Metadados para descrição de coleção cartográfica digital

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São Paulo, 27 de outubro de 2012

Metadados para descrição de coleção cartográfica digital Alexandre José Soares Moreira Amarílis Montagnolli Gomes Corrêa Ana Cláudia Pastor  

 

 

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Metadados para descrição de coleção cartográfica digital

Alexandre José Soares Moreira Amarílis Montagnolli Gomes Corrêa Ana Cláudia Pastor

Orientadora: Profa. Dra. Ana Maria Beltran Pavani  

2

 

 

Agradecimentos Agradecemos à Profa. Dra. Ana Maria Beltran Pavani pela atenção e esclarecimentos ao longo do desenvolvimento deste trabalho.

 

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Resumo Este trabalho propõe um conjunto de metadados para descrição de coleção cartográfica de biblioteca digital especializada. Ele foi formado pela combinação de metadados do padrão Dublin Core (DC) com metadados criados pela equipe da biblioteca da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH/USP). São metadados aplicáveis a qualquer acervo cartográfico.

Palavras-chave: Metadados; Biblioteca digital; Material cartográfico; Descrição de itens

                                 

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Metadata schema or describing digital cartographic collection

Abstract This paper proposes a set of metadata for describing the cartographic collection of a specialized digital library. It was formed by the combination of Dublin Core (DC) elements with metadata created by the staff of the Faculty of Philosophy, Letters and Human Sciences at USP (FFLCH/USP). These metadata are applicable to any cartographic collection.

Keyword: Metadata; Digital library; Cartographic material; Description of items

 

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Sumário 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 7

2 BIBLIOTECA FLORESTAN FERNANDES ............................................................... 8 2.1 Apresentação do acervo cartográfico ............................................................................ 8

3 PADRÕES DE METADADOS DESCRITIVOS PARA MATERIAL CARTOGRÁFICO .......................................................................................................... 10 3.1 Aplicação de metadados no acervo cartográfico da Biblioteca Florestan Fernandes ............................................................................................................................ 14

4 CONSIDERAÇÕES FINAS ...................................................................................... 15

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 16

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 16

ANEXOS Anexo A .............................................................................................................................. 17 Anexo B .............................................................................................................................. 19 Anexo C .............................................................................................................................. 21

 

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1 INTRODUÇÃO   “A informação geográfica é subsídio fundamental para o conhecimento e gestão do espaço geográfico” e é cada vez maior a produção de informação geográfica em formato digital estimulada pela popularização dos Sistemas de Informações Geográficas (SIGs) (PRADO et al., 2010, p. 34). Esse crescimento demanda a adoção de padrões, primeiramente, para a produção desse tipo de informação, e também de padrões descritivos, de terminologia e padrões tecnológicos que garantam a qualidade dos dados, dos metadados, da recuperação da informação, e que garantam a interoperabilidade para compartilhamento entre as instituições produtoras e consumidoras de informação geográfica (COMITÊ DE ESTRUTURAÇÃO DE METADADOS GEOESPACIAIS, 2011). Essas preocupações são válidas para qualquer projeto de acervo digital. Padronização e interoperabilidade são alguns dos aspectos essenciais para garantir bons resultados. Para realizar este trabalho, foi considerada a criação de uma biblioteca digital especializada em informação cartográfica – Biblioteca Digital de Cartografia. A coleção inicial desta biblioteca será formada pelo produto da digitalização do acervo da Biblioteca Florestan Fernandes, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (FFLCH/USP). Biblioteca digital não se resume à digitalizar uma coleção impressa. Criar uma biblioteca digital envolve um extenso planejamento, mas este trabalho focou uma das etapas: determinar o padrão para descrição dos itens da coleção. Foi criado um conjunto de metadados a partir da combinação de elementos do padrão Dublin Core (DC) com metadados criados pela equipe da Biblioteca da FFLCH. No entanto, o objetivo é que esse conjunto seja compatível com qualquer acervo cartográfico, por isso foram considerados padrões de gerenciamento de acervo físico e padrões descritivos de materiais cartográficos de todo tipo, sejam criados originalmente em formato digital ou digitalizados. O primeiro capítulo do trabalho apresenta a Biblioteca Florestan Fernandes e sua coleção cartográfica que foi a base para a elaboração e escolha do conjunto de metadados. O segundo capítulo apresenta padrões descritivos já estabelecidos para informação geográfica e o conjunto de metadados proposto. Os anexos completam o conteúdo deste capítulo, pois apresentam a carta topográfica utilizada para aplicação dos metadados, a ficha descritiva da carta e a ficha apresentada para os usuários da Biblioteca Digital de Cartografia. Este é um trabalho prático. Por isso, ao invés de uma longa seção de referências bibliográficas, foi criada a seção Bibliografia para indicar os materiais que serviram de apoio para o desenvolvimento do projeto.

