WorkFlow do ToolManager: um Gerenciador de Ferramentas CASE Sandro Ronaldo Bezerra Oliveira Alexandre Marcos Lins de Vasconcelos Universidade da Amazônia – UNAMA Ana Cristina Rouiller Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Universidade Federal de Pernambuco – UFPE Av. Alcindo Cacela, 287, 66060-902, Centro de Informática Belém – PA – Brasil Caixa Postal 7851, 50732-970, Fone:(+55 91)210-3000, Fax:(+55 91)225-3909 Recife – PE – Brasil e-mail:
[email protected] Fone:( +55 81)271-8430, Fax:(+55 81)271-8438 e-mail: {amlv, acr}@cin.ufpe.br Resumo Este artigo apresenta o workflow concebido ao ToolManager, uma ferramenta para o gerenciamento de ferramentas CASE ao longo da execução de um projeto de software específico. O principal enfoque deste trabalho é a definição detalhada de todas as atividades, responsáveis e visões de execução do workflow que permitem a automação de todas as informações geradas e manipuladas pelo ToolManager para o desenvolvimento de um projeto de software específico através da adoção, alocação, integração e seleção de ferramentas CASE úteis na execução das atividades definidas no plano deste projeto. Palavras-chave: Ferramentas CASE, WorkFlow de Desenvolvimento de Software, Gerenciamento de Ferramentas CASE, Gerenciamento de Projetos de Software.
Abstract This paper presents the workflow conceived to the ToolManager, a tool for the management of CASE tools during the execution of a specific software project. The main approach of this work is the definition detailed of all activities, responsible and execution visions of workflow which allow the automation of all information generated and manipulated by ToolManager for the development of a specific software project through the adoption, allocation, integration and selection of useful CASE tools in the execution of activities defined in the plan of this project. Keywords:
CASE
Tools,
Software
Development
Management, Software Project Management.
WorkFlow,
CASE
Tools
1. Introdução O surgimento da tecnologia CASE (Computer-aided Software Enginnering) – Engenharia de Software Auxiliada por Computador, exerceu um enorme impacto sobre a área de Engenharia de Software. A idéia de utilizar software para auxiliar a produção de software foi bem recebida pelos desenvolvedores. O suporte de ferramentas de automação na engenharia de software certamente conduz à melhoria da produtividade e qualidade. O termo CASE é atualmente usado para denominar esse suporte automatizado ao processo de engenharia de software. As ferramentas CASE, como hoje, são conhecidas todas as ferramentas que apóiam o desenvolvedor durante a realização de alguma atividade do processo de construção de software, proporcionam uma sólida estrutura às metodologias e métodos de desenvolvimento de software [5]. A tecnologia CASE está mudando a abordagem da indústria do desenvolvimento de software. Não obstante possa ser derivado de ferramentas individuais que abordam atividades de engenharia de software distintas, o verdadeiro poder do CASE só pode ser obtido mediante integração. Os ambientes integrados de desenvolvimento de software (ADSs) representam esta evolução do conceito de CASE [13], definindo mecanismos e níveis de integração entre as ferramentas, evoluindo para apoiar todas as etapas do ciclo de vida de desenvolvimento do software. O apoio à gerência do processo de desenvolvimento de software é um dos requisitos que são exigidos nos ADSs atuais. Técnicas e ferramentas são integradas para permitir o controle de cada uma das etapas necessárias para desenvolver um produto de software [11]. Assim sendo, os ambientes de engenharia de software centrados no processo surgem com o objetivo de proporcionar uma estrutura organizacional
que
gerencie
o
intercâmbio
de
informações
