” convoco…pois nunca é demais retoma-las. Pedia-se o silêncio, mas o silêncio exigia que continuasse a falar…O silêncio requer preenchimento, a cumplicidade que permite ele mais se evidencia, mais se intensifique por compensação. O silêncio exige ideia e matéria, donde espraiar-se através do desenho que é em si, substância quanto conceito.3 Verifica-se uma suspensão, constata-se uma interrupção, preenchida por um suposto “vazio”. Não se trata de uma manifestação do intrínseco singular, não é uma afloração de um qualquer dimensionamento interior, autognósico. Tampouco é apenas um silêncio, no que seja a aceção mais logística ou pragmática do termo. Poder-se-á comentar a existência – em termos iconográficos – de certos retratos que nos silenciam, que por um ou outro motivo nos calam. A força imagética do silencia tomaria assim formato antropomórfico, recolando diretamente o sujeito no objeto silente. Às vezes confunde-se a ausência/suspensão de realidade com uma situação de silêncio extremo, estando este associado aos territórios do imaginário, onde se povoam as interpretações sobreponíveis, gerando tal densidade de sentir que a redenção só chega pela consignação do silêncio. O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas… Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso… E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraíso… Meu coração é uma ânfora que cai e que se parte… O teu silêncio recolhe-o e guarda-o, partido, a um canto… Minha ideia de ti é um cadáver que o mar traz à praia…e entanto Tu és a tela irreal em que erro em cor a minha arte…4

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David le Breton, El Silencio, aproximaciones, Madrid, Sequitur, 2006, p.1 Fernando Pessoa, “Hora Absurda”, Poesias, Lisboa, Ática, 1942 (15ª ed. 1995), p. 21.

Ao abordar uma exposição de artes plásticas, onde uma das temáticas/conceituais – implícita e submersa - incide no silêncio, podemos imaginá-la de 1001 configurações e visibilidades… Na realidade, os desenhos, as pinturas, as fotografias são sempre “mudas” e insonoras na maioria dos casos. O que não significa ausência de conteúdos que sistematizem “conversas” ou pensamentos que se “ouçam”. Os sinais, os símbolos, os ícones são calados mas não tácitos… Cada coisa está isolada ante os meus sentidos, que a aceita impassível: um ciclo de silêncio. Cada coisa na escuridão posso sabê-la, como sei que o meu sangue circula nas veias. 5

As imagens, a ponderar, integram-se numa obra artística que Avelino Sá desenvolve desde há 2 décadas, sob formato de Séries, onde se evidenciam ilações e evidências subtis subsumidas – também - ao Silentio. Fale-se de Séries que integram desenhos, pinturas e/ou encausticas, entre uma espessura que se volumetriza subtilmente, outras plasmando-se numa fluidez gráfica mais imanente. Quer em uns, como em outros casos, nas suas criações transparecem substâncias em conceitos, harmonizadas numa abstração e ausência de ornamentos e atributos que parafraseia – exatamente – a representação psicoafetiva do silêncio. As obras de Avelino Sá são reflexões, excertos de um pensamento e discurso crítico que o artista consolidou ao longo dos anos. Nesse pensamento, fundado nos seus escritores, poetas, filósofos e místicos que escolheu, imagino que motivado pelas suas afinidades eletivas, identificam-se denominadores comuns, presenças invisíveis – quando não visibilizadas nos nomes, muito em particular de Paul Célan e Matsuo Bashô. Sob auspícios e cronologias diferentes, todos eles convocam o silêncio, o repúdio pelo excessivo, a concentração no essencial, residindo no âmago substantivo. A conceptualização de silêncio, à qual me posso referir, é herdeira lucidez argumentativa e ontológica de John Cage6 - que “once and again”, eu convoco…pois nunca é demais retoma-las. Pedia-se o silêncio, mas o silêncio exigia que continuasse a falar… O silêncio requer preenchimento, a cumplicidade que permite ele mais se evidencia, mais se intensifique por compensação. O silêncio exige ideia e matéria, donde espraiar-se através do desenho que é em si, substância quanto conceito.7 Também pela via da música, que nutre, domina ou recentra a sua convergência poiética extrema, em estádio de produção, as referências inundam ou retraem a dominância da sua ação sobre um desenho ou uma tela, fluindo consoante a mão que domina a forma. Pensar-seia no Elogio da Mão, seguindo Henri Focillon. As mãos, servas do artista ou dominando-o, questionam, meditam o mundo que este gera: “ A mão é ação: apanha, cria e, às vezes, dir-se-ia que pensa.”8 E ainda, secundando Arlette Serullaz : “La main est de toutes les parties du corps humain, après le visage, assurément la plus autonome, la plus importante… »9 Mas nunca, tão totalmente autónoma, que o artista/autor não a possa insinuar, direcionar, tomando-a com subtileza inadvertida! As mãos são instrumentos silenciosos que conduzem os instrumentos de escrita, de desenho ou pintura sobre as superfícies que escolhem pela leviandade da superfície tocada pelo tato. Ao desenhar, ao escrever, ao pintar produzem-se sons breves, silentes, meditados pela densidade visual que geram. Os ruídos insinuados são uma escrita. Os aromas que se dispersam são uma escrita. Os sinais visuais são uma escrita. Escreveu Paul Valéry que “o silêncio é o tempo perfumado por ruídos.” 5