 

7

 

2 BIBLIOTECA FLORESTAN FERNANDES

No ano de 1934, dá-se início ao funcionamento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, um dos núcleos fundadores da recém inaugurada Universidade de São Paulo. Um acervo começa a ser formado nesse ano, e em 1937 é instalada a primeira biblioteca na Rua da Consolação, 16. Nos anos subsequentes, a biblioteca é transferida mais duas vezes: em 1938, para um prédio na Alameda Glete; em 1939, para o prédio da Escola Caetano de Campos, na Praça da República. Em 1947, a biblioteca muda de local novamente, desta vez para o prédio da Faculdade na Rua Maria Antonia, 258, e lá permanece até sua transferência definitiva para a Cidade Universitária, campus Butantã, entre os anos de 1967 e 1968. Em 1970 ocorre a separação dos acervos, de acordo com a Reforma Universitária, permanecendo na FFLCH as bibliotecas departamentais e aquelas ligadas aos Centros de Estudos. Em 1973, constitui-se a primeira comissão de bibliotecas da FFLCH/USP, e em 1975 é aprovada a unificação das bibliotecas da FFLCH. Um programa para construção de um prédio central reunindo os acervos é apresentado no ano de 1976. A unificação só começou a tomar corpo definitivamente em 1987, a partir da criação do Serviço de Biblioteca e Documentação (SBD), que reunia as quatro bibliotecas existentes na época: a de História, Geografia, Filosofia e Ciências Sociais e a de Letras. Em 1991 ocorre a inauguração do primeiro módulo da Biblioteca Central, integrando os acervos de Letras e dos Serviços Técnicos e Administrativos. No ano de 2001 é inaugurado o segundo módulo, para a integração dos acervos de Filosofia e Ciências Sociais. Entre 2003 e 2004, dá-se a construção do terceiro e último módulo, com a integração dos acervos de Geografia e História.

Por  fim,  em  2005,  é  inaugurada  a  Biblioteca  da  FFLCH-­‐USP  com  acervo  unificado,  recebendo  o  nome  de   Biblioteca   Florestan   Fernandes,   em   homenagem   ao   sociólogo   F lorestan   F ernandes,   que   por  muito   tempo   atuou  como  professor  da  faculdade.   Concentrando   uma   diversificada   coleção   de   obras,   a   Biblioteca   Florestan   Fernandes   possui   o   maior   acervo  da  USP  (são  aproximadamente  880  mil  itens  no  total)  e  destaca-­‐se  no  cenário  nacional  como  um   centro  d e  informação  especializado  nas  áreas  d e  Humanidades  e  Ciências  Sociais.  

  2.1 APRESENTAÇÃO DO ACERVO CARTOGRÁFICO

A Biblioteca Florestan Fernandes possui uma coleção de mapas e cartas cartográficas que giram em torno de 17.000 itens, acomodados em dois conjuntos de estantes distintos. Cerca de 9.000 cartas ficam acomodadas em estantes deslizantes, na posição vertical e o restante fica em arquivos com grandes gavetas, na posição horizontal. O acervo das cartas e mapas das estantes deslizantes é formado, predominantemente, por cartas topográficas do Estado de São Paulo e pelas cartas temáticas que, diferentemente das topográficas, englobam mais regiões do Brasil. Há ainda uma pequena parte de mapas de outros países. É neste acervo que encontramos as cartas mais procuradas pelos alunos e pesquisadores de Geografia. Entre elas podemos destacar as coleções de cartas topográficas na escala de 1:10.000, do IGC (Instituto Geográfico e Cartográfico do Estado de São Paulo, que mapeiam todo o Estado de São Paulo e as coleções da Emplasa e Gegran, que mapeiam a região metropolitana de São Paulo.

