YAMAKI, Humberto; LAMOUNIER, Alex; FRANK, Bruno; DIAS, Mariana; GABRIEL, Kelton. METODOLOGIA DE INVENTÁRIO E AVALIAÇÃO DE PAISAGEM ETNOGRÁFICA: ESTUDO DA FAZENDA TRÊS BARRAS E PATRIMÔNIO ASSAHILANDIA NO NORTE DO PARANÁ

September 30, 2017 | Autor: Bruno Frank | Categoria: Cultural Landscapes, Patrimonio Cultural, Paisagem Cultural
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METODOLOGIA DE INVENTÁRIO E AVALIAÇÃO DE PAISAGEM ETNOGRÁFICA: ESTUDO DA FAZENDA TRÊS BARRAS E PATRIMÔNIO ASSAHILANDIA NO NORTE DO PARANÁ YAMAKI, HUMBERTO. (1); FRANK, BRUNO. (2); DIAS, MARIANA. (3); GABRIEL, KELTON. (4) (1) Instituição: Docente do Curso de Pós-Graduação (M/D) em Geografia da Universidade Estadual de Londrina, Pesquisador CNPq. Coordenador do Laboratório de Paisagem UEL end: Campus Universitario UEL Londrina tel. (43) 3371 4711 e-mail: [email protected] (2) (3) Pós-Graduando (M) em Geografia da Universidade Estadual de Londrina, Pesquisador CNPq Pesquisador do Laboratório de Paisagem UEL Londrina end: Campus Universitario UEL tel. (43) 3371 4711 (4) ) Pós-Graduando (D) em Geografia da Universidade Estadual de Londrina, Pesquisador CNPq Pesquisador do Laboratório de Paisagem UEL Londrina end: Campus Universitario UEL tel. (43) 3371 4711

RESUMO: A paisagem expressa a relação de uma sociedade com o espaço e a natureza. (BERQUE, 1984) Além disso, dá testemunho ao passado e ao presente, ao relacionamento existente entre os indivíduos e o meio ambiente, ajuda a especificar culturas locais, sensibilidades, praticas, crenças e tradições. (RECOMENDAÇÃO R(9) CONSELHO DE EUROPA). Portanto, a paisagem pode ser considerada como patrimônio. O artigo trata da paisagem etnográfica, moldada à imagem cultural e social dos imigrantes no Norte do Paraná. A Fazenda Três Barras (1932) e o Patrimônio Assahilandia foram um empreendimento da BRATAC - Sociedade Colonizadora do Brasil, representante local da Confederação de Cooperativas de Colonização Ultramarina do Japão. A metodologia de inventário e avaliação da paisagem etnográfica resulta do levantamento dos componentes, da qualidade ou atributos, da articulação ou estruturação e finalmente dos elementos definidores do caráter. Palavras-chave: paisagem etnográfica. inventario. avaliação. Fazenda Três Barras

