Avaliação da interface de celular touchscreen

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AVALIAÇÃO DA INTERFACE DE CELULAR TOUCHSCREEN RODOLFO M. DE BARROS, Dr. | VANESSA T. DE O. BARROS, Msc. | DANIELA OBUTI | LÍLIAN LAGO Universidade Estadual de Londrina Palavras-chave: IHC, design ergonômico, interface, usabilidade, interatividade. 1 INTRODUÇÃO

Critério analisado: Cor Horizontalidade – traz estabilidade e organização à tela.

Para este teste, o grau de severidade foi baseado no número total de tarefas a serem executadas pelos usuários e a relevância de cada critério estabelecido. Critérios Analisar e verificar a necessidade de modificação

1.1 IMPORTÂNCIA E RELEVÂNCIA DOTEMA Segundo Cybis (2007), a interação móvel surgiu para atender às necessidades do usuário móvel e vem alterando a maneira como as pessoas interagem com as informações. Portanto, faz-se avaliação para conhecer o que os usuários querem e os problemas que eles experimentam, pois quanto melhor informados sobre seus usuários os designers estiverem, melhor serão os design de seus produtos (ROCHA; BARANAUSKAS, 2003). Também é responsável por aprimorar a interação homemcomputador, permitindo a elaboração de sistemas eficazes, eficientes e que não frustre o usuário. Este trabalho visa a análise da interface de um dispositivo touchscreen, de resolução de 240×400 pixels, Wi-Fi, Bluetooth e uma câmera de 5 megapixels capaz de gravar vídeos em HD. 1.1 Problema Avaliar a interface de um celular touchscreen (interface 3D) a partir dos conceitos de IHC, com um foco principal na usabilidade. 1.2 Objetivos O objetivo geral deste trabalho é avaliar a usabilidade deste dispositivo, utilizando-se de avaliações analíticas e empíricas. Os objetivos específicos são avaliar a funcionalidade do sistema, analisar o efeito da interface junto ao usuário e identificar problemas específicos do sistema. 1.3 Hipótese Tem-se como hipótese uma pequena constância de erros quanto à usabilidade do celular. 1.4 Métodos e Técnicas O método a ser utilizado partirá da união de uma técnica analítica e outra empírica: o teste de usabilidade a análise gráfica da interface. 1.4.1 Teste de Usabilidade Os testes de usabilidade têm como foco de avaliação a qualidade das interações que se estabelecem entre usuários e o sistema (CYBIS, 2007). Foi elaborado um plano de teste com oito itens, a fim de dar suporte a esta aplicação. Dentre eles, o item (h) consistiu nos critérios utilizados para determinar o sucesso ou insucesso da interface em avaliação, que foram: 1)Número de vezes que o usuário errou ao clicar. Entende-se por erro qualquer situação em que o usuário entrou com uma informação e teve que refazer esta ação. 2)Número de vezes que o usuário recorreu ao avaliador por ter se perdido ou por não saber o que fazer. 3)Número de vezes que o avaliador precisou ajudar o usuário sem que o mesmo tivesse solicitado ajuda. A intervenção se dá quando o avaliador verifica a necessidade desta para o prosseguimento do trabalho. 4)Número de observações relevantes feitas pelo usuário sobre a interface. Entende-se por observações relevantes, comentários sobre a interface que o avaliador julgou pertinente. Segundo Barros (2003), A determinação do grau de severidade para os critérios implica no nível de qualidade que os avaliadores, ou seja, experimentadores desejam que sua interface tenha, ou seja, o grau de severidade pode ser mais alto ou mais baixo, implicando desta forma se o resultado da avaliação será mais rígido ou não. Portanto, percebe-se que o estabelecimento do critério é subjetivo.

