CRIME E CASTIGO: UM CAPÍTULO DO PROBLEMA DO MAL EM DOSTOIÉVSKI

May 30, 2017 | Autor: Ramon Maia | Categoria: Criminology, Russian Religious Thought, Dostoevsky, Problem of Evil
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CRIME E CASTIGO: UM CAPÍTULO DO PROBLEMA DO MAL EM DOSTOIÉVSKI

Ramon Maia Doutorando – Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia

Nos dias de hoje, várias ciências e vários saberes lidam direta ou indiretamente com o crime – psicologia jurídica, psiquiatria forense, perícia criminal, direito penal, antropologia criminal, medicina legal. Eles não têm como tarefa primordial definir o que seja o mal. Tais ciências e saberes são descritivos, ou seja, produzem discursos e relatos sobre como se dá um evento ou processo relacionado à prática criminosa. Não se pode afirmar com toda exatidão que o problema do mal em toda sua abrangência seja exclusivamente de interesse das religiões. Uma espécie de humanismo laico, por exemplo, menos especulativo, mais intuitivo e mais próximo do senso comum, faz uso dos temas e do léxico geralmente associados ao problema do mal. Neste caso, ele busca lançar luz sobre o incomensurável das tragédias do cotidiano. Nestas circunstâncias são buscadas de maneira mais urgente as razões do sofrimento, da crueldade e da injustiça. Antes de apresentar nosso ponto de vista, uma observação de natureza metodológica merece ser feita. Desde a publicação da obra de Viacheslav Ivanov e posteriormente, com o crescimento dos estudos bakhtinianos, os trabalhos sobre Dostoiévski correm o risco de ingenuidade e de unilateralidade. O desenvolvimento do tema aqui presente – o problema do mal – não toma as ideias de Dostoiévski como produto do discurso de um narrador figurado como espelho de sua consciência. Em sua obra, o mesmo princípio antinômico se repete em cada romance, se integrando neles de modo orgânico. “Cada célula comporta o embrião de uma luta interior e todo conjunto é catastrófico, cada nódulo o é em pequena escala.”

(IVANOV, 2000, 38, 39) Portanto, cada ideia nasce no interior de um

conflito, ou entre personagens, ou do personagem consigo mesmo. A partir do desenvolvimento desses embates, depreendemos o que seria o problema do mal. 1

Na obra de Dostoiévski, o crime aparece junto ao problema do mal, não recebendo somente um tratamento religioso. Ela está inserido, sim, bastante a seu modo, nas grandes linhas da tradição religiosa ortodoxa, russa e grega. Contudo, podemos considerar a possibilidade de uma leitura do crime também sob a ótica de uma dimensão trágica da existência humana. Crime e Castigo (1866) seria um romance trágico, apresentando o homem da Queda à Redenção. Dostoiévski não faz teologia, sua literatura é do tipo antropológico, está interessado “nas profundezas da alma humana”. Isto colocaria, com efeito, sua ficção para além da antropologia especulativa, próximo à pneumatologia. Para ele, o bem e o mal travam batalha no coração do homem. Em Crime e Castigo, o planejamento do crime e seu cometimento representam a entrada de Raskólnikov na dimensão infralapsária. Ao dar início ao seu projeto de matar a velha usurária, ele se isola, corta os laços com Cristo e com a sobornost. O que isso significa propriamente? Crime e Castigo não possuiria uma definição positiva do que seja o mal. O mal seria definido negativamente. O mal representaria tudo o que se oporia a Cristo e à sobornost. Um primeiro recurso literário utilizado por Dostoiévski para expor a cisão de Raskólnikov em relação a Cristo e à sobornost está relacionado à nomeação do herói do romance. Raskol, em russo, significa, cisma, separação, e os raskolniki, na história da Ortodoxia, foram os cismáticos no século 18, divergentes acerca de questões litúrgicas, que legaram às gerações posteriores, à intelligentsia, aos niilistas e aos bolcheviques, uma mentalidade apocalíptica e messiânica. (BERDIAEV, 1969, 18) Raskólnikov, assim, seria um cismático, um rebelde que se voltara contra as leis humanas e as leis de Deus. Dostoiévski lança mão, também, de outro artifício literário a fim de promover a cesura, o isolamento do herói no romance. Tal cesura não nos é exposta através de um discurso monológico do narrador. Caso isto fosse feito, o romance seria tão somente a apresentação ficcional de uma teoria ou uma doutrina teológica – um romance filosófico. Este corte, no entanto, é sugerido sob a forma de um diálogo. Quando o herói confessa laconicamente seu crime à Sônia, ela, em duas réplicas do 2

