Metadados para descrição de coleção cartográfica digital
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São Paulo, 27 de outubro de 2012
Metadados para descrição de coleção cartográfica digital Alexandre José Soares Moreira Amarílis Montagnolli Gomes Corrêa Ana Cláudia Pastor
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Metadados para descrição de coleção cartográfica digital
Alexandre José Soares Moreira Amarílis Montagnolli Gomes Corrêa Ana Cláudia Pastor
Orientadora: Profa. Dra. Ana Maria Beltran Pavani
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Agradecimentos Agradecemos à Profa. Dra. Ana Maria Beltran Pavani pela atenção e esclarecimentos ao longo do desenvolvimento deste trabalho.
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Resumo Este trabalho propõe um conjunto de metadados para descrição de coleção cartográfica de biblioteca digital especializada. Ele foi formado pela combinação de metadados do padrão Dublin Core (DC) com metadados criados pela equipe da biblioteca da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH/USP). São metadados aplicáveis a qualquer acervo cartográfico.
Palavras-chave: Metadados; Biblioteca digital; Material cartográfico; Descrição de itens
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Metadata schema or describing digital cartographic collection
Abstract This paper proposes a set of metadata for describing the cartographic collection of a specialized digital library. It was formed by the combination of Dublin Core (DC) elements with metadata created by the staff of the Faculty of Philosophy, Letters and Human Sciences at USP (FFLCH/USP). These metadata are applicable to any cartographic collection.
Keyword: Metadata; Digital library; Cartographic material; Description of items
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Sumário 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 7
2 BIBLIOTECA FLORESTAN FERNANDES ............................................................... 8 2.1 Apresentação do acervo cartográfico ............................................................................ 8
3 PADRÕES DE METADADOS DESCRITIVOS PARA MATERIAL CARTOGRÁFICO .......................................................................................................... 10 3.1 Aplicação de metadados no acervo cartográfico da Biblioteca Florestan Fernandes ............................................................................................................................ 14
4 CONSIDERAÇÕES FINAS ...................................................................................... 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 16
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 16
ANEXOS Anexo A .............................................................................................................................. 17 Anexo B .............................................................................................................................. 19 Anexo C .............................................................................................................................. 21
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1 INTRODUÇÃO “A informação geográfica é subsídio fundamental para o conhecimento e gestão do espaço geográfico” e é cada vez maior a produção de informação geográfica em formato digital estimulada pela popularização dos Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) (PRADO et al., 2010, p. 34). Esse crescimento demanda a adoção de padrões, primeiramente, para a produção desse tipo de informação, e também de padrões descritivos, de terminologia e padrões tecnológicos que garantam a qualidade dos dados, dos metadados, da recuperação da informação, e que garantam a interoperabilidade para compartilhamento entre as instituições produtoras e consumidoras de informação geográfica (COMITÊ DE ESTRUTURAÇÃO DE METADADOS GEOESPACIAIS, 2011). Essas preocupações são válidas para qualquer projeto de acervo digital. Padronização e interoperabilidade são alguns dos aspectos essenciais para garantir bons resultados. Para realizar este trabalho, foi considerada a criação de uma biblioteca digital especializada em informação cartográfica – Biblioteca Digital de Cartografia. A coleção inicial desta biblioteca será formada pelo produto da digitalização do acervo da Biblioteca Florestan Fernandes, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH/USP). Biblioteca digital não se resume à digitalizar uma coleção impressa. Criar uma biblioteca digital envolve um extenso planejamento, mas este trabalho focou uma das etapas: determinar o padrão para descrição dos itens da coleção. Foi criado um conjunto de metadados a partir da combinação de elementos do padrão Dublin Core (DC) com metadados criados pela equipe da Biblioteca da FFLCH. No entanto, o objetivo é que esse conjunto seja compatível com qualquer acervo cartográfico, por isso foram considerados padrões de gerenciamento de acervo físico e padrões descritivos de materiais cartográficos de todo tipo, sejam criados originalmente em formato digital ou digitalizados. O primeiro capítulo do trabalho apresenta a Biblioteca Florestan Fernandes e sua coleção cartográfica que foi a base para a elaboração e escolha do conjunto de metadados. O segundo capítulo apresenta padrões descritivos já estabelecidos para informação geográfica e o conjunto de metadados proposto. Os anexos completam o conteúdo deste capítulo, pois apresentam a carta topográfica utilizada para aplicação dos metadados, a ficha descritiva da carta e a ficha apresentada para os usuários da Biblioteca Digital de Cartografia. Este é um trabalho prático. Por isso, ao invés de uma longa seção de referências bibliográficas, foi criada a seção Bibliografia para indicar os materiais que serviram de apoio para o desenvolvimento do projeto.
