Waldano Heler Natxari Wanga CURSO DE AGREGAÇÃO PEDAGÓGICA (MODULO I) \" Ensinar é um critério \" LUANDA / 2017

May 20, 2017 | Autor: W. Wanga | Categoria: Pedagogia
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Waldano Heler Natxari Wanga

CURSO DE AGREGAÇÃO PEDAGÓGICA

(MODULO I)

“Ensinar é um critério”

LUANDA / 2017

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AO LEITOR O autor ficar-lhe-á muito agradecido se lhe der a conhecer a sua opinião acerca da elaboração desta caderneta, assim como sua apresentação e impressão. Agradece também qualquer sugestão. O endereço é: [email protected] /[email protected]/

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ÍNDICE INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 4 UNIDADE I- A PEDAGOGIA ........................................................................................................... 5 1. A PEDAGOGIA........................................................................................................................... 5 1.1. OBJECTO DE ESTUDO DA PEDAGOGIA ............................................................................ 5 1.2. OBJECTIVOS ............................................................................................................................. 5 1.3. TAREFAS / FUNÇÕES .............................................................................................................. 5 1.4. CATEGORIAS OU CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA PEDAGOGIA. ......................... 5 1.6. AS COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR ................................................................................ 7 1.8. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ..................................................................................................... 7 1.9. A EDUCAÇÃO COMO FENÓMENO SOCIAL ..................................................................... 8 UNIDADE II – A DIDACTICA ......................................................................................................... 8 1.2. OS PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS ............................................................................................... 9 1.3. OS OBJECTIVOS DE ENSINO ................................................................................................ 9 UNIDADE III – A METODOLOGIA ............................................................................................. 10 3.2. A CLASSIFICAÇÃO DOS METODOS DE ENSINO. .......................................................... 10 UNIDADE IV – A AULA.................................................................................................................. 12 4.1. O PLANO DE AULA ................................................................................................................ 12 4.1.1. ROTEIRO BÁSICO PARA PLANO DE AULA ................................................................ 12 4.3. A AULA (COMO FORMA DE ORGANIZAÇÃO DO ENSINO) ........................................ 18 UNIDADE V- METODOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM (APLICAÇÃO PRÁTICA) ................................................................................................................................. 20 UNIDADE VI- MEIOS DE ENSINO .............................................................................................. 26 UNIDADE VII- A AVALIAÇÃO .................................................................................................... 26 7.1. TIPOS DE AVALIAÇÃO (Observação) ................................................................................. 26 7.2. FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO.................................................................................................... 27 7.3. REQUISITOS PARA UMA AVALIAÇÃO OBJECTIVA. ................................................... 27 7.4. A IMPORTANCIA DA AVALIAÇÃO CONTINUA NA PEDAGOGIA MODERNA ...... 27 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................... 28

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INTRODUÇÃO O principal objectivo desta caderneta é tornar-se um instrumento de trabalho que venha a ser útil em função das necessidades do formando, nela se propõe pistas de reflexão, além de métodos para trabalhar de um modo diferente, trata-se de um instrumento de formação para o professor: ao incentivá-lo a começar um processo de mudança e acompanhá-lo em tal processo, propõe-lhe saberes teóricos e métodos, a fim de fazer evoluir seu ensino em harmonia com as necessidades dos alunos e as finalidades definidas pelo sistema educacional. Entre as competências profissionais que devem ser adquiridas neste curso, podemos citar aquelas que permitem: • Organizar um plano de acções didácticas no âmbito da disciplina; • preparar e implementar situações de aprendizagem; • diferenciar os objectivos da aprendizagem a partir do programa elaborar uma progressão e as sequências da aula; • analisar os diferentes obstáculos; • controlar o desenrolar de uma situação de aprendizagem e avaliá-lo; • gerir os fenómenos relacionais; • fornecer uma ajuda metodológica aos alunos; • trabalhar em equipa em sua disciplina e com outras disciplinas (interdisciplinaridade); Esta caderneta trata unicamente da didáctica das ciências e pressupõe o domínio dos conhecimentos académicos por parte do formando; é fundamental possuir perfeitamente os conhecimentos relacionados com as disciplinas que devem ser ensinadas. Propomos aos formandos e leitores que se envolvam em um processo de reflexão e de experimentação a fim de que possamos ajudá-los a elaborar um ensino coerente com as finalidades estabelecidas e as necessidades das crianças. Como o professor já tem suas competências iniciais e diversas motivações, esta caderneta é concebida de maneira que cada qual possa abordá-la pelo tema que lhe parecer mais adaptado ao seu caso. Os procedimentos que propomos são uma permanente reflexão entre a teórica e a experimentação concreta. As diferentes partes desta caderneta não devem ser bordadas de uma forma linear, mas, favorecendo um trabalho em que se proceda a incessantes chamadas e respostas mútuas entre os níveis teóricos e práticos. Esperamos que esta caderneta possa fornecer uma contribuição enriquecedora para os professores e para o maior proveito dos alunos. Sugerimos que o formando adopte a atitude de experimentador de seus próprios produtos e de sua própria didáctica, que deve evoluir em função de sua reflexão e das aplicações efectuadas em situação de sala de aula.

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UNIDADE I- A PEDAGOGIA 1. A PEDAGOGIA Pedagogia é a ciência que estuda a educação. A denominação tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). Pedagogo era o escravo responsável pela instrução da criança. A história levou séculos para conferir o status de cientificidade à actividade dos pedagogos apesar de a problemática pedagógica estar presente em todas as etapas históricas a partir da Antiguidade. No entanto, o termo pedagogia, somente generalizou-se na acepção de elaboração consciente do processo educativo a partir do século XVII, graças ao trabalho do grande pedagogo de nacionalidade Checoslováquia “Juan Amos Comenium” a partir da sua obra intitulada “Didáctica Magna” onde aborda pela primeira vez problemas relacionados com o ensino e a educação de forma específica. Ele “analisa como deve ser um sistema de educação e analisa também a estrutura do processo de ensino”. A pedagogia abrange três aspectos fundamentais: 1. Aspecto filosófico: que procura estabelecer os caminhos da educação de acordo com os valores de cada sociedade e que estuda os princípios fundamentais, Tais como as relações da educação com a vida, os ideais e as finalidades da educação; 2. Aspecto científico: que procura estabelecer o que é a educação apoiando-se nos dados apresentados pelas ciências; 3. Aspecto técnico: que procura “como educar”, este aspecto coloca-se entre o que deve ser (filosófico) e o que é (o cientifico) ligando o ideal ao real. 1.1. OBJECTO DE ESTUDO DA PEDAGOGIA Consiste no estudo da educação como um processo de organização dirigido. Este processo é também chamado processo pedagógico onde o ensino e a educação se entrelaçam estreitamente. 1.2.

OBJECTIVOS

A Pedagogia ao estudar a educação como um processo de organização dirigido tem os seguintes objectivos: a) Estudar de acordo com a sua base metodológica, as características do processo pedagógico, a actividade do educador e do educando. b) Estudar os fins, o «conteúdo, os meios e os métodos da actividade educativa. A educação em Angola tem como objectivo a formação harmónica e multifacetica da personalidade. 1.3.

