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Souvenirs Gastronômicos como Lembranças de Viagem: um estudo de caso em Curitiba – Brasil
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A REVISTA
Graziela Scalise Horodyski, Franciele Cristina Manosso, Camila Bizinelli & Todos os números Último número José Manoel Gândara Sobre a revista Índice Traduções : Submeta um artigo EN ‐ Gastronomic Souvenirs as Travel Souvenirs: A Case Study in Curitiba, Brazil Plano Resumo Palavras‐ Texto chave
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• Os souvenirs gastronômicos • Caracterização do Destino Turístico Curitiba • Metodologia de Pesquisa • Resultados • Considerações finais
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Résumé O consumo de lembranças é uma das atividades realizadas pelos visitantes durante a experiência turística em determinada destinação. Dentre os diversos tipos de souvenirs ofertados ao redor do mundo, os alimentos e as bebidas se destacam por tratarse de bens carregados de significados relacionados ao espaço geográfico e turístico, detendo atributos capazes de gerar sensações e prolongar a experiência da viagem. Além disso, proporcionam às pessoas que recebem esse tipo de lembrança, como um presente, uma parte da experiência vivenciada, a que denominamos de souvenir gastronômico. Uma variedade significativa de produtos pode ser considerada como souvenir gastronômico, contudo há cinco variáveis fundamentais para a compreensão de seu conceito, sendo estas: alimentos e bebidas; identificação; embalagem; identidade; transporte. Com esse pressuposto, o estudo objetivou identificar e analisar a oferta de souvenirs gastronômicos de Curitiba, destino turístico urbano localizado na região sul do Brasil. Sendo caracterizado como um estudo de caso de caráter empírico e exploratório, em que a investigação iniciouse a partir de um levantamento bibliográfico, seguido de uma pesquisa de campo visando à identificação de alimentos e bebidas ofertados nos estabelecimentos de comercialização de souvenirs, através do recorte espacial delimitado pelo circuito viário da Linha Turismo, ônibus turístico da cidade. Como resultado, constatamos que a oferta de souvenirs gastronômicos em Curitiba é variada, porém sobressaem bolachas, chocolates, vinhos e cachaças, que estão relacionados com a identidade cultural de Curitiba e da região na qual a cidade está inserida. Motsclés souvenir gastronômico – identificação embalagem – transporte – identidade CuritibaBrasil Texto completo A experiência turística envolve uma série de atividades que geram sensações e emoções diversas às pessoas, desde a expectativa da escolha de um destino e o usufruto da viagem, até o retorno ao local de origem e a recordação das experiências vivenciadas. Uma das atividades que frequentemente compõe a experiência da visitação é a procura e aquisição de lembranças do espaço turístico. Souvenirs são objetos que materializam e prolongam a experiência de uma
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• Os souvenirs gastronômicos Neste tópico abordaremos o conceito de souvenir, os produtos alimentícios como souvenirs, e os itens necessários para a caracterização do souvenir gastronômico, a citar: identificação, embalagem, transporte e identidade. O conceito de souvenir Presente em grande parte dos destinos turísticos ao redor do mundo, o mercado de souvenirs abrange uma relevante variedade de itens relacionados diretamente com o espaço geográfico onde é ofertado, ou muitas vezes, oriundos de outras regiões e até mesmo países, mas que, por razões diversas, atraem a atenção do turista, que os adquire. Alimentos e bebidas são comumente ofertados e consumidos como lembranças dos destinos turísticos, abrindo diversas possibilidades de discussão a respeito do conceito de souvenir gastronômico sob o aspecto da experiência turística (demanda) e a identidade local (oferta). Contudo, considerase fundamental iniciar a discussão com o conceito de souvenir. Apesar de seu caráter banal, conforme apontam diversos autores (Zulaikha e Brereton, 2011; Nyffenegger, 2010; Machado and Siqueira, 2008; Gordon, 1986), o souvenir é um objeto dotado de inúmeros significados relacionados à identidade e a imagem turística de um determinado destino, cuja escolha para o consumo ocorre, muitas vezes, pela percepção que o turista possui de um determinado atrativo ou espaço geográfico, bem como as experiências turísticas vivenciadas em uma viagem (Machado e Siqueira, 2008). Neste contexto, verificouse que os estudos sobre o universo do souvenir envolvem diversas abordagens, as quais se destacam pelos aspectos relacionados à identidade sociocultural destes produtos (Shen, 2011; Nunes, 2008 ; Reis, 2008; Machado e Siqueira, 2008; Peach, 2007; Medeiros e Castro, 2007; Horodyski, 2006; Norrild, 2004; Ruschmann, 1999), a representação dos mesmos dentro do espaço geográfico (Swanson, 2004), a relação da oferta de souvenirs com o marketing (Wicks et al, 2004; Schlütter, 1998), motivações para o consumo (Swanson e Horridge, 2004; Oh et al, 2004; Kim e Littrell, 1999), a categorização dos souvenirs (Gordon, 1986) e a relação experiencial com este tipo
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Via@ Varia de produto (Chunxiao e Tingyue, 2010; Mitchell e Orwig, 2002; WANG, 1999; Love e Sheldon, 1998). A partir das pesquisas realizadas pelos referidos autores, é possível afirmar que o souvenir é um objeto capaz de ‘materializar’ a experiência da visitação e prolongar as sensações vividas pelas pessoas após o retorno de suas viagens turísticas. Dada a abrangência do conceito de souvenir, considerando a grande quantidade de itens que compõe este mercado, Gordon (1986) propôs uma categorização, a partir de características objetivas, representadas na figura a seguir:
Figura 01: Tipologia do Souvenir FONTE: Elaborado pelos autores, baseados em Gordon (1986).