entre
os
desenvolvedores, mesmo que estes estejam em localidades geograficamente dispersas, controlando as atividades realizadas, envolvendo assim os recursos
consumidos, os prazos determinados e as datas de início e término de cada atividade. Assim, a proposta de um módulo gerenciador de ferramentas em um ambiente centrado no processo que seja ajustável, aliado a uma interface adaptável e apropriada para o problema, poderia contribuir à qualidade e produtividade no que tange o desenvolvimento de software, visto que este propõe fazer o gerenciamento das ferramentas levando em consideração não somente as atividades e os fluxos a serem executados, mas os desenvolvedores que estarão interagindo com esse gerenciador. Este poderá ser adotado em ambientes de gerenciamento de projeto de software centrados no processo, a fim de atender as necessidades da execução de processos por pessoas (desenvolvedores, gerentes de desenvolvimento, etc.) [8]. A definição desta ferramenta gerenciadora é parte de um trabalho maior no que tange o desenvolvimento de um ambiente de gerenciamento e monitoramento automatizado de projetos de software. Este Ambiente, chamado ProjectSpace, terá a função em relação ao módulo gerenciador de ferramentas de solicitar a ativação das ferramentas CASE segundo a execução de atividades definidas no plano de projeto de software. Assim, surgiu o ToolManager, um gerenciador que através de um workflow apóia os usuários no planejamento, gerenciamento e monitoração do uso das ferramentas ao longo da execução do processo de desenvolvimento de software a partir de um plano de projeto de software específico. Além disso, este workflow do ToolManager visa
garantir
melhorias
na
utilização
das
ferramentas
alocadas
para
o
desenvolvimento das atividades do plano de projeto a partir da análise de desempenho e produtividade do uso das ferramentas, permitindo uma posterior tomada de decisões sobre o que fora analisado previamente; bem como permitir a integração de ferramentas de diferentes fornecedores ao ToolManager.
Num primeiro momento do projeto para construção do ToolManager foram realizados estudos para verificar quais eram as características comuns dos módulos de gerenciamento de ferramentas CASE [1], [2], [6], [10], [14], [15], existentes no mercado, para a realização de projetos de software. Foi notado, como resultado destes estudos, que muitos softwares analisados não apresentavam um workflow automatizado mais completo que permitisse através da realização das suas atividades o planejamento, acompanhamento e gerenciamento do uso das ferramentas CASE. Deste estudo o ToolManager foi projetado tendo como objetivo de fornecer ao líder de projeto e aos desenvolvedores do projeto de software um planejamento, gerenciamento e acompanhamento mais geral do uso das ferramentas CASE através da adequação de um fluxo de atividades que pudesse prover todas as funcionalidades necessárias para tais execuções, tornando possível a integração dos serviços das ferramentas para um uso mais controlado e úteis estimativas provenientes destas ferramentas quando da realização de um projeto de software específico a fim de possibilitar um posterior aperfeiçoamento do uso das ferramentas. Além desta seção introdutória, este artigo apresenta outras quatro seções. Na seção 2, descrevemos, em suas linhas gerais, a definição e a arquitetura do ambiente ProjectSpace. A seção 3 apresenta a definição, os objetivos, os responsáveis e as visões de execução do ToolManager. Na seção 4 temos um detalhamento de todos os workflows que permitem a automação das atividades definidas ao ToolManager a fim de atender seus objetivos de gerenciamento. Finalmente, na seção 5 são apresentadas as considerações finais e perspectivas futuras deste trabalho.