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2 BIBLIOTECA FLORESTAN FERNANDES
No ano de 1934, dá-se início ao funcionamento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, um dos núcleos fundadores da recém inaugurada Universidade de São Paulo. Um acervo começa a ser formado nesse ano, e em 1937 é instalada a primeira biblioteca na Rua da Consolação, 16. Nos anos subsequentes, a biblioteca é transferida mais duas vezes: em 1938, para um prédio na Alameda Glete; em 1939, para o prédio da Escola Caetano de Campos, na Praça da República. Em 1947, a biblioteca muda de local novamente, desta vez para o prédio da Faculdade na Rua Maria Antonia, 258, e lá permanece até sua transferência definitiva para a Cidade Universitária, campus Butantã, entre os anos de 1967 e 1968. Em 1970 ocorre a separação dos acervos, de acordo com a Reforma Universitária, permanecendo na FFLCH as bibliotecas departamentais e aquelas ligadas aos Centros de Estudos. Em 1973, constitui-se a primeira comissão de bibliotecas da FFLCH/USP, e em 1975 é aprovada a unificação das bibliotecas da FFLCH. Um programa para construção de um prédio central reunindo os acervos é apresentado no ano de 1976. A unificação só começou a tomar corpo definitivamente em 1987, a partir da criação do Serviço de Biblioteca e Documentação (SBD), que reunia as quatro bibliotecas existentes na época: a de História, Geografia, Filosofia e Ciências Sociais e a de Letras. Em 1991 ocorre a inauguração do primeiro módulo da Biblioteca Central, integrando os acervos de Letras e dos Serviços Técnicos e Administrativos. No ano de 2001 é inaugurado o segundo módulo, para a integração dos acervos de Filosofia e Ciências Sociais. Entre 2003 e 2004, dá-se a construção do terceiro e último módulo, com a integração dos acervos de Geografia e História.
Por fim, em 2005, é inaugurada a Biblioteca da FFLCH-‐USP com acervo unificado, recebendo o nome de Biblioteca Florestan Fernandes, em homenagem ao sociólogo F lorestan F ernandes, que por muito tempo atuou como professor da faculdade. Concentrando uma diversificada coleção de obras, a Biblioteca Florestan Fernandes possui o maior acervo da USP (são aproximadamente 880 mil itens no total) e destaca-‐se no cenário nacional como um centro d e informação especializado nas áreas d e Humanidades e Ciências Sociais.
2.1 APRESENTAÇÃO DO ACERVO CARTOGRÁFICO
A Biblioteca Florestan Fernandes possui uma coleção de mapas e cartas cartográficas que giram em torno de 17.000 itens, acomodados em dois conjuntos de estantes distintos. Cerca de 9.000 cartas ficam acomodadas em estantes deslizantes, na posição vertical e o restante fica em arquivos com grandes gavetas, na posição horizontal. O acervo das cartas e mapas das estantes deslizantes é formado, predominantemente, por cartas topográficas do Estado de São Paulo e pelas cartas temáticas que, diferentemente das topográficas, englobam mais regiões do Brasil. Há ainda uma pequena parte de mapas de outros países. É neste acervo que encontramos as cartas mais procuradas pelos alunos e pesquisadores de Geografia. Entre elas podemos destacar as coleções de cartas topográficas na escala de 1:10.000, do IGC (Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo, que mapeiam todo o Estado de São Paulo e as coleções da Emplasa e Gegran, que mapeiam a região metropolitana de São Paulo.