Observandose a figura anterior, percebese que diversos objetos são comercializados para turistas como lembranças do espaço visitado, abrindo inúmeras possibilidades de discussão em torno de um produto, que a princípio é limitado aos artigos com a inscrição ‘lembrança de’, mas que consistem em uma significativa “indústria de recordações” (Schlüter, 1998), com objetos produzidos, ou não, com fins de comercialização turística e que, além do impacto econômico evidente, merecem ser estudados a partir de seus significados. Neste sentido, Love e Sheldon (1998) verificam que existe uma distinção entre turistas experientes e pouco experientes em viagens ao que concerne à relação de consumo de souvenirs. Os primeiros se preocupam em viver experiências autênticas e durante esses momentos adquirem um determinado produto, que muitas vezes não é comercializado em uma loja ou feira de souvenirs, e que pode nem ter sido produzido para este fim (Love e Sheldon, 1998). Analisando às tipologias de Gordon (1986), podese supor que estes turistas costumam comprar aqueles objetos inseridos na categoria de ‘produtos locais’. Por outro lado, turistas com menor experiência em viagens buscam principalmente artigos com a marca do destino visitado, cuja preocupação é a comprovação de que a visita foi realizada. Neste sentido, o consumo pode estar ligado ao objeto em si, e não aos seus significados, podendose citar os produtos pictóricos, as réplicas e ícones, além dos produtos com marca e os objetos ‘peace of the rock’ (Gordon, 1986; Love e Sheldon, 1998). A partir do enfoque da oferta (Gordon, 1986) e da demanda (Love e Sheldon, 1998) foi possível compreender a abrangência dos objetos que compõe o conceito de souvenir, bem como as características prováveis dos consumidores dos produtos inseridos nas variáveis apresentadas. Uma destas variáveis, inserida na categoria de ‘Produtos Locais’ (Gordon, 1986) está a dos produtos alimentícios, que será discutida no tópico a seguir. Os produtos alimentícios como souvenir O termo ‘souvenir gastronômico’, adotado para o presente estudo, foi proposto a partir da expressão ‘food souvenir’, utilizada por diversos pesquisadores como Lee e Huang (2008); Morgan e Pritchard (2005), Swanson (2004); Norrild (2004); Mitchell e Orwig (2002), Kim e Littrell (2001). Sob a mesma vertente, alguns autores que tratam do tema também utilizam a expressão ‘local food’ para alimentos e bebidas produzidas na região onde são ofertados como lembranças dos destinos turísticos (Shen, 2011; Swanson e Horridge, 2004; Norrild, 2004; Lehto, Cai, O'Leary e Huan, 2004; Swanson, 2004). Sendo assim, esta pesquisa parte da concepção de que o souvenir gastronômico é um produto derivado de alimentos ou bebidas, com identidade diferenciadora, identificação da origem, embalagem adequada e transporte facilitado; que seja capaz tanto de materializar a experiência da visitação e prolongar as sensações vividas pelas pessoas após o retorno de suas viagens turísticas quanto permita compartilhar lembranças com outras pessoas e motivar novas viagens. Isso não significa, porém, que todos os consumidores de souvenir gastronômico sejam motivados pela gastronomia local, tampouco pelos aspectos culturais que envolvem este setor, afinal, existem consumidores de souvenir que desejam
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Via@ Varia produtos motivados pela marca do destino, ou outros fatores já discutidos por Gordon (1986) e o alimento ou bebida seriam apenas itens que comprovam a viagem realizada. Por isso, Shen (2011) classifica os consumidores de souvenirs como culturais e comerciais, considerando que parte dos turistas entende e valoriza a cultura local, mas nem todos tem a mesma preocupação (Love e Sheldon, 1998), portanto o consumo de produtos alheios à identidade local não pode ser considerado uma atitude negativa. Nesse sentido, entendese que a análise do conceito de souvenir gastronômico não pode limitarse a questões de autenticidade, pois a variedade de produtos existentes no mercado de souvenirs evidencia que os turistas possuem anseios diversos em relação às lembranças que desejam levar dos destinos visitados, possivelmente relacionados à sua própria experiência turística, que abrange as expectativas da viagem, a experimentação de um determinado espaço geográfico, o retorno para casa e as lembranças do destino visitado (GarciaMas e GarciaMas, 2005). Considerando estas questões, entendese que o estudo do souvenir gastronômico deve considerar cinco elementos que compõe as suas características principais, tendo por base aspectos da oferta (Gordon, 1986) e da demanda (Love e Sheldon, 1998), bem como as contribuições conceituais dos diversos autores que tratam da temática (Shen, 2011; Lee e Huang, 2008; Morgan e Pritchard, 2005; Swanson e Horridge, 2004; Lehto, Cai, O'Leary e Huan, 2004; Swanson, 2004; Norrild, 2004; Mitchell e Orwig, 2002; Kim e Littrell, 2001, 2001), a citar: Alimentos e Bebidas; Identificação; Embalagem; Identidade; Transporte, conforme a figura a seguir:
Figura 02: Elementos que compõe o souvenir gastronômico Fonte: Elaborado pelos autores (2012)
É essencial destacar que os cinco elementos apresentados na figura anterior contribuem para o entendimento e análise do souvenir gastronômico, porém, não são necessariamente interdependentes, conforme as diferentes características dos souvenirs e de seus consumidores (Love e Sheldon, 1998; Gordon, 1986). Para se discutir estas questões é necessário compreender cada elemento proposto. A seguir, serão abordadas as variáveis denominadas: identificação, embalagem, transporte e identidade. A variável alimentos e bebidas será tratada posteriormente através da pesquisa empírica, possibilitando analisar a relação entre as questões conceituais com a realidade do mercado de souvenirs gastronômicos em Curitiba. Identificação A variável ‘identificação’ referese ao rótulo e a marca de alimentos e bebidas, que transmitem informações diversas e que possibilitam identificar o produto à
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Via@ Varia imagem turística e territorial do destino onde o mesmo é ofertado como um souvenir. A imagem de um destino turístico é a soma do produto global ofertado, mais o conjunto de ações comunicativas. Essa imagem é percebida pelos turistas, conforme as informações recebidas e as experiências vividas em um determinado destino turístico (Gândara,, 2008), que consiste no conjunto de conhecimentos adquiridos durante a viagem, bem como impressões e sensações particulares sobre o lugar (Schlütter, 1998 ; Ejarque, 2005). A comunicação em destinos turísticos é uma prática organizada e conjunta de construção de uma identidade própria, projetando a imagem de um destino turístico, bem como transmitindo as experiências que envolvem a oferta turística como um elemento de diferenciação (Valls, 2004; Bigné, Font, Andreu, 2000). Uma das formas de se ‘materializar’ a imagem turística para a demanda é a comunicação através da marca (Azeglio, 2005), que pode estar associada ao souvenir gastronómico. O souvenir, neste sentido, pode funcionar como um canal de comunicação, e os alimentos e as bebidas, especialmente, reforçam a marca através das sensações provocadas depois da viagem, tanto pelo que oferecem ao paladar, como pelos significados diversos que carrega (Gândara, Gimenes e Mascarenhas, 2009). Tais significados estão ligados à identidade do produto (que será tratado adiante) e às informações transmitidas pelo seu rótulo. O papel do rótulo é fornecer informações que permitam ao consumidor escolher um determinado produto, bem como preparálo e conserválo de maneira adequada (Machado, Santos, Albinati and Santos, 2006). Os autores salientam que, no Brasil, as informações corretas sobre alimentos e bebidas nos rótulos são regidas conforme o Código de Defesa do Consumidor (1990), que orienta o acesso às informações sobre conteúdo líquido, identificação de origem, lote, prazo de validade, instruções sobre preparo e uso, razão social do produtor e dados do importador, quando necessário. No caso do souvenir gastronômico, considerase fundamental o cumprimento das normas de cada país sobre as informações necessárias aos consumidores de alimentos e bebidas. Contudo, acreditase que os turistas desejam, além das informações básicas sobre o alimento ou bebida, uma comunicação adequada para a identificação do espaço geográfico onde o produto é produzido e comercializado. O nome do destino pode ser considerado uma marca turística relevante, bem como, outras formas de representação simbólica (Rabassa, 2012; Fandinõ e Xaime, 2002), que, quando presentes no rótulo, podem agregar valor ao produto. Com base em Guadalupe (2000) acreditase que tais informações podem contribuir com a formação da identidade do alimento ou bebida, diferenciandoo no mercado. Umas das estratégias utilizadas para diferenciar alimentos e bebidas no mercado é a Identificação de Origem Controlada (Souza, 2006; Ribeiro, Matos e Fernandes, 2008; Cabrales e Gonzalez, 1974) and Protected Luna, Giesbrecht e Lima, 2007). Tratase de uma iniciativa que teve início entre produtores rurais europeus, e expandiuse em todo o mundo como forma de valorizar a qualidade da produção de um determinado território, através da identificação da origem, que possibilita a valorização do espaço geográfico onde existe a produção e o saberfazer de uma comunidade, protegendo a paisagem natural e cultural. Dentre diversos exemplos, podese citar o Vinho Champagne e Bordeaux (França) e o Café (Colômbia). Nos casos citados e tantos outros existentes, a comunicação integrada (Valls, 2004; Bigné, Font, and Andreu, 2000) entre território e produtores proporciona o desejo de consumo destes bens, consumidos muitas