2. ProjectSpace, um Ambiente para Automação do Gerenciamento de Projetos de Software
O ProjectSpace é um projeto de iniciativa do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco em parceria com o CESAR e a Devex Tecnologia que objetiva a criação de um ambiente para monitoração e gerenciamento de projetos de software. Tem como principal motivação o fato de que gerenciando os projetos de software, registrando e acompanhando as suas execuções poderemos obter métricas para introduzir melhorias no processo de software. O ProjectSpace deve ser capaz de identificar, estabelecer, coordenar e monitorar todas as atividades, tarefas e recursos necessários para que um projeto possa produzir um produto e/ou serviço de acordo com seus requisitos [12]. Para tanto, ele é composto por dois ambientes cooperativos, formado por sete subsistemas principais, vide Figura 1:
TimeSheet: fornece apoio no processo de disciplina pessoal realizando o registro e avaliação do tempo gasto com cada atividade; ResourceManager: gerencia os recursos da organização tais como: espaço físico, pessoal, treinamentos, ferramentas, habilidades e funções individuais e de equipes, etc. Além de proporcionar uma previsão da liberação destes recursos; ProcessManager: gerencia os elementos do processo de software como: atividades, métodos, técnicas, modelos de ciclo de vida, padrões e normas de qualidade, etc.; QualityManager: gerencia os atributos de qualidade do processo de software efetuando o cadastramento de modelos e normas e mapeando a dimensão de processo para as atividades da organização. Deve propiciar uma avaliação parcial do processo de software, no que ser refere à gerência de projetos; PlanEngine: gerencia os processos de desenvolvimento de software instanciados para um projeto específico. Deve ter funções como: auxílio na confecção do plano de projetos; acompanhamento da execução do plano; registro das versões e
alterações do plano; registro das versões e alterações das atividades dos planos; visualização do andamento dos trabalhos; ativação das ferramentas CASE através do ToolManager; comunicação parcialmente automatizada; visualização das restrições do projeto e das atividades; registro de tempo gasto nas atividades de desenvolvimento, etc.; ToolManager: gerencia e ativa as ferramentas CASE através do registro e controle das ferramentas CASE; DataAccessLayer: realiza o acesso às informações armazenadas na base compartilhada por todos os subsistemas do ProjectSpace.
Quality Manager Gerência de Qualidade
Process Manager
Desenvolvedor
Gerência de Processo
Resource Manager
Gerência Projeto
Time Sheet
Gerência Administrativa
Plan Engine
Data Acess Layer
Tool Manager Database
Tool A
Tool B
Tool C
Figura 1. Arquitetura do ProjectSpace
3. ToolManager: o Gerenciador de Ferramentas CASE O módulo de gerenciamento de ferramentas CASE, denominado ToolManager, é um nível contendo um conjunto de ferramentas CASE que trabalham juntas a um conjunto comum de dados e protocolos [5], tendo sido concebida para integrar-se ao
ambiente ProjectSpace e, assim, ser capaz de gerenciar todas as questões inerentes ao uso, registro e controle dessas ferramentas durante a execução das atividades definidas em um plano de projeto. O ToolManager, denominação dada ao módulo que contém o processo de gerenciamento de ferramentas, define um conjunto de atividades que buscam sistematizar todas as questões inerentes ao planejamento, gerenciamento e uso das ferramentas durante a execução das atividades definidas em um plano de projeto de software [9]. Estas questões advêm da necessidade do gerente de projeto em: controlar a alocação das ferramentas definidas para uso durante a execução dos planos de projeto; permitir o uso das ferramentas segundo condições próprias de acesso e ativação; acompanhar o uso das ferramentas pela execução das atividades do plano de projeto. Além disso, o processo visa garantir melhorias no planejamento das ferramentas para as atividades do plano de projeto a partir da análise de desempenho e produtividade do uso das ferramentas, permitindo uma posterior tomada de decisões sobre o que fora analisado previamente, e permitir a integração de ferramentas ao ToolManager sob o aspecto do controle dos serviços (funcionalidades) que as mesmas dispõem a fim de atingir os seus objetivos quanto ao seu tipo de funcionalidade. O ToolManager define dois responsáveis relacionados com o planejamento, gerenciamento e uso das ferramentas. Isso não implica que eles sejam os únicos envolvidos durante o gerenciamento das ferramentas. Durante a realização dos serviços do ToolManager, os responsáveis podem, e muitas vezes devem, envolver os demais membros da equipe de planejamento e execução das atividades do plano de projeto de software, a fim de realizar os passos necessários. Assim sendo, foram definidos os seguintes responsáveis [7]:
Gerente ou Líder de Projeto: no ToolManager, o gerente ou líder de projeto é responsável pelo planejamento das ferramentas às atividades definidas no plano de projeto, delimitando quais dos passos dessas atividades usam as ferramentas associadas, definindo o endereço onde as ferramentas gerarão seus arquivos de saída e o nome desses para posterior manipulação, e identificando quais dos arquivos gerados servirão como entrada para a execução das atividades. Ele é responsável, também, pelo acompanhamento do uso das ferramentas a partir da execução das atividades do plano e do controle de uso dos serviços do ToolManager
pelos
seus
usuários.