INTRODUÇÃO Segundo Berque (1984, p.84), a paisagem expressa a relação de uma sociedade com o espaço e a natureza. A Recomendação R(95) do Conselho de Europa considera que a paisagem (cultural) dá testemunho ao passado e ao presente, ao relacionamento existente entre os indivíduos e o meio ambiente, ajuda a especificar culturas locais, sensibilidades, praticas, crenças e tradições. Portanto, a paisagem pode ser considerada como patrimônio. Claval (1999, p.35) afirma que a paisagem serve como suporte às representações. E prossegue, descrevendo que, todas as sociedades são o produto de um trabalho de construção e dispõe de um savoir faire relativos ao espaço, à natureza, à sociedade, aos meios e as maneiras de explorá-los. As práticas e crenças dos habitantes permeiam a paisagem com significados que são freqüentemente imperceptíveis e incompreensíveis para outros como é o caso dos vazios simbólicos. Os povos criam a paisagem etnográfica à sua imagem cultural e social. (HARDESTY, 2000) É portanto sob essa perspectiva do estudo da paisagem é que se desenvolve o presente artigo. Claval (1999) considera que, resulta interessante analisar o modo de elaboração do savoir faire e à maneira como os conhecimentos são utilizados, reinterpretados, repetidos ou transgredidos na construção da paisagem etnográfica. A pesquisa trata do inventário e avaliação da paisagem moldada pelos imigrantes japoneses na Fazenda Três Barras e Patrimônio Assahilandia no Norte do Paraná no inicio dos anos 30. A Fazenda Três Barras de 12 000 alqueires foi o quarto e ultimo empreendimento de colonização no Brasil realizado pela Companhia BRATAC - Brazil Takushoku Kumiai ou Sociedade Colonizadora do Brasil Ltda., a representante local da Confederação das Cooperativas de Colonização Ultramarina do Japão. Representa a síntese dos saberes sobre construção de colônias nas primeiras décadas da imigração japonesa ao Brasil. A BRATAC tinha algumas premissas para a escolha de terras para a implantação do seu empreendimento: localização no Estado de São Paulo e Paraná, proximidade da ferrovia, área total maior do que 10 000 alqueires, altitude superior a 450 metros, fertilidade do solo, relevo, abundância de água e títulos de propriedade seguros. As terras do Norte do Paraná foram escolhidas após longa expedição visitando colônias de compatriotas e outros grupos étnicos pelos seus dirigentes.

1. FAZENDA TRÊS BARRAS: PLANEJAMENTO E PROJETO A Fazenda Três Barras ficava em local estratégico, próximo da cidade de Jatahy às margens do rio Tibagi, e da futura linha ferroviária da Companhia Ferroviária São Paulo Paraná e da rodovia que ligava a Ourinhos SP. O empreendimento visava a fixação de imigrantes japoneses com experiências anteriores em fazendas de café e em outras colônias no Brasil. A Fazenda Três Barros tinha 12 000 alqueires e uma paisagem e clima que, segundo Sato (1956), se assemelhava ao Japão, com seus morros e ribeirões de águas limpas. O estudo das Plantas Parciais revela um método de subdivisão em lotes rurais através da identificação de ribeirões, depois os espigões e finalmente o parcelamento de lotes em faixa estreita, indo do ribeirão ao espigão.

Figura 1 - Planta Parcial da Fazenda Três Barras e o sistema Kuwari de divisão em seções. O Patrimônio Assahilandia foi planejado numa área central do empreendimento. (1935)

Figura 2 - Diagrama de uma Colônia com as Seções, grupos de vizinhança Kumi. As Seções circundam o núcleo central. Fonte: (Yamaki, 1983)

As estradas principais seguiam o espigão e as "estradas particulares"seguiam acompanhando os ribeirões a cerca de 200 a 300 metros. As moradias dos colonos iam sendo construídas ao longo dessa estrada particular, reservando a parte alta para o plantio de café. Junto às nascentes e inicio de vales os lotes iam sendo divididos em forma de leque para dar homogeneidade de condições de plantio.

O empreendimento foi dividido em seções ou módulos de cerca de três quilômetros de raio, sendo reservado um lote na parte mais alta para a construção da escola. O lote de dez alqueires serviria também para o plantio visando a manutenção da escola e o salário do professor. O sistema chamado de Kuwari, era também o que definia a organização social da comunidade. Sendo um empreendimento de Cooperativa de Colonização, uma das questões primordiais era a ajuda mutua. Panfletos publicados pelas Cooperativas de Colonização definiam regras rígidas como descanso aos domingos, valor de lembranças de aniversários e casamentos, o valor de contribuição nos ritos de passagem e nos acidentes. Era obrigação dos vizinhos de seção ajudar na manutenção de estradas e participar de questões de ordem geral.

