VIVAS, Rodrigo. A Resistência da Técnica e a imaginação - gravuras de Betho Freitas

September 30, 2017 | Autor: Rodrigo Vivas | Categoria: Arte contemporáneo, História da arte, Gravura, Centro Cultural UFMG
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Betho Freitas Bacharel em Artes Visuais pela UFMG, com habilitação em Gravura em Metal, e graduando em Artes Gráficas, Betho Freitas atuou em diversas coletivas em Belo Horizonte e outras cidades mineiras. O artista trabalha profissionalmente, desde 1990, como diretor de arte no Jornal Diário do Comércio. Seu interesse pelas artes visuais iniciou nos anos 80 e, desde então, não parou mais. Nessa mesma década ganhou o terceiro lugar do prêmio Concorrência de Talentos em Contagem/MG. Em Belo Horizonte, participou da 40ª Conferência Internacional Hume Society, na Escola de Arquitetura e Design-UFMG, em 2009, e das coletivas: “Resistência da Técnica”, na Galeria de Arte Cemig e “Máquinas poéticas, esculturas cinéticas”, no CCUFMG, ambas em 2012. Compôs

também, nesse mesmo ano, a segunda edição da coletiva “Resistência da Técnica”, no Sistema FIEMG de Ouro Preto. O artista integrou outras coletivas: “O que eu vejo? O que eles Veem?”, no ICEX-UFMG; “Em Casa”, na Casa da Gravura UFMG; “Encontros”, no Ateliê Cayab, Congonhas/MG, em 2013. Ademais, expôs individualmente as séries “Caminharte”, no Sind. Bancarios-BH, em 2000; “Olhar inquisidor”, no Restaurante Calabouço na cidade de Ouro Preto, em 2006 e no Parque Ecológico, Itatirito/MG, em 2008. Em 2010 atuou junto à equipe cenográfica durante a realização da peça “A Viajem de Thespis”, no 43º Festival de Inverno da UFMG. Atualmente, Betho Freitas é integrante dos coletivos “Carimbo e Casa Gravada.”

EXPOSIÇÃO

BETHO FREITAS

CURADORIA

RODRIGO VIVAS

A RESISTÊNCIA DA TÉCNICA E A IMAGINAÇÃO ABERTURA: DIA 12 DE DEZEMBRO ÀS 19HS VISITAÇÃO DE 13 DE DEZEMBRO DE 2014 A 13 DE FEVEREIRO DE 2015 HORÁRIOS: TERÇAS E SEXTAS DE 10H AS 21H; SÁBADOS E DOMINGOS DE 10H AS 18H.

CENTRO CULTURAL UFMG ESPAÇO MEMÓRIA E EXPERIMENTAÇÃO AV. SANTOS DUMONT, 174, CENTRO WWW.CENTROCULTURAL.UFMG.BR ENTRADA FRANCA

A resistência da técnica e a imaginação Rodrigo Vivas O que é uma gravura? Talvez uma das únicas modalidades capazes de suportar essa pergunta nas artes visuais seja a gravura. Não que sua história não tenha passado por modificações técnicas de Albrecht Dürer à Francisco Goya e, muito menos, que exista um número reduzido de temas retratados, mas os gravuristas parecem pertencer a um mundo específico e singular. Mesmo depois de tantas inovações nas técnicas de impressão, os gravuristas resistem na preservação da técnica. Esse respeito à tradição é compartilhado pelos membros desse grupo imaginário, basta acompanhar um gravurista visitando uma exposição. O ritual é se aproximar da gravura, olhar atentamente para a técnica e recompor todo o processo de feitura. Como se a imagem do fazer

fosse passo a passo se descontruindo e reconstruindo mentalmente. Betho apresenta nessa exposição o rigor do ofício, mas tensionado pela imaginação ou o diálogo com o imaginário. O artista trabalha com representações icônicas das cidades e rapidamente nos reconhecemos como parte dos cenários. Existe uma tensão entre o reconhecimento e o estranhamento, justamente pelo artista dominar aspectos recorrentes na maioria das cidades que conhecemos. Seriam então construções imaginárias? O artifício da memória, mesmo que inventada, parece outra proposição. Casarões que um dia tiveram sua plenitude esforçam-se por sobreviver ao tempo. Por vezes, as formas arquitetônicas quase se apagam no gesto da técnica em uma formalização de escalas de cinza e preto. Esse universo tão profícuo talvez explique a sobrevivência e a atualização da técnica na sua integração com o imaginário que o artista Betho tanto consegue materializar.

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