 

8

 

Outra coleção importante e que também engloba o mapeamento de todo o Estado de São Paulo é a coleção das cartas topográficas do IBGE e do IGC na escala de 1:50.000. No que se refere às cartas temáticas há que se destacar, ainda, a coleção do Projeto RADAMBRASIL 1. Todo esse acervo encontrase, em geral, em bom estado de conservação e está contido em um banco de dados, de consulta interna, com as principais descrições das cartas e mapas. No acervo horizontal existem dois problemas principais. O primeiro deles é a precariedade da conservação das cartas e o outro é relativo à organização, pois não se sabe ao certo quais cartas existem em cada gaveta, porque não estão catalogadas. Além disso, trata-se de um acervo com grande variedade de escalas, temas e cobertura geográfica, por exemplo. A organização também é precária e dificulta a localização do material. Na verdade, ela praticamente inibe a consulta, pois o único ponto de referência são as listas, elaboradas pelos funcionários da mapoteca, que apontam os grandes temas de cada gaveteiro. Os usuários interessados precisam olhar item por item na tentativa de localizar algum mapa ou carta relevante para o sua pesquisa. Este acervo é pouco divulgado. Ainda neste acervo não catalogado, existem algumas exceções. Coleções como a dos mapas geológicos e geomorfológicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e as cartas do projeto SARA Brasil2, por serem muito requisitadas, são de fácil localização, pois estão em gavetas próprias. A criação de uma biblioteca digital facilitaria a localização e o acesso à essa coleção, além de poupar os suportes originais de constante manuseio favorecendo sua conservação. A consulta aos mapas e cartas impressos ficariam restritas a situações esporádicas.

                                                                                                                          1

O Projeto RADAM, ou Projeto RADAMBRASIL, foi o levantamento dos recursos naturais de todo o território brasileiro realizado nas décadas de 1970 e 1980.

 

2

 

Projeto de levantamento topográfico da cidade de São Paulo realizado entre os anos de 1929 e 1933, por uma empresa italiana.

  9

 

3 PADRÕES DE METADADOS DESCRITIVOS PARA MATERIAL CARTOGRÁFICO

Existem vários padrões internacionais de metadados criados especialmente para a descrição de informações geográficas. Os principais são a norma ISO 19115:2003 Geographic Information Metadata e a norma Content Standard for Digital Geospatial Metadata (CSDGM/1998), da Federal Geographic Data Comitee (FGDC). E merece destaque também o Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB) instituído pelo Decreto federal 6.666/2008 cujo objetivo é que, uma vez, adotado pelos

órgãos produtores de dados geoespaciais, cartográficos e temáticos ele atenda as demandas de informações sobre produtos do Sistema Cartográfico Nacional.[…] será de grande utilidade como elemento central para se implantar a Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE) brasileira. (COMITÊ DE ESTRUTURAÇÃO DE METADADOS GEOESPACIAIS, 2011, p. 19)

Para elaborar o conjunto de metadados proposto neste trabalho foram avaliados os padrões mencionados, mas optou-se pelo Dublin Core (DC) como padrão-base por sua facilidade de uso, manutenção e por permitir adaptações às necessidades particulares de descrição. O DC é um padrão mantido pela Dublin Core Metadata Initiative que em foi oficializado como norma ISO (ISO 15836:2003 Information and documentation – The Dubli Core metadata element set).

[…] planejado para facilitar a descrição de recursos eletrônicos. […] A expectativa é que autores ou websiters sem conhecimento de catalogação sejam capazes de usar o Dublin Core para descrição de recursos eletrônicos, tornando suas coleções mais visíveis pelos engenhos de busca e sistemas de recuperação. (SOUZA;VENDRUSCULO, 2000, p. 93)

O DC tem 15 elementos originais e 40 novos, dos quais alguns são refinamento dos primeiros. Destes, foram escolhidos todos os metadados pertinentes à uma coleção cartográfica digital aos quais foram acrescidos metadados criados pela equipe da Biblioteca Florestan Fernandes para completar informações referentes ao seu acervo impresso. Apesar da coleção inicial da biblioteca digital ser formada pela digitalização de um acervo impresso, os metadados foram pensados para descrever também itens chamados de born digital (criados originalmente em formato digital). Nas próximas páginas está o resultado da fusão entre elementos do DC e metadados da FFLCH 3. Cada um dos 34 elementos estão identificados: •

quanto ao padrão-origem (Dublin core ou FFLCH);



obrigatoriedade (obrigatório, opcional ou requerido, quando aplicável);



se é um elemento repetível ou não;



esquema de codificação a ser utilizado para preencher seu conteúdo, quando aplicável;



e conteúdo descrito por cada metadado.