Figura 3 – A concepção de uma Seção na Fazenda Três Barras Elaboração: Yamaki, ano 2012

2. PATRIMÔNIO ASSAHILANDIA - MORFOLOGIA E IMAGEM O núcleo urbano da Fazenda Três Barras foi denominada Assahilandia. Segundo Ikeda (1952) vem de Assahi ou o fruto do Assaí, mas existe uma lenda local de que Assahi teve origem na palavra "sol nascente" em japonês. Essa dualidade na pronuncia pode ter sido apreciada pela comunidade. Um imigrante carrega em si uma paisagem da terra natal, que em japonês é denominado “furusato”. Pode ser entendido como paisagem instantânea idealizada ou ainda, segundo RILEY, como “vicarious” , uma paisagem delegada ou que consideramos no lugar da original (RILEY 1997, p. 207). . A implantação de Assahilandia assemelha-se, enquanto estrutura, ao tipo Zofu Tokusui, derivado do feng shui e bastante comum no Japão e o tipo Kamunabiyama com seu diálogo com o relevo. (HIGUCHI, 1985).

SATO (1958) afirma que a paisagem da região se assemelha ao do Japão na morfologia dos morros e nos ribeirões de águas límpidas. Segundo depoimento de um poeta pioneiro a Yamaki (1983), uma colina na entrada da Fazenda Três Barras chegou a ser conhecida como Monte Fuji. A construção de símbolos era uma necessidade. Assahilandia foi implantada num ponto da estrada velha de Jatahy a São Jerônimo em que ela atravessava favoravelmente uma colina cercada de ribeirões. Num plano em traçado xadrez sobressaem as diagonais que ligavam as saídas das estradas principais projetadas e a estrada velha. A Igreja foi projetada para ficar situada no alto da colina, seguindo tradição vernacular de cidades brasileiras. A escola, por outro lado, foi projetada para ficar localizada na avenida principal e o hospital ao seu lado. Educação e saúde eram consideradas primordiais para o desenvolvimento do patrimônio. A BRATAC doava lotes urbanos a quem tivesse uma profissão e viesse a se instalar no local, bem como isenção da prestação a quem edificasse em madeira com telha cerâmica ou em alvenaria com mais de 24m2. Havia uma preocupação quanto à aparência do patrimônio.

3. INVENTÁRIO E AVALIAÇÃO DA PAISAGEM CULTURAL Um inventário e avaliação de paisagem (cultural) é possível através da sobreposição técnicas de análise visual e espacial: 1) Nos estudos dos componentes da paisagem (cultural) McLelland (1999) faz a dissecção das elementos formativos tais como relevo, corpos d'água, rede de caminhos, vegetação, edificações, divisas, clusters e pequenos elementos. No caso da paisagem etnográfica da imigração japonesa, a divisão em seções é uma característica espacial e social marcante. A rede de caminhos principais e projetados (no fundo do vale, unindo as moradias) além da escola e kaikan no centro geográfico são outros elementos. Some-se a isso o fato das edificações serem obras de mestres carpinteiros japoneses, para reforçar um dos aspectos visuais, e traços da “terra natal”. 2) estudo das qualidades dos componentes e suas articulações (LAMPTON, 2006, p.10). No guia de paisagem, são considerados os elementos discerníveis estando lado a lado – contraste, elementos naturais ou culturais que dão sentido AL lugar – ordem, elementos que em sucessão desaparecem no horizonte – camadas, elementos que dão vida ao lugar – ponto focal, além de elementos excepcionais e a condição de estar intacta. Sob o enfoque da paisagem etnográfica, o parcelamento em lotes rurais em faixa ao longo das estradas no espigão constitui importante elemento de ordem. O centro de um bairro rural ou seção é a praça rural, tensionado pela escola e kaikan, ponto focal e também elemento excepcional. A seqüência de morros, a perder de vista e intercalada com ribeirões 3) estudo da estruturação espacial da paisagem e relação com tipologias tradicionais e seus aspectos simbólicos (HIGUCHI, 1988). Resulta numa metodologia que permite identificar e apreender o caráter ou personalidade dos aspectos visíveis e invisíveis da paisagem: profundidade do tempo, legibilidade e aspectos culturais. (YAMAKI, 2010)