diálogo, apresenta o corte provocado pelo cometimento do crime: “O que o senhor fez, o que senhor fez contra si próprio!”. E na resposta posterior: “Não, agora não há ninguém mais infeliz do que tu neste mundo!” (DOSTOIÉVSKI, 2009, 420) Se saturarmos o sentido das afirmações de Sônia, veremos que, para ela, não é a vítima que fundamentalmente perdera sua vida, senão o autor do assassinato. A réplica do diálogo nos remete as palavras de Cristo contidas no Evangelho de Mateus: Aquele que quiser salvar sua vida, a perderá, mas o que perder sua vida por causa de mim, a encontrará. De fato, que aproveitará o homem ao ganhar o mundo inteiro mas arruinar sua vida? (Mt 16, 25-26)

O teólogo russo Paul Evdokimov afirma que “a ideia religiosa de um povo se forma partindo sua visão pessoal de Deus.” No caso dos russos, a imagem de Cristo formada em seu imaginário é a do Cristo quenótico. Ele é o “Irmão humilde dos humilhados, aquele que está sempre com os pobres, enfermos e os sofredores”, que está cercado pelos mendicantes e pelos pequenos deste mundo. Trata-se de um Cristo compassivo que cura e consola, mas não julga; seu caminho é o da Pravda, “em que a justiça se realiza na misericórdia”. (EVDOKIMOV, 2001, 41) Raskólnikov se afasta de Cristo, pois sua trajetória não é a do esvaziamento de si, característico da kénosis. Ao contrário, o planejamento utilitário do assassinato visa a torná-lo uma pessoa extraordinária, como Napoleão. Parece lícito às pessoas extraordinárias sair do ordinário da vida, em nome do bem da humanidade, para cometer atos que transgridam as leis humanas e divinas. Elas seriam indivíduos excepcionais, superiores às comuns. O afastamento de Raskólnikov em relação a Cristo fica mais bem caracterizado em razão de o caminho de Cristo ser o da liberdade. Cristo oferece e percorre a trilha de filiação ao Pai, pela livre e amorosa abertura de si a Ele e aos outros. Raskólnikov parece pensar e agir como escravo de sua obsessão, a ideia fixa, estado psicopático que Dostoiévski descreve como monomania, inspirado nos trabalhos do psiquiatra francês Étienne Esquirol. O caminho de Cristo é o da entrega, o de Raskólnikov, o da conquista. Cristo, e quem o segue, está aberto para os outros; Raskólnikov, fechado em si mesmo.