 

                                                                                                                          3

 

São considerados metadados FFLCH, os elementos criados pela equipe da Biblioteca Florestan Fernandes. 10

  Repetível (R) / Padrão

 

Metadado

Obrigatoriedade

Não repetível (NR)

Esquema de codificação

Descrição do conteúdo

(se aplicável) Vocabulário controlado do SIBi/USP

1

DC

Assunto

Obrigatório

R

2

DC

Autor

Obrigatório

R

3

DC

Citação bibliográfica

Obrigatório

R

ABNT 6023/2002

Referência bibliográfica com detalhes suficientes para identificar o conteúdo sem ambiguidade

4

DC

Cobertura espacial

Obrigatório

R

TGN

Identificação da região geográfica representada no item. Por exemplo, indicar as cidades representadas

5

DC

Data de alteração

Obrigatório

R

W3C-DTF

Data da última atualização dos metadados. Indica que pode ter havido mudança nos devido à alteração de alguma característica do conteúdo

6

DC

Data de criação (digitalização)

Obrigatório

NR

W3C-DTF

Data de criação do item born digital (nascido digital) ou do item digitalizado

7

DC

Data de disponibilização

Obrigatório

NR

W3C-DTF

Data em que o arquivo digital foi liberado para consulta pública

8

FFLCH

Data de publicação do item

Opcional (Requerido quando aplicável)

NR

W3C-DTF

Data de publicação do item impresso

9

FFLCH

Data de reambulação

Opcional (Requerido quando aplicável)

NR

W3C-DTF

Data da coleta de dados em campo (fase de elaboração cartográfica)

10

FFLCH

Descrição física

Obrigatório

NR

-

Breve descrição do formato do item original impresso: Original cor, Original - Preto e Branco, Cópia heliográfica, Fotocópia. Descrição do item born digital: Cor, Preto e branco

11

FFLCH

Dimensão

Opcional (Requerido quando aplicável)

NR

-

Dimensão do material impresso em cm

12

DC

Direitos

Obrigatório

NR

-

Disponibilização de trecho da Lei de Direitos Autorais que permite reprodução sem fins lucrativos para uso particular

-

Descrição do conteúdo com palavras-chave

Responsável pela criação do item

11

 

 

13

DC

Direitos de acesso

Obrigatório

NR

-

14

DC

É parte de

Opcional (Requerido quando aplicável)

NR

15

DC

E-publicador

Obrigatório

R

16

FFLCH

Escala

Obrigatório

NR

17

DC

Formato

Obrigatório

R

18

DC

Identificador

Obrigatório

NR

URI

Referência do item sem ambiguidade. Deve garantir o acesso permanente

19

DC

Língua

Obrigatório

NR

ISO 639-2, ISO 3166, RFC 1766

Idioma do conteúdo

20

FFLCH

Local de Publicação

Opcional (Requerido quando aplicável)

R

TGN

Local de publicação do item impresso

21

FFLCH

Localização no acervo físico

Opcional (Requerido quando aplicável)

NR

22

FFLCH

Longitude/ Latitude

Obrigatório

NR

ISO 6709:2008, conforme indicado no item

Coordenadas geográficas da região representada

23

FFLCH

Nomenclatura

Obrigatório

NR

Conforme indicado no item

Índice de nomenclatura. Sistema de localização de folha

24

FFLCH

Notas

Opcional

25

FFLCH

Número do registro

26

FFLCH

Número MI (MapaÍndice)

ABNT 6023/2002 Conforme indicado no item -

-

Declaração de direitos de acesso e uso do item Referência bibliográfica da fonte de onde o material cartográfico foi extraído Responsável por disponibilizar o item digital para consulta Relação entre a medida do lugar representado e sua medida real Formato do arquivo digital. Podem estar disponíveis arquivos digitais em formatos variados (TIFF, JPEG, PDF)

Identificador para localização do item no acervo físico

R

-

Campo livre para acrescentar informação relevante que não esteja contemplada nos metadados

Obrigatório

NR

-

Número de registro do item no acervo da biblioteca digital. Gerado automaticamente.