TAREFAS / FUNÇÕES

1º. Função teórica: Analisar a teoria, isto é, conceptual e ideal das regularidades da educação a partir do qual se elaboram as bases da política instrutiva a actividade prática 2º F. Pratica: Radica a aplicação das bases práticas dizem, teóricos à actividade docente educativa. A função teórica e prática da pedagogia são solidários, interdependente e complementam-se.

3º F. Prognóstica: Estudar a tendência de desenvolvimento da educação e a sua projecção no futuro. 1.4. CATEGORIAS OU CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA PEDAGOGIA. As categorias ou conceitos fundamentais da pedagogia são: Educação; Ensino; Instrução/Formação & Aprendizagem. 5

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1.1.1. Educação É a transmissão de conhecimentos, ideias, crenças, opiniões e costumes das velhas gerações aos jovens e passa de geração em geração. Mediante a educação se forma a conduta, a consciência dos homens de acordo com os princípios e normas estabelecidas pela sociedade. a) A educação no sentido amplo: compreende a influencia de todo modo de vida do homem. b) A educação no sentido restrito: compreende o trabalho dos educadores para formar nos educandos ideias, sentimentos, motivos, necessidades, hábitos ou formas de conduta. Esta educação realiza-se na escola pelo professor. 1.1.2. Ensino É o processo pedagógico de dotar o aluno, sob a direcção do professor com conceitos, bem como com o desenvolvimento das capacidades intelectuais dos alunos. Este processo manifesta-se de forma bilateral (professor-aluno). 1.1.3. Instrução Ocupa-se da formação motora e intelectual do indivíduo. Ela é apenas uma parte da educação. A instrução alcança-se mediante o ensino. 1.1.4. Outras categorias a) Auto-educação: actividade sistemática e consciente que contribui a formar e aperfeiçoar e modificar o comportamento. A educação e auto-educação não só estão caminhadas ao desenvolvimento da personalidade, mas também para a sua correcção. b) Reeducação: é um processo que visa mudar ou substituir qualidades do carácter já formados. c) Aprendizagem: é um processo de aquisição e assimilação mais ou menos conscientes de novas formas de perceber, ser, pensar e agir e que modificam ao comportamento do individuo. Existem diferentes tipos de aprendizagem: 1. Cognitiva: simples informação sobre os factos ou suas interpretações com base em conceitos, princípios e teorias. 2. Motora ou motriz: aprendizagem de hábitos que incluem desde simples habilidade motora até habilidade verbais ou gráficas. 3. Afectiva ou emocional: diz respeito ao desenvolvimento de certos sentimentos e emoções. 1.5. DIFERENÇA ENTRE EDUCAÇÃO E O ENSINO No processo educativo actuam muitos factores (família, meio, escola, etc.) enquanto no processo de ensino actuam apenas dois factores (professor e aluno). O processo educativo é prolongado e continuo. Os resultados do processo educativo não são facilmente observáveis nem avaliados a curto prazo como os de ensino. O ensino deve cumprir horário, um programa obrigatório e um calendário obrigatório. Enquanto o processo educativo não pode ser limitado no cumprimento de um horário.

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No ensino o aluno assimila conhecimento hábitos, habilidades, capacidades que o levará depois a prática, na prática, na educação deve se formar nos educandos qualidades morais, formas de conduta estabelecidas pela sociedade. 1.6.

AS COMPETÊNCIAS DO PROFESSOR

Não há docência sem decência, ensinar exige: pesquisa, respeito aos saberes dos educandos, criatividade, estética e ética; ensinar exige reflexão crítica sobre a prática, Riscos, Aceitação do novo; rejeição a qualquer forma de discriminação. Ensinar não é transferir conhecimento, exige consciência do inacabamento, bom senso, alegria e esperança, ensinar exige apreensão da realidade, Curiosidade e a convicção de que a mudança é possível ensinar é uma especificidade humana. Ensinar exige segurança, competência profissional e generosidade, exige comprometimento, liberdade e autoridade. Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica e acima de tudo honestidade intelectual. Exige querer bem os educandos e compreender que a educação é uma forma de intervenção no mundo.1 Todo o professor deve ser adoptado de competência como: a) Campo cientifico – domínio de matéria que permite: 1. Transmitir com segurança; 2. Evitar a transmissão de erros científicos; 3. Inspirar credibilidade e confiança; 4. Prestigio a actividade docente.

b) Campo Psico-pedagogico – possibilita ao professor: 1. Transmitir o conhecimento de forma clara e compreensiva; 2. Maior facilidade no manuseamento de programas de outras matérias didácticas, respeitando os requisitos peculiares de cada fase etária dos discentes; 3. A utilização de uma linguagem adaptada ao nível etário dos discentes; 4. Fazer o desenvolvimento dos conteúdos de forma lógica e gradativa.

c) Campo Afectivo – permite ao professor: 1. Compreender as actividades dos seus alunos com muito afecto; 2. Resolver os problemas dos seus discentes com muito amor e carinho; 3. Incentivar os discentes há participação; 4. Evitar indisciplina 5. Incentivar a assiduidade pontualidade dos discentes Obs.: O professor de ensino primário deve possuir noções básicas de todas as ciências

adaptadas neste currículo primário no sentido de facilitar a orientação de conhecimentos e obter bons êxitos na sua nobre tarefa. 1.8. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Na Antiguidade, alguns sistemas educativos ensinavam religião e transmitiam as tradições populares. Outros davam ênfase ao estudo da escrita, das ciências, das matemáticas e da arquitectura. Os sistemas de educação nos países ocidentais se baseavam na tradição religiosa do cristianismo. Na Grécia antiga, porém, Sócrates, Platão e Aristóteles influíram na educação ao preparar intelectualmente os jovens para assumirem posições de liderança na sociedade. Roma se aperfeiçoou recorrendo a professores gregos e considerou fundamental o ensino da retórica e da oratória. A educação romana transmitiu ao mundo ocidental o estudo da língua latina, da literatura clássica, da engenharia, do direito, da administração e da organização do governo.

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FREIRE, Paulo - Pedagogia da autonomia

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Muitas escolas foram fundadas em mosteiros nos primeiros séculos da era cristã e a base dos conhecimentos concentrou-se nas sete artes liberais. PARA INVESTIGAR Juan Ammos Comenius & Jean Jacques Rousseau Pestalozzi & Anton Semenovitch Makarenko Herbert Spencer & Robert Owen Aristotle & Platão

1.9.

DATA DE NASCIMENTO, PROFISSÃO IDEIAS DOMINANTES SUAS IDEIAS PEDAGÓGICAS

LOCAL,

A EDUCAÇÃO COMO FENÓMENO SOCIAL A educação como fenómeno social é uma categoria geral e constante.