O
gerente
possui
uma
importante
responsabilidade de analisar os valores obtidos com a coleta das métricas de manipulação das ferramentas, comparando o atual com o estimado e analisando tendências a fim de encontrar soluções alternativas para os problemas identificados; Desenvolvedor: no ToolManager, ele é responsável por executar as atividades definidas no plano de projeto de software a partir da ativação das ferramentas alocadas ao desenvolvimento do plano e associadas às suas atividades. Ele é responsável, também, por efetuar a manutenção do nome dos arquivos definidos às ferramentas de forma a torná-los consistentes quando de sua manipulação.
O ToolManager apresenta um conjunto de serviços, como já mencionado, que serão posteriormente definidos, que, quando manipulados e analisados, fornecerão ao gerente de projeto e ao desenvolvedor do software três visões complementares ao uso das ferramentas. São elas [7]: visão de planejamento das ferramentas: tal perspectiva focaliza a alocação de ferramentas para o desenvolvimento do plano de projeto de acordo com o tipo de funcionalidade a que designam;
visão de uso das ferramentas: a visão de uso das ferramentas permite a execução das atividades definidas no plano de projeto pelas ferramentas alocadas ao plano e previamente planejadas para o seu uso. O objetivo aqui é viabilizar a manipulação das ferramentas por condições definidas no planejamento das mesmas às atividades do plano; e visão de gerenciamento do uso das ferramentas: esta perspectiva incide no acompanhamento e monitoração do uso das ferramentas pela execução das atividades e dos serviços disponíveis no ToolManager. A principal preocupação desta visão recai na obtenção e geração de métricas que coletem valores para posterior análise e tomada de decisões a fim de prover um aprimoramento do que está em uso e servir para o planejamento do projeto de software corrente.
A obtenção sistemática dessas visões permite ao gerente de projeto e ao desenvolvedor planejar a alocação das ferramentas às atividades do plano e seus passos, acompanhar e monitorar o desenvolvimento do plano de projeto, analisar o desempenho e a produtividade do uso das ferramentas, efetivar a integração de ferramentas ao ToolManager e manipular as ferramentas pela execução das atividades do plano de projeto.
4. O WorkFlow do ToolManager Essa seção apresenta uma descrição das atividades definidas no ToolManager, que visam fornecer maturidade suficiente à organização, através de seus responsáveis, para planejar, manipular (usar) e gerenciar as ferramentas alocadas às atividades definidas no plano de projeto [9]. Essas atividades estão caracterizadas em função da visão de uso do ToolManager a que a mesma se dispõe efetivar. A Figura 2 mostra o fluxo de execução das visões do ToolManager e a dependência de execução entre elas até se atingir o real objetivo.
Planejamento das Ferramentas
Uso das Ferramentas
Gerenciamento do Uso das Ferramentas
Figura 2. Fluxo de execução das visões do ToolManager
As subseções seguintes descrevem o worklfow compreendido por cada visão do ToolManager representada pela Figura 2. Cada uma das atividades do workflow, ao serem executadas, permite com que o ToolManager possa registrar as informações oriundas de seu processamento.
4.1. O WorkFlow da Visão Planejamento das Ferramentas A visão do ToolManager de planejamento das ferramentas, conforme já definido, é responsável em prover a alocação de ferramentas para o desenvolvimento do plano de projeto de acordo com o tipo de funcionalidade e a realização de todas as atividades do ToolManager inerentes à programação das ferramentas às atividades do plano [9]. O workflow desta visão pode ser visualizado segundo a Figura 3, que mostra também as suas atividades e a dependência de execução entre elas. A execução deste fluxo é de responsabilidade do Gerente ou Líder de Projeto.