vezes como souvenirs por turistas que visitam regiões produtoras de artigos com identificação de origem, que dá ao destino turístico sua identidade, em muitos casos. Da mesma forma, os produtos divulgam a região e a identidade cultural do território em que está inserido através da comunicação do rótulo e as informações ali contidas podem ser um fator decisivo para a aquisição de um produto (Guadalupe, 2000). Embalagem Na perspectiva do marketing, a embalagem de um produto consiste em um mecanismo de comunicação. Neste tópico, propõemse a abordar a embalagem pelas suas funções essenciais, que dizem respeito a sua função básica de embalar e/ou agrupar produtos, bem como, facilitar o transporte, protegendo a integridade dos mesmos (Pereira, 2006; Guadalupe, 2000). Kotler (1998) afirma que a embalagem é um conjunto de design e fabricação de um recipiente ou envoltório para um produto, cujas principais finalidades resumemse em consumo (venda ou apresentação), distribuição física, transporte, exportação e armazenagem. Além disso, o autor acredita que a embalagem tem se tornado uma potente ferramenta de marketing e que, se for bem projetada, pode criar valor de conveniência para o consumidor e valor promocional ao fabricante. Faria e Souza (2008) destacam a necessidade de planejamento de custos em
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Via@ Varia torno das embalagens considerando as necessidades do consumidor e o preço final do produto. Em geral, as embalagens são produzidas com vidro, papel, plástico, metal, madeira e tecidos, e a postura socioambiental em relação ao uso de embalagens vem sendo uma preocupação entre os consumidores. Por isso, os autores orientam quanto o desenvolvimento de tecnologias para o fornecimento de embalagens sócio e ambientalmente adequadas, inclusive como forma de comunicar uma imagem positiva sobre o produto embalado. No caso do souvenir gastronômico é relevante destacar que o seu consumidor necessita de embalagens que garantam a proteção de alimentos e bebidas nos deslocamentos das viagens em diferentes meios de transporte, principalmente quando estes produtos devem ser despachados como bagagem pelas companhias aéreas. Assim como resistentes, as embalagens devem ser fáceis de transportar, serem o mais leve e ocuparem o menor espaço possível. A variedade de tamanhos das embalagens encontradas nas lojas para comercializar as Tortas de Santiago da Galícia e as Ensaimadas de Maiorca são exemplos. Além disso, cabe aos produtores de souvenirs gastronômicos fornecerem embalagens extras, quando necessário, e esteticamente atraentes, considerando que muitos destes produtos serão ofertados como presentes quando chegarem à cidade de origem do turista (Hjalager, Corigliano, 2000). Transporte O souvenir gastronômico é um produto normalmente transportado em viagens, o que envolve o deslocamento de alimentos e bebidas entre regiões e países. Para este estudo serão abordadas as normas e legislações brasileiras, entendendo que existem normas específicas para a entrada de alimentos e bebidas em cada país (Hjalager, Corigliano, 2000). No Brasil, a principal responsável pelas normas que regulam a entrada e a saída de alimentos e bebidas é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), sendo apoiada pelo Serviço de Vigilância Agropecuária Internacional (VIGIAGRO), responsável pela inspeção das bagagens dos passageiros que entram no país (ANVISA, 2012), sendo que os decretos para tal é: a Portaria SVS/MS nº326, de 30 de julho de 1997, juntamente com a Resolução ANVISA nº275, de 21 de outubro de 2002. Com base nestes organismos, os alimentos e bebidas restritos à entrada no país, sem uma certificação sanitária são: frutas e hortaliças frescas; sementes; carne de qualquer espécie animal, in natura ou industrializada (embutidos, presunto, salgados e enlatados); leite e produtos lácteos; produtos apícolas (mel, cera, própolis); ovos e derivados; pescados e derivados; estes produtos devem ser fiscalizados, pois requerem condições de armazenamento especiais para que se evitem riscos à saúde (ANAC, 2012), devido principalmente o perigo iminente de proliferação de bactérias, fungos e vírus que causam danos à saúde da população (ANFFA SINDICAL, 2012). Nesses casos, a Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) sugere que se adquiram os produtos importados dessa natureza em free shops do país de origem do turista, para que não ocorra contaminação desses produtos. Caso haja necessidade de trazer a mercadoria, é imprescindível a apresentação das certificações de importação e sanitária (ANAC, 2012). Existem produtos alimentícios liberados de origem vegetal com um grau de processamento maior, tais como: óleos, álcoois, frutos em calda, chocolate, café torrado e moído, gomas açucaradas, sucos, corantes, frutas e hortaliças pré cozidas, vinagre, picles, vegetais em