1 2 3 4

1 ≤  nº ocorrências ≤  4 1 ≤  nº ocorrências ≤  3 1 ≤  nº ocorrências ≤  3 1 ≤  nº ocorrências ≤  4

Quadro 1: Critérios e o grau de severidade

Os usuários foram submetidos a 6 tarefas. Critério 1 Total de ocorrências: 44 Critério 2 Os usuários recorreram 10 vezes aos avaliadores por estarem perdidos, sem saber como proceder. Critério 3 Os avaliadores ajudaram aos usuários, sem ser solicitados, 4 vezes. Critério 4 Total de ocorrências: 6 Todos os 4 critérios tiveram um elevado número de ocorrências, principalmente o Critério 1. Pode-se perceber que a interface possui problemas tem urgência de modificação em certos aplicativos. Seu principal ponto crítico é a confusão entre os ícones e a hierarquia das informações. 1.4.2 Análise Gráfica da Interface Segundo Dondis (1997), a base da comunicação visual são seus elementos, tais como linha, ponto, cor, forma, direção, textura, escala, dimensão e movimentos. O arranjo destes proporciona diversas mensagens com ênfases nas mais variadas técnicas, tais como contraste, equilíbrio, harmonia, simplicidade, estabilidade. Cybis (apud Barros, 2003) afirma que os elementos visuais mais significativos às questões ergonômicas são: a cor, a linha, a fonte e o arranjo. A interface foi analisada segundo os critérios de Barros (2003) baseados nos princípios da sintaxe visual: cor, linha, fonte tipográfica, composição, volume, proximidade de informações relacionadas, alinhamento, contraste e repetição. Cada critério foi observado em uma tela da interface. Para esta apresentação, foram selecionados os critérios mais relevantes e que obtiveram maior irregularidade na avaliação da mesma. Os critérios foram os seguintes: Critério analisado: Cores No geral, o contraste é satisfatório, possui problemas apenas quando se tem ícones em tons de cinza sobre o fundo preto. (A1) A gama de cores está adequada quanto à sua significação: Verde: relacionado a ligações e contatos – uma analogia ao trânsito, aqui o verde permite seguir e conectar-se a alguém. (A2) Amarelo: mensagens em geral – SMS, MMS e e-mail – remete a comunicação. (A3) Roxo: música, movie maker, Wi-Fi, jogos – relacionado ao entretenimento – remete à jovialidade e modernidade dentro do contexto atual. (A4) Azul: browser, Google, Bluetooth – relacionado à conectividade – remete à tecnologia. (A5) Cinza: configurações, câmera, cronômetro, gravador de voz, ferramentas – relacionado a questões de tecnologia, configurações de ferramentas. (A6)

Critério analisado: Composição Simétrica (D1), bom respiro visual (D2), apesar da verticalidade da composição, sua simetria traz estabilidade. O centro perceptivo coincide com a ação principal da função.

Critério analisado: Volume O botão principal possui o maior volume tridimensional e também está posicionado na linha central horizontal da tela (E1). Os botões secundários possuem menor volume e conseqüentemente menor destaque, mas ainda sim bem sinalizados (E2). Os botões terciários têm menor volume, que corresponde a sua importância reduzida (E3).

Critério analisado: Contraste O contraste entre texto e fundo está adequado (H1). O contraste entre ícones e fundo é satisfatório, porém prejudicado quando o ícone está em tons de azul, confundido com fundo, também azul (H2).

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os usuários tiveram um bom desempenho no geral. Novamente, as crianças se destacam pela sua agilidade e percebe-se a importância dos ícones, da linguagem visual, para os que ainda não são perfeitamente alfabetizados. Já os adultos e idosos buscam maior racionalidade no cumprimento da tarefa, procurando alternativas já conhecidas, ou lembranças de experiências similares. Constata-se a falha na hierarquia de algumas informações. Os ícones têm um destaque especial pela sua importância para a rápida visualização e leitura, principalmente para as crianças. Alguns deles são baseados em metáforas confusas e acabam falhas, confundindo o usuário. Pode-se afirmar que apesar de celular analisado ser considerado de ponta, sua usabilidade não está totalmente de acordo com as capacidades dos usuários. 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARROS, V. T. O. Avaliação da interface de um aplicativo computacional através de teste de usabilidade, questionário ergonômico e análise gráfica do design. 2003. 143 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. CYBIS, W. A. et al. Ergonomia e usabilidade: conhecimentos, métodos e aplicações. São Paulo: Novatec, 2007. DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: M. Fontes, 1997. ROCHA, H. V.; BARANAUSKAS, M. C. C. Design e avaliação de interfaces humanocomputador. Campinas, SP: NIED/UNICAMP, 2003.

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