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Outra coleção importante e que também engloba o mapeamento de todo o Estado de São Paulo é a coleção das cartas topográficas do IBGE e do IGC na escala de 1:50.000. No que se refere às cartas temáticas há que se destacar, ainda, a coleção do Projeto RADAMBRASIL 1. Todo esse acervo encontrase, em geral, em bom estado de conservação e está contido em um banco de dados, de consulta interna, com as principais descrições das cartas e mapas. No acervo horizontal existem dois problemas principais. O primeiro deles é a precariedade da conservação das cartas e o outro é relativo à organização, pois não se sabe ao certo quais cartas existem em cada gaveta, porque não estão catalogadas. Além disso, trata-se de um acervo com grande variedade de escalas, temas e cobertura geográfica, por exemplo. A organização também é precária e dificulta a localização do material. Na verdade, ela praticamente inibe a consulta, pois o único ponto de referência são as listas, elaboradas pelos funcionários da mapoteca, que apontam os grandes temas de cada gaveteiro. Os usuários interessados precisam olhar item por item na tentativa de localizar algum mapa ou carta relevante para o sua pesquisa. Este acervo é pouco divulgado. Ainda neste acervo não catalogado, existem algumas exceções. Coleções como a dos mapas geológicos e geomorfológicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e as cartas do projeto SARA Brasil2, por serem muito requisitadas, são de fácil localização, pois estão em gavetas próprias. A criação de uma biblioteca digital facilitaria a localização e o acesso à essa coleção, além de poupar os suportes originais de constante manuseio favorecendo sua conservação. A consulta aos mapas e cartas impressos ficariam restritas a situações esporádicas.
1
O Projeto RADAM, ou Projeto RADAMBRASIL, foi o levantamento dos recursos naturais de todo o território brasileiro realizado nas décadas de 1970 e 1980.
2
Projeto de levantamento topográfico da cidade de São Paulo realizado entre os anos de 1929 e 1933, por uma empresa italiana.
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3 PADRÕES DE METADADOS DESCRITIVOS PARA MATERIAL CARTOGRÁFICO
Existem vários padrões internacionais de metadados criados especialmente para a descrição de informações geográficas. Os principais são a norma ISO 19115:2003 Geographic Information Metadata e a norma Content Standard for Digital Geospatial Metadata (CSDGM/1998), da Federal Geographic Data Comitee (FGDC). E merece destaque também o Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB) instituído pelo Decreto federal 6.666/2008 cujo objetivo é que, uma vez, adotado pelos
órgãos produtores de dados geoespaciais, cartográficos e temáticos ele atenda as demandas de informações sobre produtos do Sistema Cartográfico Nacional.[…] será de grande utilidade como elemento central para se implantar a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) brasileira. (COMITÊ DE ESTRUTURAÇÃO DE METADADOS GEOESPACIAIS, 2011, p. 19)
Para elaborar o conjunto de metadados proposto neste trabalho foram avaliados os padrões mencionados, mas optou-se pelo Dublin Core (DC) como padrão-base por sua facilidade de uso, manutenção e por permitir adaptações às necessidades particulares de descrição. O DC é um padrão mantido pela Dublin Core Metadata Initiative que em foi oficializado como norma ISO (ISO 15836:2003 Information and documentation – The Dubli Core metadata element set).
[…] planejado para facilitar a descrição de recursos eletrônicos. […] A expectativa é que autores ou websiters sem conhecimento de catalogação sejam capazes de usar o Dublin Core para descrição de recursos eletrônicos, tornando suas coleções mais visíveis pelos engenhos de busca e sistemas de recuperação. (SOUZA;VENDRUSCULO, 2000, p. 93)
O DC tem 15 elementos originais e 40 novos, dos quais alguns são refinamento dos primeiros. Destes, foram escolhidos todos os metadados pertinentes à uma coleção cartográfica digital aos quais foram acrescidos metadados criados pela equipe da Biblioteca Florestan Fernandes para completar informações referentes ao seu acervo impresso. Apesar da coleção inicial da biblioteca digital ser formada pela digitalização de um acervo impresso, os metadados foram pensados para descrever também itens chamados de born digital (criados originalmente em formato digital). Nas próximas páginas está o resultado da fusão entre elementos do DC e metadados da FFLCH 3. Cada um dos 34 elementos estão identificados: •
quanto ao padrão-origem (Dublin core ou FFLCH);
•
obrigatoriedade (obrigatório, opcional ou requerido, quando aplicável);
•
se é um elemento repetível ou não;
•
esquema de codificação a ser utilizado para preencher seu conteúdo, quando aplicável;
•
e conteúdo descrito por cada metadado.