Cesare Pavese – “Mania da solidão”, Trabalhar cansa, Lisboa, Ed. Cotovia, 1997, p.73 John Cage, “Conferência sobre o nada”, Silence, Connecticut, Wesleyan University Press, 1973, p.109 7 Veja-se M.F.Lambert, – Rui Horta Pereira - Silêncio, desenho e alma da matéria, Porto, Quase Galeria, 2010, s/p. 8 Henri Focillon, La vida de las Formas y Elogio de la Mano, Madrid, Xarait Ed., 1983 9 Arlette Serullaz, Edwart Vignot, La Main dans l'Art, 2010 6

E Marc de Smedt: “O silêncio é a cor dos acontecimentos.” Então, sobressai quanto os sentidos são chamados para que se distingam, na representação interna que se dobra dentro de cada pessoa, as provas do silêncio. Assinala-se o seu esplendor, expandido ou contraído em linhas, traços, manchas, caligrafias destacadas ou rasuradas, simulando palimpsestos. As evidências do silêncio visibilizado são inúmeras, correspondendo bastante ao que sejam os ritmos anímicos e pulsáteis de quem se autorize cativá-lo numa poética decidida. As obras, que se mostram em Visões interiores - Arqueologias de uma escrita em rotação, possuem superfícies de dimensões várias, onde de dispersam ou concentram esses ruídos, cheiros e sinais a que aludi antes, aparentemente regimentados ad libitum para os visitantes os decifrarem, num processo de receção que não é direto, nem imediato. Irregulares, são cúmplices entre a delonga e fugacidade, e tanto no efémero quanto na espera-demora. Na sua relação, quiçá algo apaziguada ou compulsiva, existem pausas que suspendem imaginações, sentimentos e “um pensar sobre”...Vejam-se as ideias sozinhas, espécie de ilhas, cujos recortes topográficos sejam circunscrevidos pelo desígnio de cada espectador. As suspensões, os intervalos, os lapsos entre as sonoridades geradas, conformam a substância percecional – como um todo - que se convencionou designar por música. La musique, ou art des Muses, peut être définie comme l’art de combiner les sons, sur un canevas de silence, d’après des règles, variables selon les lieux et les époques : comme méthode pour organiser la durée et habiter un espace avec des éléments sonores. (…) 10

