O corpo pensado a par,r do conceito de híbrido e informe
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O corpo pensado a par,r do conceito de híbrido e informe Márcio Otávio Ferreira Perera Orientador: Mario Bismarck
Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, 2016
“(…) O corpo é uma idealização da carne, com um claro fundo biopolítico. Arcaicamente macera-se, mascara-se, marca-se, inscreve-se a carne para criar um corpo político; modernamente, criado o corpo e partindo dele, garante-se a propriedade da carne, a sua não apropriação e, acima de tudo, a sua reserva, neste sentido o corpo é uma segunda pele, mas invisível.” (MIRANDA, 2012, p. 121)
“A metamorfose nunca surgiu aos meus olhos senão como alta e magnífica retumbância de uma felicidade perfeita em que eu há muito esperava. Esta surgiu finalmente no dia em que fui um porco! Afiava os dentes na casca de uma árvore e contemplava com delícia o meu focinho.” ( LAUTRÈAMOND. Les chants del Maldoror. Op. cit., p. 701)
“Quantos seres sou eu para buscar sempre do outro ser que me habita as realidades das contradições? Quantas alegrias e dores meu corpo se abrindo como uma gigantesca couve-‐flor ofereceu ao outro ser que está secreto dentro de meu eu? Dentro de minha barriga mora um pássaro, dentro do meu peito, um leão. Este passeia pra lá e pra cá incessantemente. A ave grasna, esperneia e é sacrificada. O ovo con,nua a envolvê-‐la, como mortalha, mas já é o começo do outro pássaro que nasce imediatamente após a morte. Nem chega a haver intervalo. É o fes,m da vida e da morte entrelaçadas.” (CLARK, 1996, p. 57.)
“Magia é ação simbólica e o símbolo é veículo de comunicação, então, seguindo a sugestão de Mauss, magia é linguagem. Através da magia a sociedade fala. Aí as palavras apresentam um poder mágico, muitas vezes assumindo uma função mágica equivalente ao mana, categoria na,va (da Melanésia) vista como princípio vital que explica a força das coisas, dos atos e das representações mágicas. ‘É ele que faz a rede apanhar, com que a casa seja sólida, que a canoa vá bem no mar. No campo, é a fer,lidade; nos remédios, é a virtude salutar ou letal’, observa Mauss.” (ROCHA, 1974b, p. 140).
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