1. É um processo socializador: função homogeneralizadora e diferenciadora. # Ajustamento aos padrões culturais vigentes. 2. É um processo de controlo social: função conservadora ou inovadora. # A educação é inovadora ou conservadora de acordo com o contexto histórico e social no qual se manifesta. A educação como fenómeno social é um facto social que, a principio, tem por função socializar, integrar as gerações imaturas na sociedade e desenvolver a sociedade em geral e os indivíduos em particular. Tem funções de ajustamento social. É um canal de ascensão social, estabilidade social, peneiramento social, controle social. A educação como técnica social é um método de influenciar o comportamento humano de modo que este se enquadre nos padrões vigentes de interacção e organização social. Alguns regimes políticos usam a educação para transmitir o que lhes interessa. É utopia a pensar que todos os problemas sociais se resolvem pela educação, mas é certo que ela representa uma condição indispensável para resolvê-los. 1.10. CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO 1.Cuidado das crianças, 2. O desenvolvimento das forças físicas, 3. A formação de determinada ideologia, 4. Qualidades morais e o carácter. 5. A familiarização com o património cultural e 6. O desenvolvimento do gosto artístico. 1.11. TIPOS DE EDUCAÇÃO 1. Educação informal: corresponde a acções e influencias exercidas pelo meio, mas que não estão ligados especificamente a uma instituição. 2. Educação não formal: realizada em instituições educativas fora dos marcos institucionais mas com certo grau de sistematização e estruturação. 3. Educação formal: instituição de formação escolar ou não, onde há objectivos educativos explícitos e uma acção intencional. UNIDADE II – A DIDACTICA 1.1.

DIDÁCTICA

É a disciplina pedagógica que estuda as técnicas de ensino em todos os aspectos práticos e operacionais. Vem do grego (didaskein) quer dizer uma teoria da instrução, uma teoria do ensino. A didáctica divide-se em: geral e específica. 1. Como arte: Interessa-lhe o modo como os conhecimentos são transmitidos, a maneira como fazemos passar a informação. 2. Como técnica: supõe a aquisição e domínio de certas habilidades. 8

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3. Como Ciência a didáctica apoia-se numa determinada teoria do ensino que toma como ponto de referência. 1.2.OS PRINCÍPIOS DIDÁCTICOS São as posições determinadas de partida que orientam o ensino e aprendizagem de acordo com os objectivos da educação social e as exigências do processo de ensino e aprendizagem2. Os princípios didácticos são de carácter geral e essencial. São princípios didácticos os seguintes: a. Ter carácter científico sistemático (correspondência com os conhecimentos actuais e com os métodos próprios de cada matéria) b. Ser compreensível e possível de ser assimilado. c. Assegurar a relação Conhecimento – Pratica (vinculo entre conteúdo e os problemas da vida pratica) d. Assentar-se na unidade Ensino-Aprendizagem (esclarecer o aluno sobre o objectivo e a importância da aula). e. Garantir a solidez dos conhecimentos (recapitulação, exercícios, tarefas e sistematização dos conceitos básicos da matéria). f. Levar à vinculação trabalho colectivo à particularidade individuais. (a aula deve ser organizado e orientado para educar a todos os alunos da classe colectivamente) 1.3. OS OBJECTIVOS DE ENSINO Os objectivos são pontos de partida e de chegada da aprendizagem; são metas que se deseja que os alunos atinjam na aprendizagem e é sobre a distância a que os alunos ficam de cada uma dessas metas que a avaliação se vai efectuar. Os objectivos classificam-se em3:  Gerais ou educativos: são proporções gerais sobre mudanças comportamentais desejadas. Determinam os fins mais gerais a longo prazo, que devem ser alcançados pelos alunos. Esses objectivos resultam de uma filosofia de educação.  Específicos ou instrutivos: são proposições específicas sobre mudanças no comportamento dos alunos que serão atingidos gradativamente no processo de ensino-aprendizagem. Os objectivos, por sua vez, podem referir-se ao domínio cognitivo, afectivo e psicomotor. Domínio cognitivo: refere-se a razão, a inteligência e a memória, compreendendo desde simples informação e conhecimentos intelectuais, até ideias, princípios, habilidades mentais de analise e síntese. Ex. Conhecer os símbolos e representações utilizadas em mapas e cartas geográficas. Domínio afectivo: refere-se aos valores, atitudes, apreciações, interesses e modos de agir. Ex. Cooperar para a manutenção da ordem, da conservação, da limpeza da comunidade. Domínio psicomotor: refere-se as habilidades operativas ou motoras, (habilidades para manipular matérias, objectos, instrumentos ou maquinas). Ex. Construir um barco.

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LIBÂNEO, José Carlos – Didáctica. S. Paulo. Ed. Cortez, 1994 CATELA, Maria Emilia e VASCONCELOS, Maria Luiza- Guia de avaliação do rendimento escolar. Lisboa: didáctica editora, 1979. 3

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UNIDADE III – A METODOLOGIA 3.1. METODOLOGIA É o estudo da melhor maneira de abordar determinados problemas, no estado actual do conhecimento. Método: é o caminho para se atingir um determinado objectivo. Todo método, para ser adquirido exige dois elementos: 1º Conhecimento (teoria a respeito) e; 2º Experiencia (prática) Com efeito, parece-nos que a opção por um método de ensino decorre sempre de uma determinada apreciação prévia, feita pelo professor, do acto educativo, ainda que nem sempre essa apreciação seja plenamente consciente, ou explicita a sua fundamentação. Assim, muitas vezes, o professor limita-se a reproduzir métodos e atitudes que viu serem seguidos por outros professores, quer tomado como ponto de partida a sua própria experiencia de aluno, ou outra experiencias às quais tenha tido acesso, e não reflecte de um modo profundo acerca de outras alternativas possíveis. O método ideal deve: 1. Ser flexível de maneira que se capte as necessidades e a multiplicidade dos educandos 2. Ser experimental 3. Partir do exemplo para o princípio, do conhecido para o desconhecido para o desconhecido. Os métodos educativos são procedimento ou instrumento que o educador utiliza para incluir sobre a personalidade e a conduta do educando. Os métodos dependem, dos objectivos e conteúdos da educação. Assim os objectivos, o conteúdo e os métodos devem constituir uma unidade dialéctica. 3.2. A CLASSIFICAÇÃO DOS METODOS DE ENSINO. 3.2.1. Segundo a fonte de informação de ensino os métodos podem ser: a. Orais (exposição, descrição, narração, explicação, dialogo e interrogação), b. Visuais (demonstração e observação) Ao usar estes métodos devem ser sempre acompanhados, de explicação expositiva. c. Práticos (excursão, visitas, trabalho no laboratório, trabalho com livros) 3.2.2. Segundo o tipo de organização de aprendizagem são: a. Colectivos: (exposição; expositivo misto; de leitura) b. Em grupo: (simpósio, debate, discussão) 3.2.3. Segundo a tarefa didáctica são: 1. Métodos de formação de conhecimento, habito e atitudes; 2. Métodos de consolidação 3. Métodos práticos 3.2.4. Segundo a actividade cognoscitiva do aluno ou estudante são: Dedutivo, indutivo e de investigação ou Heurístico (socrático). 3.3. DEFINIÇÃO DE METODOS 3.3.1. Método de expositivo:

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Neste método os conhecimentos, habilidades e as tarefas são apresentadas, explicadas ou demonstradas pelo professor e a actividade do aluno é receptiva. E classificase em:  Exposição verbal: quando não é possível prover a relação directa do aluno com o material em estudo. Sua função principal é explicar de modo sistematizado quando assunto é desconhecido ou quando as ideias que os alunos trazem são insuficientes ou imprecisas.  A exemplificação: é um importante meio auxiliar da exposição verbal, principalmente nas series inicias do ensino de 1º grau. Ocorre quando o professor faz uma leitura em voz alta, quando escreve ou fala uma palavra, para que os alunos observem e depois repitam.  A demonstração: é uma forma de representar fenómenos e processos que ocorrem na realidade.  A ilustração: é uma forma de apresentação gráfica de factos e fenómenos da realidade, por meio de gráficos, mapas, esquemas, gravuras, a partir dos quais o professor enriquece a explicação da matéria. 3.3.2. Método de trabalho independente Consiste de tarefas dirigidas e orientadas pelo professor, para que os alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. Consiste em fazer com que os alunos possam aplicar conhecimento e habilidades sem orientação directa do professor. Uma das formas mais comum para por em pratica o trabalho independente e auxiliar no desenvolvimento mental dos alunos e: o estudo dirigido individual ou em duplas de alunos. Ele se cumpre basicamente por meio de duas funções: 1) A realização de exercícios e tarefas de reprodução de conhecimentos e habilidades que se seguem a explicação do professor; 2) E a elaboração pessoal de ovos conhecimentos, a partir de questões sobre problemas diferentes daqueles resolvidos em classe. 3.3.3. Método de elaboração conjunta. É uma forma de interacção activa entre o professor e os alunos visando a obtenção de novos conhecimentos, habilidades, atitudes, etc., bem como a fixação e consolidação de conhecimentos e convicções adquiridas. A elaboração conjunta supõe um conjunto de condições prévias: a incorporação pelos alunos dos objectivos a atingir, o domínio de conhecimentos básicos ou a disponibilidade pelos alunos de conhecimentos e experiencia que, mesmo não sistematizados são pontos de partida para o trabalho de elaboração conjunta. Este método. 3.3.4. Método de trabalho em grupo Consiste em distribuir temas de estudo iguais ou diferentes a grupos fixos ou variáveis, compostos de três a cinco alunos. A finalidade do trabalho em grupo é obter a cooperação dos alunos entre si na realização de uma tarefa. “A escolha de métodos compatíveis com o tipo de actividades dos alunos depende, portanto, dos objectivos, dos conteúdos, do tempo disponível, das peculiaridades de cada matéria da capacidade metodológica do próprio professor e essencialmente das características dos alunos”. 11

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UNIDADE IV – A AULA 4.1.

O PLANO DE AULA A planificação pode ser: 1. A longo prazo: refere-se a organização do trabalho do professor a ser realizado ao longo da fase ou do trimestre ou classe. 2. A médio prazo: refere-se à organização do trabalho do professor a ser realizado a uma unidade didáctica; 3. A curto prazo: refere-se à organização do trabalho do professor a ser realizado na aula.

Sendo a aula a unidade principal de processo de ensino e aprendizagem, o professor deve

organizar um plano de aula que contenha para além do cabeçalho bem esquematizado, os seguintes aspectos: a. A selecção dos conteúdos b. Selecção dos objectivos comportamentais; c. Indicação do material didáctico, execução ou realização. d. Avaliação. 4.1.1. ROTEIRO BÁSICO PARA PLANO DE AULA 4 (Cada aula obedecerá a um plano especifico)

I. II.

Plano de Aula: Data: Dados de Identificação: Escola: Professor(a): Professor(a) estagiário(a): Disciplina: Classe: Turma: Período:

III.

Tema: O tema específico a ser desenvolvido nesta aula Conceito fundamental: referencia sucinta de base historiográfica que sustenta o tema. IV. OBJECTIVOS: a serem alcançados pelos alunos e não pelo estagiário/professor; Objectivo geral: projecta resultados relativos a execução de conteúdos e procedimentos. Objectivos específicos: especificam resultados esperados e observáveis (geralmente de 3 a 4) Obs. começa-se sempre com verbos indicativos como por exemplo: Ao nível do conhecimento: associar, comparar, contrastar, definir, descrever, diferenciar, distinguir, identificar, indicar, listar, nomear, parafrasear, reconhecer, repetir, redefinir, revisar, mostrar, constatar, sumariar, contar; Ao nível de aplicação: calcular, demonstrar, tirar ou extrair, empregar, estimar, dar um exemplo, ilustrar, localizar, medir, operar, desempenhar, prescrever, registar, montar, esboçar, solucionar, traçar, usar; Ao nível de solução de problemas: advogar, desafiar, escolher, compor, concluir, construir, criar, criticar, debater, decidir, defender, derivar, desenhar, formular, inferir, julgar, organizar, propor, ordenar ou classificar, recomendar. V. Conteúdo: conteúdos programados para a aula organizados em tópicos (de 4ª 8) 4

QUIALA 2010

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VI.

Desenvolvimento do tema: descrição da abordagem teórica e pratica do tema (em anexo) VII. Recursos didácticos: (quadro, giz, retro-projector, etc.) e fontes históricoescolares (Filme, musica, quadrinhos, etc) VIII. Observação ou avaliação: pode ser realizada com diferentes propósitos (diagnostica, formativa e somátiva). Discriminar, com base nos objectivos estabelecidos para aula: Actividades (ex: respostas às perguntas - problema ao final da aula, discussão do roteiro, compreensão de gravuras, trabalho com documentos, etc. Critérios adoptados para a correcção da actividade. IX. Bibliografia: indicar toda a bibliografia consultada para o planeamento da aula dividindo-a entre básica e complementar.

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PLANO DE AULA

Nome do professor:_____________________________________________________________________________escola nº________________________ DISCIPLINA:_____________________________________________________________________________CLASSE:_____DURAÇÃO________SALA____ TIPO DEAULA:__________TEMPO LECTIVO:___________ nº de alunos_____________data:____/_____/______periodo:__________________________ TEMA: _______________________________________________________________________________________________________________________ SUMÁRIO/Assunto:______________________________________________________________________________________________________________ GERAL: __________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ OBJECTIVOS

Consolidação

Desenvolvimento

Motivação

Introdução do assunto Colocação didáctica dos objectivos

Avaliação

Tarefa

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Obs.

Didáctico Inicial

OBS.

Temp

ESPECIFICOS:____________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________ Nome do professor:_____________________________________________________________________________escola nº________________________ ESTRATÉGIA ACTIVIDADE Principio Método Meio de ensino Professor Aluno Função Didáctica CONTEÚDO

Waldano Heler Natxari Wanga – Curso de Agregação Pedagógica (MODULO I) 2017 PLANO DE AULA DISCIPLINA:_____________________________________________________________________________CLASSE:_____DURAÇÃO________SALA____ TIPO DEAULA:__________TEMPO LECTIVO:___________ nº de alunos_____________data:____/_____/______periodo:__________________________ TEMA: _______________________________________________________________________________________________________________________ SUMÁRIO/Assunto:______________________________________________________________________________________________________________ GERAL: __________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ OBJECTIVOS ESPECIFICOS:____________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________

Meio de ensino

Consolidação

Desenvolvimento

Motivação

Prínc. Didáctico

ACTIVIDADE Professor Aluno

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Obs.