3
São considerados metadados FFLCH, os elementos criados pela equipe da Biblioteca Florestan Fernandes. 10
Repetível (R) / Padrão
Metadado
Obrigatoriedade
Não repetível (NR)
Esquema de codificação
Descrição do conteúdo
(se aplicável) Vocabulário controlado do SIBi/USP
1
DC
Assunto
Obrigatório
R
2
DC
Autor
Obrigatório
R
3
DC
Citação bibliográfica
Obrigatório
R
ABNT 6023/2002
Referência bibliográfica com detalhes suficientes para identificar o conteúdo sem ambiguidade
4
DC
Cobertura espacial
Obrigatório
R
TGN
Identificação da região geográfica representada no item. Por exemplo, indicar as cidades representadas
5
DC
Data de alteração
Obrigatório
R
W3C-DTF
Data da última atualização dos metadados. Indica que pode ter havido mudança nos devido à alteração de alguma característica do conteúdo
6
DC
Data de criação (digitalização)
Obrigatório
NR
W3C-DTF
Data de criação do item born digital (nascido digital) ou do item digitalizado
7
DC
Data de disponibilização
Obrigatório
NR
W3C-DTF
Data em que o arquivo digital foi liberado para consulta pública
8
FFLCH
Data de publicação do item
Opcional (Requerido quando aplicável)
NR
W3C-DTF
Data de publicação do item impresso
9
FFLCH
Data de reambulação
Opcional (Requerido quando aplicável)
NR
W3C-DTF
Data da coleta de dados em campo (fase de elaboração cartográfica)
10
FFLCH
Descrição física
Obrigatório
NR
-
Breve descrição do formato do item original impresso: Original cor, Original - Preto e Branco, Cópia heliográfica, Fotocópia. Descrição do item born digital: Cor, Preto e branco
11
FFLCH
Dimensão
Opcional (Requerido quando aplicável)
NR
-
Dimensão do material impresso em cm
12
DC
Direitos
Obrigatório
NR
-
Disponibilização de trecho da Lei de Direitos Autorais que permite reprodução sem fins lucrativos para uso particular
-
Descrição do conteúdo com palavras-chave
Responsável pela criação do item
11
13
DC
Direitos de acesso
Obrigatório
NR
-
14
DC
É parte de
Opcional (Requerido quando aplicável)
NR
15
DC
E-publicador
Obrigatório
R
16
FFLCH
Escala
Obrigatório
NR
17
DC
Formato
Obrigatório
R
18
DC
Identificador
Obrigatório
NR
URI
Referência do item sem ambiguidade. Deve garantir o acesso permanente
19
DC
Língua
Obrigatório
NR
ISO 639-2, ISO 3166, RFC 1766
Idioma do conteúdo
20
FFLCH
Local de Publicação
Opcional (Requerido quando aplicável)
R
TGN
Local de publicação do item impresso
21
FFLCH
Localização no acervo físico
Opcional (Requerido quando aplicável)
NR
22
FFLCH
Longitude/ Latitude
Obrigatório
NR
ISO 6709:2008, conforme indicado no item
Coordenadas geográficas da região representada
23
FFLCH
Nomenclatura
Obrigatório
NR
Conforme indicado no item
Índice de nomenclatura. Sistema de localização de folha
24
FFLCH
Notas
Opcional
25
FFLCH
Número do registro
26
FFLCH
Número MI (MapaÍndice)
ABNT 6023/2002 Conforme indicado no item -
-
Declaração de direitos de acesso e uso do item Referência bibliográfica da fonte de onde o material cartográfico foi extraído Responsável por disponibilizar o item digital para consulta Relação entre a medida do lugar representado e sua medida real Formato do arquivo digital. Podem estar disponíveis arquivos digitais em formatos variados (TIFF, JPEG, PDF)
Identificador para localização do item no acervo físico
R
-
Campo livre para acrescentar informação relevante que não esteja contemplada nos metadados
Obrigatório
NR
-
Número de registro do item no acervo da biblioteca digital. Gerado automaticamente.