Obrigatório

NR

-

Indica o número correspondente no Mapa-Índice. Sistema de localização de folha

12

  NR

-

Indica o sistema de representação adotado. Ex: Policônica, Cônica, Cilíndrica, Cilíndrica/UTM, Plana.

Opcional (Requerido quando aplicável)

R

-

Responsável pela publicação do item impresso

Relação com

Opcional (Requerido quando aplicável)

R

-

Indicação de cartas e mapas relacionados ao item descrito.

FFLCH

Série / Coleção

Opcional (Requerido quando aplicável)

NR

-

Título da Série ou Coleção Especial à qual o item pertence. Ex: Projeto RADAM

DC

Tamanho

Obrigatório

R

-

Tamanho do arquivo digital em MB. Podem estar disponíveis arquivos digitais em tamanhos variados

27

FFLCH

Projeção

Obrigatório

28

DC

Publicador

29

FFLCH

30

31

32

FFLCH

Tipo

Obrigatório

R

-

Classificação do item quanto à natureza ou espécie do conteúdo (representação geográfica): Geral (sem finalidade específica, base para os demais tipos) - cadastral (até 1:250.000), topográfica (1:25.000 até 1:250.000) e geográfica (1:1.000.000 e menores); Temática - áreas sociais, recursos naturais (volumes RADAM), mapas 1:5.000.000 (escolar, geomorfológico, vegetação, relevo), atlas nacional, regional e estadual; Especial - cartas náuticas, aeronáuticas e para fins militares

33

DC

Título

Obrigatório

R

-

Título do item. Combinação do título oficial da carta com dados específicos que a diferenciam de outras

34

FFLCH

Tombo

Opcional (Requerido quando aplicável)

-

Número de patrimônio dos itens que pertencem ao acervo físico

 

 

13

  3.1 Aplicação de metadados no acervo cartográfico da Biblioteca Florestan Fernandes

  Para   testar   a   funcionalidade   dos   metadados   propostos   foram   descritos   alguns   itens   da   coleção   e   aqui   apresentamos  um  dos  testes  feitos.  Necessariamente,  nem  todos  os  34  metadados  serão  usados  para  a   descrição   e  nem   todos  os  metadados  serão  apresentados  aos  usuários  da  biblioteca  digital,  porque  são   importantes   para   o   gerenciamento.  Pode   s er  considerada   também   a   possibilidade   d e   d isponibilizar   essas   informações  para  os  usuários  interessados  em  s egundo  nível  de  acesso,  uma  tela  secundária.   O   Anexo   B   é   a   ficha   descritiva   de   uma   carta   topográfica   da   cidade   de   São   Paulo   (Anexo   A).   O   preenchimento  das  informações  foi  feito   em  parte  p elo  próprio  s istema,  para  assegurar  a  integridade   das   informações,   e   em   parte   pela   equipe   da   biblioteca.   Neste   exemplo,   fica   explícito   que   nem   todos   os   metadados  foram  n ecessários.   O   Anexo   C   é   a   ficha   descritiva   apresentada   ao   usuário.   Nela   estão   os   metadados   mais   relevantes,   pois   nem   todos   precisam   ficar   disponíveis   para   os   usuários.   As   informações   geográficas   básicas   para   localização  e  escolha   do  material   a   s er  consultado  e   orientações   quanto   aos   d ireitos   d e   uso   d o   conteúdo   digital   são   os   principais   metadados   apresentados.   O   ideal   é   que   todos   os   metadados   de   informações   geográficas  sejam  pesquisáveis  para  facilitar  a  identificação  do  item  e  ampliar  a  precisão  dos  resultados   de  busca.   Dentre   as   vantagens   de   uma   biblioteca   digital,   destacamos   o   rápido   acesso   que   o   usuário   pode   ter   a   qualquer  material  cartográfico  relacionado  ao  item  que  ele  está  consultando.  O  metadado  Relação  com   exibe  todas  as  cartas  complementares  disponíveis  no  acervo   e  também  os  itens  que  equivaleriam,   em  u m   acervo  d e  livros  por  exemplo,  a  edições.  No  caso  da  carta  do  Anexo  A  (confeccionada  em  1984),  o  usuário   tem   à   sua   disposição   a   informação   de   que   em   1972   já   existia   uma   carta   topográfica   da   mesma   região,   porém  produzida  p or  outro  instituto.            