CONTEÚDO

ESTRATÉGIA Método

OBS.

Tmp.

Função Didáct.

Waldano Heler Natxari Wanga – Curso de Agregação Pedagógica (MODULO I) 2017 PLANO DE AULA DISCIPLINA:_____________________________________________________________________________CLASSE:_____DURAÇÃO________SALA____ TIPO DEAULA:__________TEMPO LECTIVO:___________ nº de alunos_____________data:____/_____/______periodo:__________________________ TEMA: _______________________________________________________________________________________________________________________ SUMÁRIO/Assunto:______________________________________________________________________________________________________________ GERAL: __________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________________________________ OBJECTIVOS ESPECIFICOS:____________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________

ESTRATÉGIA Principio Didáctico

Método

Meio de ensino

Desenvolvimento

Motivação

CONTEÚDO

Observação ou avaliação

Consolidação

Tmp .

Função Didáct.

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I.

Plano de Aula: Escola: Professor(a): Disciplina: Classe: Turma:

II.

Tema:

III.

OBJECTIVOS: Objectivo geral:

Período:

Data:

Objectivos específicos:

IV.

. Conteúdo:

V.

Desenvolvimento do tema:

VI.

Recursos didácticos:

VII.

Observação ou avaliação:

VIII.

Bibliografia:

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4.2. AS EXIGÊNCIAS PARA A PREPARAÇÃO DE UMA LIÇÃO. Ao prepara qualquer lição, o professor deve ter em conta alguns aspectos fundamentais, copmo: a. b. c. d. e.

Saber para que vai ensinar (objectivos) Saber o que vai ensinar – (conteúdo) Como vai ensinar (métodos, estratégias, procedimentos e técnicas de ensino) Com que ensinar (meios de ensino) A quem vai ensinar (características do aluno)

4.3. A AULA (COMO FORMA DE ORGANIZAÇÃO DO ENSINO) Na escola, a aula é a forma predominante de organização do processo de ensino. Na aula se criam, se desenvolvem e se transformam as condições necessárias para que os alunos assimilem conhecimentos, habilidades, atitudes, convicções e, assim, desenvolvem suas capacidades cognitivas. Devemos entender a aula como um conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da actividade própria do aluno no processo da aprendizagem escolar, ou assimilação consciente e activa dos conteúdos. 4.4. 4.4.1.

ESTRUTURA DIDÁCTICA DA AULA Preparação e Introdução da Matéria.

Muitas vezes os professores na sala de aula pensam que motivar alunos é basicamente gerar um ambiente de risos e alegria na sala de aula através de anedotas ou piadas contadas aos alunos durante os cinco minutos iniciais ou intercalando a aula. É importante, porem, distinguir-se a motivação psico-pedagogica da motivação didáctica.5 No inicio da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de estudo: mobilização da atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do ambiente, suscitamento do interesse e ligação da matéria nova em relação à anterior. A motivação inicial inclui perguntas para averiguar se os conhecimentos anteriores estão efectivamente disponíveis e prontos para o conhecimento novo. A introdução do assunto: não é ainda a apresentação da matéria, mas a ligação entre noções que os alunos já possuam em relação a matéria nova, bem como o estabelecimento de vínculos entre a prática quotidiana e o assunto. O melhor procedimento para isso é apresentar a matéria como um problema a ser resolvido, embora nem todos assuntos se prestem a isso. Colocação didáctica dos objectivos: os objectivos indicam o rumo do trabalho docente, ajudam os alunos a terem clareza dos resultados a serem atingidos. 5

TAVARES denomina-o de motivação clássica, aquela conversa feita no princípio de cada aula relativamente à matéria a leccionar e que para alguns pedagogos se tornou regra didáctica (TAVARES, António Henriques. A motivação na escola activa. Lisboa editora, 1979.pag 70.

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4.5.

TRATAMENTO DIDACTICO DA MATERIA NOVA.

Os conteúdos compreendem as matérias nas quais estão sistematizados os conhecimentos formando bases para a concretização dos objectivos. Os conteúdos de ensino se compõem de três elementos nomeadamente: conhecimentos sistematizados, habilidades e hábitos, atitudes e convicções. Nesta etapa se realiza a percepção dos objectos e fenómenos ligados ao tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento das capacidades cognoscitivas de observação, imaginação e de raciocínio dos alunos. 1. Na transmissão: prevalecem as formas de estruturação e organização lógica e didáctica dos conteúdos. 2. Na assimilação: importam os processos da cognição mediante a assimilação activa e interiorização de conhecimentos, habilidades e conhecimentos. A assimilação de boa parte dos conhecimentos que compõem o ensino primário se inicia pela percepção activa da realidade. A percepção é uma qualidade da nossa mente que permite o conhecimento ou tomada de contacto com as coisas e fenómenos da realidade, por meio dos sentidos. Algumas actividades que preparam o aluno para a recepção activa são as seguintes: Pedir aos alunos que digam o que sabem sobre o assunto; levá-los a observar objectos e fenómenos e a verbalizar o que estão vendo ou manipulando; Colocar um problema prático cuja solução seja possível como os conhecimentos da matéria nova; fazer uma demonstração pratica que suscite a curiosidade e o interesse; registar no quadro as informações que os alunos vão dando, de forma a ir sistematizando essas informações. 4.6.

CONSOLIDAÇÃO E APRIMORAMENTO

Incluem os exercícios de fixação, recapitulação da matéria, as tarefas de cãs, o estudo dirigido; entretanto, dependem do que os alunos tenham compreendido bem a matéria e de que sirvam de meios para o desenvolvimento do pensamento independente, do raciocínio e da actividade mental dos alunos. A consolidação pode dar-se em qualquer etapa do processo didáctico. Ela pode ser reprodutiva (exercitação), de generalização (aplicação de conhecimentos para situações novas) e criativa (trabalho independente sobre a base das consolidações anteriores). 4.6.1.1.

A aplicação

Trata-se de prover oportunidade para os alunos utilizarem de forma mais criativa os conhecimentos, unindo teoria e prática, aplicando conhecimentos, seja na própria prática escolar, seja na vida social. O objectivo da aplicação é estabelecer vínculos do conhecimento com a vida, de modo a suscitar independência de pensamento e atitudes críticas e criativas expressando a sua compreensão da prática social.

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4.6.1.2.

Controle e avaliação dos resultados.

A verificação e controle do rendimento escolar para efeito de avaliação é uma função didáctica que percorre todas as etapas do ensino. A avaliação cumpre, ao menus, três funções: A função pedagógico-didactica: se refere aos objectivos gerais e específicos, bem como aos meios e condições de atingi-los. A função diagnostica: se refere a analise sistemática das acções do professor e dos alunos, visando detectar desvios e avanços do trabalho docente em relação aos objectivos, conteúdos e métodos. A função de controlo: se refere à comprovação e qualificação sistemática dos resultados da aprendizagem dos alunos, face a objectivos e conteúdos propostos. 4.6.1.3.