Obrigatório
NR
-
Indica o número correspondente no Mapa-Índice. Sistema de localização de folha
12
NR
-
Indica o sistema de representação adotado. Ex: Policônica, Cônica, Cilíndrica, Cilíndrica/UTM, Plana.
Opcional (Requerido quando aplicável)
R
-
Responsável pela publicação do item impresso
Relação com
Opcional (Requerido quando aplicável)
R
-
Indicação de cartas e mapas relacionados ao item descrito.
FFLCH
Série / Coleção
Opcional (Requerido quando aplicável)
NR
-
Título da Série ou Coleção Especial à qual o item pertence. Ex: Projeto RADAM
DC
Tamanho
Obrigatório
R
-
Tamanho do arquivo digital em MB. Podem estar disponíveis arquivos digitais em tamanhos variados
27
FFLCH
Projeção
Obrigatório
28
DC
Publicador
29
FFLCH
30
31
32
FFLCH
Tipo
Obrigatório
R
-
Classificação do item quanto à natureza ou espécie do conteúdo (representação geográfica): Geral (sem finalidade específica, base para os demais tipos) - cadastral (até 1:250.000), topográfica (1:25.000 até 1:250.000) e geográfica (1:1.000.000 e menores); Temática - áreas sociais, recursos naturais (volumes RADAM), mapas 1:5.000.000 (escolar, geomorfológico, vegetação, relevo), atlas nacional, regional e estadual; Especial - cartas náuticas, aeronáuticas e para fins militares
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DC
Título
Obrigatório
R
-
Título do item. Combinação do título oficial da carta com dados específicos que a diferenciam de outras
34
FFLCH
Tombo
Opcional (Requerido quando aplicável)
-
Número de patrimônio dos itens que pertencem ao acervo físico
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3.1 Aplicação de metadados no acervo cartográfico da Biblioteca Florestan Fernandes
Para testar a funcionalidade dos metadados propostos foram descritos alguns itens da coleção e aqui apresentamos um dos testes feitos. Necessariamente, nem todos os 34 metadados serão usados para a descrição e nem todos os metadados serão apresentados aos usuários da biblioteca digital, porque são importantes para o gerenciamento. Pode s er considerada também a possibilidade d e d isponibilizar essas informações para os usuários interessados em s egundo nível de acesso, uma tela secundária. O Anexo B é a ficha descritiva de uma carta topográfica da cidade de São Paulo (Anexo A). O preenchimento das informações foi feito em parte p elo próprio s istema, para assegurar a integridade das informações, e em parte pela equipe da biblioteca. Neste exemplo, fica explícito que nem todos os metadados foram n ecessários. O Anexo C é a ficha descritiva apresentada ao usuário. Nela estão os metadados mais relevantes, pois nem todos precisam ficar disponíveis para os usuários. As informações geográficas básicas para localização e escolha do material a s er consultado e orientações quanto aos d ireitos d e uso d o conteúdo digital são os principais metadados apresentados. O ideal é que todos os metadados de informações geográficas sejam pesquisáveis para facilitar a identificação do item e ampliar a precisão dos resultados de busca. Dentre as vantagens de uma biblioteca digital, destacamos o rápido acesso que o usuário pode ter a qualquer material cartográfico relacionado ao item que ele está consultando. O metadado Relação com exibe todas as cartas complementares disponíveis no acervo e também os itens que equivaleriam, em u m acervo d e livros por exemplo, a edições. No caso da carta do Anexo A (confeccionada em 1984), o usuário tem à sua disposição a informação de que em 1972 já existia uma carta topográfica da mesma região, porém produzida p or outro instituto.