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Raskólnikov também rompe seus laços com a sobornost. Sobórnost’ é uma palavra de difícil tradução. Sobór, em russo, é catedral, mas, também pode ser tomada por concílio; sobórnost’ poderia ser traduzido por “conciliaridade”. A eclesiologia do pensador religioso Nicolas Berdiaev é sobremaneira tributária da literatura de Dostoiévski, especialmente da Lenda do Grande Inquisidor. Ela considera que as igrejas visíveis e confessionais fazem parte da sociedade. Por outro lado, é a sociedade que faz parte da Igreja, una, invisível, espiritual. “A sobornost não é uma realidade coletiva que se encontra acima do homem e o comanda: ela é uma qualidade espiritual superior dos homens, um diálogo com os vivos e os mortos.” (BERDIAEV, 1946, 153) A autoridade é um conceito exterior aos homens, de tal modo que, a livre decisão de abertura ao Pai é um assentimento à Verdade, mas não à coerção e à violência da consciência e do coração. A sobornost ignora tanto a total sujeição a uma “autoridade exterior” quanto o “isolamento individualista”. (BERDIAEV, 1969, 173) Em Crime e Castigo, o tema do duplo, tão caro a Dostoiévski, comparece junto às especulações de Raskólnikov anteriores ao assassinato que comete. Ao se tornar obcecado por se tornar uma pessoa extraordinária, esta ideia fixa denota a fragmentação do seu coração. A tradição ortodoxa considera que o homem pensa e age em acordo com seu coração, pois o homem, em essência, é aquele “oculto no íntimo do seu coração” (1 Pd 3, 4) Para Paul Evdokimov, o coração pode estar a aberto a Deus, fechado para Ele (Lc, 24, 25) ou em sua “decomposição demoníaca” em “vários” (Mc 5, 9). (EVDOKIMOV, 1979, 66) A integralidade da personalidade só será possível quando o coração estiver aberto a Deus. O coração de Raskólnikov parece desejar o absoluto, ou algo absolutamente, guiado por um maximalismo imanentista, no entanto, o que aspira tem seu fundamento na relatividade e na contingência. Sua personalidade parece se cindir em dois fragmentos, o que pode ser observado em seus solilóquios extremamente dramáticos: ora recorre às lembranças familiares, ora recorre aos pensamentos de grandeza – de tal modo que estes vão tomando o lugar daquelas graças aos poderes da ideia fixa. Na medida em que o isolamento individualista

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cresce, cresce, também, o poder da ideia fixa qual fosse um espectro, transformada em autoridade exterior e exercendo coerção sobre sua liberdade. Raskólnikov, pensando agir em nome de sua liberdade, tornou-se escravo de si mesmo, de sua ideia, tornada coisa por um progressivo processo de alienação da comunidade. O crime de Raskólnikov é, portanto, de natureza mística ou metafísica. Seu fechamento e seu isolamento é um modo de afirmação de si, conduzindo à dissociação da totalidade universal dos homens. Devemos, observar, no entanto, que não é o crime que conduz a tal situação. O isolamento, a cesura foi a primeira decisão da vontade livre de Raskólnikov e é ela que conduziu ao crime. Raskólnikov: criou, ele mesmo, seu mundo: ele é o mágico do fechamento e pode, quando quer, evocar o mundo encantado de sua ficção, mas ele, neste mundo, é, ao mesmo tempo, prisioneiro de seu próprio espectro. (IVANOV, 2009, 97)

Dostoiévski rejeitava, com grande vigor, as teorias modernas humanistas que visam suprimir a responsabilidade do criminoso. Para ele, tais teorias, na verdade, retiravam a liberdade do homem, “sua nobreza” e sua “dignidade divina”. “Se o homem é só o reflexo passivo de seu meio social, se ele não é uma criatura responsável, então, não há homem, não há Deus, não há mal, não há bem”. (BERDIAEV, 1974,109) A responsabilidade enobrece e a pena purifica, pois ela é um caminho de cruz e redenção, excetuando a pena de morte que o impossibilita pela violência. (IVANOV, 2000, 99, 100) O tema da responsabilidade em Dostoiévski possui uma dimensão estética de natureza linguística, cujo desdobramento ressoa em sua problemática metafísica. Responsabilidade em russo é ответственност (atviétstviennast); responder, pagar e ser responsável são отвеча (atviechát). Donde, a responsabilidade é ser capaz de entrar em uma relação dialogal, de emitir uma réplica, de responder por si, de fazer uma objeção. A dignidade do homem está em sua responsabilidade, em sua capacidade de responder e isto se dá nas suas relações dialogais. A única forma adequada de expressão verbal da autêntica vida do homem é o diálogo inconcluso. A vida é dialógica por natureza. Viver significa participar do diálogo: interrogar, ouvir, responder, concordar, etc. Nesse diálogo o homem participa inteiro e com toda vida: com os olhos, os lábios, as mãos, a alma, o espírito, todo o corpo, os atos. Aplica-se totalmente na

