apresentação II Congresso Internacional de Estudos do Rock (2015) - Consumo de mídia e subcultura zineira
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CONSUMO DE MÍDIA d
E SUBCULTURA ZINEIRA GABRIELA GELAIN MESTRANDA UNISINOS - CULTURA, CIDADANIA E TECNOLOGIAS DA COMUNICAÇÃO
Essa investigação visa analisar como
o
capital
subcultural
(Thornton, 1995), articula-se com a classe
social
publicações
na dos
vida
e
nas
editores
de
fanzines impressos, os zineiros da cena PUNK/HARDCORE.
Cólera em São Paulo, 1985.
? L A R U T L U C B CAPITAL SU Comportamentos
e
estilos
que
manifestam
“autenticidade”, “diferença”, “singularidade” e “sofisticação”,
os
quais
levam
ao
reconhecimento, à admiração e ao prestígio dentro
de
uma
subcultura.
distribuídos
pela
mídia,
competências
podem
ser
Definidos
e
saberes
e
materializados
e
tais
corporalizados na aparência (através do corte de cabelo ou de tatuagens, por exemplo), na disposição de discos, entre outros.
L A R E G O V I T OBJE Com a pesquisa sobre produção de fanzines e classes sociais, buscamos compreender como se dá a relação entre o capital subcultural (THORNTON, 1995) articulado à classe social na subcultura zineira.
O C I F Í C E P S E OBJETIVO A investigação também apontará o consumo de mídia da subcultura zineira e sua relação com os meios de comunicação alternativos e hegemônicos, bem como a observação de indicadores do capital subcultural nos zines e nos sujeitos da pesquisa.
AMOSTRA 11 zineiros (9 homens e 2 mulheres), de 20 a 41 anos, de diferentes classes sociais (classes média alta, média e média baixa). São zineiros que, de alguma forma, vinculam-se à cena musical do punk e do hardcore e residem em diversos estados.
A C I S Ú M E S ZINE
Hoje, a música - a música especialmente do punk compreende o maior gênero de zines. E até mesmo escritores cujas zines abrange outros temas que a música muitas vezes tem sua primeira experiência pelo mundo do punk rock (DUNCOMBE, 1997, p. 125).
HISTÓRIA ZINES década de 30 X década de 70 Sniffin´ Glue x Revista Punk Revista (?) Maximum RocknRoll
A V I T A C I F I JUST ● Os estudos dos fanzines ainda estão em processo de consolidação ● Sno (2021) aponta que os primeiros fanzines surgiram no Brasil na década de 1960, porém as pesquisas só iniciaram 3 décadas depois. ● Os primeiros títulos de pesquisas datam de 1993
A I G O L O D METO Estudo de Caso ● Utilizei a técnica de entrevista em profundidade. ● Questionário com 74 perguntas que foram respondidas por 11 zineiros (nove homens e duas mulheres),
CLASSES CLASSES: A categorização é realizada de acordo com a posição do membro melhor situado na família. As perguntas para definir as classes: *Profissão *Sustento da família *Escolaridade
A I D Í M E D O M U S N O C : E S ANÁLI => Os indicadores de contrastes entre os zineiros de distintas classes sociais são fortemente percebidos no consumo de diferentes suportes midiáticos (jornais, TV, revistas e o rádio), que evidenciam as marcas classistas. => Observamos que o livro é a mídia preferida da subcultura, bem como a internet, que possui alta freqüência de consumo por parte dos zineiros.
e d o m u s n o c o n Marcas de classe s o r i e n i z s o d a i d í m Por exemplo, as revistas são consumidas por zineiros das classes média e média alta (estes últimos, as consomem com uma maior frequência). Um zineiro de cada uma destas classes faz assinatura de revistas (Revista TRIP e Super Interessante, respectivamente). No entanto, a classe média baixa apontou para uma baixa frequência dessa leitura.
L A R U T L U C B U S L A T I P A C ANÁLISE: Nas entrevistas, o capital subcultural pode ser percebido: => Nas falas sobre bens culturais adquiridos, como coleções de CDs ou discos de vinil de punk e hardcore (todas as classes) => Através das tatuagens (8 entrevistados) => Da opção ou não pelo vegetarianismo (em todas as classes ao menos um zineiro é vegetariano)
CONCLUSÃO As marcas de classe foram visualizadas: => Notáveis contrastes na estética dos fanzines => Na escolha dos temas pelos zineiros => Também nas expressões da subcultura (capital subcultural), como coleção de discos, tatuagens e no vegetarianismo
E D A D I L A U T RI A ritualidade de produção zinística traz visíveis contrastes de classe Os zineiros de classes média alta e média fazem apurações, diagramam no computador, escolhem o tipo de impressão, número de páginas, têm uma preocupação maior com suas publicações. Os zineiros de classe média baixa elaboram seus fanzines conforme a empolgação e energia disponíveis, na imprevisibilidade.
A I C N Ê T S I S RE Para os zineiros, os fanzines são resistentes à era digital, à evolução tecnológica, às grandes corporações midiáticas, indo contra a praticidade do virtual.
REFERÊNCIAS ABRAMO, H. W. Cenas juvenis: punks e darks no espetáculo urbano. São Paulo: Scritta,1994. DOWNING, J. D. H. Mídia radical: rebeldia nas comunicações e movimentos sociais. 2. ed. São Paulo: Senac, 2004. DUNCOMBE, S. Notes From The Underground. Zines and The Politics of Alternative Culture. New York: Verso, 1997. THORNTON, S. Club Cultures: music, media and subcultural capital. Oxford: Polity, 1995.
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