Ao pensar a música, deparamo-nos com distintas aceções diferenciadas de silêncio, de natureza voluntária ou pulsional. Uma focagem mais literal para abordagem de silentium situase na ordem ou consignação semiológica: não existência de sentido vide significado. Silêncio, etimologicamente advém de silentium, silere que se pode traduzir por “calar-se”, manter o mutismo. Consegue datar-se o silêncio – como conceito – em toda a sua certeza na tradição do tempo ou da história? Silere é um verbo intransitivo que, segundo David le Breton11, se pode aplicar quer a humanos, quer a animais mas também a objetos e coisas. Implica uma atitude de placidez, de quietude, de tranquilidade que ninguém perturbe. Remeterá, na apropriação de alguns, para a solitude, a condição de estar só. Aquele que silencia, o que ausenta o ruído, destacando-o sob estipulações e normativos que equivalem ao vazio, toma posse da sua decisão em prol de um vácuo conceitual. O vazio é o nada que existe – ainda que improvável e rápido até voltar a ser, num ciclo mítico como Octávio Paz nos soube evidenciar: esse tempo do sagrado, dos deuses...que intervalado, aparentemente de modo irreversível, todavia seria objeto de retorno ainda que interrompido, por alguma façanha ousada de um qualquer herói mitológico, portanto capaz de ser retomado e, assim, sem termo ou conclusão…mito de Prometeu, mito de Sísifo… Música, porque era considerada a arte das Musas…sabendo-se que às artes do olhar – escultura, pintura e arquitetura, os Gregos não lhes atribuíram essas deidades, apesar de um dos sentidos superiores ser a visão… Pois que, por oposição à Dança, Música e Poesia, para esses primeiros filósofos e pensadores, as artes ditas “representativas” ou “construtivas” não as careciam. Isto porque, para cumprir os quesitos de produção de uma destas Artes que se queria sobretudo virtuosística em prol de uma consecução mimética ou edificadora exímia, cabia dominar as técnicas para boa aplicação das regras do fazer instituído. Eis a noção de Arte 10

Marc de Smedt, Éloge du Silence, Paris, Albin Michel, 1986, p.82 David le Breton, Op. Cit., p. 13, onde se pode confrontar com um outro verbo latino “tacere”, verbo transitivo, ativo, “cujo sujeito é uma pessoa, que significa interrupção ou ausência de palavra.” 11

como Tekné. Ora, era entendido por uma sabedoria que o corpo humano, na sua dimensão predominantemente física se podia adestrar e realizar em termos de ações e atos físicos. Então, não eram precisas Musas para lhes outorgar saber…contrariamente às Artes Expressivas, para cuja concretização poiética, ainda que regularizadas sob determinações normativas, carecia a inspiração do divino, tanto quanto que Este dotasse o artista de dom para a saber administrar, tarefa que as Musas tinham adstritas à sua existência mitológica.

Na obra de Avelino Sá coincidem ambas perspetivas. Por um lado, o domínio de um fazer, que não mais, obviamente, procura o mimetismo visual, antes a coerência intrínseca entre a sua visão interior, e mental, e a lisibilidade externalizada no desenho ou pintura transposta em consonância, em uníssono – mimesis numa assunção primordial do termo que se revia no ato e na ação de teor performático. Por outro lado, a atuação que fluindo de um pensamento complexo e referenciado por múltiplos saberes, parece surgir no advento de uma dinamização interior, talvez conduzida por seres invisíveis que se desprendem e alastram no ambiente do ateliê, instaurando uma espécie de suspensão do real. Prevalecendo, todavia, a consciência existencial e societária, ainda que não discernível num primeiro olhar mais esteticizado. Silêncio interior versus silêncio exterior: os espaços vazios no decurso das conversas possuem uma medida conferida, ditada pelas convicções singulares dos intervenientes. Consoante os dimensionamentos próprios a cada um, esses vazios de palavras, olhares ou gestos podem ou não corresponder ao estereótipo de silêncios negativos, de ausências excessivas. Confundemse com descontinuidade afetiva, perturbando/questionando padrões de comportamento interrelacional imposto ou tão apenas poderão ser uma pausa elaborativa e transformadora – quase um catalizador. Há pausas, demonstradas em silêncios regulares e geométricos (submetidos no reino de Cronos), que vão destacar, com aguda evidência, a gestação de sonoridades convencionais e quotidianas. Quem tem o direito à palavra que rompe a doce expetativa do que possa ser dito e altere para sempre o olhar de uma vida? O silêncio também fala. Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio.

A palavra é tempo; o silêncio, eternidade. Silêncio não significa esquecimento. Silêncio também é resposta. O silêncio é a alma do sossego.12