conserva, arroz, farinha e ervamate industrializada (ANAC, 2012). Em relação, as bebidas alcoólicas devemse destacar os vinhos, que tem o limite de 12 garrafas de uma mesma marca ou 18 garrafas quando estas são de fabricantes distintos, sendo que as bebidas só podem viajar como bagagem despachada. Os produtos perecíveis devem ser acomodados em embalagem à prova de vazamentos, de abertura acidental ou de mau cheiro, sendo que não devem pesar mais de cinco quilos (BRASIL, 2012). Cabe destacar que a Vigilância Sanitária e o Ministério da Saúde decretam, por meio do Número 26.048/86: não é permitido transportar, conjuntamente, com os alimentos, pessoas e animais; no transporte de alimentos, deve constar nos lado direito e esquerdo, de forma visível, dentro de um retângulo de 30 cm de altura por 60 cm de comprimento, as palavras “Transporte de Alimentos, nome, endereço e telefone da empresa. Produto Perecível (quando for o caso)”; os materiais utilizados para a proteção e fixação dos alimentos (cordas, encerados, plásticos e outros) não devem constituir fonte de contaminação ou dano para o produto; a carga e/ou descarga não devem apresentar riscos de contaminação ou dano para o produto; não é permitido o transporte concomitante de matéria prima ou produtos alimentícios crus com alimentos prontos para o consumo; não é permitido o transporte concomitante de dois ou mais produtos alimentícios, se um deles apresentar risco de contaminação para os demais (PORTARIA N. CVS 15, 1991). Devese destacar que os aspectos salientados nesse tópico dizem respeito ao Brasil, sendo que em outros países há apenas algumas pequenas diferenças quanto às leis de transporte de alimentos. Hjalager e Corigliano (2000) salientam que as políticas dos alimentos podem
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Via@ Varia determinar o papel da alimentação na atividade turística, principalmente, quando se discute o transporte do souvenir gastronômico, pois devido às restrições existentes alguns alimentos, muitas vezes considerados ‘símbolos’ culturais dos destinos e, que podem ser trabalhados como souvenirs gastronômicos, sendo os quais: o Presunto de Parma (Itália), Pata Negra (Espanha), entre outros, desse modo, tanto os países de origem do souvenir quanto os turistas que o consomem devem estar atentos a essas questões, para que haja um consenso para o transporte desses produtos. Identidade Para Hjalager e Corigliano (2000) a comida é um fator importante pra imagem dos destinos e está se tornando cada vez mais um produto turístico. Podese dizer que as identidades se caracterizam por evocarem uma procedência que reside em um passado histórico com o qual elas continuariam a manter certa correspondência. E neste sentido, a identificação é estabelecida a partir do reconhecimento de alguma origem comum, ou de características que são compartilhadas com outros grupos ou pessoas, ou ainda a partir de um mesmo ideal (Hall, 2000). Discussões acerca da identidade sociocultural dos souvenirs são abordadas por Shen (2011); Nunes (2008); Reis (2008); Machado e Siqueira (2008); Peach (2007); Medeiros e Castro (2007); Horodyski (2006); Norrild (2004); Ruschmann (1999). Pollak (1992) entende a construção da identidade como um fenômeno que se produz em referência aos 'outros', aos critérios de aceitabilidade, de admissibilidade, de credibilidade e que se faz por meio da negociação direta com os 'outros', convergindo com Cuche (2002) que trata da identidade como uma construção elaborada em uma relação que opõe grupos aos outros com os quais se está em contato, gerando contrassensos simbólicos, nos quais se baseiam normas de vinculação, precisamente conscientes por parte dos indivíduos. Logo, podese dizer que o próprio conceito de identidade implica na distinção dos princípios, valores e traços que a marcam perante outras culturas, povos ou comunidades (Santod, 2004). Além disso, cabe afirmar que a identidade relacionase, em sua essência, a um sentimento de pertencimento, mais do que “ser”, tratase de “sentirse como” (Cuche, 2002). Nesta perspectiva, se o identificar significa diferenciar, através da imputação de uma identidade característica a alguém, a identificação alude à ação em que alguém se torna semelhante e díspar a outro através de comparações. Sobre esta questão, Haesbaert (1999) afirma que na esfera humanosocial identificar é sempre identificarse; isto é, um processo reflexivo e, portanto, um processo de identificarse com; um processo relacional, dialógico, implantado numa relação social. Considerase importante analisar o sentido de identidade a partir de um ponto de vista geográfico. De acordo com Knafou et al (2008), a abordagem geográfica é relevante para o desenvolvimento dos indivíduos, sendo uma dimensão essencial nas sociedades humanas. Além disso, a identidade pode ser considerada um conceito estratégico, como indica Hall (2002), e pode ser categoricamente estabelecida a partir dos territórios, como sugere Haesbaert (2002), sendo, então, preciso estimar ainda mais a dimensão espacial, com vistas ao pleno reconhecimento das diferenças e identidades. Neste contexto, podese considerar que a identidade territorial está alicerçada na valorização emblemática do território pelos indivíduos, já que qualquer território é um espaço vital, uma área de identidade e de apego e um espaço onde valores são representados e comunicados (Tuan, 1990; Anton Clavé, 2010). Sobre essa questão, Haesbaert (1999), afirma que toda identidade territorial, acaba por ser fruto de uma identidade social determinada essencialmente por meio do território. O que, por conseguinte, acaba expondo a identidade territorial como um produto social da territorialização das ações cotidianas ocorridas no território (Bonnemaison, 2002). Sendo que, esse último, seria o sustentáculo e o fruto das atuações dos agentes sociais, que, no procedimento de assimilação espacial, determinam significados atrelados à identidade, cujos limites obedecem aos do território (Haesbaert, 2005). A partir desta visão, vale ressaltar que a construção de identidades pode se dar em distintas ‘escalas’ geográficas, desde a local, regional, nacional, até a global (Azevedo, 2011). Em muitos casos, pode haver a ocorrência da apropriação de identidades nos diferentes âmbitos geográficos ao se referir ao processo de construção da identidade nacional (Dutra, 2004). No caso brasileiro, que se destaca, nomeadamente, pelo fenômeno de apropriação de manifestações culturais específicas a certos grupos sociais, por parte do resto da sociedade e, desta forma, ocorre sua transformação em símbolos nacionais, como são os casos da feijoada e do churrasco, dentre outros. A tequila (México) e Cachaça (Brasil) podem ser exemplos de souvenirs gastronômicos relacionados à identidade. A partir do tópico seguinte, serão abordados os aspectos da identidade de Curitiba, através da pesquisa empírica desenvolvida.
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Mapa 01: Distribuição Espacial do Comércio de Souvenir em Curitiba FONTE: Horodyski e Gândara (2012)
O Mapa 01 localiza o comércio de souvenir da cidade de Curitiba, a partir dos atrativos existentes na Linha Turismo, para que desse modo, possase observar de que maneira os mesmos interagem com a atividade turística presente no destino. O próximo tópico abordará a metodologia de pesquisa utilizada para a construção deste estudo.
• Metodologia de Pesquisa Para realizar uma discussão sobre souvenirs gastronômicos, esta pesquisa se desenvolveu a partir de um estudo de caso no município de Curitiba, estado do Paraná – sul do Brasil, com o objetivo de identificar e analisar a oferta de alimentos e bebidas comercializados em estabelecimentos de venda de souvenirs neste destino turístico. Como forma de operacionalizar a pesquisa de campo, foi realizado um recorte espacial delimitado pelo Circuito da Linha Turismo, ônibus turístico de Curitiba, que contempla vinte e quatro pontos de parada, que abrangem os principais atrativos turísticos da cidade. Foram pesquisados todos os pontos de parada da linha, verificandose os estabelecimentos de comercialização de souvenirs, que poderiam ser lojas e feiras livres, desde que localizados dentro do atrativo ou ao seu entorno, em uma distância possível de ser percorrida no período de trinta minutos, tempo disponível para o próximo embarque no ônibus em direção a outro ponto de parada. Como fatores determinantes para a definição do estabelecimento comercial a ser pesquisado, a pesquisa teve como critério que deveriam ser verificados na placa ou na vitrine das lojas, ou em alguma forma de sinalização das barracas os termos: souvenir, lembrança, artesanato, produtos típicos. A partir desta identificação, foram levantados todos os produtos relacionados a alimentos e bebidas ofertados nos estabelecimentos comerciais estabelecidos para a pesquisa, categorizando os mesmos de acordo com: tipo de produto, identificação, embalagem, identidade e transporte. Os resultados desta pesquisa foram analisados e validados por emparelhamento com estudos e discussões anteriores, relacionadas a este tema.
• Resultados A partir do levantamento de dados, foi organizado o quadro a seguir, com todos os itens do setor de alimentos e bebidas identificados nos estabelecimentos comerciais de souvenir, sendo que os mesmos estão concentrados pelos pontos de
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Via@ Varia parada da Linha Turismo. Dos vinte e quatro pontos pesquisados, quatorze apresentaram a oferta de souvenir gastronômico, conforme pode ser observado no quadro 04 a seguir:
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Quadro 04: Resultados da Pesquisa de Campo – Souvenir Gastronômico Fonte: Elaborado pelos autores (2012).