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Fig, 4 - Diagrama de Metodologia de Identificação e Avaliação da Paisagem Cultural Elaboração: Yamaki, 2011

4. AVALIANDO A PAISAGEM ETNOGRÁFICA Uma metodologia de identificação e avaliação de paisagem etnográfica pode tomar como base a metodologia aplicável na paisagem cultural. No entanto, a paisagem etnográfica é também simbólica e seus componentes são carregados de significados próprios de cada cultura. Segundo Hardesty(2000), alguns aspectos como “vazios” podem ser incompreensíveis para outros. Resulta que, existe grande possibilidade desses espaços simbólicos terem seus significados modificados e finalmente esquecidos quando a comunidade suporte se fragiliza.

Figura 5. Uma Paisagem padrão em Assaí. O relevo ondulado, lotes de dez alqueires, caminhos e edificações com traços étnicos, BF 2012

Identificando Componentes da Paisagem A leitura atenta da Planta Parcial do início da Fazenda Três Barras (1933) permite observar que relevo, micro bacias e a estruturação espacial e social estavam interligados. A subdivisão em seções de área com raio aproximado de três quilômetros era também o limite do sistema tradicional de organização social, o Kuwari. Três quilômetros era uma distância considerada adequada a uma criança freqüentar a escola da seção. A estrada particular que unia as moradias era também o caminho das crianças e de comunicação entre os grupos de vizinhança Kumi. As escolas no ponto mais alto, cruzamento de principais vias define uma área de caracterização de paisagem de uma seção. Uma praça de esportes era construída em frente à escola, e logo a casa do professor e a sede de associação definiam o lugar da comunidade. Diminuindo o numero de associados da seção, as edificações chave vão perdendo a função inicial. O undojo ou praça de esportes onde eram realizadas as gincanas permanecem em algumas seções. Moradias e anexos tradicionais na Fazenda Três Barras eram obras de mestres carpinteiros japoneses e tinham traços de influência nipônica. Uma característica importante das seções era a invisibilidade. Tendo em vista as moradias estarem afastadas da estrada principal no espigão, a uma pessoa de fora é difícil o acesso. Constitui espécie de labirinto, reconhecível somente aos moradores da região e não a visitantes eventuais. O vazio inicial, praça de esportes onde eram realizadas gincanas no aniversário do Imperador, permanece gravado mesmo perdendo o caráter simbólico inicial. Os aspectos culturais estão gravados por toda parte, na parte visivel e invisivel da Colônia Fazenda Três Barras.

Figura 6. O “vazio” no alto da Seção Figueira. Uma praça rural tendo ao fundo a sede da associação da Seção. Uma fileira de árvores de porte constitui elemento de ordem e ponto focal quando avistados de longe. MD 2012

Avaliando os Atributos À distância, a paisagem da antiga Fazenda Três Barras é caracterizada por uma sucessão de morros intercalados com ribeirões e suas matas ciliares. À essa vegetação linear que acompanha os vales e ribeirões, podemos identificar massas de árvores que circundam as moradias e anexos. Contrastam com as áreas de lavouras que mudam a fisionomia conforme o tipo de lavoura e colheita. Delimitando as propriedades de dez alqueires em faixa ou protegendo as margens dos ribeirões, os conjuntos de árvores são simultaneamente elemento de ordem e de qualidade visual. A sucessão de morros vai se sobrepondo em intermináveis camadas, definindo uma paisagem Assaiense quando se caminha pelos espigões.

Reconhecendo a Estrutura da Paisagem A Fazenda Três Barras foi dividida em módulos com raio de três quilômetros, em média. A modulação define um território cujo centro é o vazio da praça de esportes. Área esta que foi reservada desde o inicio para a implantação da escola e manutenção do salário do professor. A cada seis quilômetros podemos encontrar, conforma projeto, uma escola no cruzamento de estradas principais no espigão. Constitui uma característica própria deste empreendimento da BRATAC.No centro do conjunto de seções foi projetado o Patrimônio Assahilandia.