A tarefa para casa

É um importante complemento didáctico para a consolidação, estreitamente ligada ao desenvolvimento das aulas. A tarefa para casa consiste em tarefas de aprendizagem realizadas fora do período escolar. Entre a tarefa de casa e a aula não pode existir separação. Não é correcto que as tarefas de casa contenham exercícios cuja matéria não foi devidamente trabalhada em aula. UNIDADE V- METODOLOGIAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM (APLICAÇÃO PRÁTICA) 5.1. Metodologia de ensino da língua portuguesa (leitura e escrita iniciais) no (Ensino primário).

O ensino da leitura e escrita inicial da língua portuguesa deve: Começar com o emprego do método analítico-sintético. Este método consiste numa serie de decomposição e recomposição, começando da frase passando pela palavra terminando pelo som e letra. 5.2. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA DESENVOLVIMENTO DUMA LIÇÃO DE LEITURA ESCRITA DE QUALQUER FONEMA NA 1ª CLASSE.

a. Apresentação, observação e interpretação de uma gravura relacionada com o fonema a ensinar (Motivação). 5.2.1. DESENVOLVIMENTO DA AULA b. Elaboração de ficha-frase, seguida da sua apresentação numa fila que deve ser colocada debaixo da gravura observada. c. Leitura da frase no quadro pelo professor e alunos. d. Escrita da frase no quadro pelo professor em letra imprensa e manuscrita, chamando a atenção a alunos para a sua diferenciação. e. Leitura da frase em voz alta, clara, expressiva feita pelo professor e seguida pelos alunos que farão primeiro em coro, depois em grupo e individualmente,

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f. Distribuição das fichas frases a cada um dos alunos, a qual seguir-se-ão da posição da frase, palavra terminado em fonema ou letra em estudo (processo ficha). Isto deve ser sempre acompanhado com exercícios de leitura. g. Terminada a decomposição da frase, o professor através do processo lúdico, orienta a recomposição da frase começando agora pela letra passando a palavra e por último formando a frase inicial. Esta frase é acompanhada de jogos de leitura (processo lúdico) acompanhada de palmas, flexões de corpo etc. h. Terminada a decomposição da frase acompanhada de exercícios da leitura, segue-se os exercícios preparatórios da escrita da letra e da palavra com o dedo no ar, molhado em pó de giz (processo cinético). i. Terminada a 1ª classe sobre a aprendizagem do fonema seguem-se varias lições sobre a formação de palavras e frases das quais se destaca sempre a letra em estudo. j. Estas lições devem ser sempre acompanhadas de leitura e escrita em simultâneo. 5.3.MARCHA DE UMA LICÇÃO DE LEITURA DA 2ª A 6ª CLASSE 1Motivação: diálogo do professor com os alunos com o tema da lição. Pode basear-se numa gravura feita pelo professor ou do livro se houver. 2Desenvolvimento da matéria: a. Leitura silenciosa feita pelos alunos. b. Leitura expressiva ou modelo feita pelo professor, seguida auditivamente pelos alunos. c. Escolha e escrita de palavras no quadro de difícil significado pelos alunos. d. Interpretação global do texto pelo professor e alunos. e. Leitura oral do texto: colectiva, em grupo e individual. f. Leitura parcelar e expressiva pelos alunos acompanhada da respectiva interpretação. g. Elaboração do conceito geral do texto e a sua escrita no quadro (conclusão final). 3Consolidação (comprovação): a) Perguntas orais ou escritas sobre o texto. b) Passagem para os cadernos diários da matéria que se encontra no quadro (vocabulário e a conclusão) 5.4. METODOLOGIA PARA O ENSINO DA ORTOGRAFIA 12a. b. c. d. e.

Motivação: breve conversa com os alunos relacionado com o tema da lição. Desenvolvimento da matéria. Preparação didáctica (actividade sensorial). Leitura expressiva do texto pelo professor. Leitura silenciosa pelos alunos. Escolha e escrita de palavras de difícil grafia. Leitura clara e pausada de cada palavra, etc.

f. Actividade analítica: divisão silábica acompanhada de leitura e escrita das sílabas de difícil grafia. g. Actividade associativa: formação de palavras da mesma família e a sua escrita no quadro.

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h. Actividade sensorial: exercícios individuais de apagar e tornar a escrever as palavras de difícil grafia. OBS: Da 1ª classe à 2ª classe poder-se-á fazer exercícios cinestésicos (fazer exercícios de contorno das palavras com o dedo no ar). Actividade dirigida ao raciocínio: chamar a atenção aos alunos para as regras ortográficas existentes no texto. Preparação pedagógica: vários conselhos dados pelo professor aos alunos (posição correcta, calma, atenção, ouvir e perguntar). 3- Comprovação, avaliação ou controlo: a. Ditado propriamente dito. b. Nova leitura feita pelo professor para que os alunos passem a pontuação e verificação do trabalho realizado. c. Correcção individual dos trabalhos. d. Correcção colectiva do ditado feito no quadro. 5.5. TIPOS DE DITADO 1. Ditado exercício: aplicação e automatização escrita correcta das palavras. Realiza-se diariamente na sala de aula com o objectivo de conduzir os alunos a aprender a escrever correctamente as palavras. 2. Ditado prova: consiste na realização do ditado como actividade de comprovação e avaliação do progresso ortográfico dos alunos. Este ditado não é precedido de preparação didáctica. Por isso o professor procede do seguinte modo: a. Leitura expressiva clara e pausada do texto pelo professor para melhor compreensão do sentido do mesmo. b. Ditado propriamente dito. c. Nova leitura acompanhada de pontuação para que os alunos possam rever o trabalho realizado. d. Correcção do trabalho. 5.6.MARCHA DE UMA LIÇÃO DE GRAMATICA (2ª A 6 Classe) Para o ensino da gramática a qualquer nível, aconselha-se o uso do método indutivo dedutivo6. Feita a motivação, o professor conduz o desenvolvimento da matéria do seguinte modo: 1. 2. 3. 4. 5. 6.

Observação, analise e interpretação da gravura que contenha o assunto a ensinar. Destaque do assunto e sua analise que permita ao aluno uma melhor compreensão. Formação de frases relacionadas com o assunto da lição. Analise das mesmas (frases). Dedução da regra gramatical e escrita do conceito no quadro pelo professor. Aplicação da regra gramatical.

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Este método consiste em levar os alunos a observar, analisar os exemplos concretos da vida, conduzindo-os a deduzir o conceito ou regra gramatical e posteriormente a sua aplicação na vida.

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5.7. MARCHA DE UMA LIÇÃO DE REDAÇÃO COLECTIVA (2ª A 6ª Classe) 1. 2. 3. 4.