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Biblioteca Florestan Fernandes cumpre bem a missão à qual se propõe: "Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo para a qualidade do ensino, pesquisa e extensão, na Área de Humanidades." No entanto, para cumprir sua meta de "ser um modelo de excelência na gestão e disseminação da informação", precisa se dedicar a alguns acervos que permanecem desconhecidos como parte de sua coleção cartográfica. Criar uma biblioteca digital não é simplesmente digitalizar uma coleção impressa. Não é simples a tarefa de escolher um padrão descritivo dentre tantos disponíveis. O primeiro passo é reconhecer a necessidade de adotar um e de alcançar a interoperabilidade com outros sistemas. Seria muito importante uma instituição renomada como a FFLCH/USP incentivar a consolidação do padrão brasileiro de metadados geográficos - o Perfil MGB. Porém, atualmente, sua posição é mais de consumidora de informação cartográfica do que de produtora e por isso, para a Biblioteca Digital de Cartografia esse talvez não seja o padrão-base. Os 34 metadados propostos neste trabalho foram escolhidos a partir da experiência de anos de atendimento a usuários na Biblioteca da FFLCH. Mas é indispensável a constituição de uma equipe multidisciplinar com profissionais da informação, geógrafos e profissionais de áreas afins para discutir o modelo de metadados proposto e fazer as alterações necessárias. Esse trabalho conjunto garante um projeto com mais credibilidade e solidez. Trabalho conjunto implica também a parceria com outras faculdades e institutos da USP para reunir todos os acervos cartográficos da Universidade.
15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMITÊ DE ESTRUTURAÇÃO DE METADADOS GEOESPACIAIS CEMG-CONCAR. Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB): Conteúdo de Metadados Geoespaciais em conformidade com a norma ISO 19115:2003. Disponível em: . Acesso em: 1 out. 2012.
PRADO, Bruno Rodrigues do et al. Padrões para metadados geográficos digitais: modelo ISO 19115:2003 e modelo FGDC. Revista Brasileira de Cartografia (ISSN 0560-‐4613), n . 62/1, março, 2010. Disponível em: . Acesso em: 26 s et. 2012. SOUZA, Marcia Izabel Fugisawa; VENDRUSCULO, Laurimar Gonçalves. Metadados para a d escrição d e recursos de informação eletrônica: u tilização do padrão Dublin Core. Ciência da Informação, Brasília, v.29, n.1, jan./abr. 2000. Disponível em: . Acesso em: 15 maio 2011.
BIBLIOGRAFIA ALVES, M. D. R. A.; SOUZA, M.I.F. Estudo de Correspondência de elementos metadados: DUBLIN CORE E MARC 21. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 4, n. 2, p. 20-38, jan./jun. 2007 BASTOS, Z.P.S.M. Organização de mapotecas. Rio d Janeiro : BNG/Brasilart, 1978. BIBLIOTECA FLORESTAN FERNANDES. [História]. . Acesso em: 8 out. 2012.
Disponível
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DUBLIN CORE METADATA INITIATIVE. Usuing Dublin Core. 2005. . Acesso em: 30 set. 2012.
Disponível
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FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS . Acesso em: 8 out. 2012.
Disponível
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FALDINI, G.(Org.) Manual Nobel/EDUSP, 1987.
de
catalogação:
HUMANAS.
exemplos
Histórico.
ilustrativos
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AACR2.
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Paulo:
GRÁCIO, J.C. A. Metadados para descrição de recursos da Internet: o padrão Dublin Core, aplicações e a questão da interoperabilidade. Marília. 2002. 127f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília. 2002. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções básicas de cartografia. Rio de Janeiro, 1998. 128 p. Disponível em: . Acesso em: 2 out. 2012.
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ANEXO A Carta topográfica da cidade de São Paulo
17
ANEXO B Ficha descritiva
19
ANEXO C Ficha descritiva apresentada ao usuário
21
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