Registrar Funcionalidades da Ferramenta
Registrar Ferramenta
Registrar Funcionalidades Integradas das Ferramentas
Registrar Extensão dos Arquivos
Associar Passos das Atividades às Ferramentas
Associar Ferramentas às At ividades
Registrar Métricas Definir Endereço dos Arquivos Registrar Questões das Métricas
Definir Nome dos Arquivos das Ferramentas
Definir Entradas para as Atividades
Figura 3. WorkFlow da visão planejamento das ferramentas
As atividades definidas na visão do ToolManager de planejamento são: Registrar Funcionalidades da Ferramenta Para que o ToolManager seja implantado com sucesso na organização e utilizado para um plano de projeto específico, é necessário entender o contexto de desenvolvimento do projeto a ser executado para que o gerente ou líder de projeto possa, posteriormente, fazer o levantamento de quais ferramentas serão necessárias para uso e conseqüentemente determinar os tipos das mesmas de acordo com que estas provêem como funcionalidade [3], [4] quando da sua manipulação (uso). Esta atividade possibilita o usuário registrar todos os tipos de funcionalidades das ferramentas a serem usadas ao longo do desenvolvimento do projeto. Registrar Extensão dos Arquivos da Ferramenta Esta atividade tem como objetivo prover o ToolManager de um conjunto de extensões dos arquivos a serem gerados pelas ferramentas necessários para o
desenvolvimento do projeto de software em curso. Para tanto é preciso analisar que extensões as ferramentas utilizadas para a execução das atividades do plano podem gerar seus arquivos. Registrar Ferramenta Esta atividade tem como objetivo alocar e disponibilizar ao ToolManager informações das ferramentas necessárias para a execução das atividades definidas no plano de projeto e permitir a manipulação (uso) destas ferramentas a partir do ToolManager, permitindo assim o uso das mesmas de forma automatizada. Aqui, o responsável pela atividade, o gerente ou líder de projeto, deve fornecer informações da ferramenta para posterior controle de sua ativação. É nesta atividade, também, que o gerente tem a possibilidade de informar se a ferramenta a ser registrada possui seus serviços disponíveis para integração, para que posteriormente estes serviços possam ser configurados para uso a partir do ToolManager. Registrar Funcionalidades Integradas das Ferramentas Esta atividade é realizada caso a ferramenta na atividade anterior tenha sido registrada de forma a prover a integração do uso dos seus serviços a partir do ToolManager. Assim, o gerente ou líder de projeto deve possibilitar o conhecimento ao gerenciador de ferramentas do conector que integre a ferramenta, ou seja, definir ao ToolManager o “plugin” da ferramenta que permite a comunicação entre ela e o gerenciador. Associar Ferramentas às Atividades do Plano de Projeto Para que as ferramentas registradas previamente sejam manipuladas ao longo do desenvolvimento do projeto, o responsável pela execução desta atividade deve efetivar a alocação do uso destas ferramentas às atividades que foram definidas ao plano de projeto de software. Esta associação depende do tipo de funcionalidade a qual a ferramenta se destina ao uso e a funcionalidade prevista para a execução da atividade do plano.