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palavra, e essa palavra entra no tecido dialógico da vida humana, no simpósio universal. (BAKHTIN, 2011, 348)

A impossibilidade do diálogo liga-se também ao problema do mal. Entramos no terreno do discurso autoritário ou do monologismo. Em toda a obra madura de Dostoiévski, o problema do mal e do crime estão indissoluvelmente ligados ao tema da liberdade. A responsabilidade só existe, a rigor, porque existe a liberdade. “A liberdade é irracional, porque ela pode criar tanto o bem quanto o mal”. (BERDIAEV, 1974 107) O enigma do coração humano é magnificamente decifrado por Dostoiévski: a liberdade degenera em arbítrio que conduz ao mal, este ao crime e o crime ao castigo. O castigo pede penas severas, mas, menos pela exterioridade da lei, mais pela consciência livre do homem que deve responder pelo crime. O mal é o índice da existência, no homem, de uma profundidade interior. “Ele está ligado à personalidade, somente a personalidade pode criar o mal e responder por ele”. (BERDIAEV, 1974, 110) As circunstâncias exteriores e o meio social, como atenuantes ou como fontes do mal, despersonalizam o homem. A fonte do mal é interior, pois, se o homem existe, ele possui uma personalidade existindo nele em profundidade. O mal, desse modo, parece ter uma dimensão antinômica na obra de Dostoiévski. Por um lado, ele deve ser denunciado, combatido e queimado nas chamas ardentes. Por outro, ele é um caminho trágico que o homem deve seguir. Perfazendo uma experiência nas profundezas de si mesmo, de dor, humilhação e pecado, o homem percebe o nada do mal. Ao final do caminho, o mal se consome. Tal concepção se baseia de ideia de que o mal é pura negatividade. Trata-se de um princípio parasitário que necessita de um ser para se encarnar e atuar. O mal busca uma decomposição do ser ainda mais profunda no fenômeno da duplicação da personalidade. A imitação da comunhão no sonho e nos diferentes graus e formas da possessão se encontra na aparição do seu duplo. (EVDOKIMOV, 2014, 160)

Quando atua, o mal é pura negação, a tal ponto que chega a negar a si mesmo. O risco deste processo de experiência é que o mal, enquanto parasita, pode tomar o hospedeiro e fazê-lo se eliminar.

“A força de negação aspira

incessantemente ao nada e empurra ao suicídio.” (EVDOKIMOV, 2014, 159) Um espírito não livre pode deduzir que o caminho do mal é necessário ou obrigatório. 6

Para Dostoiévski, no entanto, o mal era o mal, “ele deveria queimar nos fogos do inferno”. (BERDIAEV, 1974,113) O contentamento no interior da experiência do mal implica na perda, na desagregação e no nadificamento da personalidade. Não há, neste caso, nenhum tipo de enriquecimento. A experiência espiritual elevada consiste na denúncia do mal em si mesmo. Sem dúvida pode-se se enriquecer pela experiência do mal, obter a uma acuidade de consciência maior, mas com a condição de chegar aí através da angústia da sua própria perda./…/ O mal é inseparável do sofrimento é deve conduzir à redenção. (BERDIAEV, 1974, 115)

O arrependimento de Raskólnikov encontra ecos na tragédia Édipo Rei, de Sófocles. Édipo, após matar o pai, Laio, e depois de desposar sua mãe, Jocasta, sem saber quem eles eram, recusa-se a ser tomado como joguete ou instrumento cego das moiras. Ao saber da verdade, Édipo parece acreditar ser livre e responsável – ao furar os próprios olhos e se exilar de Tebas – o que contradiz a exterioridade dos acontecimentos e o que implica em se condenar. (IVANOV, 2000, 99, 100) Para Dostoiévski, no entanto, o criminoso e, mais propriamente, Raskólnikov não é exatamente Édipo. A tragédia em Dostoiévski possui uma tonalidade cristã. Raskólnikov cumpre a vontade de todos, ele faz um bem desejado por toda São Petersburgo. A velha usurária é, na verdade, uma espécie de bode expiatório do Antigo Testamento. “Segunda a Lei, quase todas as coisas se purificam com sangue; e sem efusão de sangue não há purificação.” (Hb 9, 22) Sônia, a jovem redentora e pecadora, também carrega consigo todo o peso catastrófico de sua família. Antes de cometer o crime, o herói tem o terrível sonho da surra no cavalo. Depreendemos que o culpado por tal ato não é apenas o dono do animal, mas todos que o colocaram pesadas cargas que o fizeram empacar. Isso significa que, para Dostoiévski, todos são responsáveis por todos. Este terrível conhecimento abre diante dele um novo abismo, terrificante e obnubilante: ele começa a compreender que toda humanidade é somente Um Homem: ‘a fim de que todos sejam um’ (Jo 17, 21). (IVANOV, 100, 101)