Análise e Validação dos Resultados A pesquisa de campo se mostrou pertinente para a compreensão da oferta de souvenirs gastronômicos em Curitiba, e considerase ampla a variedade de itens, conforme se pôde verificar no quadro 04. A partir de uma análise empírica e teórica, serão realizadas algumas discussões sobre o que foi levantado durante a investigação, com suporte teórico dos autores que embasaram o marco teórico do presente estudo. Sendo assim, verificouse que existem diversos produtos, dentre alimentos e bebidas, que se inserem no grupo dos souvenirs com marca (Gordon, 1986), especialmente os chocolates, de diversas fábricas locais, com formas relacionadas à símbolos da identidade cultural de Curitiba (Pollak,1992; Cuche, 2002), como o pinhão (fruto da araucária, árvore característica do estado do Paraná), bem como figuras atribuídas aos principais patrimônios histórico e culturais do município. Também se identificou barras de chocolate com o nome da cidade em destaque no produto, pelos quais se verifica a importância do nome no souvenir para determinados tipos de turista (Rabassa, 2012 ; Fandinõ e Xaime, 2002). Os chocolates produzidos especificamente para serem ofertados aos turistas de Curitiba são ofertados em vários pontos, tais como a Ópera de Arame, Santa Felicidade, Setor Histórico e Mercado Municipal. Neste último atrativo, salientam se que existe uma ampla oferta de produtos como hortaliças, frutas, legumes, grãos, produtos de origem animal, flores, doces cristalizados, dentre outros. Dada a dimensão do mercado, os critérios nestes estabelecimentos se mantiveram conforme a metodologia, que orienta quanto a apresentação de lojas e barracas com informações sobre a oferta de souvenirs. Por isso, para o levantamento adequado à metodologia, foram elencados apenas os chocolates com a marca de Curitiba de duas lojas distintas. Neste grupo ainda encontramse vinhos, cervejas e licores que apresentam em destaque no rótulo o nome da cidade (Rabassa, 2012 ; Fandinõ e Xaime, 2002), bem como o nome do bairro tradicional de Santa Felicidade, cuja identidade cultural (Santos, 2004; Hall, 2002; Haesbaert, 1999) herdada por imigrantes italianos influenciou a produção de vinhos e outros produtos. Nesse caso, o rótulo é capaz de comunicar parte dos aspectos da identidade cultural de Curitiba, contribuindo também com a promoção turística deste destino (Machado, Santos, Albinati e Santos, 2006 ; Guadalupe, 2000), sendo um instrumento de marketing (Guadalupe, 2000; Valls, 2004; Bigné, Font, Andreu, 2000) para o bairro, que é eixo gastronômico da cidade. Ainda no aspecto da identidade cultural de Curitiba, destacamse produtos que receberam influências de outras etnias que povoaram a região e caracterizam Curitiba como uma cidade pluricultural. Como exemplos, foram verificados bolachas, tortas, strudel de influência alemã, ofertados no Bosque Alemão, e, da mesma forma, tortas polonesas, no Bosque do Papa, que homenageia a imigração polonesa. Nestes dois casos, notase que os produtos ‘alemães’ possuem maior possibilidade de serem consumidos como souvenir, pois apresentam embalagens adequadas para o transporte (ANVISA, 2012), bem como rótulo com informações sobre o produto e a marca da confeitaria (Machado, Santos, Albinati e Santos, 2006). Algumas tortas servidas no local podem ser transportadas e a empresa oferece embalagem de plástico, assim como as tortas polonesas. Acreditase que os turistas que podem se interessar por este tipo de produto fazem parte do grupo
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Via@ Varia de indivíduos que busca consumir elementos autênticos dos destinos turísticos, sem preocupação com a marca (Love e Sheldon, 1998). No entanto, foram identificados diversos produtos com marca ‘orgânico’, relacionados a produção ecológica, livre de agrotóxicos, que possivelmente atraem a atenção de turistas mais experientes em viagem e com maior preocupação em ter contato com a cultura do outro (Love e Sheldon, 1998). Esta marca não é diretamente associada a imagem turística de Curitiba, mas pode proporcionar uma percepção positiva em relação ao espaço geográfico visitado. Estes produtos foram identificados em uma feira de orgânicos no Passeio Público, em que se encontram desde frutas e hortaliças, a bolachas, tortas, focaccias, doces, compotas, conservas, sucos, cereais, coalhadas, mel, dentre outros. Devese observar que nem todos possuem características de um souvenir, podendo despertar o desejo do consumo no próprio local (como a coalhada, por exemplo), mas os itens embalados adequadamente e com rótulo podem se converter em souvenirs gastronômicos aos turistas que valorizam a produção orgânica. Os produtos orgânicos citados anteriormente são produzidos na região metropolitana de Curitiba, demonstrando a importância de uma abordagem da identidade territorial de Curitiba e os municípios ao seu entorno (Tuan, 1990; Anton Clavé, 2010, Hasbaert, 1999 ; Bonnemaison, 2002 ; Haesbaert 2005, Azevedo, 2011). No âmbito do turismo, alguns alimentos e bebidas produzidos em importantes destinos turísticos complementares a Curitiba são comercializados em vários pontos de parada da Linha Turismo, tais como a Bala de Gengibre, a Bala de Banana de Antonina, a Banana e Mandioca Chips e a Cachaça de Morretes, de cana de açúcar, banana ou mel, artigos considerados típicos do litoral do Paraná. Ampliandose a escala geográfica, diversos elementos relacionados a identidade da região sul do Brasil são