Os conteúdos axiológicos dos ditados populares podem traduzir-se em construções poéticas e iconográficos, agregados por consignações semânticas em que se reconhece um pensamento crítico. Frequentemente impulsionando, direcionando para interpretações que, por vezes, se mostram indefinidas, se não mesmo polissémicas. Os aforismos, advérbios, adágios populares povoam as nossas lembranças e são parte integrante das memórias do mundo. É revelador o número de sentenças que se destinam a explicitar o “silêncio”, outorgando-lhe um valor superior, propugnando-o como “lema” de atuação. Pois quando o refrão não afirma determinada “sentença” (síntese conclusiva e direcionadora de ideias em confronto), pelo menos aconselha ou ordena, com o verbo na forma imperativa. Contudo, e por vezes, exclui o verbo, para marcar a ausência de tempo histórico, pois uma das caraterísticas do provérbio é ser usado, ter um período de aplicação extremamente prolongado, transmitido de geração em geração. Tal advém, da maioria das expressões respeitarem, remeterem para vivências e situações que se verificam constantes e contínuas nos grupos e nas comunidades humana. A focagem, mais erudita por certo, reside no termo silentium, situando a ordem e a sua consignação semiológica: não existência, tranquila e quieta, de sentido vide significado. Mas não significa ausência de comunicação, pois que essa ausência é somente aparente, sendo recheada por outros perceptos. Aquele que silencia é sereno, assim se entenda quem seja responsável por ausentar o ruído, destacando-o sob estipulações e normativos que equivalem ao vazio. O vazio é o nada que existe – ainda que improvável e rápido até voltar a ser, num ciclo mítico como Octávio Paz nos soube evidenciar: esse tempo do sagrado, dos deuses...que intervalado, aparentemente irreversível, pode todavia ser retomado e assim sem termo ou conclusão…mito de Prometeu, mito de Sísifo… Na condição linear, de tempos excessivamente ocupados com ruídos e imagens acumuladas, a sabedoria do espaço, é tomada como um privilégio ou quase como um desperdício…diriam alguns. Estas comportam uma ascensão de identidade que se sabe certa: autognose – complementaridade entre sensibilidade e inteligência lúcidas. Uma sala vazia induz ao silêncio e quando esse espaço, inicialmente considerado neutro, se encontra em estado de espera, imaginam-se sonoridades geradas por camadas de memórias, preenchendo todas essas potencialidades estagnadas de sentidos e decisões. …Pelas imagens entramos em diálogo com o indizível 13

ou Le silence uni de l’hiver Est remplacé par l’air Par un silence à ramage ; Chaque voix qui accourt 12 13

Transcrição de adágios, provérbios e ditos populares, compilados por mim ao longo de vários anos. Ana Hatherly, “O que é o espaço?”, O Pavão Negro, Lisboa, Assírio & Alvim, p.37

Y ajoute un contour, Y parfait une image.14

Segundo Michel Maffesoli, Heidegger considerava que na necessidade de pensar residia “o destino do Ser no seu silêncio” ou ainda “a concretização eficaz daquilo que é entendido como silêncio.”15 Ao pensar o silêncio enquanto imagem/ na imagem corresponde-se ao desejo – involuntário e consequente – de materializar ainda que sub-repticiamente aquilo que é invisível, imaterial. Fica-se mais tranquilo, talvez. Ao pensar o desenho ou a pintura, ao pensar a música, ao pensar a escrita falada, todos construídos por frases pronunciadas com intuito de significar [leia-se comunicar] deparámo-nos com aceções diferenciadas de invocação quer de espaço, quer de tempo. O tempo silencia a ação, torna-a memória ou musealiza-a, se assim for caso. O espaço, assim como o tempo, é o grande continente do silêncio; sabe-se ser um propagador maior de emissão, de reverberação de sons, ruídos e outras existências, de teor quer sonoro, quer visual, quer olfativo, quer táctil, quer de paladar...assim se reencarnando variações sobre os tópicos antagónicos, mas todavia suscetíveis de serem comunicantes. Associa-se silêncio a despojamento, ao regresso essencializado, a natureza e a paisagem indiciadora que se expõe em terrenos áridos que a polissemia irá cultivar. Nos desenhos e encausticas vêm-se as imagens exteriores permitidas, depois de transporem a sua condição de internalizadas, depois de resultarem, de advirem em constructos visíveis. São, efetivamente, visões iniciadas no interior que cumprem um círculo estético. Nas obras de Avelino Sá persiste essa aceção/assunção, convertendo cada uma das peças em relíquias exíguas do fundamental. Com uma noção rigorosa do essencial, as suas composições são compensadas e cumprindo a proporção justa de elementos celebrados. Maria de Fátima Lambert

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Rainer Maria Rilke, “Le silence uni de l’hiver”, Verger – suivis d’autres poèmes français, Paris, Gallimard, 1978, p.71 15 Michel Maffesoli, La parole du silence, Paris, Les Éditions du Cerf, 2016, p.52

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