Associar Passos das Atividades às Ferramentas Esta atividade tem como objetivo, definir quais dos passos das atividades que já possuem ferramentas alocadas para a sua execução, conforme a execução da atividade Associar Ferramentas às Atividades do Plano de Projeto, servem para usar cada uma das ferramentas associadas às suas atividades do plano. Por ser uma tarefa atômica cada passo da atividade terá associado a si uma ferramenta alocada à sua atividade. Assim, pode-se alocar a mesma ferramenta para mais de um passo da atividade do plano de projeto. Definir Endereço dos Arquivos Nesta atividade, o gerente ou líder de projeto tem a possibilidade de definir o endereço de armazenamento e manipulação dos arquivos que serão gerados ao final do uso das ferramentas. Este endereço dos arquivos será definido em função das fases do ciclo de vida que possuem as atividades que foram previamente alocadas para uso das ferramentas disponíveis para a execução do plano. Definir Nome dos Arquivos das Ferramentas Esta atividade tem como objetivo nomear de forma padronizada os arquivos a serem gerados ao final do uso das ferramentas quando da execução das atividades definidas no plano de projeto. O gerente ou líder de projeto possui a possibilidade de solicitar que o ToolManager gere um novo nome ao arquivo a ser gerado ou nomeieo a partir de um arquivo já em uso. Neste último caso, o ToolManager, que tem a finalidade de criar
“fisicamente” o arquivo no endereço definido pela atividade
anterior antes do mesmo ser manipulado pela ferramenta, não o cria novamente e sim apenas o executa através da sua ferramenta associada. Definir Entradas para as Atividades Esta atividade permite que o gerente ou líder de projeto defina que arquivos a serem gerados ao final do uso das ferramentas ao longo da execução das atividades do plano de projeto servem como artefatos de entrada para a execução de outras
atividades no mesmo plano de projeto. O ToolManager seleciona todos os arquivos a serem gerados durante a execução das atividades do plano. Registrar Métricas das Ferramentas Nesta atividade, o responsável terá a possibilidade de prover o ToolManager de métricas não apenas inerentes ao uso das ferramentas quando da execução das atividades do plano de projeto, mas também de métricas relacionadas a execução técnica das ferramentas, ou seja, métricas coletadas sob o ponto de vista de cada uma das ferramentas disponíveis ao desenvolvimento do projeto. Estas ferramentas devem estar configuradas ao ToolManager de forma que o mesmo possa integrar seus serviços, isto é, as ferramentas que possibilitam a coleta de tais métricas devem ter seus serviços (funcionalidades internas) integradas ao ToolManager. Registrar Questões das Métricas das Ferramentas Esta atividade consiste em permitir que o responsável pela execução desta atividade possa inserir questões ao ToolManager capazes de prover os objetivos de gerenciamento das organizações em decorrência do uso das ferramentas disponíveis ao desenvolvimento do projeto. Assim, o ToolManager possibilita ao usuário a criação de operações entres as métricas disponíveis no ToolManager a fim de responder questões que visem melhorias de desempenho e produtividade do uso das ferramentas.
4.2. A Atividade da Visão Uso das Ferramentas Esta visão do ToolManager de uso das ferramentas é responsável em possibilitar aos responsáveis de execução do mesmo a manipulação das ferramentas disponíveis para seu controle quando do desenvolvimento do plano de projeto de acordo com condições definidas no planejamento das atividades desse plano às ferramentas alocadas para uso [9]. Na Figura 4 pode-se visualizar a atividade que compõe esta visão.
Executar Atividade
Figura 4. Atividade da visão uso das ferramentas
A atividade definida na visão do ToolManager de uso das ferramentas pode ser definida da seguinte forma: Executar Atividade do Plano de Projeto Esta é uma das mais importantes atividades providas pelo ToolManager, pois efetiva o uso das ferramentas alocadas para execução do plano de projeto. Dessa forma, o ToolManager pode prover, posteriormente, ao seus usuários o gerenciamento desse uso das ferramentas a partir da execução das atividades do plano. Esta atividade engloba um conjunto grande de passos que são executados a partir das informações oriundas do planejamento das ferramentas às atividades, conforme a efetivação do workflow da visão do ToolManager de planejamento das ferramentas. É importante lembrar que esta atividade é executada de forma automatizada pelo ToolManager a partir da sua prévia solicitação no PlanEngine, vide Figura 1. Dessa forma, nota-se que durante este canal de comunicação entre o ToolManager e o PlanEngine, muitas são as informações a serem passadas como parâmetro: a identificação do plano de projeto; a identificação da atividade e do passo desta atividade a ser executada; a identificação do usuário e o papel a ser desempenhado pelo mesmo.