Conversa com a classe sobre um texto estudado ou gravura apresentada. Escolha do tema ou titulo e a sua escrita no quadro. Exploração e desenvolvimento do tema através do diálogo entre professor e alunos. Exploração oral da primeira frase pelos alunos e seguida de apreciação, correcção e escrita no quadro da frase devidamente corrigida por um dos alunos mencionado pelo professor. 5. Elaboração das restantes frases que compõem a redacção colectiva usando a técnica da frase anterior. 6. Terminada a redacção cujo número de frases depende da classe, segue-se a leitura colectiva, final de toda a redacção, podendo corrigir-se qualquer erro existente. 7. Transição da redacção nos cadernos diários sob a vigilância do professor. 8. Ilustração livre. 5.8. METODOLOGIA DO ENSINO DA LINGUA PORTUGUESA NO Iº CICLO. O ensino da língua português no Iº Ciclo compreende o ensino da literatura, da gramática, da redacção e da ortografia como meio de correcção e verificação das questões ortográficas dos alunos. Neste nível do ensino, para as aulas de leitura e interpretação de textos, gramáticas e redacção, segue-se a metodologia indicada para o ensino primário ajustando-a a faixa etária dos alunos e ao nível de conhecimento dos mesmos. A fase motivacional já não se faz com base na gravura, mas sim através do diálogo sobre a importância do assunto da aula para os alunos. 5.9.METODOLOGIA DE ENSINO DE MATEMATICA 5.9.1. Fases para o ensino de matemática (1ª a 6ª e no Iº ciclo) 1. Manipulação: trabalhar com objectivos didácticos para concretizar a situação problemática apresentada na motivação (fase concreta) – 1ª classe. 2. Representação esquemática ou gráfica: representação gráfica no quadro a situação problemática anteriormente manipulada (fase semi-concreta). – 1ª e 2ª classe. 3. Representação simbólica ou matemática: representação simbólica ou matemática da situação problemática anteriormente representada fisicamente. (fase abstracta). 4. Automatização: consiste em o aluno descobrir novas situações problemáticas relacionadas com o tema lição e encontrar a sua relação. Nota: a partir da 3ª classe a esquematização perde vigor, dado que as crianças já começam a experimentar o raciocínio abstracto. # Para os adolescentes (5ª 6ª e Iº ciclo) as fases que compõem uma lição de matemática começam com teoremas, seguida da sua representação simbólica ou matemática, a automatização ou exercitação e a exploração através de situações problemáticas. Obs. O método recomendável para o efeito é visual demonstrativo, o esquemático e a elaboração conjunta, partido sempre do conhecimento para o desconhecido.

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5.10. METODOLOGIA DO ENSINO DAS CIENCIAS NATURAIS E SOCIAIS Para além dos métodos gerais, comuns a qualquer disciplina, falaremos dos métodos específicos a estas disciplinas, nomeadamente: a. Métodos visuais de observação e demonstração – a ser utilizado nas ciências da natureza, psicologia, biologia, química, física e geografia. O acto de observação é constituído pelas seguintes fazes: 1. Apresentação do material a ser observado para que os alunos tomem consciência das principais características do objecto. 2. Reconhecimento: que consiste na recolha dos dados ou características do objecto observado pelos alunos. 3. Interpretação: identificação do objecto nas suas características externas que torna o aluno apto a fazer a leitura do objecto ou fenómeno observado. 4. Representação mental da imagem: que consiste nos alunos guardarem a imagem formulada através da análise do objecto observado. Neste momento, o aluno poderá descrever o objecto ou fenómeno observado com uma linguagem clara e precisa (avaliação). b. Método oral narrativo ou expositivo – a ser usado na História. Nota: o ensino da história actualmente, embora ainda obedeça a narração7 e exposição dos conteúdos, a narração não deve se transformar numa prática rotineira da actividade do professor, pelo que deve ser activo, dando espaço ao diálogo e questões dos alunos/estudantes. Ao professor de história compete explicar o aluno; fazer analisar os factos pelas suas causas e consequências; dar a história um sentido filosófico; saber discernir os acontecimentos mais importantes; Conduzir com clareza o encadeamento dos eventos; utilizar um vocabulário adequado ao nível etário dos alunos; fazer as de interrogações frequentes; recorrer ao concreto sempre que possível para uma objectivação dos factos, etc. 5.10.1. RECURSOS MOTIVADORES EM HISTÓRIA Sem documentos não há história, e os textos – se forem autênticos – apresentam muito maior valor sugestivo. Avaliam-se a estes os monumentos, as ruínas, moedas, selos, retratos, etc. Ainda são de grande importância para o ensino da história o cinema, o diálogo, a dramatização, o jornal e outros recursos que sirvam de apoio ao professor.

7

Não há método que seja universalmente valido menos para o ensino da História. Igualmente é inaceitável, hoje, o uso de um único método, visto que o professor desta disciplina deve recorrer a variados processos conforme os assuntos a estudar e a diferente massa discente com quem trabalha. (TAVARES: 1979 op. Cit)

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5.10.2. O ENSINO-APRENDIZAGEM EM FILOSOFIA. Uma das questões mais importantes para o ensino da filosofia e que pode ser colocada antes de muitas outras é dizível pela seguinte interrogação: «Será a filosofia ensinável?» visto que na situação escolar a filosofia é saber instituído. Poder-se-ia pensar num modelo de ensino-aprendizagem «Wittegensteiniano» da filosofia, tomando como ponto de partida a ideia fundamental para este pensador de que a Filosofia é uma actividade de esclarecimento lógico-linguistico de conceitos, sendo a sua didáctica, necessariamente, centrada na aprendizagem de uma nova linguagem rigorosa. 8 Uma visão aristotélico-escolastica da filosofia apelaria a um modelo de aprendizagem dialéctico, operando a partir da aquisição categorial de noções ou conceitos hierarquicamente organizados, cuja estruturação permitisse uma perspectiva sistémica do saber em progressiva atitude de construção racional de uma visão holística do real, articulando sempre conteúdos e métodos de ensino, em outros modelos de aprofundamento reflexivo do próprio conceito de Filosofia. Porem, a questão do ensinável da Filosofia é muitas vezes entendia na esfera restrita de uma visão pragmática da didáctica, mais como um adestramento de capacidades ou de atitudes. 5.10.3. O VALOR PEDAGOGICO DA FILOSOFIA. A filosofia tem um triplo objectivo geral: 1. Ao nível científico: desempenhar um papel de «lugar» especialmente vocacionado para uma reflexão interdisciplinar, de fundamentação metodológica e epistemológica dos saberes – função mediatizante, sistematizante e crítica do mundo da cultura. 2. Ao nível pedagógico-formativo: desempenhar uma função de algum modo análogo à desempenhada pelas disciplinas de ‘ matemática e gramática’, como disciplinas lógicas, de valor basilar para a aquisição dos instrumentos conceptuais mínimos para a compreensão dos vários conteúdos disciplinares em outras áreas científicas. 3. Ao nível filosófico-existencial, desempenhar o papel de um contributo para a formação dos jovens, fazendo despertar neles uma atitude critica de redobrada atenção a si mesmos, à vida e aos valores intersticiais do tecido cultural dimensionados no quadro amplo de um saber totalizador do sentido da própria vida. Nas aulas de filosofia recomenda-se o uso daqueles métodos onde o professor tem uma intervenção moderada ou tenha a função de facilitador. Quando empregue o método expositivo, a tarefa principal que é solicitada aos alunos deve consistir no acompanhamento intelectual do percurso lógico proposto pelo professor, o que exigirá uma especial atenção aos conteúdos e ao modo como eles são formulados, entrecortada por pausas nas quais são registadas notas do que foi entretanto dito.