 

 

14

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A Biblioteca Florestan Fernandes cumpre bem a missão à qual se propõe: "Promover o acesso e incentivar o uso e a geração da informação, contribuindo para a qualidade do ensino, pesquisa e extensão, na Área de Humanidades." No entanto, para cumprir sua meta de "ser um modelo de excelência na gestão e disseminação da informação", precisa se dedicar a alguns acervos que permanecem desconhecidos como parte de sua coleção cartográfica. Criar uma biblioteca digital não é simplesmente digitalizar uma coleção impressa. Não é simples a tarefa de escolher um padrão descritivo dentre tantos disponíveis. O primeiro passo é reconhecer a necessidade de adotar um e de alcançar a interoperabilidade com outros sistemas. Seria muito importante uma instituição renomada como a FFLCH/USP incentivar a consolidação do padrão brasileiro de metadados geográficos - o Perfil MGB. Porém, atualmente, sua posição é mais de consumidora de informação cartográfica do que de produtora e por isso, para a Biblioteca Digital de Cartografia esse talvez não seja o padrão-base. Os 34 metadados propostos neste trabalho foram escolhidos a partir da experiência de anos de atendimento a usuários na Biblioteca da FFLCH. Mas é indispensável a constituição de uma equipe multidisciplinar com profissionais da informação, geógrafos e profissionais de áreas afins para discutir o modelo de metadados proposto e fazer as alterações necessárias. Esse trabalho conjunto garante um projeto com mais credibilidade e solidez. Trabalho conjunto implica também a parceria com outras faculdades e institutos da USP para reunir todos os acervos cartográficos da Universidade.

 

15

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COMITÊ DE ESTRUTURAÇÃO DE METADADOS GEOESPACIAIS CEMG-CONCAR. Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil (Perfil MGB): Conteúdo de Metadados Geoespaciais em conformidade com a norma ISO 19115:2003. Disponível em: . Acesso em: 1 out. 2012.

PRADO,  Bruno  Rodrigues  do  et  al.  Padrões  para  metadados  geográficos  digitais:  modelo  ISO  19115:2003   e   modelo  FGDC.   Revista   Brasileira  de  Cartografia  (ISSN  0560-­‐4613),  n .  62/1,   março,  2010.  Disponível   em:   .  Acesso  em:  26  s et.  2012.   SOUZA,  Marcia  Izabel  Fugisawa;  VENDRUSCULO,  Laurimar  Gonçalves.  Metadados  para  a  d escrição  d e   recursos  de  informação  eletrônica:  u tilização  do  padrão  Dublin  Core.  Ciência  da  Informação,  Brasília,   v.29,  n.1,  jan./abr.  2000.  Disponível  em:   .  Acesso  em:  15  maio  2011.  

BIBLIOGRAFIA ALVES, M. D. R. A.; SOUZA, M.I.F. Estudo de Correspondência de elementos metadados: DUBLIN CORE E MARC 21. Revista Digital de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Campinas, v. 4, n. 2, p. 20-38, jan./jun. 2007 BASTOS, Z.P.S.M. Organização de mapotecas. Rio d Janeiro : BNG/Brasilart, 1978. BIBLIOTECA FLORESTAN FERNANDES. [História]. . Acesso em: 8 out. 2012.

Disponível

em:

DUBLIN CORE METADATA INITIATIVE. Usuing Dublin Core. 2005. . Acesso em: 30 set. 2012.

Disponível

em:

FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS . Acesso em: 8 out. 2012.

Disponível

em:

FALDINI, G.(Org.) Manual Nobel/EDUSP, 1987.

de

catalogação:

HUMANAS.

exemplos

Histórico.

ilustrativos

de

AACR2.

São

Paulo:

GRÁCIO, J.C. A. Metadados para descrição de recursos da Internet: o padrão Dublin Core, aplicações e a questão da interoperabilidade. Marília. 2002. 127f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília. 2002. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções básicas de cartografia. Rio de Janeiro, 1998. 128 p. Disponível em: . Acesso em: 2 out. 2012.

 

16

 

ANEXO A Carta topográfica da cidade de São Paulo

 

17

 

ANEXO B Ficha descritiva

 

19

 

ANEXO C Ficha descritiva apresentada ao usuário

 

21

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