4.3. O WorkFlow da Visão Gerenciamento do Uso das Ferramentas Esta última visão do ToolManager à respeito do gerenciamento do uso das ferramentas objetiva por prover aos responsáveis da execução a capacidade de efetivar a monitoração e acompanhamento do que fora usado e manipulado ao longo
do desenvolvimento do plano de projeto [9]. Esta monitoração e acompanhamento não residem apenas numa verificação do que foi usado, mas também na estimativa do desempenho e produtividade das ferramentas usadas em relação aos objetivos da organização quanto à avaliação e seleção de ferramentas ao desenvolvimento de projetos. O workflow desta visão pode ser visualizado segundo a Figura 5. Gerente ou Líder de Projeto
Desenvolvedor
Efetuar Manutenção do Nome dos Arquivos
Acompanhar Uso das Ferramentas
Acompanhar Uso dos Serviços do ToolManager
Coletar Métricas
Visualizar Métricas
Figura 5. WorkFlow da visão gerenciamento do uso das ferramentas
Cada uma das atividades definidas na visão do ToolManager de gerenciamento do uso das ferramentas pode ser definida como segue: Efetuar Manutenção do Nome dos Arquivos Nesta atividade o ToolManager provê ao desenvolvedor a possibilidade de efetivar constantes manutenções ao nome dos arquivos gerados ao final do uso das ferramentas quando da execução da atividade do plano. Estes arquivos foram nomeados no momento de planejamento do uso das ferramentas às atividades do plano pelo gerente ou líder de projeto alocado ao desenvolvimento do projeto. Dessa
forma, o nome desses arquivos pode ser alterado nesta atividade do fluxo a fim de que o ToolManager possa efetuar a manipulação dos mesmos de forma consistente quando solicitado ao longo de toda a realização do projeto. Acompanhar Uso das Ferramentas Esta atividade tem como objetivo monitorar o uso das ferramentas a partir das execuções das atividades definidas no plano de projeto. Para tanto, é imprescindível que o ToolManager capture todas as informações registradas no histórico de uso das ferramentas. Estas informações dizem respeito a quem usou a ferramenta e que papel o mesmo estava desempenhando, a que passo e atividade do plano a mesma foi executada, que arquivo foi utilizado para o seu uso e a que data e hora o procedimento se realizou. O acompanhamento deste histórico de uso das ferramentas pode ajudar o responsável ao gerenciamento a inferir sobre o desempenho e produtividade do uso de uma determinada ferramenta quando em execução ao desenvolvimento do plano definido pelo PlanEngine. Este monitoramento pode ser efetuado sob os atributos registrados pelo ToolManager e inferidos a partir de aspectos relevantes ao gerenciamento de ferramentas. É importante mencionar que este histórico pode ser acompanhado por duas formas: monitoramento dos atributos de uso das ferramentas de forma visual, ou seja, o ToolManager se configura de forma a permitir que o gerente ou líder de projeto monitore estas informações capturadas de forma fácil e compreensível; ou um acompanhamento de forma impressa, isto é, o ToolManager provê ao responsável a impressão dos dados coletados sob a forma de um relatório. Acompanhar Uso dos Serviços do ToolManager Semelhantemente à atividade Acompanhar Uso das Ferramentas, esta atividade objetiva que o responsável possa monitorar o uso dos serviços disponíveis no ToolManager ao longo da execução das suas atividades. Para isso, o ToolManager
deve a cada uso de um dos seus serviços disponíveis registrar as informações procedentes desse uso em um histórico de uso dos serviços. Estas informações são compostas basicamente pelo nome do serviço utilizado, por quem o utilizou e que papel estava desempenhando e a que data e hora o mesmo o usou. Este monitoramento do uso dos serviços do ToolManager pode propiciar ao responsável um controle de quem e a que horário estava utilizando o ToolManager e permite que o próprio gerenciador monitore a segurança das informações registradas do plano de projeto sobre qualquer ação a ser tomada pelos usuários habilitados ao seu uso. Coletar Métricas Esta atividade permite que o ToolManager colete métricas inerentes não apenas ao uso das ferramentas disponíveis ao desenvolvimento do projeto, mas também à execução técnica das ferramentas, ou seja, métricas inerentes ao processamento interno das ferramentas. Para tanto, o ToolManager provê ao responsável por tal execução um conjunto de questões inerentes aos objetivos de desempenho e produtividade da organização no que tange ao uso das ferramentas. Assim, o gerente
ou
líder
de
projeto
solicita
resultados
numéricos
às
questões
disponibilizadas pelo ToolManager e este as responderá a partir da coleta das métricas devidas ao seu processamento. Visualizar Métricas Esta atividade permite que o gerente ou líder de projeto possa fazer a interpretação da questão a ser analisada em decorrência das métricas coletadas pela atividade anterior. Dessa forma, o ToolManager propicia a representação dos valores resultantes da coleta das métricas a partir de um indicativo gráfico a fim de que o responsável
possa
identificar
tendências
relacionadas
ao
desempenho
produtividade do uso das ferramentas a partir do gráfico representado.