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Tratus lógico-philosophicus de Ludwing wittgnstein, props.6.53-6.54

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O recurso ao texto no ensino da filosofia é inevitável, quer se faça referencia ao texto em sentido estrito (texto escrito que se analisa e comenta na aula). A discussão verbal é o laboratório filosófico no qual este testa as suas ideias. UNIDADE VI- MEIOS DE ENSINO São meios e recursos materiais usados pelo professor e pelos alunos para a organização e condução metódica do processo de ensino e aprendizagem. Alguns autores classificam-nos em: 1. 2. 3. 4. 5.

Manuais, livros didácticos, rádio, cinema, televisão Recursos naturais (objectos e fenómenos naturais) Recursos da localidade (biblioteca. Museu, industria etc.) Excursões escolares Modelos de objectos e situações (amostras, aquário, dramatização).

O momento mais adequado de utiliza-los vai depender do trabalho do docente prático, no qual se adquira o efeito traquejo na manipulação do material didáctico. UNIDADE VII- A AVALIAÇÃO A avaliação é um processo que visa emitir critérios ou juízos de valores durante a aprendizagem de forma sistemática e contínua, tanto desempenho dos alunos como do próprio professor. A sequencia lógica da avaliação permite encontrar respostas as contradições decorrentes do processo de ensino e aprendizagem, através da seguinte questão: 7.1.

TIPOS DE AVALIAÇÃO (Observação)

Função pedagogia (para quê) Momento Como

Avaliação Diagnostica Somática Formativa Identificação das Controlo, validação e selecção. 1. Regulação pedagógica do processo necessidades dos ensino-aprendizagem alunos e dos recursos. 2. Recolha de informação. 3. Análise e interpretação dos erros. Inicio do ano lectivo Final da aprendizagem Durante o processo de aprendizagem Inicio da aula Entrevista, provas Prova individual (exame) Interacção abertas ou Normativa Observação observações Atribui nota Analise das provas. Trabalhos, Erros (função contabilística) Erros, auto-avaliação

Papel do Obter informações para Examinador Regulador professor perspectivar a Paga os êxitos e castigos aos Auxiliar os alunos aprendizagem erros (notas) Papel do Dar informação ao Sujeito passivo Sujeito activo aluno professor a cerca do Autor do produto controlado Sujeito de auto avaliação seu nível de Controlo através do seu Sujeito de auto-regulação. conhecimentos produto (provas)

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7.2.

FUNÇÃO DA AVALIAÇÃO. A avaliação cumpre as seguintes funções: 1. De certificação de competências. 2. De selecção e orientação na tomada de decisões sobre quem pode continuar, repetir, abandonar ou uma via do ensino. 3. Pedagógica – fornecer informações aos intervenientes, ajuda a aprender a anotar de forma precisa os erros e os êxitos.

7.3.

REQUISITOS PARA UMA AVALIAÇÃO OBJECTIVA.     

Objectividade: perguntas objectivas, concretas e claras; Sistematicidade: continuidade. Integradibilidade: abrangência as particulares de cada aluno. Eficiência: segurança nos critérios e juízos; Publicidade: os resultados devem ser comunicados.

Toda a avaliação produz informações sobre as pessoas e depende do uso desta informação e da atitude perante a informação. Esta deve servir para reintroduzir novas estratégias que ajudam regular e ajustar para melhorar o processo de ensino e aprendizagem e sobre tudo tratar o erro aspecto inerente à aprendizagem. 7.4.

A IMPORTANCIA DA AVALIAÇÃO CONTINUA NA PEDAGOGIA MODERNA Hoje, a aprendizagem tem de voltar-se decididamente para avaliação contínua, acompanhando par e passo o trabalho do aluno ao longo de todo o ano e não apenas avalia-lo pelo que realizou em uma determinada hora ou uns minutos ou um trimestre. Para avaliar com justiça urge apreciar não só o rendimento escolar do aluno, mas ainda o se seu comportamento dentro e fora da aula através de tudo quanto possa contribuir para a sua informação (uso de instrumentos de avaliação) Só com este tipo de avaliação poderá se suprimir os exames, que na visão de TAVARES(1979), constituem uma farsa que faz de tal modo que os alunos se atafulhem de matérias e mais matérias com o fim exclusivo de despejarem nos exames e esquecerem o resto da vida. «É o conhecimento de todos que o conhecimento adquirido para um fim único de ser posto à prova a curto prazo desaparece rapidamente»9.

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TAVARES, António Henriques – A motivação na escola activa. Lisboa, didáctica editora, 1979 pg.16 e 17.

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BIBLIOGRAFIA Angola/Conselho de Ministros - Estratégia Integrada para a Melhoria do Sistema de Educação, Luanda, Agosto - 2001 Angola /Ministério da Educação - Diagnóstico do Sistema Educativo, Ensino Geral, Projecto DNA/Luanda 1991 Angola /Ministério da Educação – Mesa redonda sobre Educação para Todos, Luanda, Junho, 1991 DE SOUSA, Susana Quesado - Do conto à compreensão na leitura - Uma estratégia motivadora, universidade da Beira Interior, Departamento de Letras, Covilhã 2007 Ensaios pedagógicos – Secretaria da Educação Especial /Brasil – 2005. GRAÇA, São Mendes – Metodologias teóricas e praticas do processo de ensino e aprendizagem do ensino primário, Luanda 2005 LIBÂNEO, José Carlos – Didáctica. S. Paulo. Ed. Cortez, 1994Marnoto, Isabel – Didáctica da filosofia 1, edições Universidade Aberta PIAGET, Jean - O Nascimento da Inteligência na Criança, Colecção: Plural, n.° 10, Delachaux & Niestlé S.A. 1971. MORNATO, Isabel – Didáctica da Filosofia 1, ed. Universidade Aberta, Pg. 65,133,244,270, 275 MOXI, Alberto Manuel – Noções de pedagogia 9ª classe s/ano, SOUSSAN, Georges - Como ensinar as ciências experimentais? Brasília, Dezembro de 2003, PG.122125 TAVARES, António Henriques – A motivação na escola activa. Lisboa, didáctica editora, 1979 pg.16 e 17. TEIXEIRA, M. M., (1993), Comportamentos emergentes de linguísticos, Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, Braga;

leitura, Aspectos cognitivos e

WANGA, Waldano Heler Natxari – A função social da escola na sua relação com a avaliação escolar e objectivos de ensino, Luanda 2010 ZABALZA, M., (1992), Didáctica da Educação Infantil, Madrid: Ediciones Anaya S.A., pp.85 (edição original espanhola de 1987);

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