Identificando o Caráter da Paisagem Etnográfica Através da identificação dos componentes da paisagem, avaliação dos componentes formadores e sua interrelação, a leitura da estrutura ou articulação dos componentes permite finalmente identificar o caráter da paisagem. A profundidade de tempo pode ser verificada nas estruturas, nas edificações, conjuntos de edificações, no uso da vegetação entre outros. Uma vez compreendido o processo de planejamento e projeto da Fazenda Três Barras, é possível reconhecer os distanciamentos, as características dos vazios e significados. Outra questão refere-se à paisagem tipo do país de origem dos projetistas e imigrantes Assim o caráter também está associado à semelhança com a paisagem de inspiração, a paisagem da terra natal. Um contraponto em Assahilandia é a estrada velha atravessando uma colina em cujo alto foi projetada a Igreja. Uma espécie de simbiose de culturas.

CONCLUSÃO Uma paisagem etnográfica é também a construção de uma paisagem idealizada ou uma paisagem idealizada instantaneamente de acordo com a tradição cultural de cada grupo.O estudo da Fazenda Três Barras e Assahilandia constitui base para um estudo comparativo com outros empreendimentos na região. A aplicação de um possível método de identificação e avaliação permite o reconhecimento do caráter ou personalidade da paisagem etnográfica. A sua aplicação permitirá, por exemplo, reconhecer paisagens tipo na região, paisagens notáveis e de preferência, um patrimônio cultural Norte Paranaense.

AGRADECIMENTOS Ao CNPq pela oportunidade de desenvolvimento da pesquisa. Ao Laboratório de Paisagem UEL, pelas oportunidades de reflexão sobre a paisagem.

REFERENCIAS

BERQUE, Augustin. Paisagem Marca, Paisagem Matriz, Elementos da Problemática para uma Geografia Cultural, 1984, p.84 in CORREA, Roberto e ROZENDAHL, Zeni.; Paisagem, Tempo e Cultura, Eduerj, 1998 CONSELHO DE EUROPA. Recomendação R(95)9. Sobre a conservação integrada das áreas de paisagens culturais como integrantes das políticas paisagísticas in Cartas Patrimoniais, IPHAN, 2004, p.35 CLAVAL, Paul., Los fundamentos actuales de la geografia cultural in Documents D'Anàlisi Geografica n.34 , Universitat Autonoma de Barcelona, 1999 HARDESTY, Donald. Ethnographic Landscapes in Preserving Cultural Landscapes in America. ALANEN, A., MELNICK, Robert. Preserving Cultural Landscapes in America. Baltimore and London: John Hopkins University, 2000, p.274-275. IKEDA, Shigeji. Comemoração dos 20 anos da Colônia Fazenda Três Barras, Ed. Grafica Brasileira, 1952 HIGUCHI, Tadahiko. Keikan no Kozo, Gihodo, 1985 LAMPTON, Kate. The Roadscape Guide, The Champlain Valley Alliance for the Vermont Forum on Sprawl, Vermont, 2006. McLELLAND, Linda. Guidelines for Evaluating and Documenting Historic Rural Landscape, NRB 30, 1999 RILEY, Robert B. The Visible, the Visual, and the Vicarious: Questions about Vision, Landscape, and Experience In. GROTH, Paul & BRESSI, Todd W. Understanding Ordinary Landscapes. Londres: Yale University Press, 1997, p. 200-9. SATO, Tsunezo. Bukko Senkusha Retsuden, São Paulo, 1958 YAMAKI, Humberto.; Paisagem Cultural - Notas de Aula, Pós Graduação em Geografia UEL, 2011 YAMAKI, Humberto.; The Process of Formation of Japanese Settlement Towns in Brazil, Annals of the Meeting of The City Planning Institute of Japan, v. 18, 1983

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