e
Para que os valores coletados pelas métricas na atividade anterior sejam representados, o ToolManager deve capturar as informações inerentes à questão a ser analisada. Estas informações dizem respeito ao tipo de gráfico a ser representado (barra ou torta) e que provável interpretação o gerente ou líder de projeto pode fazer acerca do que está sendo representado. Dessa forma, o ToolManager, de posse dessas informações, configura graficamente os valores coletados pelas métricas e assim o gerente ou líder de projeto pode tirar conclusões das análises efetuadas. É bom lembrar que a verificação acerca da veracidade dos dados coletados no ToolManager depende das informações fornecidas pelos responsáveis da execução das visões de uso do ToolManager uma vez que todas as informações a serem usadas para a coleta das métricas depende nesse registro e uso prévios.
Um detalhamento das atividades, com todos os passos oriundos para sua execução, acima descritas pode ser melhor encontrado em [7].
5. Considerações Finais A definição, especificação e desenvolvimento do módulo de gerenciamento de ferramentas CASE, ToolManager, em Engenharia de Software são práticas de extrema relevância ao gerenciamento não somente das ferramentas CASE usadas para a execução do processo de desenvolvimento, mas também em função das atividades e fluxos a serem executados durante o desenvolvimento de software em projetos e organizações. O workflow contendo as atividades (funcionalidades), os responsáveis e as visões de execução do ToolManager especificadas neste trabalho permitem a utilização e o controle mais abrangente de um conjunto de ferramentas CASE em um ambiente de gerenciamento de projetos de software de forma que tais componentes (ambiente + módulo gerenciador das ferramentas) trabalhando juntos
a um conjunto comum de dados e protocolos sustentem o desenvolvimento do software. Todos os workflows definidos neste trabalho foram especificados e desenvolvidos de foram a se ter um apoio automatizado ao uso de inúmeras ferramentas CASE. Esse apoio está baseado em necessidades advindas da sua utilização por ADSs atuais e restrições segundo o próprio fluxo de execução das atividades quanto ao desenvolvimento de software. Assim, este trabalho focaliza através da concepção das atividades deste workflow aspectos de gerenciamento que facilitam o planejamento, acompanhamento e manipulação (uso) das ferramentas CASE durante a execução de um projeto de software específico, utilizando como auxílio a automação destas atividades, as métricas que servem como técnicas para a avaliação do desempenho e produtividade do uso das ferramentas e a integração de ferramentas que permitiu ao ToolManager uma maior flexibilidade ao uso dos serviços que as mesmas provêm. Em que se pese aos trabalhos futuros, podemos listar alguns pontos, porém pode-se mencionar um de extrema relevância ao aspecto abordado neste artigo a adequação do contexto funcional a qualquer ambiente que vise o gerenciamento e o acompanhamento automatizado de projetos de software a possibilitar aos usuários a utilização das atividades de forma direta a fim de possibilitar ao mesmo uma interação mais amigável com os objetos dispostos no módulo gerenciador.
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