O caminho de reintegração do paria na comunidade passa pelo gesto de arrependimento diante de todos e diante da mãe-terra. Sônia indica o caminho de redenção que deve ser trilhado pelo criminoso. Ela havia dirigido as seguintes

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palavras a Raskólnikov: “Vai a um cruzamento, faz uma reverência ao povo, beija a terra, porque pecaste também perante ela, e diz a todo mundo em voz alta: ‘Eu sou um assassino!’” (DOSTOIÉVSKI, 2009, 533, 534) Para Dostoiévski o pecado, a dor e a humilhação possuem um papel fundamental na transfiguração do homem. Esta sua concepção fica mais bem explicitada em seu relato Recordações da Casa dos Mortos. O povo para Dostoiévski, sofrera todos os tipos de humilhações e fora ele que erguera a Igreja, especialmente a russa. Para ele, o povo e a natureza formam uma comunidade mística; foi contra eles que Raskólnikov cometeu o crime e é perante eles que deverá se redimir. Finalmente, diríamos, na esteira da literatura de Dostoiévski e do pensamento religioso russo, que o mal escapa às tentativas de conceitualização e racionalização, sendo a arte um legítimo recurso para a pronúncia dos caminhos que ele toma no curso de nossa existência. As tentativas de definir cabalmente o que seja o mal, localizando-o em um sistema de categorias e formulações exatas, pode figurar como uma pretensão de justificá-lo. Obviamente, nos é dado conhecer o mal, mas de modo existencial, experimentando-o; ele é uma verdade existencial. Tarefa difícil é combater o mal, pois os meios utilizados podem, eles mesmos, se tornar maléficos. Enquanto verdade existencial, a realidade do mal nos põe em circunstâncias desafiadoras e sempre paradoxais: somos chamados a ver o mal mais em nós mesmos do que nos outros. Assim, a ultrapassagem do mal consistiria em iluminar as pessoas más, não em exterminá-las, afinal, todos são responsáveis por todos. Talvez, resida aí a beleza da transfiguração.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Trad. Paulo Bezerra. 6 ed. São Paulo, WMF Martins Fontes, 2011. Problemas da poética de Dostoiévski. 5 ed. Trad. Paulo Bezerra. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015. 8

BERDIAEV, Nicolas. Essai de métaphysique eschatologique. Trad. Maxime Herman. Paris: Aubier, 1946. ______. L’esprit de Dostoiévski. Trad. Alexis Nerville. Paris: Stock, 1974. ______. L’idée russe: problèmes essentiels de la pensée russe au XIX et début du XX siècle. Trad. H. Arjakovsky. Paris: Mame, 1969. BÍBLIA DE JERUSALÉM. Trad. Euclides Balancin et al. Paulus: São Paulo, 2002. DOSTOIÉVSKI. Crime e Castigo. 6 ed. Trad. Paulo Bezerra. São Paulo: Perspectiva, 2009. EVDOKIMOV, Paul. Dostoïevski et le problème du mal. Clichy: Corlevour, 2014. ______. Le Christ dans la pensée russe. Paris: Cerf, 2011. ______. L’Orthodoxie. Paris: Desclée de Brouwer, 1979. IVANOV, Viacheslav. Dostoïevski: tragédie, mythe, religion. Trad. Louis Martinez. Paris:Syrtes, 2000.

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