ofertados como souvenir gastronômico em Curitiba, tais como a ervamate, chimia, vinhos, queijos, embutidos e sucos de uva. Na perspectiva do turista estes produtos fazem parte da identidade de Curitiba, considerando sua percepção em relação à região na qual o município está inserido, que envolve três estados: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Em se tratando da escala nacional, uma grande variedade de produtos são encontrados dentre as lembranças para os turistas, inclusive com a marca ‘Brasil’ associada. Destacamse a cachaça, a goiabada, doces de leite e cocadas. A maior parte é proveniente do estado de Minas Gerais, situado na região sudeste do Brasil, conhecida no país por sua produção de alimentos, influenciando significativamente o mercado de souvenir gastronômico. No entanto, foram encontrados vários tipos de alimentos e bebidas que aparentemente não estão relacionadas à identidade local, tais como o fois gras e o alfajor. Considerando a proximidade do estado do Paraná com a Argentina, bem como a presença, ainda que menor que outras como alemãs ou polonesas, de imigrantes franceses no Paraná, pode ter havido a influência destes povos na oferta de souvenirs gastronômicos. Notase que muitas destas lojas e feiras são frequentadas pela própria população de Curitiba, o que possibilita aos empreendedores ampliar sua oferta de produtos. A pesquisa de campo realizada possui limitações. A mais significativa se deve ao recorte realizado para o levantamento de dados, que foi necessário devido à dimensão do município de Curitiba. Contudo, ao delimitar uma parte do espaço urbano, excluise grande parte de estabelecimentos comerciais e gastronômicos que oferecem diversos tipos de alimentos e bebidas aos turistas, tais como confeitarias, panificadoras, lojas de chocolate, restaurantes de características étnicas e regionais, além dos produtos característicos da região como o barreado e o pierogue, comumente encontrados em supermercados, consumidos pela população e acessível aos turistas.
Considerações finais A partir da pesquisa realizada, foi possível verificar a abrangência e variedade da oferta de alimentos e bebidas nos estabelecimentos comerciais de souvenir em Curitiba. Considerando os elementos relevantes do souvenir gastronômico para a demanda turística, abordados neste estudo, o problema de pesquisa que buscava responder se os souvenirs gastronômicos de Curitiba contemplam as características adequadas à sua comercialização foi elucidado com êxito. Logo, podese afirmar que os objetivos foram alcançados, tendo em vista que o presente trabalho visava identificar e analisar o souvenir gastronômico de CuritibaBrasil. Quanto à metodologia, considerouse que foi relevante realizar um recorte espacial para a pesquisa de campo, para que fosse possível conhecer in loco cada estabelecimento comercial, bem como ter contato com os produtos, para se analisar embalagens, rótulos, possiblidades de transporte bem como a identidade do produto com Curitiba e região, em consonância com o marco teórico realizado previamente. Sendo assim, constatouse que o estudo do souvenir gastronômico é bastante amplo e passível de diversas análises que versam sobre as cinco variáveis apresentadas, mas que possivelmente podem ser mais aprofundadas e até
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Via@ Varia ampliadas. Entendese que o estudo do souvenir gastronômico é interdisciplinar, e para esta discussão foram utilizados referenciais teóricos principalmente da geografia, do turismo, da gastronomia e do marketing. Ao mesmo tempo, esta pesquisa foi relevante para compreender os elementos necessários para a comercialização de souvenirs gastronômicos, a partir da perspectiva do que a demanda turística considera relevante, ou seja, identificação, embalagem, transporte e identidade. Finalmente, temse que reafirmar a carência de estudos sobre a temática, e compreender que este artigo é fruto de uma abordagem que se inicia, abrindo possibilidades diversas de investigação, contribuindo com várias áreas de pesquisa. Da mesma forma, o estudo limitouse a porção do espaço urbano onde circula a Linha Turismo, demandando novos estudos que abranjam outras áreas da cidade de Curitiba, que podem apresentar inúmeras peculiaridades sobre a oferta de alimentos e bebidas, muitas vezes atrativas ao consumidorturista.
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CITAR ESTE ARTIGO Referência eletrônico: Graziela Scalise Horodyski, Franciele Cristina Manosso, Camila Bizinelli & José Manoel Gândara, Souvenirs Gastronômicos como Lembranças de Viagem: um estudo de caso em Curitiba – Brasil, Via@, Varia, n°2, 2014, publicado o 23 de janeiro de 2015. URL : http://www.viatourismreview.net/Article34_PT.php
AUTORES Graziela Scalise Horodyski
Mestre em Turismo e Hotelaria pela UNIVALI. Professora do Departamento de Turismo da UEPG. Doutoranda em Geografia pela UFPR. E‐mail:
[email protected]
Franciele Cristina Manosso
Bacharel em Turismo pela UFPR. E‐mail:
[email protected]
Camila Bizinelli
Bacharel em Turismo pela UFPR. E‐mail:
[email protected]
José Manoel Gândara
Doutor em Turismo e Desenvolvimento Sustentável Universidad de Las Palmas de Gran
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Via@ Varia Canaria; Professor e Pesquisador do Departamento de Turismo e do Mestrado e Doutorado em Geografia e do Mestrado em Turismo da Universidade Federal do Paraná. E‐mail:
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